E lá estava eu, completamente nu dos meus dedos pingavam sangue estava em frente a uma pilha de corpos. Ofegante. Em meu peitoral, abdômen e costas eram evidentes as marcas de batalhas, ninguém era páreo para mim, e quem tentava me desafiar era simplesmente reduzido a cinzas, assim como os corpos que estão a minha frente. Uma pilha de coisas insignificantes.
- Mais uma matilha Ian! – Meu Tau não gostava muito de minhas escolhas, mas se eles não soubessem quem é que manda, muitos tentariam se rebelar contra seu genuíno, e isso era algo que eu não poderia aceitar quem da as ordens sou eu e se não me mostrar forte, minhas batalhas se tornaram mais frequentes. Era complicado ter que ceder a esse lado, mas ao meu ver era necessario também.
- Ao contrario Rafael, menos uma para me encher a paciência e como você mesmo salientou isso não era uma alcatéia, e sim uma matilha um bando de cachorros, que deveriam respeitar mais o que lhes é imposto... – Falei com meu tom superior que ele simplesmente odiava, revirava os olhos, e fingia que não era com ele que eu estava falando.
- Se é assim que quer ser reconhecido, "O Genuino Sanguinario"... Que seja, mas não me faça parte desse seu cenário de corpos, eu não entendo seu desejo descontrolado... – murmurou ao me seguir em um silêncio quase perturbador.
- Eles tem que me respeitar! — exclamei, beirando a irritação. Parei a sua frente o encarando com os olhos cerrados.
- Medo não é respeito idiota! – ele me cortou, passando por mim com rapidez. Dei de ombros.
- Bom, mas funciona do mesmo jeito. – Sorri em sua direção enquanto dava a volta e o seguia. Eu não posso negar o fato dele estar certo, mas eu assumi o cargo muito cedo deixando as alcateias com vontade de assumir o poder, e era isso que eu não podia permitir. Precisava mostrar quem realmente mandava; então comecei atacar as alcateias rivais, deixando as outras com medo e ainda que me odeiem, me respeitam. Era um pomto de vista do meu lobo que eu particularmente compsrtiljava e entendia.
- O que acha que sua companheira pensará de você ao ouvir sua fama? – Eu parei de vez com seu comentário. Sempre quis uma, mas sabia que não teria os Genuínos normalmente não têm companheiras foram poucos os que tiveram esse privilégio, e não seria diferente comigo, não tinha esperanças de achar minha metade, talvez nossas almas sejam completas. Um pensamento triste, ou não. Ficava dividido nisso, mas quem não quer achar alguém com quem possa compartilhar a vida? Embora ela seja cruel, devo admitir que lá no fundo, eu queria.
- Não terei uma, não se preocupe Rafael! – Disse tomando minha postura de Alfa. A minha formade fugir desse tipo de conversa.
- Não tenha tanta certeza Ian, o destino gosta pregar peças na gente. – Ele fala quase debochando da minha cara, e eu rosno em resposta. Odiava quando ele vinha com esses comentários chatos. Eu queria uma companheira, mas não é porque almejamos algo que podemos ter, as coisas sinplesmente não funcionam dessa forma.
Apesar desse aceio, sou uma pessoa ocupada o suficientr para perder tempo pensando nessa possibilidade. Uma possibilidade idiota. Já tinha se passado muito tempo, a esperança já nem existia de fato. Tudo não passava de uma fagulha fazendo fumaça demais.
Já faz oito meses que estou longe da alcatéia resolvendo alguns assuntos pendentes, como: tirar matilhas do caminho, trocar alfas, ir a apresentações de Lunas, que confesso ter um pouco de inveja dos alfas que encontraram sua outra metade.
Agora estou retornando a Vancouver, à pedido do meu Tau super preocupado, e da minha secretaria chata. Aquela cidade é tediosa mas as coisas sempre podem mudar, e espero que mudem, já liguei avisando que não quero que ninguém me incomode preciso descansar, os próximos dias ficarei preso na empresa, coisa que não é muito agradável. Além da grande responsabilidadd sobre as alcatéias, conselho e demais leis e tradições eu construí o meu próprio império. Black Construction, era o meu orgulho mudo, e embora às vezes eu fique tentado a jogar tudo para o ar e dar adeus a essa vida dupla, me vejo usando uma coisa para me livrar da outra, e o mais importante, me mantendo oculpado o bastante para não pensar em besteiras.
