Madelaine
A batida forte na porta faz eu me sentar na cama. — Abre a porta Maddy! — Dailah grita do outro lado. Faço uma careta. — Não estou me sentindo bem — digo. E não é exatamente uma mentira. — Você está assim a dias. Já chega, abre a porta! Não me faça pegar a cópia da chave — diz firmemente. Não posso esquecer que estou na casa dela de favor, ela tem todo direito de fazer isso. — Não precisa, já vou abrir! — grito jogando o cobertor no chão. Vou até a porta me esquivando da bagunça. — O que foi? — pergunto, abrindo a porta vendo Dailah me olhando com os braços cruzados e com uma expressão nada amistosa. Coço os olhos, vendo Candice surgir atrás de Dailah me olhando com uma expressão incrédula. — Meu Deus! — Ela fala cobrindo a boca com as mãos. — Eu te disse — Dailah fala olhando para ela. — Eu não acredito que você está nesse estado Maddy — Candice fala colocando as mãos na cabeça. Olho para meu pijama manchado e levando o braço aproximando o meu rosto da axila sentindo um odor horrível, faço uma careta. Candice faz uma cara de nojo. — Você está um lixo! E eu já estou cansada de te ver assim. Cadê aquela mulher foda que metia medo na gente? — Dailah fala esbarrando em mim e entrando no quarto — meu Deus isso aqui tá um lixo. — Me desculpe — digo abaixando a cabeça, me sentindo envergonhada. — Não peça desculpas Madelaine, você não é assim. Olhe só para você. Já chega — Candice fala me entregando uma sacola entrando no quarto em seguida. A sigo, vendo ela e Dailah se entreolharem. — Você não vai se autodestruir por causa de gente escrota. Não vai mesmo — Dailah afirma cruzando os braços. Jogo a sacola na cama e me jogo em seguida. — Você se livrou de um embuste, saiu de um emprego que estava sugando sua alma, isso não o fim do mundo — Dailah fala juntando as embalagens do chão. — Embuste que roubou o meu apartamento, meu carro e a minha dignidade — falo rápido. — Olha amiga, o que aquele merda fez é horrível, mas tenha certeza de que em algum momento ele vai pagar por isso, o carma é real e ele adora ferrar com gente que nem ele, pode demorar, mas pode ter certeza que vai rolar — Candice dá uma piscadela e um sorriso maléfico. Eu realmente espero que ela esteja certa. — Espero no mínimo que a siliconada meta um chifre nele o deixe sem nenhum centavo — completa esfregando as mãos. Dou uma risada fundo e ela me acompanha. — E aquele seu emprego era uma merda. Você não tinha vida, você respirava por aquele banco e olha o que aconteceu — Dailah completa. — Não precisa jogar na minha cara — respiro fundo. — Não estou jogando nada na sua cara, estou aqui fazendo você enxergar o lado bom no meio de tudo isso. A sua vida não acabou Madelaine — diz num tom repreensivo. Traída, roubada e desempregada, acho que não tem lado bom nisso. — Você precisa reagir, encontrar um emprego, conhecer um cara gostoso e pauzudo que te faça ver estrelas — Candice fala me fazendo dar uma risada. — Sabemos que você não sabe o que é um orgasmo há anos — E ainda aceitou casar-se com aquele ovo mole — Candice finge um vômito. — Quando foi que minha vida sexual virou pauta? — pergunta, tentando ficar séria. — Estamos mentindo? O pior é que elas tinham razão, o sexo com Alvim estava sendo horrível, na verdade nunca foi dos melhores, no final eu nem sentia mais vontade de transar. Meu Deus! Como eu ia me casar com alguém que nem me fazia gozar? — Qual é Maddy você nem amava ele, seus olhos nem brilhavam quando falava dele, ele era insuportável — Dailah revira os olhos. No final elas estavam certas sobre aquele energúmeno. — Mandei currículos seus para todos os lugares possíveis — Andresa fala. Arregalo os olhos espantada. — Marquei terapia online para você, te mandei o link no W******p — Dailah completa. — Vocês o que? — O que ouviu — respondem em uníssono. Por que elas estavam fazendo isso? — Eu não preciso de terapia — afirmo me levantando e pegando meu celular na cômoda. — Todo mundo precisa de terapia Madelaine. Respiro