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Já eram 09h40 e Arkel esperou no escritório, já que não a encontrou em lugar algum da parte debaixo da casa. — Estou pronta. Com o mesmo sorriso do final de semana deles, Alex parou na porta do escritório. Com uma roupa meia— estação, sandália preta de tiras e salto grosso, uma bolsa a tiracolo e um cardigã preto à mão, já que a temperatura iria cair no final da tarde, após uma chuva rápida e volumosa. — Linda como sempre – Arkel foi até ela e a beijou, daquele jeito só dele. Assim que abriram a porta da entrada, os cães a saudaram. — Parece que você tem seguidores fiéis. — Eles gostam de mim — Alex fez um carinho em cada um e desceu as escadas com os cães ao lado dela. Cooper correu na direção deles. — Arkel – o guarda— costas tirou o celular do bolso e mostrou 4 fotos para Arkel. – O ônibus que seguia para a procissão tombou na ponte – Cooper encarou Arkel com preocupação. – Alguns foram levados pela correnteza, outros se afogaram e tem bastante gente ferida. — Como pod
Alex, A sorte é para todos e, de repente, ela muda de lado. Quem diria que eu seria adotada aos sete anos por um casal louco para cuidar de uma criança sem lar. Os casais preferem os recém-nascidos. Eles perderam o filho para uma doença degenerativa e, dois anos depois, decidiram adotar um. Ficaram eufóricos com a ligação e não entenderam que era uma menina. Como eu disse, a sorte é para todos. - Assim que eu coloquei meus olhos naquela menina magrela e assustada, me derreti - foi o que o meu pai disse com a fala embargada. As lágrimas escorreram dos olhos da minha mãe. Eles me contaram esse segredo quando completei 10 anos. Foi minha terceira festa de aniversário. Na manhã do último domingo, em São Paulo Acordei atrasada e, apesar de ser domingo, hoje é o último dia dos jogos da faculdade. Sou uma das voluntárias e preciso sair logo. Antes, quero ligar para meus pais. - Mãe ... – quem fala do outro lado não é a minha mãe. – Quem fala? - Será que roubaram o celular dela? - Não d
O embrulho no meu estômago e a dor de cabeça só pioraram. Joguei os óculos sobre o notebook e desmoronei na cadeira. As lágrimas rolaram descontroladamente. Aquilo não podia verdade. As lembranças dos jantares, viagens e passeios com ela estavam bem frescas na minha memória. A preocupação da minha namorada em ir comigo até o aeroporto e aguardar meu embarque eram uma prova de amor para mim. Um tempo depois da notícia trágica, consegui pensar um pouco melhor. Aquele mal-estar e o desespero pelo que aconteceu, permaneceram. Que ideia a minha de parar para um desconhecido naquela estrada deserta. - Onde ela está? – sentei e espirei forte para que a dor no meu peito saísse com o ar dos pulmões. Inclinei a cabeça para trás e cobri os olhos com as mãos. As lágrimas escorriam. - Em um lugar difícil de chegar no meio da mata. - Iremos de carro até um pedaço ... – pensei um pouco. - Andaremos por dentro da mata ... - peguei a carteira e as chaves do carro que estavam na estante, logo atrás
Com as publicações do Soares, o caso ganhou repercussão nacional. - Agora, tenho repórteres e curiosos acampados no portão das minhas terras – fechei minhas mãos em punhos e enxerguei, pela janela do escritório, vários carros que tinham acabado de chegar e outros que chegaram na noite anterior. Alguns eram da imprensa e outros de curiosos do mundo midiático. Um alarme sinalizou o recebimento de um e-mail e fui até minha mesa. - Chegou o e-mail de um cliente importante cancelando o contrato com a minha empresa – engoli em seco, grudei os olhos na tela do notebook e sentei na cadeira de encosto alto. Era o gerente de uma grande rede de supermercados – Foi um contrato que demorei meses para fechar o negócio – coloquei as mãos, unidas pelos dedos, cobrindo a boca e fechei os olhos. - É o primeiro de muitos - apontei para o notebook e me joguei no encosto da cadeira. A preocupação era com meus pais, principalmente com a saúde da mãe. O dinheiro para o sustento deles era o de menos, eu
