Capítulo 22O ar estava pesado, impregnado com o cheiro da presença dele. Eu estava encurralada, meu coração batendo acelerado, quase rompendo o peito. O quarto parecia encolher ao redor de mim enquanto os passos do meu sequestrador se aproximavam ameaçadoramente.Minhas mãos tremiam, não de medo, mas de raiva e frustração. Como eu, Esmeralda, que havia lutado tanto para escapar de um passado tão sombrio, poderia estar novamente nas garras daquele homem desprezível? Seus olhos, frios como gelo, refletiam a crueldade de sua alma.Ele estava muito próximo agora, e meu estômago revirou. Suas palavras eram veneno puro, carregadas de uma promessa de dor que eu não sabia se poderia suportar. Ele começou a desabotoar a camisa, seu olhar faminto fixo em mim. Eu gritei, mas ele apenas riu, sua voz ecoando como um prenúncio de terror.Foi então que ouvi, quase como um sussurro, o som de algo se partindo do lado de fora. Um estrondo ecoou pela sala e a porta foi arrombada. As figuras de Drummond
Capitulo 23 O finalO sol brilhava intensamente, abençoando o dia mais esperado de nossas vidas. A igreja estava adornada com flores brancas e douradas, cada detalhe cuidadosamente escolhido para refletir o amor e a esperança que preenchiam nossos corações.Eu, Senhor Drummond, estava em um dos quartos da igreja, olhando meu reflexo no espelho. O terno preto e bem cortado parecia perfeito para a ocasião. Meu coração batia acelerado, mas desta vez, era por pura felicidade. A porta se abriu e Solano entrou sorrindo, ajustando sua gravata.— Está pronto para isso, meu amigo? — perguntou Solano, dando um tapinha no meu ombro.— Nunca estive tão pronto para algo em toda a minha vida — respondi, sentindo uma onda de emoção. — Esmeralda é tudo para mim.Solano sorriu, seus olhos brilhando com uma alegria que eu não via há tempos.— E você é tudo para ela. Ela é uma mulher incrível. — Ele fez uma pausa e seu sorriso se alargou. — E a propósito, acho que encontrei alguém especial também.— É me
O Bebê Do CEO ViúvoCapítulo 1- O funeral vai acontecer daqui a meia hora senhor Drummond, deseja que eu peça ao seu motorista para se preparar?- Onde ele está agora?- Almoçando.Respirei bem fundo enquanto olhava desolado meu bebê desamparado pela segunda vez nessa mesma vida.- Deixe-o comer em paz, não irei no velório daquela senhora. - Ditei com rancor, por acaso ela não pensou no contrato onde dizia que devia viver pelo menos dezoito anos?- Mas era a babá do seu filho senhor…Olhei-o intensamente, demonstrando minha máxima revolta com apenas uma rajada.- Desculpe.Meu secretário pessoal abaixou a cabeça, juntando as mãos uma na outra. O pé direito virado para trás dava sinais do seu nervosismo ao ousar me contrariar. Ele mais do que ninguém sabia o quanto meu temperamento havia sofrido mudanças depois da minha viuvez forçada.- Tudo bem. - Coloquei as mãos no bolso enquanto solicitava a funcionária destaque do hotel levar Nicol de volta ao seu quarto. Ela ficaria de guarda a
Capítulo 2— Ernes, nosso pequeno Nicolau ficou desamparado mais uma vez, desculpe não conseguir uma boa cuidadora. Hã?Olho para a lápide da minha falecida esposa, sentindo um nó no peito. Uma dor dilacerante. Nem ao menos tenho o direito de chorar, passar pelo luto como uma pessoa normal faz. Meu filho precisava de mim, não deixarei aquela família maldita tirá-lo do meu hotel.— Está fora de cogitação me casar outra vez, uma nova esposa não fará o papel de mãe. Essa vaga será somente sua, meu amor. Coloquei novamente os óculos escuros e sai do cemitério, mantendo a fachada da frieza mesmo não tendo ninguém nessa área. Comprei esse espaço para Ernes ter o seu próprio recanto de paz, ela merecia depois de tudo que passou para por nosso primogênito no mundo. Aguentou firme os últimos estágios da gestação depois daquele trágico acidente.A polícia ainda não pegou o verdadeiro culpado, mas será uma questão de tempo. Assim me sentirei vingado.***De todas as vagas disponíveis, me botara
