Amanda
Quando os primeiros raios de sol adentraram o quarto, abri meus olhos devido a claridade que incomodava levemente.Espremi os olhos numa falha tentativa de protegê-los daquela claridade que assustava nos primeiros minutos.
Só depois de alguns segundos, percebi que ainda permanecia da mesma forma que havia pegado no sono: deitada sob o peitoral de Derek, onde dormi feito um anjo.
Abri um sorriso de canto de boca.
Há três meses eu me fazia a mesma pergunta, durante todas as manhãs: tudo isso era apenas um sonho?
A resposta, é claro, surgia sempre da melhor maneira possível: Derek deitado ao meu lado, lembrando-me sempre de que aquilo era real.
Ele era real, bem como o nosso amor.
Rocei minhas pernas às suas e deslizei minhas m&a
.Amanda— Você está tão linda, Mandy!Sabrina abriu um sorriso largo, e eu ri, incapaz de conter a felicidade que me tomava por completo.— Meu irmão é mesmo um cara de sorte. — completou.Eu ri e fiz uma leve careta. Rolei os olhos para o espelho à minha frente.Depois, desviei meu olhar para Sabrina.— Me diga que não é um sonho. Me diga que isto é real. Que eu vou realmente me casar com Derek. Que nós dois... que seremos uma família e que isso aqui, — eu fiz um gesto abrangente. — é real.Brina riu fraco.— É real, Mandy! Tudo isso aqui é real.Senti as lágrimas começarem a se formar em meus olhos.Mas eu tinha de as conter, afinal de contas, não queria borrar toda a maquiagem.— Obrigada. — d
Dor. De acordo com o dicionário é uma sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a esses estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter. É uma mágoa originada por desgostos do espírito ou do coração; sentimento causado por decepção, desgraça, sofrimento, morte de um ente querido. Morte de um ente querido. Aqui está o real significado de dor para Derek Sant. Aos vinte, Derek conheceu Monnie Elizabeth e, juntos, viveram aquele clichê romântico que todos estamos cansados de ouvir a respeito. Você sabe do que estou falando, certo? Aquele amor intenso com direito a respiração incidida, pernas bambas e borboletas no estômago... Ele se apaixonou por ela na medida em que ela também se apaixonou por ele. Para Derek, era difícil explicar um amor tão grande quanto esse que ele sentia por Monnie. A garota, sortuda, sem pedidos ou avisos prévios, tomou para si o que muitas mulheres deseja
— Barriga de aluguel? Barriga de aluguel, Derek?A voz de Sabrina, minha irmã caçula, soa, cheia de irreverência e histeria.Enfezado, sento-me no sofá e folheio o jornal como se nada estivesse acontecendo.— Enlouqueceu de vez? Derek! Meu Deus, você enlouqueceu? Pensei que os encontros semanais com Dr. Diógenes estivessem finalmente te ajudando! Mas pelo visto...Não estou depositando minha atenção em Sabrina, mas sei que ela revirou os olhos, aborrecida.— Eu deveria saber que você ainda estava maluco. Tem sido assim desde que... desde que ela...Movo meus olhos do jornal para Sabrina. Imediatamente el
A N T E S"— Não vale espiar, Derek, por favor! — Monnie pedia e eu só conseguia rir enquanto ela se esforçava para ficar na ponta dos pés para tapar meus olhos.— Não vou. — asseguro.— Estamos quase lá! Mantenha seus olhos fechados, Derek Sant! Estamos... quase... agora...De repente ela se afastou e minha única reação foi abrir os olhos. O que vi, em seguida, me aqueceu o coração.Minha família e meus amigos ali, diante de mim, todos reunidos, para comemorar meu aniversário.Todos começaram a cantarolar um alto parabéns para você, mas eu só conseguia olhar para min
— Você enlouquece de vez, Derek! E você — ela apontou o dedo indicador para Damen que respirou profundamente. — Está influenciando nosso irmão nessa maluquice!— Sabrina, já que não posso fazê-lo mudar de idéia, como seu irmão, é meu dever ajudá-lo e apoiá-lo. Deveria fazer o mesmo, sabia?Sabrina soltou uma risada anasalada, carregada de escárnio.Arg! Eu odiava aquela risada debochada.— Ajudar? Você está realmente maluco, Damen! Se quer ajudar o Derek, tente colocar na cabeça dele que sua idéia estúpida de usar uma mulher qualquer para gerar um filho seu é loucura. Se ele quer um filho, faça o que um ser humano normal faria: se apaixone, se case e engravide alguém por amor ou... Ou simplesmente adote
— Beth, aqui estão eles. — o grandão nos anuncia.Beth, é, de fato, uma mulher madura. As camadas de maquiagem em seu rosto conseguem esconder bem a idade que ela carrega nos ombros, mas dá pra ver que é uma mulher vivida. Em todos os sentidos, diga-se de passagem.— Ora, ora. À que devo a honra, rapazes? — ela gira a cadeira em que está sentada. — Sentem-se, por favor!Eu estava pronto para abrir minha boca e sem rodeios revelar o motivo de minha vinda até esse ambiente inadequado, no entanto Damen decidiu ser mais rápido que eu:— Senhora Beth...— Senhora, não. Jamais. — ela solta uma escandalosa risada. — Me chame só de Beth.— Beth. — Damen se corrige com um sorriso de canto de boca. &m
Amanda permaneceu quieta durante todo o percurso até a mansão.Enquanto Damen dirigia, vez ou outra eu a espiava pelo retrovisor.Ela estava encolhida no banco de trás, olhava para os lados, como se cada canto da cidade lhe fosse novidade.Era uma cena bonita de se admirar, para ser extremamente sincero.Amanda era como um pássaro, antes preso numa gaiola. Agora ela estava livre.— Amanda, não é? — a voz de meu irmão soa.Ela assente, quieta, sem nos agraciar com sua voz suave.— Vamos conversar sobre o contrato e sobre todos os benefícios que você receberá, certo? Fazemos questão de que você esteja ciente de tudo.— Certo. — ela murmura baixinho. — Muito obrigada! De verdade, eu nem
AmandaA irmã de Derek, Sabrina, me arrasta até seu quarto. Fico sentada em sua cama enquanto ela joga peças e mais peças de roupa ao meu lado. Me parece que, quanto mais roupas ela tira do closet, mais ela parece ter.— A maioria delas são novas. Quase não as usei. Você tem o corpo bem semelhante ao meu, vão ficar ótimas em você.— Não precisa se incomodar. — sussurro, constrangida. Ela ri. Aparentemente de mim.— Não é incômodo algum. Estão aí, jogadas, em desuso. Esta é a oportunidade perfeita.Sabrina finalmente para de procurar por roupas e me encara.— Sapatos. — ela diz olhando para os meus pés. — São pequenos. Quanto calça?— trinta e cinco.Ela parece maravilhada. Abre um sorriso de orelha à orelha.Último capítulo