No painel de voos online aparecia a mensagem alarmante “Embarque Imediato” para a cidade que viajaria com minhas amigas, que estavam bastante atrasadas. Não tinha muito o que fazer e imaginei embarcar naquele avião sozinha. Escolhi esperar por elas, afinal, que graça tinha passar os últimos dias das minhas férias sem a companhia das minhas amigas. Aguardei na porta da sala de embarque, impaciente, que aparecessem no corredor que os passageiros eram direcionados após o check-in.
- Cadê aquelas duas!?
A única coisa que sabia é que minhas amigas chegaram ao aeroporto, graças a localização que compartilharam, em tempo real pelo celular.
“Última chamada para o voo ...”
Que aflição. Acabaram de anunciar a última chamada para o nosso voo e as desmioladas nem chegaram no fundo do corredor.
Chegar ao aeroporto com antecedência era algo simples para mim. Quanto as minhas amigas, nunca conseguiam ser pontuais, muito menos chegar com antecedência. Ao contrário, sempre chegaram faltando minutos para o embarque, o que me fazia amaldiçoá-las. São como irmãs para mim e minha fúria desaparecia em minutos. O suficiente para desfazer o ar de contrariedade e a minha carranca.
- Chegamos, chegamos – Carol e Sato gritaram, ao longe, assim que surgiram no corredor. Acenaram e correram em minha direção. Com o escândalo que faziam, pensei em entrar rapidamente naquele avião e fechar a porta. Por sorte, apenas a comissária com cara de poucos amigos assistiu o disparate. Nem esperei que chegassem e revirou meus olhos. Impaciente, girei o corpo e caminhei com passos morosos e cara de paisagem, em direção ao portão de embarque. Apresentei o bilhete para a comissária que estendeu a mão e o pegou.
- Boa viagem, senhora – a comissária me encarou e sorriu falsamente assim que o leitor de código de barras apitou.
- Obrigada – fingi um sorriso com as afobadas atrás de mim.
- O que aconteceu? – Perguntei assim que acomodei minha bagagem de mão e o blazer no compartimento superior, logo acima dos assentos.
- Você não vai acreditar no que aconteceu – a Carol sentou no assento do meio ainda com dificuldade para respirar.
- Pode apostar que sim – cruzei meus braços na frente do corpo e a encarei.
- Eu me mudei há mais de um mês e a Sato esqueceu. No momento de solicitar a corrida, escolheu “Casa Carol” como destino intermediário e imagine a confusão.
- Esqueçam isso, o que importa é que chegamos.
- E a gincana? – Carol perguntou.
- Ganhei – respondi, orgulhosa. A vontade de matá-las se foi.
- Pela quarta vez? – Carol ergueu as sobrancelhas em sinal de interrogação e mostrou os quatro dedos da mão para mim.
- A sexta – falei bem empolgada.
- Quantos suspeitos?
- Oito.
- Quantas páginas descreveram o crime?
- Geralmente 11 páginas e um elemento surpresa. Quase caí na pegadinha, digamos – pisquei para elas.
Conversamos outros assuntos e o tempo passou rápido demais.
- Senhores passageiros ... - o comandante anunciou o pouso do avião.
Enfim, chegamos ao resort ...
- PQP gente – a Carol gritou, ao sair do carro de aplicativo, girando no mesmo lugar com os braços abertos. A empolgação dela é de admirar.
- Gostei do lugar – no primeiro degrau, falei. – Quero muito descansar.
- Só se for durante o dia, porque suas noites já tem agenda certa – Carol encarou Sato, como se pedisse ajuda.
- Não esqueça que este final de semana você conhecerá um cara e algo tem que acontecer amiga – cantarolou Sato. – Serão as 3 melhores noites da sua vida.
- Se o cara topar e eu me agradar do cara.
Alex ignorou totalmente o que as amigas tagarelaram depois. Enquanto subia os degraus do resort, contemplou a fachada moderna e de bom gosto. O jardim amplo e muito bem cuidado, deram um charme especial ao lugar.
