Nada mais me surpreende neste caso. Nem acredito que estou em casa e, muito menos, no que descobriram sobre a falecida e o amante dela. Fiquei preso por mais de 3 meses. O Soares quis me ferrar na internet com mais uma publicação fantasiosa porque não conseguiu abafar o que foram descobrindo. A coisa piorou num grau que nem eu acreditei. Começou com o escândalo que eu não era o pai da criança. Com isso, foram atrás do cara que a traidora tirou a foto de rosto colado logo após darmos aquele tempo. Geremias Odea é o nome do homem que ela jurou que não conhecia e que não aconteceu nada entre eles. Quem diria que eram amantes, antes mesmo de começarmos a namorar. Para mim, ele é o pai da criança e tem um dedo e dos grandes no sequestro e morte dela. Se não for, cadê o cara que sumiu do mapa sem deixar rastro algum. É duro dizer que foi o que me tirou da prisão. Antes eles na fogueira do que eu.
Com exceção de um milagre, algo teria que acontecer para que ao menos um cliente grande voltasse a comprar meus produtos. Era importante para eu voltar a expandir os negócios. A ex modelo, a tal de Lola, foi a primeira a postar os escândalos que iam descobrindo. Em seguida, a internet inteira foi no embalo e postou a sujeira que surgiram e fui solto rapidinho. A Lola Joe fez a diferença e serei eternamente grato a ela por isso.
Tarde da noite, Arkel visualizou as mensagens eu seu celular ...
“Boa noite, Arkel”, Lola digitou.
“Boa noite, Lola”, eu digitei sem acreditar.
“Parece que você me conhece”, Lola digitou.
“Não pessoalmente, mas sei o que você está fazendo por mim”, eu digitei.
“Me ligue, quero conversar com você”, Lola digitou.
Não perdi tempo e liguei. Conversamos por horas e ela me deixou com uma pulga atrás da orelha. Nunca liguei para as redes sociais e, com a minha prisão, queria distância delas. Sigo algumas pessoas e nunca imaginei usar as redes sociais para me pronunciar a respeito da injustiça que sofri. O Soares usou as redes sociais para me destruir, não somente como homem, como empresário também. Gerei empregos para dezenas de homens e mulheres com a plantação de orgânicos e a fábrica de geleias. Também ajudei a aquecer a economia na região, incluindo o ecoturismo. Muitas coisas passaram pela minha mente naquele momento e, a principal delas, era que eu não iria esperar de braços cruzados que as coisas mudassem. Como eu já disse, sou um cara que corre atrás.
O que construí, com trabalho duro, começou a desmoronar com as postagens do Soares. Usaria as mesmas redes sociais para me reerguer.
Acordei agoniado e comprei passagens para viajar para São Paulo no final da tarde. A Lola me ofereceu hospedagem e ajuda para construir uma imagem de sucesso. Farei de tudo para reerguer minha cabeça e mostrar ao mundo que segui em frente. Quero que o Soares pague por cada uma das postagens que fez para me destruir. O Soares foi longe demais.
Falei que eu não era ligado nas redes sociais. Sigo uma ou outra pessoa e quase esqueci do mais importante, seguir a Lola nas redes sociais. Com certeza, algumas pessoas me reconheceram no aeroporto. Alguns me olharam de lado e desconfiados, outros com curiosidade e uma boa parte com empatia. As pessoas se colocaram no meu lugar. Não me importo, quero erguer minha cabeça e seguir em frente. Fui acusado de um crime que não cometi e preso injustamente. Além disso, fui traído. Sou um cara determinado e não desistirei do meu propósito.
Quem diria que eu retornaria a São Paulo para construir uma imagem pessoal de sucesso. Cheguei no aeroporto, peguei um carro de aplicativo e fui direto para a casa da Lola.
Após 4 dias na casa da ex-modelo, a minha visão de mundo, das redes sociais e de uma imagem pessoal de sucesso era bem diferente.
A Lola acabou de me deixar no aeroporto e descobri que meu voo foi transferido para o final da tarde. Nem almocei e quero aproveitar para dar uns telefonemas. A Lola está interessada em mim e também estou interessado nela. É uma mulher madura, mãe de uma adolescente e perdeu o marido em um acidente de avião logo após o nascimento da Malú. Quero me relacionar com mulheres maduras, mas sem cobranças. Preciso deixar claro a qualquer uma que queira se relacionar comigo que não quero nada duradouro. Para mim, será sexo e nada mais.
- Me desculpe – esbarrei em uma mulher e as coisas dela caíram.
- A culpa foi minha – Alex, de óculos escuros, para disfarçar o choro, falou.
- Eu a ajudo – notei que seus olhos eram de choro. – Você é daqui? - Juntei as coisas dela.
