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Capítulo 7— Acho que conseguimos escapar, Nicolau. Ao olhá-lo pude perceber que dormia profundamente. A injeção não era para fazer esse efeito, no entanto a enfermeira nos avisou que teria uma sonolência. Mas não imaginava que seria tão rápido.Andei pelo bairro aflita, carregando algo precioso nas mãos. Senhor Drummond confia muito na minha pessoa para deixar escapar dessa maneira com o seu rebento. Teria que dar tudo de mim nesse trabalho, Nicol precisava muito de uma babá, assim. Forte como eu.Passei pela calçada de um bar, onde pessoas alegremente bebem suas cervejas, cachaças e outras iguarias. Detestava álcool de qualquer natureza, não tinha boas recordações quando essa intrusa se metia em nossas vidas.Alguém do nada me embarreirou, atrapalhando completamente a passagem. O beco pela qual estimava passar era estreito demais. Porém era o único caminho para não chamar atenção.— Ora, ora… O que bons ventos trazem à senhorita aqui e… Não brinca! Raptou o filho do patrão sua doid
Capítulo 8 — Vamos gata, seu patrão nem vai descobrir. — Me sinto mal por deixar o menino aos cuidados de uma simples babá eletronica. — Apertei a blusa, sentindo um profundo sofrimento interno, mas não deixei que transparece. — É minha obrigação, não devia estar aqui. Vou… Tentei dar meia volta mas Samanta foi mais rápida que eu. — Vamos sim, garota sua melhor amiga estava morrendo de saudades. É sua primeira noite de folga. — Mas o senhor Drummond… — Ele não gostou nada de saber que ia dar uma saidinha à noite, sei disso. Mas você tem que viver além das paredes daquele hotel Safira. — Suspirou cansadamente. — Já basta ter que morar por lá. Continuamos a andar pela rua, a noite estava quente e a agitação das pessoas ao meu redor me incomodava um pouco. Entortei a boca ao pensar neles, um pai que não se sentia à vontade para pegar seu próprio filho. E se o menino chorar querendo colo? — Endireita essa cara menina, você precisa se divertir. Samanta pegou na minha mão, levando
Capítulo 9— Mas que merda é essa? Por acaso descobriu uma doença terminal ou só está gripado? — Perguntou meu secretário pessoal, averiguando meu rosto inteiro, além de me virar de costas para continuar sua apuração.— Para com isso! — Exclamei puto.Tomei a frente, segurando seus dois pulsos no alto.Solano não me compreendia naquele momento, mas em breve tudo vai fazer sentido. Assim espero.— Aquele desgraçado do pai da Ernes, não vai nos deixar em paz. Tenho certeza disso. O Nicol é muito valioso para ele, você sabe. Ele é meu único herdeiro.Abaixei seus braços lentamente me sentindo exausto pela primeira vezAquela família m*****a! Seria uma questão de tempo até descobrirem a verdade, só fiz aquilo para ganhar tempo. Preparar a babá para o que poderá acontecer caso venha faltar na criação do meu menino.— Acha mesmo que seu ex-sogro faria algo tão radical?Olhei-o profundamente.— Ele tem tentado se aproximar pela surdina, estou atento aos seus passos.— Por causa disso sai toda
Capítulo 10— Está passando mal senhorita? — Arqueou uma sobrancelha, deixando-me mais sem jeito ainda.Pisquei, tentando finalmente sair desse maldito transe da qual fui lançada.— Me solte por favor.— Tudo bem. — Falou seriamente sem desviar aquele par de olhos. — Mas se sente melhor? Pareceu pálida. Parecia ter esvaído a vida do seu rosto.Então ao ficar excitada pela primeira vez na vida me fez parecer uma alma penada? Nossa! Que sensual.Pensei desanimada.Pegou delicadamente em meu rosto com intuito de remover meu acessório, nisso acabei eu mesma saindo apressadamente dos seus braços. Desajeitadamente ajeitei o corpo para não precisar ajuda dele.— Melhorou? Posso prosseguir com o plano?Se certificou cuidadosamente.— Não vou me casar com o senhor, tá louco?Cansada joguei a mochila no chão após consertar os óculos.— Não me recordo de ter lhe feito esse tipo de pedido, senhorita.Encabulada balbuciei palavras desconexas.Cruzou os braços torcendo aquela boca convidativa para o
