Minha loja estava cheia, barulhenta e muito movimentada, mas não eram clientes, e sim os jovens do grupo de dança que Druw formou, todos vieram trabalha aqui, mesmo sabendo que não tenho dinheiro para pagar a todos como deveriam ser pagos. A parte boa é que comecei a fazer mais entregas do que antes, agora com vários funcionários, os pedidos aumentaram e são entregues em várias partes da cidade.
Músicas altas durante todo dia, aqui as vezes parecia uma loja de CDs, musica eletrônica, e passos rápidos, atraindo também jovens a levarem algumas flores, e vasos. Meu dia estava indo ótimo, bem humorado por todos, até escutar meu telefone tocar em meu escritório, não pedi que eles baixassem a música, apenas transferi a chamada para meu celular, peguei meu casaco, e avisei que iria dar uma volta.
— Alô? – minha voz sai um pouco tremula pois tinha um certa suspeita de quem estaria do outro lado da linha.
— Faça isso parar! – meu coração foi parar na garganta, eu já sabia bem que era, sua voz veio aos meus ouvidos como um lobo rosnando.
— Eu estou faze... – ele me interrompeu.
— Não quero saber o que você esta fazendo Doroty, faça o que foi contratada para fazer... ou veja sua linda garotinha morrer entre minhas garras! – minhas mãos soaram frio... minhas pernas balançaram, quase que encontro o chão, mas consegui me apoiar em uma parede próxima. – Eu espero esta sendo bem claro.
Ele desligou, e eu fiquei sozinha em uma pequena viela, com os pensamentos pulsando em minha cabeça fazendo ela latejar. Passei alguns minutos tentando manter minha respiração regular, tentando manter meu estado emocional, mas lágrimas teimaram em molhar meu rosto, e rasgar minha pele negra com partículas de sal. Finalmente consegui me controlar e voltei a andar, dando uma volta no quarteirão, quando retornei a loja, as flores já estavam menos que a metade, soltei um sorriso forçado, porém convincente para eles.
— E ai Doroti o que achou? – ainda não tinha decorado o nome de todos, mas ele era alto e moreno, seu porte não era musculoso, mas também não parecia tao magro, provavelmente tinha uns vinte e cinco anos, se eu não me engano seu nome era, Lauri.
— Acho que eu deveria, retribuir vocês... — todos se aproximam mais de mim, com os olhos arregalados e alguns sorrisos travessos, a espctativa foi garnde. – Pizza!!
Apenas uma palavra foi capaz de fazer todos gritarem, eles fazem sim meus dias mais agitados, limpamos toda a loja e organizamos as mesas para nosso jantar diferente, encomendei dez pizzas e cinco refrigerantes, não demoraram muito para chegar, e todos comeram. Ao todos tinham cinco dançarinos, fora Tory e Druw, eles costumavam participar de uma coisa que eles chamam de " batalhas" são um grupo pequeno, mas fazem questão de contar as suas historias de dança, cada um tem a sua, suas conquistas e suas derrotas, mas nada que eles fazem está conseguindo tirar as palavras que ouvi hoje da minha mente. Meus olhos encontram o sorriso descontraído de Tory, minha menina, na mãos de brutamontes, eu não posso permitir isso. Estava tão perdida em meus pensamentos, que não me lembrei que havia varias pessoas aqui, e agora só resta eu, Tory e Druw, os demais tinham se despedido e Bree era o último a sair, fechando a porta atrás de si.
— Você esta bem Doty? – Tory pergunta com sua meiga voz.
— Estou sim, não se preocupe com essa velha, e vá para casa, a ultima coisa que quero é você andando sozinha a noite. – ela sorri, me da um abraço, e se despedi de Druw, escutei a porta bater, sinal que ela já se foi. meus olhos encontram o de Druw, e ele sabe bem o que houve.
— Ele ligou? – ele pergunta com sua voz rouca de Alfa.
— Sim. – me limito, não quero que ele saiba que ameaçaram Tory, tudo o que menos preciso é de um alfa descontrolado em território inimigo.
— Estou fazendo o melhor que posso Doroty, mas as vezes parece que ela está tão distante que mal me nota. – seu olhar abaixa, e seus ombros caem.
— Eu sei, mas precisamos nos apressar. – ele assente, e seus olhos encontram minha sala secreta, seus músculos estão tensos. ele sabe o que vou fazer.