No saguão do hotel, Alex fazia o check-in das três, Carol e Sato foram em direção à praia artificial. Alex não percebeu que o multimilionário Carlos Romero Arkel se aproximou, a encarou de cima a baixo e assistiu o embate com o recepcionista.
- Senhorita, no e-mail apenas informa quarto com lugar para três. Há uma pergunta no formulário se tem preferência pelas acomodações.
- Senhor, preenchi no aplicativo como solteira para nós três e recebi a confirmação dos dados cadastrados. Entendo que o quarto deve ter uma cama de solteiro para cada uma. Você não quer que eu passe os últimos dias das minhas férias dormindo de conchinha com uma das minhas amigas, quer?
Nesse instante, Arkel sorriu, ergueu uma das sobrancelhas e se afastou. Sinalizou para o gerente se aproximar.
- Qual o nome dela? – Arkel perguntou.
- É Alex, senhor.
- Guarde o nome e a ficha dela – Arkel não conseguia desgrudar os olhos dela.
O empresário explicou ao gerente como corrigir o mal-entendido e ele foi até o check-in.
- Um minuto, senhorita – o gerente puxou o recepcionista pelo braço e repassou as instruções.
Curiosa e ansiosa pelo desfecho com a reserva, deu as costas para a recepção e andou na direção onde as amigas foram. Arkel contemplou seu traseiro. Era redondo e empinado. Assim que Alex retornou, desceu seus olhos do rosto dela para seus peitos, coxas e retornaram para o rosto. O empresário gostou e imaginou mil coisas e, em todas, Alex estava nua ou com uma lingerie preta, minúscula e sexy. O corpo dele reagiu.
- Mil desculpas, senhorita – o recepcionista voltou após alguns poucos minutos. – Não temos mais quartos na torre C, mas temos um quarto vago com três camas de solteiro na torre A, lembrando que é uma área com vista para nossa praia.
- A praia artificial?
- Sim senhora, sem nenhum custo adicional.
- Meu nome é Alex – nem acreditei.
O recepcionista assentiu.
- Pedido de desculpas registrado – sorri para demonstrar minha satisfação com a solução dada para o mal-entendido.
Arkel, do outro lado, também sorriu. Nada como uma mulher satisfeita, pensou ele.
O recepcionista concluiu o check-in e me entregou os 3 cartões.
- Você não vai acreditar, existem vários bares molhados ao redor da praia e muitos gatos a nossa espera – Carol falou em “alto e bom som” , antes mesmo de chegar ao elevador.
- Carol, pare de fazer escândalo – caminhei em direção ao elevador e expliquei a elas o mal entendido no check-in.
Assim que o concierge do resort descarregou nossas malas no meio do quarto, caminhamos direto para a janela e conferimos a vista para a praia artificial.
- Nossa, a gente vai acordar e dar de cara com essa miragem, já começamos nossas férias com o pé direito – a Carol, empolgada, falou – garota, você nasceu mesmo com o ... virado para a lua hein?!
Ergui uma das sobrancelhas para minha amiga.
- Enfim, um final de semana de descanso – lembrei das noites e finais de semana que passei trabalhando nos últimos meses. Comecei a desfazer minhas malas e organizei minhas roupas e acessórios, cuidadosamente, na minha parte do armário e os cosméticos e necessaire no banheiro.
A Carol simplesmente debruçou sua mala sobre a cama e já foi separando a roupa de banho, sandália, filtro solar, bolsa e chapéu. Os óculos escuros também eram essenciais.
A Sato abriu a mala, a menor delas, e separou uma sacola com as roupas de banho, um necessaire com os cosméticos e outra sacolinha com o tamanco.
A agitação no resort era contagiante, assim como nossa empolgação. Ao notarmos o grupo de solteiros transitando no saguão assim que saímos do elevador, trocamos olhares. Diferente do que pensei, os solteiros e disponíveis eram muitos e as solteiras também. Ao menos, a oferta era párea para a demanda. O sol forte do final da manhã lotou os bares e as filas se fizeram por todo lugar.
