Derek
O endereço que Aspen descobriu, nos levou a uma grande casa, numa área mais isolada da cidade.
Para meu total azar, a casa não parecia estar sendo habitada por ninguém, visto que toda a sua frente parecia deteriorada.
— Seja quem for esse tal de Stevan, devo admitir que é um cara esperto. É claro que ele não a traria para cá.
Damen rolou os olhos e eu suspirei profundamente.
Olhei novamente para a casa em busca de qualquer coisa, algo insistia em me dizer que Amanda estava mais perto do que eu poderia imaginar.
— Ou ele quer que pensemos isso. — eu disse, pensativo. — Que ele é esperto o bastante para não trazê-la para cá.
AmandaEstava quase inconsciente quando ouvi o barulho de alguém descendo as escadas.Era Stevan.Abri meus olhos com dificuldade, e o vi parado à minha frente.— Como você está, querida? Sente-se melhor?Não conseguia falar. Não tinha forças para falar.Eu apenas estava sentindo.Dor. Raiva. Medo. Tudo.— Você não me parece muito bem. — ele desdenhou. — Mas vai ficar. Oh! Já estava me esquecendo...Ele brutamente ergueu-me do chão, sem dor nem piedade.Stevan segurou-me apenas pelos ombros, e eu procurei forças dentro de mim para permanecer ali, viva
Derek— Deixe-o ir, Stevan. Vamos ser felizes juntos, do jeito que você quer, está bem? Eu aceito, eu juro!Amanda estava aos prantos. Stevan ponderou por alguns segundos. Mesmo assim, permanecia com a arma apontada em minha direção, o que me impedia de raciocinar e agir.— Você não está me enganando, está? Mandy, eu não vou tolerar...Amanda arrastou-se com dificuldade até Stevan e segurou em suas pernas.— Eu te dou minha palavra. Deixe-o ir, e eu prometo, vou embora com você pra qualquer lugar que quiser ir.— Não, Amanda! Não vou permitir! — rosnei.— Cale a maldita boca! — rosnou ele, irritado. Por um mísero segundo meu corpo ficou estático. Qualquer reaç&atil
DerekEspremi meus olhos.Por que eu não estava sentindo dor?— Derek, abra seus olhos!Era Damen.Abri meus olhos sem pensar duas vezes.Olhei ao redor, o corpo de Stevan estava estendido ao chão.Cerrei os olhos em Damen, atordoado.— Eu... eu pensei que...Havia um policial com uma arma em mãos, foi então que constatei, o tiro não havia sido em mim. O tiro havia acertado Stevan.De modo instantâneo, apenas abracei Damen o mais forte que pude.— Conseguimos, irmão. — ele murmurou, parecia aliviado. — Nós conseguimos.Assenti, os olhos fixos em Damen.— Amanda! Onde ela está?— Já
Derek— Hey, estou aqui, ouviu?Eu disse assim que me aproximei de Amanda novamente. Agarrei fortemente suas mãos.— Aplicamos um anestésico. Em poucos minutos ela vai adormecer.A médica murmurou e eu assenti. Em seguida, olhei para Amanda e sorri como se nada estivesse errado.Amanda fechou os olhos rapidamente, depois os rolou para mim.— Ouça, — ela disse baixinho. — Preciso que me faça um favor.— Eu...— Derek, se algo acontecer... se algo realmente acontecer, quero que prometa...— Não. — disse sério. — Não ouse fazer isso.— Eu preciso...— Não se despeça. Você não vai morrer. Não hoje.
DerekEu estava transtornado.Devastado e literalmente aéreo.Sabrina me trouxe um copo de água com açúcar, numa tentativa falha de me acalmar.Depois de minutos de angústia, a porta do centro cirúrgico abriu-se, mostrando a médica que, há poucos minutos, eu vi tentar salvar a vida de Amanda.Ela retirou a máscara e nos encarou com uma feição séria.Amanda havia partido. Eu não queria ouvir isso de novo. Não queria voltar ao início. Ouvir suas duras palavras deixaria-me ainda mais transtornado.E faria com que, mais uma vez, meu coração se quebrasse em vário caquinhos. Mas dessa vez seria diferente. Ninguém poderia uni-l
AmandaQuando os primeiros raios de sol adentraram o quarto, abri meus olhos devido a claridade que incomodava levemente.Espremi os olhos numa falha tentativa de protegê-los daquela claridade que assustava nos primeiros minutos.Só depois de alguns segundos, percebi que ainda permanecia da mesma forma que havia pegado no sono: deitada sob o peitoral de Derek, onde dormi feito um anjo.Abri um sorriso de canto de boca.Há três meses eu me fazia a mesma pergunta, durante todas as manhãs: tudo isso era apenas um sonho?A resposta, é claro, surgia sempre da melhor maneira possível: Derek deitado ao meu lado, lembrando-me sempre de que aquilo era real.Ele era real, bem como o nosso amor.Rocei minhas pernas às suas e deslizei minhas m&a
.Amanda— Você está tão linda, Mandy!Sabrina abriu um sorriso largo, e eu ri, incapaz de conter a felicidade que me tomava por completo.— Meu irmão é mesmo um cara de sorte. — completou.Eu ri e fiz uma leve careta. Rolei os olhos para o espelho à minha frente.Depois, desviei meu olhar para Sabrina.— Me diga que não é um sonho. Me diga que isto é real. Que eu vou realmente me casar com Derek. Que nós dois... que seremos uma família e que isso aqui, — eu fiz um gesto abrangente. — é real.Brina riu fraco.— É real, Mandy! Tudo isso aqui é real.Senti as lágrimas começarem a se formar em meus olhos.Mas eu tinha de as conter, afinal de contas, não queria borrar toda a maquiagem.— Obrigada. — d
Dor. De acordo com o dicionário é uma sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a esses estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter. É uma mágoa originada por desgostos do espírito ou do coração; sentimento causado por decepção, desgraça, sofrimento, morte de um ente querido. Morte de um ente querido. Aqui está o real significado de dor para Derek Sant. Aos vinte, Derek conheceu Monnie Elizabeth e, juntos, viveram aquele clichê romântico que todos estamos cansados de ouvir a respeito. Você sabe do que estou falando, certo? Aquele amor intenso com direito a respiração incidida, pernas bambas e borboletas no estômago... Ele se apaixonou por ela na medida em que ela também se apaixonou por ele. Para Derek, era difícil explicar um amor tão grande quanto esse que ele sentia por Monnie. A garota, sortuda, sem pedidos ou avisos prévios, tomou para si o que muitas mulheres deseja