A primeira vez que tocou o solo italiano sentiu-se perdida, como se nunca pudesse caber em um lugar diferente daquele que conhecera, certamente, perdeu o que sabia antes de acabar trancada naquele sanatório, agora teve a oportunidade de viver novamente, de recuperar o que perdeu em um estalar de dedos injustamente, finalmente viu os raios de luz, observou o nascer do sol e contemplou o pôr do sol junto com duas pessoas que lhe ofereceram proteção e carinho, exatamente o que idealizou em sua imaginação e acreditava que nunca viveria. Mar, ela era uma jovem animada por poder estar ao lado dos dois. O quarto que lhe fora apresentado como seu pela primeira vez, estudá-lo a deixou perplexa, não faltava nada naquele quarto que se tornasse sonhador. Aos poucos, ao longo desses meses, ela começou a se sentir confortável e familiarizada com o que tinha em seu presente adornado de cores e longe do preto e branco que sempre o ofuscava. Ele sabia de antemão que os dias brilhantes à frente ser
Pamela percebeu que o dinheiro de sua conta bancária havia desaparecido, que tudo o que ela economizou para pagar o tratamento de sua mãe desapareceu, o pior de tudo é que o histórico revelou que alguém estava fazendo compras. Seu coração parou; além dela, apenas o namorado tinha acesso à conta. Todo o corpo tremeu, a ansiedade surgia em forma de espiral dentro de si. Não queria ter ideias malucas, mas nada era improvável. A aula de artes terminava dentro de meia hora, lá ele não podia usar o celular. Então ela não ligou para ele, apenas foi para casa, ela já conversava com ele, mas algo não estava certo. Ela já fazia isso no trabalho, no entanto, ruídos estranhos vindos do segundo andar a alertaram. Alguém entrou em sua casa?Pamela parou de verificar o cartão de contato que encontrou na mesinha do hall de entrada que não tinha ideia de por que estava lá, era de uma importante academia de arte. Agora reparava nos sons misteriosos; quase marcou a polícia, se não fosse por aquela ri
- Não mais, é o suficiente. —Você não é meu pai, Oliver-bufou. - Há alguém doente na tua família? Ele olhou para ele com os olhos aguados. - Mãe. Oh oh meu Deus! Mamãe é tão ruim, ela só me tem, mas não sei mais o que farei para ajudá-la. Tem câncer de mama, já está um pouco avançado e começa com o tratamento em dois dias. O idiota do meu ex-namorado gastou o dinheiro que eu estava economizando com tanto esforço. Cómo como é que eu deveria lidar com a situação? Eu tenho que fazer alguma coisa, talvez ir a um credor. Não te quero aborrecer com a minha vida...- Não, Não te preocupes. Lamento pela tua mãe, o teu ex-parceiro agiu como um verdadeiro idiota, não precisava de fazer algo assim, é tão cruel. - É, ainda mais sabendo para que era o dinheiro. Estou sozinha, em apuros, tenho que resolver... - bebeu pelo nariz. - Quanto precisas? - ele quis saber.- Cinquenta mil dólares, e é só o começo-anunciou, ela pensou que ficaria surpresa com a cifra que soltou. - OK-emitiu, brilhava
Luna o acompanhou em todos os momentos, mas logo se retirou, precisando de tempo para investigar Pamela. Oliver deu-lhe até uma foto sobre a mulher; continuava a pensar que era uma loucura envolver-se com uma desconhecida. Apesar de saber, ele não podia mais se intrometer nos assuntos do jovem Buckland. Ele passeou pelas instalações da Buckland Company, até colidir com uma funcionária. Esperava-se qualquer outra pessoa, não apenas a mulher na foto. - Pamela Mansfield? - ela quis saber abrindo os olhos de par em par, a aludida olhou para ela confusa. Se não fosse porque tinha o seu nome na inscrição da camisa, teria perguntado como sabia o seu nome. - Oh, claro. Conocemos nós nos conhecemos de algum lugar? - franziu a testa, nunca a tinha visto por aí. Luna passou saliva com dificuldade. Era uma estranha coincidência que aquela mulher, que Oliver havia conhecido em um bar, trabalhasse na empresa. De certeza que se encontrariam em algum momento, por isso devia pô-lo a par, Se é q