Mais uma das reuniões chatas da empresa. Confesso não gostar nada de estar entre pessoas e não me importava muito o que eles falavam. Quem cuidava dessas coisas chatas era a Mary mesmo, eu estava lá olhando para a cara sínica de alguns empregados e sorrindo, balançando a cabeça em sinal de que eu estava ouvindo quando na verdade minha mente estava bem longe dali. Durante esses oito meses que passei fora eu fui a muitas apresentações de Lunas, mas uma me chamou atenção, o Alfa dessa alcatéia era bem parecido comigo sua sede de sangue era insaciável, mas quando ele estava com ela, era totalmente diferente, ele a tocava como se estivesse com medo de quebrar uma taça de cristal. Ela era o seu ponto fraco, em consequência era o ponto fraco de toda a alcatéia.- Sr. Black??- uma voz ecoou diversas vezes em minha mente, me fazendo voltar a sala de reuniões.- Sim?- respondi sem saber o que estava se passando.- O senhor concorda com a construção da cedi da revista V
Não demorou muito para amanhecer. Os raios dourados emergiram em minha janela quase como se o céu tivesse se rasgado. Ainda estava exausto do dia anterior, era sempre assim quando voltava de viagem, parecia que o trabalho nunca tinha fim. Me levanto devagar, ainda com o torpor do sono e me encosto na janela, já podia ver alguns betas e omegas trabalhando, eu ne orgulhava da minha alcatéia, ao contrario das outras nós não temos ponto fraco, eu protejo a todos de forma igualitária.Passei a mão no rosto amassado e segui me arrastando para o banheiro afim de despertar. Tomei um bom banho quente e demorado, enrolei uma toalha na cintura, e com a outra eu enxugava meu cabelos castanhos. Paro a frente do espelho me analisando. Gostava da minha aparência, não podia dizer que era o que toda mulher queria, mas mantinha uma boa forma física sem exageros, embora tivesse ombros tipicamente americanos, largos. Os 1,90 de altura davam uma ênfase ao peso considerável.
Mais uma manhã com o céu claro e desprovido de nuvens, tinha caído na cama e mal percebi o momento em que pegara no sono. Olhei em volta para o quarto bagunçado e vazio ao mesmo tempo. Desde que voltei tudo parecia cinza e vazio, estranhamente vazio. Hoje era mais um dia que todos usariam para se aproximar, era o meu aniversario. E como todos os outros eu tenho que fingir estar feliz e animado, não que eu esteja triste, ou tenha motivos para estar, e não que eu seja antipático, o problema é que não sou muito acostumado a sorrir, pois nunca tive um bom motivo para isso.Mas como todos os dias em que acordo com disposição, me levanto e vou para a academia do condomínio. O que eu mais gosto de fazer em plena manhã é lutar, porém às cinco da manhã não se tem muitos oponentes. Por esse motivo optei pelo saco de areia mesmo. Cada soco que eu dava era um segundo de tristeza sendo descontado, meu lobo satisfaz suas alegrias de modo violento, é tudo que ele conhece,
Enfim a noite tinha chegado, não que eu esteja ansioso para que a festa comece mas sim que ela termine. Meu dia foi cheio, estressante, minha mente está conturbada com tanta informação.Finalmente chegaram os alfas e suas lunas, algumas moças virgens com esperança de ser minha companheira. Mal sabem elas o futuro da minha Luna se pensam que eu a protegerei e morrerei de amor por ela estão muito enganados.O tema da minha festa foi Black&White, enquanto as mulheres estavam com seus lindos vestidos longos da cor preta, e os homens com suas blusas sociais brancas, eu saí um pouco do tema, vesti uma blusa vinho com os primeiros botões abertos, as mangas arregaçadas até os cotovelos, um colete preto aberto, uma calça jeans escura, e um sapatenis vermelho, baguncei meus cabelos castanhos que caiam sobre olhos verdes e me encarei uma última vez
