Madelaine
Fico desapontada. Se esse homem flertasse comigo, ele nem precisaria de muito esforço. Uma frase e eu já estaria com as pernas abertas. Mas eu não tenho uma sorte dessas. Coloco o celular sobre a mesa vendo as mensagens no grupo que tenho com as meninas Reclamando e se lascando S.A, e o único grupo de W******p que tenho e se alguma de nós três sairmos, acontece a terceira guerra mundial. Madelaine: Já cheguei no bar. Dailah: Algum cowboy gostoso? Madelaine: Cowboy não, mas... tem um boy maravilhoso aqui. Me arrependo de falar do homem no instante em que Dailah começa a digitar. — Boa noite! — um garçom jovem com o rosto marcado por algumas acnes me estende o cardápio. — Boa noite! Obrigada — sorrio simpática e ele assente com a cabeça. Noto que o senhor testosterona está mais uma vez olhando em minha direção. Engulo em seco passando os olhos pelas páginas do cardápio, tentando encontrar os vinhos. — Procura por algo em específico? — o rapaz pergunta parecendo notar minha agonia. — Eu não estou encontrando os vinhos — ergo o rosto fitando-o. Ele franze o cenho, se inclinando um pouco. — Os clientes não costumam pedir vinho aqui, a carta de vinhos fica a serviço do restaurante, mas ele não está em funcionamento — fala sem graça. Ah que maravilha. — Temos ótimos drinks. Ou a senhora pode solicitar pelo serviço de quarto — diz colocando as mãos para trás. Eu tinha feito maquiagem, escolhido um vestido, e não iria voltar para o quarto. O gostoso ainda está se sentando no balcão me olhando de soslaio, vai que depois de tanto azar eu consigo ter um resquício de sorte. Volto a olhar o cardápio, as opções de pratos não chamam muito a minha atenção. Acabo escolhendo um drink de gin com frutas vermelhas e uma salada de palmito com azeitona. Olho para o balcão, e homem está mais uma vez de costas. Sinto uma leve frustração. Até parece que eu conseguiria flertar com um homem desse nível, acho que não sei nem flertar mais. Sigo olhando para suas costas largas, o movimento do braço levando a cerveja até os lábios. Por um instante estou desejando ser uma garrafa de cerveja. Sinto um calor se apossar do meu corpo. Mordo o lábio. E se eu fosse até o balcão e pedisse uma cerveja. No que estou pensando? Não gosto nem de cerveja. A falta de sexo já está afetando o meu cérebro. Volto a atenção para o meu celular, abrindo o W******p e lendo as mensagens do grupo. Dailah: Como assim??? Candice: Ele falou com você? Dailah: RESPONDE SUA CACHORRA Dailah: ???? Candice: Se você não responder eu vou pegar um voo para esse fim de mundo e te dar uma surra. Dailah: E eu te ajudo Madelaine: KKKKKKKKK Candice: Essa piranha ainda ri? Dailah: Ela está querendo que eu gaste meu réu primário 😡 Madelaine: Calma suas doidas Dailah: Calma é o meu ovo Candice: Que ovo Dailah? KKKKK Madelaine: Não, ele não falou comigo, ele só está aqui no bar, só foi uma troca de olhares e nada demais Dou um suspiro de insatisfação. Dailah: E por que você não vai falar com ele? Quase dou risada. Madelaine: Nem ferrando KKKKK Madelaine: Eu digo o que? Oi senhor gostoso! O que acha de algumas horas de sexo selvagem? Reviro os olhos. Dailah: Então você gosta de sexo selvagem? Madelaine: vai se ferrar Dailah Candice: Ele é mesmo gato? Dailah: Sabemos que o seu gosto para homem não é dos melhores KKKK Madelaine: Sério, ele parece ter saído de um filme. Posso afirmar que ele é um dos homens mais bonitos que já vi. O garçom surge com o meu drink e a salada, mais rápido do que imaginei. Percebo que o gostoso está olhando em minha direção, se virando em seguida e ficando de perfil, e que perfil. Até parece que os olhares dele são para mim. Eu queria tanto que fosse. O celular vibra sobre a mesa e volto a abrir o W******p. Dailah: Tire uma foto dele Candice: Eu estou curiosa. Mas não deixa ele perceber. Dou uma risada curta. Pegando um pouco da salada e levando a boca, e por incrível que está melhor do que imaginei. Olho para o balcão vendo-o beber mais um gole da sua cerveja. Madelaine: Eu não vou fazer isso KKK Dailah: deixa de ser fresca Maddy, é só uma foto, estou curiosa para ver se ele é tudo isso mesmo. Madelaine: Não. Isso é coisa de adolescente 🙄 Candice: Acho que ele não deve ser lá grande coisa KKK Ela provoca e eu abro a câmera do celular, pronta para mostrar que eu não estava errada. Um casal passa por perto da minha mesa indo em direção a saída. Espero eles passarem e aponto a câmera na direção do homem. Um clique e o clarão do flash faz com que ele olhe em minha direção. Abaixo a cabeça imediatamente, jogando o celular em cima da mesa. Puta que pariu! A merda do flash está ligado. Não ouso erguer o rosto, que está em chamas. A minha boca está seca, pego a taça com o drink e dou gole generoso, fazendo uma careta e quase cuspindo. Isso tem gosto de desinfetante. Não, eu nunca bebi desinfetante. Mas tenho certeza que o gosto é tão ruim quanto ao que acabei de engolir. Ouço um pigarro, e um frio percorre minha espinha. Ergo o rosto em câmera lenta, vendo aquele homem que parece ainda mais gostoso de perto de pé em frente a minha mesa. Ele viu quando tirei a foto. Deve ter vindo me pedir para apagar. Que vergonha, quero me enfiar em um buraco. Então ele sorri, mostrando uma fileira de dentes perfeitos. Meu Deus! Esse homem não é desse mundo. — Parece que não gostou muito do seu drink — sua voz é rouca, sensual. Até a voz do filho da puta é bonita.Madelaine Pisco os olhos diversas vezes enquanto formulo uma resposta.— Não estou acostumada com esse tipo de bebida — faço uma careta involuntária.Ele dá uma risadinha.— Por isso sempre escolho cerveja, não tem erro — ergue a longneck pela metade em sua mão, dando um gole na mesma em seguida.— Admiro quem consegue beber isso, é tão amargo — mais uma careta involuntária.Que merda eu estou fazendo? — Se importa se eu me sentar? — aponta para a cadeira.Meu cérebro vai entrar em ebulição. Será que Deus resolveu me dar um dia de sorte depois de toda merda que passei? Quem sou eu para reclamar?— Não, não, fique à vontade — falo rápido demais para o meu gosto.Será que ele me deixa sentar nele?Ele puxa a cadeira e se senta. Coloca a longneck sobre a mesa e passa a me olhar.Minhas bochechas estão pegando fogo. Consigo sentir o frescor sutil do seu perfume.— E que tipo de bebida gosta? — ergue a sobrancelha.— Vinho, amo vinho — confesso, tamborilando os dedos na mesa.— Interes
Daniel Ela entrou no bar e, desde então, não consegui tirá-la da cabeça nem por um segundo. Sentia o coração acelerar enquanto observava cada movimento dela. Meu nervosismo crescia à medida que tentava reunir coragem para ir até sua mesa. Então, percebi que ela tirou uma foto minha, pensando que eu estava distraído. Essa foi a deixa perfeita.Trocamos algumas palavras, e foi suficiente para me deixar fascinado. O som da risada dela é encantador, cada nota ressoa em minha mente. Estou completamente hipnotizado por essa mulher.Madelaine, ela não quer falar muito de si, e esse ar de mistério me deixa ainda mais interessado. Algo dentro de mim está incendiando, um desejo insaciável que ela despertou em mim.Por um momento pensei que poderia soar ofensivo, dizer claramente que a queria em minha cama.Mas o olhar penetrante, a forma como mordia o lábio, seu rosto erubescido, me fez acreditar que ela queria o mesmo que eu.Um misto de timidez e sensualidade. O que me deixa ainda mais sede
Daniel Ela hesita por um breve momento, mas caminha até a cama e obedece, abrindo as pernas. Seu rosto cora levemente, aumentando ainda mais minha excitação com sua timidez e delicadeza. Sinto que esta mulher tem o poder de me enlouquecer sem nem mesmo me tocar.Me aproximo, parando diante dela, tiro o paletó do meu terno. — Já lhe disseram o quanto sua boceta é linda? — pergunto, ajoelhando-me entre suas pernas. Ela, com uma expressão de surpresa, nega com a cabeça. Ela está depilada. Suas dobras em um tom rosado semelhante ao dos mamilos, o brilho entre as dobras declara que ela está tão excitada quanto eu.Sinto a urgência de penetrá-la, mas decido prolongar o momento, fazendo com que seu desejo por mim aumente ainda mais.— Abra mais as pernas — murmuro — Me mostre essa sua bocetinha linda.Aquela visão... Seus seios, sua boceta, sua barriga plana, seus profundos olhos azuis.— Vou te fazer gozar a com minha língua... — minha voz sai rouca — E depois com meu pau...Ela arfa.