Capítulo 11— Revisou tudo direitinho? Não quero que venha reclamar depois. — Retrucou todo eloquente.— Depois quando? Se aproximou juntando os braços na sua extensa escrivaninha.— Olha que posso muito bem retornar ao mundo dos vivos e puxar sua perna. — Ditou sombrio.— Ai para!Dei dois tapas no ombro dele, fazendo-o se distanciar meio esquisito. Sua expressão exalava complexidade.— Uma mulher nessa idade com medo de fantasmas? Não acredito nisso.— Pense o que quiser. — Dei língua, demonstrando um desrespeito incomum entre nós.— Nossa Safira, que modos são esses?— Desculpe. — Respondi toda sem graça.— Melhor pedir diretamente ao seu chefe.— Deixa pra lá.Voltei a olhar seriamente o documento. Lendo até o final decidi assinar logo, já que não tinha outro jeito.***Meses depois tudo parecia normal, nenhum problema sério à vista, portanto prosseguir normalmente com o meu trabalho.— Nicol está bastante coradinho essa manhã. — Disse Solano, pegando na bochecha gordinha do meni
Capítulo 12O senhor Drummond ficou noivo daquela perua mesmo não gostando do seu filho. Eu realmente não entendo que se passa na cabeça desse cara, maior vacilão!Agora tenho que vê-la uma vez na semana pois a mulher acha que pode vir no hotel para atazanar a vida de todos os funcionários. Mas o CEO parece estar alheio a isso tudo. Não me conformo com a situação.— Safira desfaz esse bico, pode assustar a criança. — Disse-me enquanto caminhávamos no parquinho.Devido a melhora de saúde do menino o médico liberou os passeios, e uso o dia de ir pra rua quando a noiva do chefe vem pra infernizar. Aliás, aquela coisa só serve para isso mesmo. Endiabrar o hotel.— Não precisa ficar chateada comigo. — Comentou sem me olhar, conferindo vez ou outra o seu celular.— Minha única preocupação é o meu protegido.— Sei perfeitamente, está cumprindo perfeitamente o seu papel.Bufei, pareando de imediato o carrinho de bebê.— Cadê aquela maldita atriz?Senhor Drummond parou de andar, e me olhou de
Capítulo 13Surgiu um compromisso fora do Brasil, o progresso de extensão global estava sendo encaminhada com enorme vigor, a gestão de melhoramento visando colocar outras filiais do hotel Ernes em outros países sempre foi um desejo da minha falecida.— Precisava mesmo trazê-la conosco?Perguntou Solano parecendo inquieto com a presença da minha babá.Engoli em seco.— Não posso viajar em paz sem ela. Mesmo a moça estando em outro compartimento, falei sussurrante.— Vou pensar que essa questão se trata referente ao seu filho.Pigarreei solene.— Claro que sim, não tenho pensamentos românticos.Meu secretário suspirou.— Sei disso, e a sua funcionária também tem um pretendente. Portanto… — Bocejou esticando as costas cruzando os braços se sentindo todo pintoso. — … não vai olhar para a sua pessoa com interesses românticos.Me remexi deixando a coluna ereta, olhando-o de imediato.— Quem é o cuzão? — Ditei super irritado mas Solano apenas deu de ombros.— Um funcionário do hotel, eles
Capítulo 14Nunca na minha vida tinha sido beijada daquela forma, então me deixei levar com extrema volúpia. Era convidativo e explosivo, uma sensação inebriante de sentimentos, sensações e emoções.Em meio a nossa entrega ouvi seus murmúrios, mas não dava para compreender o que dizia pois me encontrava totalmente, irrevogavelmente entorpecida pelo desejo.— Temos que parar. — Falou de repente soltando de supetão dos meus lábios safados que só queria mais daquela língua.Só depois do auge da paixão esfriar que me dei conta onde estávamos.— Como viemos parar aqui?O CEO sorriu de canto de boca.— Tem certeza que não sabe, Safira?Passou os dedos calorosamente na minha cabeça, arrumando alguns fios rebeldes atrás da orelha.— Não sei mesmo.Suspirou sentando na pontinha da cama, e como um bom cavalheiro me ajudou a fazer o mesmo.— Desculpe, como homem e com mais idade, deveria ter posto mais limites entre nós.— Não. Me recusei a ouvir esse tipo de conversa. Peguei veemente na gola d