Mais de uma semana se passou e os mesmo sonhos, com as mulheres diferentes, mas a voz era sempre a mesma, aquela voz doce, aquela voz que fazia meu corpo levitar. A gs imagens das mulheres se alternavam em varias partes do sonho, tinha vezes que os rostos se misturavam tanto que formavam um novo rosto totalmente diferente, mas muito lindo. Ao todo consigo me lembrar de apenas quatro rostos, e o último às vezes ficava borrado. Seus cabelos eram cor de mel, com algumas mechas loiras, um rosto arredondado e delicado. Mas o último sonho tive a oportunidade de ver seus olhos, seus lindos olhos azuis tinham esperança, e não me deixam o esquecer.Uma semana que esses sonhos começaram, uma semana que meu lobo se mantem em silêncio e apenas a angustia e a solidão tomam conta de mim, um vazio em meu peito que as vezes chega a doer, mas sempre tenho algo para me distrair, como a Mary, que ainda penso constantemente em torna-la
Mais uma manhã de gritos e choro, já não aguento mais. Faz uma semana que estou assim pesadelos que não acabam mais, são sempre os mesmos varias criaturas tentando me capturar, algumas conseguem me ferir mas como nas historias sempre aparece um príncipe encantado pronto para me salvar...Já se passava das sete da manhã perdi a hora da minha corrida mais uma vez, o despertador estava gritando como se aumentasse o som a cada segundo de atraso tentei desligar ele várias vezes mas não parava de tocar. Então, com toda força o joguei no chão, o que fez com que ele se abrisse e finalmente parasse de tagarelar em meu ouvido. Com esse já são três despertadores que quebro esse mês; odeio essas coisas.Me levanto devagar e relutantemente dou uma leve arrumada em meu quarto. Tomo um banho quente rápido e assim que termino coloco um vestido estilo godê acima do joelho, listrado em preto e branco, uma botinha, e um chapéu fedora preto, eu adorava esses ch
Escutei gritos vindo do lado das clareiras, e a voz de Rafael por nossa ligação.Enviados!Ótimo! Erá só disso que eu precisava. Larguei as folhas espalhadas sobrr a nova mesa em meu escritório e corri para lá, ao menos os lobos da área já haviam conseguido conter a situação.Ao chegar lá fiquei parado esperando alguém começar a explicação, mas ninguém começou o interrogatório. Repreendi Rafael.— Já falei que quero que comece antes que eu chegue, não estarei sempre aqui Rafael!- Ele assentiu e baixou o rosto em seguida.Ao lado deles estavam dois corpos de crianças... Meu corpo estremeceu de raiva, ódio fervilhava ao meu redor. Ergui o olhar para meus betas e fiz um movimento de cabeça para que eles fossem soltos, e assim fizeram.Os três começaram a correr rindo da minha cara como se eu fosse um idiota, mas mal sabiam o que eu iria fazer.Meus ossos começaram a se revirar,
Minha loja estava cheia, barulhenta e muito movimentada, mas não eram clientes, e sim os jovens do grupo de dança que Druw formou, todos vieram trabalha aqui, mesmo sabendo que não tenho dinheiro para pagar a todos como deveriam ser pagos. A parte boa é que comecei a fazer mais entregas do que antes, agora com vários funcionários, os pedidos aumentaram e são entregues em várias partes da cidade.Músicas altas durante todo dia, aqui as vezes parecia uma loja de CDs, musica eletrônica, e passos rápidos, atraindo também jovens a levarem algumas flores, e vasos. Meu dia estava indo ótimo, bem humorado por todos, até escutar meu telefone tocar em meu escritório, não pedi que eles baixassem a música, apenas transferi a chamada para meu celular, peguei meu casaco, e avisei que iria dar uma volta.— Alô? – minha voz sai um pouco tremula pois tinha um certa suspeita de quem estaria do outro lado da linha.— Faça isso parar! – meu cora