fundo sentindo um engasgo. — Por que vocês estão fazendo isso? — tento não embargar a voz. — Porque te amamos, e queremos ver você bem. Você é uma mulher foda Madelaine, inteligente, linda, intimidante, temos orgulho de você. Elas estão dispostas a me fazer chorar. Dailah e Candice são minhas melhores amigas a anos, nos conhecemos no ensino médio e nunca mais nos afastamos. Nós três somos completos diferentes, Dailah é uma ruiva linda e sarada, formada em educação física, é apaixonada por esportes, já participou de vários campeonatos esportivos, não é chegada a relacionamentos, sempre optou por algo mais casual. Candice é uma negra linda, cabelos longos e cacheados, alta e magra, sempre chamou a atenção por onde passa, sempre falei que ela deveria ter seguido a carreira de modelo, é formada em fisioterapia, sempre foi a mais romântica de nós três, se casou a dois anos com um cardiologista que conheceu no hospital que trabalha. Eu sou a mais baixinha de nós três, por isso abuso do salto alto, não tenho nada muito atrativo, ou uma beleza fora do normal, só mais uma loira pálida e comum, que precisa de muita maquiagem para se sentir bonita. Nossas personalidades são completamente diferentes, e acredito que são essas diferenças que nos completam. Elas são a família que eu escolhi, e posso dizer com convicção que escolhi certo. — Na sacola tem roupa de treino e um tênis, tome um banho, vista e vamos correr no parque e depois tomar um café superfaturado — Dailah diz indo até a cama e tirando as coisas dentro da sacola. — Queremos a nossa amiga de volta — Candice vem até mim e me puxa para um abraço. Logo Dailah se junta a nós em um abraço triplo. Então eu desabo, deixo as lágrimas descerem, enquanto sou amparada por elas. Era a primeira vez que chorava na frente delas dessa forma. Elas sempre me viram como uma mulher forte, e agora eu sinto que parecia outra pessoa. — Estamos aqui por você — Dailah afaga os meus cabelos. — Obrigada — digo em meio aos soluços — Eu amo vocês. — Vou te soltar porque seu desodorante venceu — Candice fala e eu fecho a cara. — Idiota! — faço uma careta. — Já ligou para seus pais? — Dailah pergunta. Nego com a cabeça. — Você precisa falar com eles — Candice cruza os braços. — Eu vou ligar, só não é o momento — digo dando de ombros — Acho melhor eu tomar banho, e me arrumar — digo para desconversar. Não quero falar sobre como me sinto em relação a contar o que aconteceu comigo para os meus pais agora. Se eu me negar a sair, tenho certeza que elas me arrastam para fora. Elas estão empenhadas. E não posso negar que eu precisava dessa sacudida. *** Termino de secar o cabelo e tento prender ele em um pequeno rabo de cavalo, pela primeira vez desde que cortei sinto saudade dos fios longos, escolhi cortar porque me pouparia mais tempo em me arrumar e também pensei que poderia me fazer parecer mais séria. Aumento o buraco na camada de ozônio exagerando no desodorante, trauma. Borrifo perfume, passo protetor solar e um gloss. O sacode das minhas amigas me fizeram bem. Eu estava precisando ouvir tudo que elas disseram, no fundo eu sabia de tudo aquilo, mas não queria aceitar. E como se dormir, chorar e comer porcaria fosse mais fácil. Mas estava me arrastando para o fundo do poço. Talvez amanhã eu acorde deprimida, e tudo bem, mas eu estou disposta a mãe esforçar e não deixar que toda essa merda seja eminente. O barulho do meu celular vibrando chama minha atenção. Olho ao redor procurando pelo aparelho no meio da bagunça. Assim que o encontro vejo que se trata de uma ligação da minha mãe. Sinto um frio na espinha. Eu disse para ligar somente em caso de emergência, o que faz com que eu a atenda rapidamente. — Mãe? Ouço sua respiração irregular do outro lado da linha. — Fi...filha — ela está chorando. Sinto minhas pernas amolecerem. — Mãe está tudo bem? — minha voz soa trêmula. — O seu pai, filha...