Dor.
De acordo com o dicionário é uma sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a esses estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter.
É uma mágoa originada por desgostos do espírito ou do coração; sentimento causado por decepção, desgraça, sofrimento, morte de um ente querido.
Morte de um ente querido. Aqui está o real significado de dor para Derek Sant.
Aos vinte, Derek conheceu Monnie Elizabeth e, juntos, viveram aquele clichê romântico que todos estamos cansados de ouvir a respeito. Você sabe do que estou falando, certo? Aquele amor intenso com direito a respiração incidida, pernas bambas e borboletas no estômago...
Ele se apaixonou por ela na medida em que ela também se apaixonou por ele.
Para Derek, era difícil explicar um amor tão grande quanto esse que ele sentia por Monnie. A garota, sortuda, sem pedidos ou avisos prévios, tomou para si o que muitas mulheres desejavam, mas nunca teriam: o coração de Derek Sant.
Foi então que eles decidiram se casar. Derek não via motivos para permanecer adiando uma coisa na qual ele tinha plena convicção de que seria a melhor decisão de sua vida. O amor gritava em seu peito.
E, mesmo depois de completarem três anos de casados, o amor só parecia crescer. No rapaz principalmente. O que muitos chamavam de obsessão, Derek preferia chamar de um amor profundo e verdadeiro.
A vida a dois era tão perfeita. A felicidade parecia não ter fim.
Quando a notícia de que seu primeiro filho - e herdeiro - estava à caminho surgiu, o homem enlouqueceu de tanta alegria! Ele não podia ser mais feliz que isso, podia? Afinal de contas, havia conquistado tudo que sempre sonhara: um amor verdadeiro, construiu seu próprio escritório de advocacia e seria pai.
Felicidade. Derek transbordava de alegria, incapaz de conter o sentimento que queimava no peito.
Mas, voltemos para o início. Voltemos para a estaca zero.
Voltemos para a definição de dor.
Nem tudo na vida são flores. Alguém deveria deixar isso bem claro para Derek. Por mais consecutivos dias ensolarados que tenhamos, isso não significa que os dias nublados não vão aparecer em algum momento.
10 de Setembro de 2015.
O sol desapareceu e deu espaço para a Lua e sua beleza imensurável.
O último final de semana de Monnie antes de ganhar bebê.
Ou por que não dizer apenas último final de semana?
Estava tudo bem. Eles estavam a caminho de sua casa de campo, no interior da cidade que moravam.
Monnie repousava uma de suas mãos na barriga enorme de nove meses. A outra mão permanecera toda a viagem entrelaçada a de Derek, enquanto ele conduzia o volante com a outra. Sempre com cautela, porque o homem prezava pela vida dos seus.
Eles só estavam indo para a casa de campo da família. Descansar. Se amar. Planejar. Ser, sempre, um pouco mais feliz.
Até que...
A Dor se fez presente e nunca mais deixou de existir.
Muita dor surgiu.
Derek não sabia o que havia acontecido, embora tivesse se esforçado profundamente para lembrar de algum vestígio. De qualquer coisa que o condenasse. Qualquer coisa que lhe dissesse que o erro tinha sido seu.
Foi veloz. Foi num simples piscar de olhos.
Num segundo ele estava lá, feliz, ao lado da mulher que amava e do filho que estava a caminho. No outro... só restava dor.
E, depois daquele famigerado acontecido, é em torno dessa dor que o homem tem vivido.
Alguns arriscam dizer que ele perdeu a razão depois que ela se foi. Outros, se comovem quando escutam sua história. Mas há quem diga que ele enlouqueceu de vez, afinal de contas nada nem ninguém tira de sua cabeça o fato de que ele ainda quer o seu herdeiro.
Para ele, um filho lhe traria de volta as esperanças, perdidas naquele maldito acidente que lhe tirou tudo.
O amor, a esperança, a felicidade. A vida.
Um filho lhe trará de volta a lembrança de sua doce Monnie, seu grande e único amor.
Um filho é tudo que ele deseja. O filho que lhe foi tirado a vida de modo tão cruel.
Para alcançar seu objetivo ele só precisava de uma mulher que estivesse disposta a aceitar sua proposta. Alguém quem aceitasse carregar seu filho no ventre em troca da vida de realeza que ele poderia oferecer durante os noves meses de gestação de sua barriga solidária.
Tudo estava esquematizado na cabeça do homem. Em nove meses, a mulher que aceitasse suas exigências, teria uma vida perfeita, repleta de luxos e privilégios.
Em nove meses, porém, muita coisa pode acontecer. As quais podem surpreender a todos, inclusive ao próprio Derek.