Nada mais me surpreende neste caso. Nem acredito que estou em casa e, muito menos, no que descobriram sobre a falecida e o amante dela. Fiquei preso por mais de 3 meses. O Soares quis me ferrar na internet com mais uma publicação fantasiosa porque não conseguiu abafar o que foram descobrindo. A coisa piorou num grau que nem eu acreditei. Começou com o escândalo que eu não era o pai da criança. Com isso, foram atrás do cara que a traidora tirou a foto de rosto colado logo após darmos aquele tempo. Geremias Odea é o nome do homem que ela jurou que não conhecia e que não aconteceu nada entre eles. Quem diria que eram amantes, antes mesmo de começarmos a namorar. Para mim, ele é o pai da criança e tem um dedo e dos grandes no sequestro e morte dela. Se não for, cadê o cara que sumiu do mapa sem deixar rastro algum. É duro dizer que foi o que me tirou da prisão. Antes eles na fogueira do que eu. Com exceção de um milagre, algo teria que acontecer para que ao menos um cliente grande voltass
No painel de voos online aparecia a mensagem alarmante “Embarque Imediato” para a cidade que viajaria com minhas amigas, que estavam bastante atrasadas. Não tinha muito o que fazer e imaginei embarcar naquele avião sozinha. Escolhi esperar por elas, afinal, que graça tinha passar os últimos dias das minhas férias sem a companhia das minhas amigas. Aguardei na porta da sala de embarque, impaciente, que aparecessem no corredor que os passageiros eram direcionados após o check-in. - Cadê aquelas duas!? A única coisa que sabia é que minhas amigas chegaram ao aeroporto, graças a localização que compartilharam, em tempo real pelo celular. “Última chamada para o voo ...” Que aflição. Acabaram de anunciar a última chamada para o nosso voo e as desmioladas nem chegaram no fundo do corredor. Chegar ao aeroporto com antecedência era algo simples para mim. Quanto as minhas amigas, nunca conseguiam ser pontuais, muito menos chegar com antecedência. Ao contrário, sempre chegaram faltando min
Sem perder tempo, Arkel entrou no bar e se apoiou no balcão perto da porta e de frente e a alguns metros da mulher com as pernas e o traseiro que aguçaram sua imaginação. O garçom assumiu uma postura mais profissional e foi ao encontro do empresário que pediu água com gás, limão e gelo. Arkel bebeu um gole da água refrescante e congelou os olhos em Alex. Sem querer, mirei um cara que ergueu o copo para me cumprimentar. O cara é bem o meu tipo. Não parece um turista, pelas roupas que usa. Quem sabe não está a negócios ou a trabalho. Para estar no bar a esta hora, deve ter um cargo importante. A abordagem me surpreendeu e não sei o que fazer. O que a personagem do romance que leio faria no meu lugar? Para disfarçar, corrigi minha postura e fingi mexer no celular. Sentei na banqueta do bar e cruzei as pernas. Sei que elas são de arrasar. Arkel não entendeu nada. Lembrou o que ela falou no check-in. Eram solteiras e a agitação das amigas falando sobre os “gatos a espera delas” garanti
O táxi parou a quarenta metros da entrada da balada. Elas pagaram o motorista e caminharam até o lugar. Já na pista de dança - após enfrentarem uma fila de respeito - com a música agitada e alta, mal conseguiam escutar uma à outra. - Amiga, gostei daqui, parece bem animado. Hoje, quero me acabar de tanto beijar. - Não consigo escutar – Sato gritou e apontou para o ouvido. Os garçons esbanjavam masculinidade, com os peitorais e braços musculosos à amostra, já que a calça era a única peça que vestiam. Apesar de frequentar baladas naquele estilo, Carol ficou alucinada com o lugar. Assim que o transe passou, procurou pela amiga que não estava mais ao seu lado. Há um bom tempo parada, se deu conta que em um lugar assim, a sobriedade era algo proibido para ela. Foi até o bar e pediu algo forte para beber. - Com bastante gelo – sorriu quase se derretendo para o barman. - Pode deixar – falou ele retribuindo o deslumbramento dela. Conversaram por alguns minutos, entre um drinque e outro