— Irei conseguir em breve Doroti, apenas aguente mais um tempo. – sua voz volta ao tom de autoridade, e eu aceno que sim, mas enquanto isso eu que tenho que segurar as duas redias, a dela, e a do monstro que a quer morta.
Me levantei lentamente, e peguei algumas ervas escondidas que ficam em meu escritório, e me dirigi a minha sala secreta, enquanto Druw fica do lado de fora vigiando as portas para que ninguém me interrompa. Mnha sala é totalmente pintada de branco, com os símbolos dos anjos nas paredes, as ervas são para um feitiço, um feitiço de mente, terei que entrar na mente dos dois e parar esses sonhos, ou seja, parar um feitiço ainda mais poderoso, parar o próprio destino. Quão arriscado isso pode ser? isso pode me tirar a vida, mas prefiro isso tentando protege-la, do que ter que fazer isso ao vê-la mas uma vez morta nas mãos daquele monstro sanguinário que os lobos tem orgulho de chamar de Alfa Genuino.
Acordei mais cedo do que o normal, e dessa vez nada de despertador. Prefiro assim. O nosso grupo de dança está na cidade, e depois de uma batalha estão prontos para encarar a realidade. Passamos bastante tempo em Londres para decidirmos vir para cá, eles demoraram bastante para chegar, mas enfim, estamos todos aqui. Me vesti como sempre, um vestido godê simples preto com algumas formas geométricas, um tênis da mesma cor, hoje por estar frio coloquei uma meia calça grossa e peguei uma jaqueta jeans clara. Deixei meu cabelo o mais cacheado possível, o que não foi muito difícil, os longos cachos do meu cabelo castanho claro caiam sobre meu ombro e roçavam em minha cintura. Tomei um café da manhã rápido e simples, torrada com café fortr... nada mal para começar o dia.Andei devagar até a loja, adimirando a neblina que ainda estava formada nas ruas, um dia de frio, um dia de chuva, amo dias assim, amo ver pessoas agasalhadas, e se abraçando, amo chocolate quente
Aquela manhã tinha começado exatamente do jeito que eu odiava, frio, chuva, neblina. Embora tivesse passado uma boa parte da minha vida em Londres, drtestava esse tipo de clima. Levantei devagar da cama, sem vontade de fazer nada de útil, mais um motivo para que esses dias sejam tão odiados. Não demorou mais do que cinco minutos drpois de me afastar da cama e já recebi uma ligação do meu Tau.— Oi Daniel. – atendi sem muita animação, seguindo para o banheiro com os pés arrastando no piso de madeira.— Alfa, as coisas estão indo normais por aqui, não precisa se preocupar, mas todos estão com saudades de ti, esperamos que volte logo. – não consegui conter o sorriso que se acendeu naquele momento. Eu também tinha saudades da minha alcatéia.— Eu estou mais perto do que pensava. Em breve estarei voltan
Um vento frio inundava o quarto aquela manhã, os cobertores estavam gelados e eu acabei acordando quando a temperatura alta do meu corpo se chocou aos lençóis gelidos. A jabela tinha ficado aberta.Rosnei, e me levantei para fechar, porém quando olhei para fora dela, vi um cenário lindo. O nascer do sol em meio as árvores com aquela coloração alaranjada e rosa que só podia se ver nesse horario da manhã. O frio era evidente e algumas gotas de chuva caiam sem preocupação.Aproveitei para tomar um bom banho quente, demorei um pouco nele, dizendo a mim mesmo que merecia isso por trabalhar demais, não era ao todo mentira. Saí para correr naquele frescor e enquanto eu estava correndo na floresta senti meu lobo incomodado, estava agitado, inquieto.O que foi amigão?Sinto algo diferente Ian, sei que já senti isso antes, mas faz tanto tempo, nem me lembro o porquê... Mas algo bom vai acontecer, tenho certeza... Me lib