Capítulo 3Passar a noite em uma cama desconhecida não estava sendo uma tarefa fácil, minha ansiedade se encontrava a mil. Ainda mais depois da contribuição daquele estimado senhor. Relembrei dele, daquele rosto pacífico de estrutura fina, completando com aquele queixo irresistível. Com um furinho no meio.— Acho que não seria nada demais bisbilhotar o hotel à noite, já que ele fica aberto vinte e quatro horas.Dei um salto, impulsionando as pernas para fora do colchão. Procurei apressadamente na mochila um conjunto de moletom escuro. Fiquei radiante ao pegar a peça de cima com capuz. Calcei as chinelas do hotel, já que havia trago somente um par de sapatos fechados. Um com cadarços.Me arrumei dando uns pulinhos, contagiada com a empolgação de espionar.Sai do quarto devagar, encostando a porta ao abandonar o local.Caminhei saindo daquele andar, mas ao chegar em outros corredores mais luxuosos percebia aqueles quadros de artistas. Não me dando conta os níveis que havia subido.Cansa
Capítulo 4Muitas pessoas possuem esse tom, não era nada demais, pensei comigo mesma.Audaciosamente tentei pegá-lo, embora sentia que não devesse. Contudo acabei percebendo que ele estava incomodado com alguma coisa, percebi rapidamente que se tratava das fraldas.— Ok, o neném precisa ser limpo.Puxei as mangas, e fui correndo limpar as mãos. Catei nas gavetas algo que pudesse usar, acendi apenas uma luz extra direcionando para o berço. O garotinho não gostava de iluminação muito forte em cima dele, pelo que pude notar.Limpei-o, e terminei o serviço em tempo recorde. Usei nele uma fralda de pano, já que não havia descartáveis.— Prontinho, meninão.A boquinha dele se curvou para o lado ao bocejar. Revirou os grandes olhos voltando a adormecer.A porta foi aberta bruscamente enquanto buscava uma maneira de jogar aquele lixo fora, mas não deu tempo. Me escondi rapidamente atrás do sofá branco.— Nicolau, papai voltou e… ué…Percebeu que estava dormindo, e que estava trocado. — Mas q
Capítulo 5Segundo as instruções da senhora chefe da matriz, precisei usar uma nova vestimenta, além de uma coleção completa da mesma, só que com cores diversas. Não ganhei sapatos como o previsto, portanto ela olhou desagradavelmente para os meus pés.— Assinou o contrato, Safira?O secretário chegou na sala de reuniões executivas.— Assinei, mas a parte de viver para sempre me deixou perplexa.Sorri ao vê-lo sorrir. A senhora se despediu meio enfezada com a nossa interação. — O que aconteceu com ela hoje? — questionou ele coçando a cabeça.— Nada não. — falei balançando o corpo arrumando as mangas estilo balonê.— Já comeu? Parei olhando-o.— Como é?— Perguntei se já almoçou.— Mas por que?— Estou te chamando para comer no espaço reservado para os clientes, será minha convidada. Estou com fome, me acompanha?Ofereceu a mão amiga e fiquei em dúvida, além de sem graça.— Não se acanhe com o meu pedido. — Abriu mais o sorriso. — Quero te passar os últimos detalhes com a senhorita.
Capítulo 6Tendo a babá aqui pude perceber o quanto uma presença feminina e delicada fazia falta para o cotidiano, embora tenha ficado pouco tempo sem poder usufruir disso, desse tipo de companhia. Querendo ou não acabei me acostumando.Safira era excelente para o cargo, porém o que me fez querer empregá-la estava além das suas qualificações profissionais. Mas não podia alardear, precisa investigar o seu verdadeiro passado, aquele que ela tenta esconder a sete chaves.Sou um homem astuto, não me deixo enganar ou me influenciar fácil. Seus dotes realmente impressionam, mas sei que por trás de sua grande gentileza, esconde profundas mágoas.— Onde está a sua família?Quase cuspiu o pedaço da maçã, em seguida colocou cuidadosamente uma mecha de cabelo atrás da orelha. O formato era idêntico ao da minha falecida, contudo poderia ser a minha mente pregando uma peça. Visto que a semelhança das duas na idade atual da Safira se igualam perfeitamente. E isso mexia demais comigo, além das minhas