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— Barriga de aluguel? Barriga de aluguel, Derek?A voz de Sabrina, minha irmã caçula, soa, cheia de irreverência e histeria.Enfezado, sento-me no sofá e folheio o jornal como se nada estivesse acontecendo.— Enlouqueceu de vez? Derek! Meu Deus, você enlouqueceu? Pensei que os encontros semanais com Dr. Diógenes estivessem finalmente te ajudando! Mas pelo visto...Não estou depositando minha atenção em Sabrina, mas sei que ela revirou os olhos, aborrecida.— Eu deveria saber que você ainda estava maluco. Tem sido assim desde que... desde que ela...Movo meus olhos do jornal para Sabrina. Imediatamente el
A N T E S"— Não vale espiar, Derek, por favor! — Monnie pedia e eu só conseguia rir enquanto ela se esforçava para ficar na ponta dos pés para tapar meus olhos.— Não vou. — asseguro.— Estamos quase lá! Mantenha seus olhos fechados, Derek Sant! Estamos... quase... agora...De repente ela se afastou e minha única reação foi abrir os olhos. O que vi, em seguida, me aqueceu o coração.Minha família e meus amigos ali, diante de mim, todos reunidos, para comemorar meu aniversário.Todos começaram a cantarolar um alto parabéns para você, mas eu só conseguia olhar para min
— Você enlouquece de vez, Derek! E você — ela apontou o dedo indicador para Damen que respirou profundamente. — Está influenciando nosso irmão nessa maluquice!— Sabrina, já que não posso fazê-lo mudar de idéia, como seu irmão, é meu dever ajudá-lo e apoiá-lo. Deveria fazer o mesmo, sabia?Sabrina soltou uma risada anasalada, carregada de escárnio.Arg! Eu odiava aquela risada debochada.— Ajudar? Você está realmente maluco, Damen! Se quer ajudar o Derek, tente colocar na cabeça dele que sua idéia estúpida de usar uma mulher qualquer para gerar um filho seu é loucura. Se ele quer um filho, faça o que um ser humano normal faria: se apaixone, se case e engravide alguém por amor ou... Ou simplesmente adote
— Beth, aqui estão eles. — o grandão nos anuncia.Beth, é, de fato, uma mulher madura. As camadas de maquiagem em seu rosto conseguem esconder bem a idade que ela carrega nos ombros, mas dá pra ver que é uma mulher vivida. Em todos os sentidos, diga-se de passagem.— Ora, ora. À que devo a honra, rapazes? — ela gira a cadeira em que está sentada. — Sentem-se, por favor!Eu estava pronto para abrir minha boca e sem rodeios revelar o motivo de minha vinda até esse ambiente inadequado, no entanto Damen decidiu ser mais rápido que eu:— Senhora Beth...— Senhora, não. Jamais. — ela solta uma escandalosa risada. — Me chame só de Beth.— Beth. — Damen se corrige com um sorriso de canto de boca. &m
Amanda permaneceu quieta durante todo o percurso até a mansão.Enquanto Damen dirigia, vez ou outra eu a espiava pelo retrovisor.Ela estava encolhida no banco de trás, olhava para os lados, como se cada canto da cidade lhe fosse novidade.Era uma cena bonita de se admirar, para ser extremamente sincero.Amanda era como um pássaro, antes preso numa gaiola. Agora ela estava livre.— Amanda, não é? — a voz de meu irmão soa.Ela assente, quieta, sem nos agraciar com sua voz suave.— Vamos conversar sobre o contrato e sobre todos os benefícios que você receberá, certo? Fazemos questão de que você esteja ciente de tudo.— Certo. — ela murmura baixinho. — Muito obrigada! De verdade, eu nem
AmandaA irmã de Derek, Sabrina, me arrasta até seu quarto. Fico sentada em sua cama enquanto ela joga peças e mais peças de roupa ao meu lado. Me parece que, quanto mais roupas ela tira do closet, mais ela parece ter.— A maioria delas são novas. Quase não as usei. Você tem o corpo bem semelhante ao meu, vão ficar ótimas em você.— Não precisa se incomodar. — sussurro, constrangida. Ela ri. Aparentemente de mim.— Não é incômodo algum. Estão aí, jogadas, em desuso. Esta é a oportunidade perfeita.Sabrina finalmente para de procurar por roupas e me encara.— Sapatos. — ela diz olhando para os meus pés. — São pequenos. Quanto calça?— trinta e cinco.Ela parece maravilhada. Abre um sorriso de orelha à orelha. DerekEstava na sala, sentado no sofá maior, esperando Amanda para podermos, finalmente, ir até a clínica realizar os exames necessários.Estava batucando meu dedo contra o braço do sofá, quando avistei Sabrina descendo as escadas.Minha irmã estava saltitante, parecia feliz. E feliz até demais.— A roupa ficou ótima em você, Mandy! — ela berrava, cheia de orgulho. — Eu te disse que ia ficar ótima!Quando rolei os olhos, dei conta de que Sabrina estava falando com Amanda. A menina estava com um vestido mediano, bege, muito bonito. É claro que Amanda estava toda encolhida, visto que Sabrina estava deixando-a totalmente sem graça.— Bom dia, Dekinho. — Sabrina disse, provocando-me.Eu forcei um sorriso.— O que há com você? Nunca parece feliz pela manhã. — rolo os olhos.— Mandy está pronta... — ela diz, ignorCapítulo 7
AmandaDepois que o resultado dos exames saíram, tivemos a certeza de que eu estava adepta a inseminação artificial. Derek não esperou por mais nenhum segundo. Fizemos o procedimento e ficamos na expectativa.A doutora Campbell nos orientou de que deveríamos esperar por um prazo de, no máximo, quinze dias. Ela nos assegurou que este era o prazo ideal para que pudéssemos saber se havia dado certo, ou seja, se eu realmente havia ficado grávida.— Eu nem acredito que o Derek resolveu ir até a empresa. Ele não colocava os pés lá há mais de um ano.Sabrina encheu a mão de pipoca e fez questão de levar todas para a boca. Ela era engraçada.— Por que ele saiu da empresa?