- Cadê a Carol? – Sato olhou de um lado para o outro.
- Cadê aquela garota – a Carol conseguia desaparecer na nossa frente. Não sei como ela conseguia.
Alex não percebeu um par de olhos famintos em sua direção.
Bem perto delas, Arkel conversava com o gerente do resort. A distância era suficiente para que grudasse os olhos nas pernas dela. A imaginação fértil do empresário foi longe com aquela saída de banho curta. Imaginou suas mãos subindo por trás das coxas bem definidas em direção ao norte e parando nas nádegas dela.
- Aqui meninas - Carol voltou alguns minutos depois, correndo e acenando para nós, parecendo uma ambulância com a sirene ligada. Que sufoco.
- Será que a Carol não consegue ser discreta? – pergunte envergonhada.
- Vocês não acreditam o que achei.
- Um cara escrito “me beija” na testa – Sato falou impaciente.
- Pode apostar que tem alguns que sorriram para mim de um jeito que insinua bem mais que um beijo - Carol, quase sem fôlego, respondeu.
- Fale logo, amiga – com uma das mãos escondi a lateral direita do rosto. Eram muitos olhares em cima de nós. A Carol não é nada discreta, diferente de mim.
- Tem um bar lá dentro que serve porções, lanches e bebidas geladas e está aberto – Carol falou com a fala esganiçada e sacudindo as mãos abertas na altura dos ombros – sabem qual é a melhor? – Negamos com a cabeça. - Não tem fila.
- Vamos logo – não perdi tempo e as puxei na direção do saguão do resort.
***
Arkel, de olho em Alex, não perdeu tempo ...
- Veja para onde aquelas três estão indo, principalmente a mulher com traje de banho bordô, e reporte ao senhor G. - Arkel apontou na direção das amigas e falou ao garçom que passou naquele exato momento.
- Sim senhor – o garçom, para não as perder de vista, saiu apressado atrás delas.
Já no final do corredor, perto dos elevadores, avistamos a porta larga de madeira e entramos.
- Senhor G., as senhoras entraram no bar de encontros – o garçom passou o recado ao gerente e Arkel escutou em “alto e bom som”. Era hora de agir.
Interessado em abordá-la antes que outro tentasse, Arkel concluiu a conversa com o gerente e foi ao encontro das meliantes.
***
Lá dentro, ficamos na outra ponta do balcão, longe da porta, e começaram a fazer o pedido ...
- Uma soda italiana de frutas vermelhas, com bastante gelo – era o meu predileto.
- Uma caipirinha de limão com vodca e bastante gelo também – a Carol pediu com o dedo indicador no lábio inferior e os olhos no garçom na sua frente. Ela não tem jeito.
- São duas dessa, por gentileza – Sato, um pouco acanhada, falou.
Olhamos para Sato primeiro e depois trocamos olhares surpresos. Sato sempre bebia sucos ou água mineral com gás e gelo.
- Não lembro desse lugar no app do resort – a Carol falou.
- Senhoras, o bar fica aberto 24 horas por dia e 7 dias da semana. Aqui é considerado um point de encontro dos solteiros a fim de encontrar um par e, quem sabe, ir além daqui. Se é que vocês me entendem – os olhos negros como a noite piscaram para minha amiga Carol.
- Amei a ideia – Carol segurou o copo com uma das mãos e o canudo próprio para mexer a bebida na outra. Não tirou os olhos dele.
Me diga o que você está achando da minha história. A sua opinião é muito importante.