- Sim – Alex olhou para o portão de embarque. – Preciso ir.
Com certeza tem namorado, além disso, não parece ter mais de 18 anos. Arkel pensou.
– Obrigada.
Está com o cabelo preso e com uma roupa bem despojada. Apesar de muito jovem, é bonita e atraente.
– Tchau – Alex se foi.
- Arkel – olhei para trás e reconheci a Sara. – Quem diria que eu o encontraria aqui – olhei na direção da moça que esbarrei e ela se perdeu entre os passageiros do aeroporto. Hoje é feriado e isso aqui está uma loucura.
- Como está Sara?
- Melhor agora.
A Sara sempre deu mole para mim, mesmo sabendo que eu era comprometido. Bem lembrado, era. A mulher é muito gostosa e sou um homem solteiro. Enquanto ela tagarela, me imagino colocando as mãos em cada parte do seu corpo. Não só as mãos, eu colocaria tudo nela como a respiração agitada dela sempre imaginou. Quero comer essa mulher agora.
Entramos no quarto do hotel bem quentes. A Sara nem me deixou fechar a porta e já foi tirando a minha camisa para fora da calça. Nos beijamos. Foi um beijo faminto e guloso. Eu a mordi no queixo e retornei naqueles lábios suculentos. Foram 3 meses sem mulher e agora eu tiraria o atraso. Ajeitei o terno na cadeira, larguei as coisas em cima da mesa e coloquei minhas mãos no traseiro dela.
- Arkel, seu safadinho.
Abri a camisa dela, puxei o tecido do sutiã para baixo e abocanhei um dos peitos. A Sara gemeu gostoso. Enquanto afrouxou minha gravata, eu desabotoei os punhos da minha camisa e a joguei na mesa, em cima da minha pasta e do notebook. A Sara espalmou as mãos nos meus ombros e desceu para o peito e seguiu descendo ... descendo e passou pelos gomos do meu abdômen e desceu mais e abriu o cinto da minha calça social e desceu o zíper. Pelo jeito, a Sara não queria o tradicional.
- Fique de quatro – falei para Sara.
- Quero brutalidade – a Sara não quer brincadeira. A mulher não perdeu tempo e deu as costas para mim. Coloquei a camisinha e, assim que empinou o traseiro, fui bruto como a própria queria. Foi o suficiente para ela gemer.
Ai sair do hotel, tomei o cuidado de colocá-la em um carro de aplicativo. Não foi por acaso que escolhi aquele hotel. Sabia que existiam câmeras espalhadas por todos os lados. Caso acontecesse algo, as filmagens seriam minhas testemunhas. Sou um homem desconfiado, injustiçado e não posso dar bobeira.
***
Após sair do aeroporto, Alex foi direto para o escritório do ex-policial aposentado ...
Sente-se Alex - o ex-policial aposentado apontou para a cadeira e me sentei com o coração apertado. Escaneei ao redor. A mobília escura, as pastas em cima dos armários e os cinzeiros sujos de bituca de cigarro, indicaram que era um cara das antigas. Falaram que era um bom detetive e, ao falar o preço do serviço, marquei uma agenda com ele na mesma hora.
- Pelo que me explicou ao telefone, quer que eu encontre sua mãe biológica que você não vê desde os sete anos.
- Exatamente, o nome dela é Andrea.
- Entenda Alex, o problema de um morador em situação de rua é que ele não tem endereço certo. Eles perambulam pela cidade e dormem em qualquer lugar - um bolo de pregos se alojou na minha garganta. As palavras do investigador particular eram duras, assim como os dias e noites da minha mãe nas ruas. Ele precisa encontrá-la logo.
***
Naquela semana, Arkel tomou várias decisões, além de visitar a mãe no hospital, internada há dias, para continuar a luta contra a doença.
Com Jorge Helder Cooper contratado como chefe da sua segurança pessoal, o empresário se sentiu mais seguro para seguir com os negócios. Não ia a lugar algum sem os seguranças e, sem querer, Arkel passou a ser notado e reconhecido por todos por onde passava. O empresário não era mais um homem comum, tornou-se rico, poderoso e misterioso. Não esqueceu que mataram a namorada por razões pessoais. Algo contra ela ou contra alguém ligado a ela. Queriam atingir alguém e como não sabia quem, Arkel se protegeu.
Em meses, Lola agitou as redes sociais do empresário, que ganhou milhões de seguidores.
***
Um ano depois que se formou, Alex encontrou a mãe biológica ...
Por segundos, minha mãe me reconheceu. Seus olhos brilharam ao me ver na sua frente e, rapidamente, ficaram fundos e escuros.
