Doze

Madelaine

Estou aqui, sentada nesse ônibus velho, sujo e cheio de poeira, e me pergunto: será que eu morri e fui parar no purgatório? Ou estou em um ônibus que é cenário de filme de terror. É o segundo ônibus que pego hoje para chegar nessa cidade remota perto da fazenda dos meus pais. A cada solavanco, parece que estou sentada em uma pilha de pedras. Minhas costas estão gritando de dor e o cheiro de mofo está impregnado nas minhas narinas.

Para completar, o ônibus está lotado de gente que aparentemente nunca ouviu falar em fones de ouvido. Tem uma mulher na minha frente assistindo a uma novela mexicana com o volume no máximo. Atrás de mim, um adolescente está jogando um jogo com efeitos sonoros que mais parecem tiros de canhão. E do meu lado uma senhora ouvindo a mesma música a uns cinco quilômetros até já decorei como se tivessem se juntado para me torturar.

Claro, eu tinha que perder meus fones de ouvido hoje, né? Procurei na bolsa, nos bolsos, até nos lugares mais improvávei
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