Sem perder tempo, Arkel entrou no bar e se apoiou no balcão perto da porta e de frente e a alguns metros da mulher com as pernas e o traseiro que aguçaram sua imaginação. O garçom assumiu uma postura mais profissional e foi ao encontro do empresário que pediu água com gás, limão e gelo. Arkel bebeu um gole da água refrescante e congelou os olhos em Alex. Sem querer, mirei um cara que ergueu o copo para me cumprimentar. O cara é bem o meu tipo. Não parece um turista, pelas roupas que usa. Quem sabe não está a negócios ou a trabalho. Para estar no bar a esta hora, deve ter um cargo importante. A abordagem me surpreendeu e não sei o que fazer. O que a personagem do romance que leio faria no meu lugar? Para disfarçar, corrigi minha postura e fingi mexer no celular. Sentei na banqueta do bar e cruzei as pernas. Sei que elas são de arrasar. Arkel não entendeu nada. Lembrou o que ela falou no check-in. Eram solteiras e a agitação das amigas falando sobre os “gatos a espera delas” garanti
O táxi parou a quarenta metros da entrada da balada. Elas pagaram o motorista e caminharam até o lugar. Já na pista de dança - após enfrentarem uma fila de respeito - com a música agitada e alta, mal conseguiam escutar uma à outra. - Amiga, gostei daqui, parece bem animado. Hoje, quero me acabar de tanto beijar. - Não consigo escutar – Sato gritou e apontou para o ouvido. Os garçons esbanjavam masculinidade, com os peitorais e braços musculosos à amostra, já que a calça era a única peça que vestiam. Apesar de frequentar baladas naquele estilo, Carol ficou alucinada com o lugar. Assim que o transe passou, procurou pela amiga que não estava mais ao seu lado. Há um bom tempo parada, se deu conta que em um lugar assim, a sobriedade era algo proibido para ela. Foi até o bar e pediu algo forte para beber. - Com bastante gelo – sorriu quase se derretendo para o barman. - Pode deixar – falou ele retribuindo o deslumbramento dela. Conversaram por alguns minutos, entre um drinque e outro
A alguns metros, no fundo do menor dos mezaninos, Arkel e o dono do local conversam - no escritório administrativo do estabelecimento - sobre o garçom baleado na frente de casa acidentalmente, durante a madrugada, em uma batida policial após sair da casa noturna. Ele trabalhava durante a tarde no resort e a noite na casa noturna. - Conheço o delegado que investiga o caso e, na verdade, o rapaz não estava sendo investigado. O problema é que ele se encaixava na descrição do suspeito. - A polícia atirou primeiro e perguntou depois - Arkel tamborilou os dedos na perna. - Isso é o que está sendo investigado, parece que um dos policiais está envolvido e, para não ser delatado, atirou na pessoa errada. - O pessoal do resort comentou que ele é filho único e fazia jornada dupla para pegar o tratamento da mãe doente. - Na verdade, não sei muito sobre a intimidade de meus funcionários e nem quero saber – fez uma cara de desinteresse o jogou os dedos da mão no ar. - Ele é um bom funcionário
- Não sei, pensarei em algo a caminho do resort. Senhoras, encontro as três amanhã às 9h, no mesmo bar. Não esqueçam que vocês não me conhecem - Arkel falou apontando o dedo indicador para elas, assim que Cooper sinalizou para irem embora. Arkel não podia permanecer muito tempo em lugares abertos sem uma inspeção minuciosa. Com o celular em mãos, pesquisou o perfil da escritora, e entrou no carro do meio. Assim que o carro da frente andou, o carro que Arkel estava acelerou e o último os seguiu. - Aqueles brutamontes são os guarda-costas dele? – Sato perguntou. - Ele nos deu uma ordem? - Parece que sim. - Quem é ele? – Carol Perguntou. - O nome dele não me é estranho. - O importante é que a Alex está interessada nele. - E o mais importante é que ele também está – Carol piscou para a amiga - e não é um profissional da noite, pelo menos, não precisaremos mentir para ela. - Mais perfeito que isso, impossível. - Precisamos ir. Acordarei com olheiras, se eu não dormir algumas horas
