Capítulo 1

Mais uma das reuniões chatas da empresa. Confesso não gostar nada de estar entre pessoas e não me importava muito o que eles falavam. Quem cuidava dessas coisas chatas era a Mary mesmo, eu estava lá olhando para a cara sínica de alguns empregados e sorrindo, balançando a cabeça em sinal de que eu estava ouvindo quando na verdade minha mente estava bem longe dali. Durante esses oito meses que passei fora eu fui a muitas apresentações de Lunas, mas uma me chamou atenção, o Alfa dessa alcatéia  era bem parecido comigo sua sede de sangue era insaciável, mas quando ele estava com ela, era totalmente diferente, ele a tocava como se estivesse com medo de quebrar uma taça de cristal. Ela era o seu ponto fraco, em consequência era o ponto fraco de toda a alcatéia.

- Sr. Black??- uma voz ecoou diversas vezes em minha mente, me fazendo voltar a sala de reuniões.

- Sim?- respondi sem saber o que estava se passando.

- O senhor concorda com a construção da cedi da revista Visco?- O olhei com um ar de indagação, balancei minha cabeça em sinal de aprovação, peguei minhas coisas e me retirei da sala sem olhar nada em volta.

- Ian? você esta bem?- A olhei com reprovação por ter me chamado pelo nome, não admito isso de uma ômega, ou de qualquer empregado meu apenas meu Tau me chama pelo nome. Isso evitava que ela ganhasse uma intimidade que eu não compartilhava com ninguém.

- Sr. Black para você Mary!! E a proposito eu estou ótimo, não deixe que ninguém me incomode, tenho assuntos pendentes a resolver.- Entrei em minha sala sem ao menos esperar as resposta. Odiava essa visão distorcida das mulheres com as quais me relacionei, se é que pode chamar uma foda de relacionamento.

Ainda na porta, eu encarei a sala que me esperava de braços abertos. Uma escala de branco e cinza preenchia as paredes laterais, estantes de livros antigos se erguiam deixando o ambiente com um ar diferente do que a sala exigia. A mobília em tons de preto e carvalho era sofisticada, as estantes quebravam isso ao meio. Não me importava muito, eu só fixava confortável sabendo que aqueles livros estavam a salvo aqui, longe de olhares curiosos e do mofo. Um abajur branco me saldou quando sentei a mesa de carvalho escura e lisa, sobre eka tinham vários papéis e algumas pastas, trabalho acumulado. Suspirei e uma enorme dor de cabeça me atingiu ao dizer para mim mesmo que deveria passar mais tempo trabalhando do que viajando. Tarde demais para isso.

Bagunço meus cabelos castanhos em sinal de impaciência, tiro meu terno preto, e minha grava cinza, desabotoei os primeiros botões da minha blusa branca e me sentei confortavelmente na cadeira acolchoada atrás da mesa. Olhei bem para os papéis, e comecei revisa-los. Incontáveis papéis. Pedidos de construção, pedidos de planta de condomínios... Demorei mais do que o esperado. Assim que terminei fui olhar os papéis referente as alcatéias,

. Autorizações para mudança de alfa, autorizações para mudança de local das alcatéias, convites de casamento, convites para apresentações de Lunas, convites para aniversários...

E haja coisas para responder. Minha cabeça estava em tempo de explodir, quanto mais respondia, mais brotava trabalho em minha mesa. Olhei no relógio e já se passava das sete da noite, olhei para a parede de vidro e percebi a escuridão que estava ao lado de fora estava apenas eu e os vigias do prédio. Terminaria rudo amanhã, estava exausto. Peguei meu terno e a gravata, desci impaciente para o estacionamento, e lá estava minha BMW preta, impecável, entrei sem dirigir a palavra a ninguém.

Não demorou muito para chegar até o condomínio da minha alcatéia. Meu Tau estava cuidando de tudo, ao menos eu teria descanso essa noite. A visão da minha casa faz com que um suspiro fuja dos meus lábios, enfim, folga. Entrei sem erguer o olhar para a mobília escura da sala de estar que era a última visão ao sair e a primeira ao entrar, não gostava de pessoas em minha casa. Talvez fosse algo estranho, mas oreferia o meu canto solitário e silencioso, sempre foi assim. Tranquei a porta do meu quarto ao entrar, joguei o terno e as outras peças de roupa em um cesto a porta do banheiro. O celular, estava cheio de mensagens, alguns nomes femininos briljaram na tela. Não me preocupei em ler aquilo. Tomei um banho quente rapido, e sem me secsr direito joguei o corpo como pedra sobre a cama. Minha mente perturbada ainda pensava naquele alfa e sua luna. Como ele tinha mudado por ela. E logo o pensamento de alívio me veio a mente, eu não precisaria mudar por ninguém. Meu jeito de lidar com as coisas permaneceria tão radical quanto é no momento. Eles me temem, e eu particularmente, gosto disso.


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