Madelaine Olho para o homem deitado ao meu lado, seu corpo seminu, cada curva, cada músculo definido, tão irresistivelmente gostoso que luto contra a vontade de me viciar naquele corpo. Eu tive o melhor sexo da minha vida. Que homem é esse? Com esse homem e um copo d’água eu passo um mês nesse quarto, fácil. Ele ergue o corpo me servindo mais uma taça de vinho tinto. Esses músculos, essa bunda coberta apenas pela sua cueca box preta, parece ser coisa de outro mundo. Minha boceta volta a latejar. E olha que estou até um pouco dolorida, o pau dele é a cereja do bolo. Pensava que algo desse tamanho só existisse em filmes pôrnos. Ele se vira, e me estende a taça com o vinho. Cubro meus seios com o lençol, segurando a taça. — Obrigada — agradeço, levando a taça aos lábios. Enquanto saboreio a bebida, tento não olhar para ele, não consigo deixar de pensar nos orgasmos intensos e inéditos que ele me proporcionou. Ele foi intenso, gostoso, e ao mesmo tempo carinhoso. Só de
Daniel O lado da cama vazio me faz abrir os olhos rapidamente. Me sento na cama e olho pelo quarto em busca da mulher que balançou todas as minhas estruturas. — Madelaine? — chamo, mas não obtenho resposta.Jogo o edredom para o lado e me levanto rápido.Passo as mãos pelos cabelos e esfrego os olhos, e sigo em direção ao banheiro que para minha infelicidade está vazio.Não há sinais das roupas dela pelo chão, somente as minhas, o que me faz constatar que ela foi embora enquanto eu ainda dormia.Fecho os olhos respirando fundo. Geralmente as mulheres com quem transo insistem em permanecer na minha cama quando acordo pela manhã. Depois de tanto tempo, a mulher que eu desejei que me acordasse com um Bom dia meloso, simplesmente vai embora enquanto eu durmo.Como ele foi embora assim? Foi a melhor transa da minha vida. Que mulher gostosa, que boca, que corpo, que boceta.Não me lembro de ter tanta química assim com alguém.Só de lembrar dela cavalgando no meu pau eu já estou duro e
Madelaine Estou aqui, sentada nesse ônibus velho, sujo e cheio de poeira, e me pergunto: será que eu morri e fui parar no purgatório? Ou estou em um ônibus que é cenário de filme de terror. É o segundo ônibus que pego hoje para chegar nessa cidade remota perto da fazenda dos meus pais. A cada solavanco, parece que estou sentada em uma pilha de pedras. Minhas costas estão gritando de dor e o cheiro de mofo está impregnado nas minhas narinas. Para completar, o ônibus está lotado de gente que aparentemente nunca ouviu falar em fones de ouvido. Tem uma mulher na minha frente assistindo a uma novela mexicana com o volume no máximo. Atrás de mim, um adolescente está jogando um jogo com efeitos sonoros que mais parecem tiros de canhão. E do meu lado uma senhora ouvindo a mesma música a uns cinco quilômetros até já decorei como se tivessem se juntado para me torturar. Claro, eu tinha que perder meus fones de ouvido hoje, né? Procurei na bolsa, nos bolsos, até nos lugares mais improvávei
Madelaine Desço do ônibus e aguardo o motorista tirar minhas duas malas do bagageiro com a cara de quem comeu e odiou, aparentemente ele não está nem um pouco satisfeito com o seu trabalho. E eu nem posso julgá-lo. Noto que as malas estão cobertas de poeira. Agradeço ao homem e ouço ele resmungar sobre o tamanho e o peso das minhas malas. É triste saber que tudo que você tem cabe dentro de duas malas. Não, eu não vou lamentar. O karma vai fazer todos os fios de cabelo de Alvim cair, e aquele pau fino nunca mais vai subir. Essa cidade, essa rodoviária, meu Deus, é o ápice do fim do mundo. Os bancos estão meio caídos, a pintura está descascada, não vejo se quer uma bilheteria ou um balcão de informações. Mas é claro que não vai ter algo assim aqui, estou em um buraco. Olho para os lados, tentando encontrar um ponto de táxi, mas já sei que isso é pedir demais. Um ponto de táxi? Aqui? Se tiver sorte, posso achar uma carroça estacionada. Nem sinal de vida. Decido me aproximar da ú
Madelaine Se eu achei o ônibus ruim, e porque eu não imaginava que esse projeto de carro seria ainda pior. Eu poderia ter recusado, falando que iria pedir para minha mãe ou alguém da fazenda me buscar. Mas seria uma desfeita grande com Joanna que se empenhou para que o Caipira me levasse até a fazenda. Meus pais sempre me falavam que era muito perto, mas acho que eles não estavam falando a verdade, parece que tem uma eternidade que eu estou dentro desse carro ouvindo música Latina e espirrando de dois em dois minutos. Pelo menos consigo olhar a paisagem bucólica pela janela do carro, que pelo menos está limpa, diferente do resto do carro. Já está praticamente de noite, e o calor deu um lugar a imã chuva fina, acompanhada de uma brisa fria. O homem segue cantando, aliás assassinando a língua espanhola, batendo os dedos no volante. Apesar de excêntrico, me tratou com muito respeito, fazendo com que eu me sentisse segura, no decorrer do percurso na estrada deserta e cheia de buraco