Outra vez repetia-se o mesmo, não entendia sua insistência por saber o que ela desejava. Tom, não parecia a mesma pessoa. E Pamela tinha um mau pressentimento, como se o cara quisesse fazer algo ruim para ela. Eu não tinha certeza de nada. - Por que continua com isso? Ele recuou até colidir com a parede. Já tinha o coração em punho. - Posso oferecer —te algo melhor-encurralou-a, Pamela engoliu com dureza. - Por favor, tire-se, não continue com isto. - Queres deixar de ser uma aprendiz, não é? - Sim-prendeu o fôlego. Mas eu vou ganhar a pulso. - Isso é acreditar em contos de fadas. Só lhe pedirei um favor EM troca de lhe dar o que quiser —emitiu roçando sua bochecha e ela virou o rosto.Não suportava mais seu comportamento repulsivo. O que Tom não sabia é que a assistente, Luna, observava pela porta entreaberta. Ele cobriu a boca, ouviu tudo. Aquele tipo assediava a aprendiz, era indecente com ela, tinha de comunicar isso ao Oliver. Mesmo que não fosse Pamela, ela tinha que faze
Ela não era assídua à maquiagem, não tinha essa ânsia de usar em seu rosto vários produtos de beleza, no entanto, ela se esforçou para sair de sua zona de conforto e usar um pouco mais do que costumava. De apenas abrir uma das gavetas em seu quarto e ver o instantâneo daquele dia, seu coração congelou. Ele ainda estava torcendo no lugar, Bruce se comportou tão mal com ela, ainda assim ele continuava querendo. Ele enxugou as lágrimas. Ele perdeu duas pessoas, mas se olhasse de outra perspectiva, apenas se livrou de dois seres miseráveis em sua vida. Gabriela e Bruce eram assim. O karma chegaria a eles a qualquer momento. Ele descobriu muitas outras fotos, que ele não guardaria mais. Quebrou - as e jogou-as no caixote do lixo. Ali pertenciam, no esquecimento. Ele tinha pouco tempo, milagrosamente conseguiu tomar banho em alguns minutos. Vestiu um vestido azul celeste sobre os joelhos, convencida de que o branco o deixaria para seu futuro casamento de verdade; decidiu calçar sapatos
Ainda lhe parecia uma loucura o que lhe estava acontecendo, ainda não terminava de processar. Durante muito tempo Pamela idealizou esse dia, como um momento único e especial, não que surgisse do nada forçado ou de forma interessada, não queria que seus ideais e sonhos de menina a esmagassem com a realidade ou a apontassem por ter se unido a todo aquele teatro. - Oliver...- Sim? - respondeu-lhe pondo-se em marcha, e olhando-a de soslaio antes de voltar a colocar toda a sua atenção na estrada. - Obrigado, agora mamãe poderá começar com o tratamento. E se você não tivesse aparecido na minha vida, então eu não estaria acontecendo —ela emitiu com a voz afetada por causa de um mar de emoções que eu estava experimentando e Oliver ficou um pouco triste por ela, mais sabendo que eu estava realmente passando por um momento difícil. - Nesse caso também tenho que te agradecer por aceitar minha proposta, só aviso que é apenas o começo —acrescentou. Pamela suspirou. Eu já sei imaginei que esse
Oliver ainda esperava a resposta da garota, embora com certeza ela estivesse cuidando de outros assuntos e, quando visse sua mensagem, confirmaria se podia naquela hora e lugar para recorrer ao encontro. Eu tinha que conversar com ela sobre isso. Suspirou fundo. Por sua vez, ele ainda estava sozinho naquele apartamento luxuoso. Não se sentia desconfortável, de fato lhe satisfazia a solidão e ter seu próprio espaço, por isso antes de completar vinte anos de idade, já havia se tornado independente, no entanto existia outro tipo de silêncio que o perturbava. Oliver serviu-se de um copo de whisky, há muito tempo que tinha tomado um banho, embora tudo o que queria era descansar, não era hora de fazer uma pausa. Grandes oportunidades vieram com enormes cargos, e ele assumiu de qualquer maneira. Porque pensava no bem-estar do pai, queria que pudesse dedicar mais tempo à mãe, trabalhava sem parar há anos, exausto de viagens de negócios, reuniões e tudo o que implicava ser o executivo de u