— soluça. — O que...que houve com o papai? — sinto um calafrio ainda maior. — Ele teve um princípio de infarto...DanielMinha mãe diz que estou virando bicho do mato e acho que ela tem razão. Chego no hotel, exausto e agoniado. Passei o dia inteiro em Austin, e isso já foi suficiente para mim. O barulho constante dos carros, as sirenes, e a pressa das pessoas me deixaram tonto. O cheiro de fumaça e a luz artificial me sufocam. Parece que tem uma eternidade desde que morei aqui. Só consigo pensar na tranquilidade da fazenda e como eu queria estar lá agora.Não consigo me imaginar vivendo aqui novamente. A cidade grande não é para mim. É engraçado me lembrar do quanto eu desejava morar na cidade grande quando ainda era garoto e vivia na fazenda.Só Erin para me fazer passar um dia todo aqui. Minha irmã sabe muito bem como ser convincente. E também seria egoísta da minha parte não participar dos eventos de sua formatura. Meus pais também fariam picadinho de mim se eu não viesse. Estou orgulhoso dela, minha irmã caçula já é uma mulher formada em odontologia, parece que foi ontem que ela
MadelaineAcho que nunca passou pela minha cabeça que em um sábado à noite eu estaria desembarcando em um avião em Austin.Nem sei por que isso me surpreende, já que há algumas semanas eu tinha um apartamento, um carro, um emprego e um energúmeno que eu chamava de noivo. E agora... Bem, pode se dizer que eu estou voltando para a casa dos meus pais.Quase trinta anos morando com os pais. Seria cômico se não fosse trágico.Uma casa que eu nunca fui capaz de tirar um tempo para visitar. E mesmo que seja no meio do mato, isso não é uma justificativa.Escolhi parar de lamentar o meu fracasso pessoal e fazer o papel de filha, de uma boa filha.Receber a ligação da minha mãe, e saber que quase perdi meu pai, me desmontou. Não saberia descrever tudo que senti ao ouvir cada palavra dita pela voz embargada de minha mãe, mas remorso, isso eu consigo afirmar que senti e ainda estou sentindo.Como eu pude ser tão negligente? Como eu pude colocar o meu trabalho a frente das pessoas que eu mais amo
Madelaine Ganhei anos de vida depois de um banho quente. Era tudo que eu precisava depois de um voo horroroso na classe econômica com uma escala desnecessária, acho que as empresas aéreas fazem isso de propósito.Termino de secar o cabelo no instante em que vejo que Dailah está me ligando por vídeo.Ela não iria desistir até que eu atendesse, já que não havia respondido as mensagens dela.Ela e Candice eram um poço de preocupação.— Oi — atendo segurando o celular e me sentando na cama.— Ela atendeu Candice, sua vadia desnaturada...— grita, e vejo Candice surgir detrás dela.— Estou exausta, quis tomar um banho antes de ligar para vocês — ajeito o cabelo olhando minha imagem na tela.Dailah revira os olhos.— A gente estava preocupada com você — Candice fala pegando o celular da mão de Dailah.Dou uma risadinha.— Estou bem, e ainda na civilização — brinco.Ela balança a cabeça de um lado para o outro.— Sabe o que eu a Dailah pensamos disso, ainda mais você indo assim, sem nem fal
Madelaine Fico desapontada. Se esse homem flertasse comigo, ele nem precisaria de muito esforço. Uma frase e eu já estaria com as pernas abertas.Mas eu não tenho uma sorte dessas.Coloco o celular sobre a mesa vendo as mensagens no grupo que tenho com as meninas Reclamando e se lascando S.A, e o único grupo de WhatsApp que tenho e se alguma de nós três sairmos, acontece a terceira guerra mundial. Madelaine: Já cheguei no bar.Dailah: Algum cowboy gostoso?Madelaine: Cowboy não, mas... tem um boy maravilhoso aqui.Me arrependo de falar do homem no instante em que Dailah começa a digitar.— Boa noite! — um garçom jovem com o rosto marcado por algumas acnes me estende o cardápio.— Boa noite! Obrigada — sorrio simpática e ele assente com a cabeça.Noto que o senhor testosterona está mais uma vez olhando em minha direção. Engulo em seco passando os olhos pelas páginas do cardápio, tentando encontrar os vinhos.— Procura por algo em específico? — o rapaz pergunta parecendo notar minha a