Os malditos pesadelos pararam, mas ela ainda me perturba. Seu sorriso, seus olhos azuis tão penetrantes, seu corpo perfeito, seus labios delineados... Essa garota é minha perdição. Como ela pode acalmar minha raiva? meu lobo? Por segundos pensei coisas que eu nunca havia pensado. Tocar em alguém com medo de machucar... Não parecia ser eu. Não posso deixar ser levado por essas emoções, não posso deixar que pensem que eu sinto algo por ela, ela é apenas uma humana, e nada mais que isso. Uma humana que está em perigo. Uma humana que não quer ter nada a ver comigo.— Ian, você está bem? – O intrometido do Rafael, será que ninguém pode ficar com raiva sem ser incomodado?— Não é da sua conta Rafael! – Rosnei para ele. Ele assentiu e se retirou. Mas que droga está acontecendo comigo?.Tentei aliviar minha raiva todos os dias em lutas contra um saco de areia, e o resultado era três sacos rasgados por dia, e minha raiv
— E quem é o companheiro dela? – Falou com desdém, e eu apenas sorri.— Um Alfa Lycan. – um maldito alfa lycan filha da puta. Acrescentei em pensamento. Nos entre olhamos.— É possível? Sei lá, eu acho estranho uma loba ter dois companheiros. – Falou coçando a cabeça, meu olhar abaixou mirando a madeira do piso, e um leve sorriso torto apareceu em meus lábios.— Tá ai,.ela não é uma loba. É uma humana. – Seus olhos quase saem de órbita. Eu poderia julgar esse momento como hilário se não fosse trágico.— Você está brincando não é Ian? – O encarei sério. Quem dera eu estar brinc ando dessa forma.— Não, não estou, ela é uma ingênua e indefesa humana. – O silêncio reinou entre nós. Queria dizer que minha cabeça não voltou para ela, mas voltou, cada segundo era ela.— Está sabendo da chegada dos vampiros? – Melhor momento para mudar de assunto. Balancei a cabeça as
Boate Blood Rose. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para equipe de segurança da alcatéia.Mande Igor, Damian e Danilo para a empresa agora!— Rafael pega o livro e vamos para o carro. – Ele me olha tentando entender .— Ué. Porque? Para onde vamos? – Sorte que tinha algumas peças de roupa no escritório, nos vestimos. Peguei as chaves do carro e andei em direção a recepção.— Vamos dançar Rafael. – Ele assentiu e descemos, quando eu cheguei no carro os Betas já estavam lá.Com todos dentro do carro fomos até o centro de Vancouver. A boate Blood Rose, o prédio era todo preto com o símbolo do Clã Toreador bem em frente. Para os humanos apenas uma logomarca, uma rosa ensanguentada. Estacionei do outro lado da rua e de fora senti o seu cheiro delicioso de lírios.
Eu respirava lentamente tentando me acalmar, enquanto ela brincava com os dedos e parecia uma garota indefesa.— Tory. – Ela olhou nos meus olhos, e eu pude ver medo em suas lindas Íris azuis.— Não tenha medo de mim, eu prometo não te fazer nenhum mal, agora me diga onde fica a sua casa para que eu possa te deixar lá, por favor. – Quando ela abriu a boca para falar algo bateu no carro, e minha cara foi parar no volante. Ela me deixa desnorteado e totalmente desarmado, edqueci de colocar a porcaria do cinto.Não esperava por esse ataque, quando olhei para a janela vi um vampiro, Tory deu um grito que doeu na minha alma de tão fino que era. Rapidamente pisei fundo no acelerador, fazendo zig zag na rua, enquanto outros estavam atrás de nós. Ela tremia de medo, e eu agradecia internamente por ela está bebada.Quanto mais fundo eu pisava mais vampiros apareciam, e sinceramente eu não estou com paciência para isso,
Acordei com um cheiro delicioso de terra molhada, amo chuva. Abri os olhos e percebi que estava em uma cama muito mais confortável que a minha, e um peso que não fazia parte do meu corpo me imprensava em algo, olhei preguiçosamente para baixo e vi um braço musculoso em contato com minha barriga por baixo da blusa, e provavelmente a muralha que estava atrás de mim era o dono. Tentei me virar sem ele notar para poder ver quem era, só que quando me mexia ele apertava mais minha cintura, eu já não estava aguentando ficar alí sem saber quem era, respirei fundo tomei coragem e me virei bruscamente.Não percebi que ele estava na beirada, com o susto que eu causei caímos os dois da cama, e eu fiquei por cima dele, minha cabeça estava na curva do seu pescoço, tenho certeza que estou vermelha como tomate. Em meio aquele silêncio escuto uma risada gostosa e convidativa, suas mãos me seguravam firmemente co