- Amigas, disfarcem. Aquele homem que me cumprimentou ontem está aqui. Sato e Carol trocaram olhares e, em seguida, arrastaram os olhos para o empresário. - Gente, era para disfarçar - Alex revirou os olhos. - Quem? – Sato disfarçou, enfim. Se fez de desentendida, para a amiga não perceber. - Sato, é aquele cara de ontem. - Já estou me sentindo bem melhor – Carol falou bem-humorada. – Ah, lembrei que você ficou péssima porque perdeu a chance de conhecê-lo e, quem sabe, dar uns amassos nele, quem sabe passar uma noite agradável ou até passar o final de semana inteiro com ele – Carol ergue a voz e lançou um olhar indagador para Alex. - Pelo amor dos deuses amiga, vê se não dá bobeira agora. Se ele der um sinal de fumaça, agarra o homem, literalmente. - Não se preocupem, eu já entendi que não posso esperar que as coisas aconteçam como nos romances. Quero que saibam que não desisti de encontrar o homem, digamos, ideal. Hoje, serei mais pé no chão e farei de tudo para passar uma noite
Ao andar para encontrá-lo, Alex pensou em como não agir. “Não posso me afastar, não posso mudar de assunto, não posso empurrá-lo e preciso entrar no clima”. A concentração e a falta de coragem a impediram de encará-lo. Assim que chegou onde o empresário estava, não o encontrou. - Você está com algo que é meu – Arkel se materializou atrás dela e sussurrou. O que aconteceu a seguir, foi bem conveniente para ele. Alex se assustou e, ao girar o corpo, acabou enroscando o pé na banqueta do bar e se desequilibrou. Arkel a segurou pela cintura e a puxou. Alex, para não dar de cara com aquele peitoral bem definido, apoiou as mãos nele. - Você está bem? – Arkel perguntou com um sorriso nos lábios, afinal, queria surpreendê-la e cair literalmente em seus braços, facilitou e muito as coisas para ele. - Me desculpe – Alex falou, se afastou e arrumou a saída de banho, quase na cintura. Constrangida e desajeitada, estendeu a mão para ele. – Seu lenço – Foi a única frase que conseguiu murmurar.
O tempo inteiro que ficaram se pegando, parecia que não existia ninguém no lugar. Agora que ele foi embora, Alex espreitou ao redor e outros casais estavam se beijando e conversando calorosamente, além de várias pessoas, na maioria homens que apenas bebiam. Andou até a mesa e permaneceu por alguns minutos perdida em pensamentos e curtindo a ideia da noite que passariam. Se naquele bar ele causou arrepios, calor e os seus desejos mais íntimos e ardentes, imaginou o que não aconteceria entre quatro paredes. Não estava em condições de sair do bar, não naquele momento, antes precisaria se recuperar daquela abordagem deliciosamente perturbadora. Arkel ficou apenas alguns minutos, mas a impressionou mais do que qualquer outro homem, algo inexplicável. Os poucos relacionamentos que teve não duraram muito tempo e, nem de perto, chegaram à intensidade dos minutos que passou nos braços dele. Apenas se beijaram e trocaram carícias e foi o suficiente para saber que era ele o homem que a tiraria d
- Impossível ele não gostar. Amiga, até eu estou com vontade de agarrar você – Carol falou muito empolgada. - Uma produção digna de um óscar – Sato comentou. - Nunca me senti assim – ela falou virando para se olhar de costas no espelho. Como ele queria estender a noite e fazer um passeio durante a manhã, Alex organizou uma pequena mala com a roupa que usaria. Colocou um vestido de alça, um lenço azul claro, um tênis casual bege, óculos de sol, um conjunto íntimo e o celular. Não conseguiu pensar em mais nada, a ansiedade e o nervosismo a dominaram. - Me bateu aquela insegurança – Alex falou e respirou fundo. - Me poupe, não me diga que vai “amarelar”, logo agora. - Claro que não. Irei até o fim, só que até agora estava me sentindo como a personagem de um romance, mas como me dei conta do que está para acontecer, isso me assusta um pouco. - Como assim, assusta? Alex, você é uma mulher adulta. - Claro que sou, apenas não concordo que as coisas tem que ser instantâneas. - Este ho