Madelaine Pisco os olhos diversas vezes enquanto formulo uma resposta.— Não estou acostumada com esse tipo de bebida — faço uma careta involuntária.Ele dá uma risadinha.— Por isso sempre escolho cerveja, não tem erro — ergue a longneck pela metade em sua mão, dando um gole na mesma em seguida.— Admiro quem consegue beber isso, é tão amargo — mais uma careta involuntária.Que merda eu estou fazendo? — Se importa se eu me sentar? — aponta para a cadeira.Meu cérebro vai entrar em ebulição. Será que Deus resolveu me dar um dia de sorte depois de toda merda que passei? Quem sou eu para reclamar?— Não, não, fique à vontade — falo rápido demais para o meu gosto.Será que ele me deixa sentar nele?Ele puxa a cadeira e se senta. Coloca a longneck sobre a mesa e passa a me olhar.Minhas bochechas estão pegando fogo. Consigo sentir o frescor sutil do seu perfume.— E que tipo de bebida gosta? — ergue a sobrancelha.— Vinho, amo vinho — confesso, tamborilando os dedos na mesa.— Interes
Daniel Ela entrou no bar e, desde então, não consegui tirá-la da cabeça nem por um segundo. Sentia o coração acelerar enquanto observava cada movimento dela. Meu nervosismo crescia à medida que tentava reunir coragem para ir até sua mesa. Então, percebi que ela tirou uma foto minha, pensando que eu estava distraído. Essa foi a deixa perfeita.Trocamos algumas palavras, e foi suficiente para me deixar fascinado. O som da risada dela é encantador, cada nota ressoa em minha mente. Estou completamente hipnotizado por essa mulher.Madelaine, ela não quer falar muito de si, e esse ar de mistério me deixa ainda mais interessado. Algo dentro de mim está incendiando, um desejo insaciável que ela despertou em mim.Por um momento pensei que poderia soar ofensivo, dizer claramente que a queria em minha cama.Mas o olhar penetrante, a forma como mordia o lábio, seu rosto erubescido, me fez acreditar que ela queria o mesmo que eu.Um misto de timidez e sensualidade. O que me deixa ainda mais sede
Daniel Ela hesita por um breve momento, mas caminha até a cama e obedece, abrindo as pernas. Seu rosto cora levemente, aumentando ainda mais minha excitação com sua timidez e delicadeza. Sinto que esta mulher tem o poder de me enlouquecer sem nem mesmo me tocar.Me aproximo, parando diante dela, tiro o paletó do meu terno. — Já lhe disseram o quanto sua boceta é linda? — pergunto, ajoelhando-me entre suas pernas. Ela, com uma expressão de surpresa, nega com a cabeça. Ela está depilada. Suas dobras em um tom rosado semelhante ao dos mamilos, o brilho entre as dobras declara que ela está tão excitada quanto eu.Sinto a urgência de penetrá-la, mas decido prolongar o momento, fazendo com que seu desejo por mim aumente ainda mais.— Abra mais as pernas — murmuro — Me mostre essa sua bocetinha linda.Aquela visão... Seus seios, sua boceta, sua barriga plana, seus profundos olhos azuis.— Vou te fazer gozar a com minha língua... — minha voz sai rouca — E depois com meu pau...Ela arfa.
Madelaine Olho para o homem deitado ao meu lado, seu corpo seminu, cada curva, cada músculo definido, tão irresistivelmente gostoso que luto contra a vontade de me viciar naquele corpo. Eu tive o melhor sexo da minha vida. Que homem é esse? Com esse homem e um copo d’água eu passo um mês nesse quarto, fácil. Ele ergue o corpo me servindo mais uma taça de vinho tinto. Esses músculos, essa bunda coberta apenas pela sua cueca box preta, parece ser coisa de outro mundo. Minha boceta volta a latejar. E olha que estou até um pouco dolorida, o pau dele é a cereja do bolo. Pensava que algo desse tamanho só existisse em filmes pôrnos. Ele se vira, e me estende a taça com o vinho. Cubro meus seios com o lençol, segurando a taça. — Obrigada — agradeço, levando a taça aos lábios. Enquanto saboreio a bebida, tento não olhar para ele, não consigo deixar de pensar nos orgasmos intensos e inéditos que ele me proporcionou. Ele foi intenso, gostoso, e ao mesmo tempo carinhoso. Só de