- Mãe, sou eu - plantei os olhos naquela mulher extremamente magra, cheirando mal e com os cabelos cheios de nós. Fiquei muito assustada. As roupas dela eram largas e sujas. Não foi difícil para os enfermeiros dominarem a mulher frágil que era. Eles a seguraram, um em cada braço e a colocaram facilmente na ambulância. Os gritos e o choro dela foram demais para mim. Eles precisaram aplicar sedativos para que ela não se machucasse. Chorei e, mesmo dias depois, aquelas imagens, o choro e os gritos dela não saíram da minha mente.
***
Com o passar dos anos, Arkel se tornou um fenômeno da internet, um empresário de sucesso e um exemplo de superação.
O caso do sequestro e assassinato da única herdeira de Soares seguia sem solução.
O amante de Beatriz foi encontrado inconsciente em um matagal com um tiro na cabeça um dia antes do sequestro e permaneceu internado e em coma por anos como desconhecido. Por um acidente, conseguiram identificá-lo. Imediatamente, Santori conseguiu uma ordem judicial e fizeram o exame de paternidade que confirmou que Geremias Odea era o pai da criança que a namorada de Arkel esperava. A única coisa a fazer era aguardar que ele saísse do coma e esclarecesse o que aconteceu.
Um sonho dos tempos de estudante de Arkel era atuar no turismo. Após dois anos da morte de dona Carmem e meses antes do pai falecer as negociações para a compra de uma rede de resort progrediu e o empresário comemorou a aquisição de seu empreendimento ao lado de outra mulher atraente.
***
Alex queria conversar com os únicos que a compreenderiam, seus pais falecidos há seis anos ...
Limpei meus olhos, tentei sorrir e ergui a cabeça.
- Sabe, até agora paguei o tratamento da minha mãe com o dinheiro que consegui com a venda da casa que vocês me deixaram – limpei meus olhos e minhas bochechas molhadas pelas lágrimas.
Agora, Alex teria que arranjar o dinheiro para continuar pagando a clínica psiquiátrica que Andrea foi internada.
No painel de voos online aparecia a mensagem alarmante “Embarque Imediato” para a cidade que viajaria com minhas amigas, que estavam bastante atrasadas. Não tinha muito o que fazer e imaginei embarcar naquele avião sozinha. Escolhi esperar por elas, afinal, que graça tinha passar os últimos dias das minhas férias sem a companhia das minhas amigas. Aguardei na porta da sala de embarque, impaciente, que aparecessem no corredor que os passageiros eram direcionados após o check-in. - Cadê aquelas duas!? A única coisa que sabia é que minhas amigas chegaram ao aeroporto, graças a localização que compartilharam, em tempo real pelo celular. “Última chamada para o voo ...” Que aflição. Acabaram de anunciar a última chamada para o nosso voo e as desmioladas nem chegaram no fundo do corredor. Chegar ao aeroporto com antecedência era algo simples para mim. Quanto as minhas amigas, nunca conseguiam ser pontuais, muito menos chegar com antecedência. Ao contrário, sempre chegaram faltando min
Sem perder tempo, Arkel entrou no bar e se apoiou no balcão perto da porta e de frente e a alguns metros da mulher com as pernas e o traseiro que aguçaram sua imaginação. O garçom assumiu uma postura mais profissional e foi ao encontro do empresário que pediu água com gás, limão e gelo. Arkel bebeu um gole da água refrescante e congelou os olhos em Alex. Sem querer, mirei um cara que ergueu o copo para me cumprimentar. O cara é bem o meu tipo. Não parece um turista, pelas roupas que usa. Quem sabe não está a negócios ou a trabalho. Para estar no bar a esta hora, deve ter um cargo importante. A abordagem me surpreendeu e não sei o que fazer. O que a personagem do romance que leio faria no meu lugar? Para disfarçar, corrigi minha postura e fingi mexer no celular. Sentei na banqueta do bar e cruzei as pernas. Sei que elas são de arrasar. Arkel não entendeu nada. Lembrou o que ela falou no check-in. Eram solteiras e a agitação das amigas falando sobre os “gatos a espera delas” garanti
O táxi parou a quarenta metros da entrada da balada. Elas pagaram o motorista e caminharam até o lugar. Já na pista de dança - após enfrentarem uma fila de respeito - com a música agitada e alta, mal conseguiam escutar uma à outra. - Amiga, gostei daqui, parece bem animado. Hoje, quero me acabar de tanto beijar. - Não consigo escutar – Sato gritou e apontou para o ouvido. Os garçons esbanjavam masculinidade, com os peitorais e braços musculosos à amostra, já que a calça era a única peça que vestiam. Apesar de frequentar baladas naquele estilo, Carol ficou alucinada com o lugar. Assim que o transe passou, procurou pela amiga que não estava mais ao seu lado. Há um bom tempo parada, se deu conta que em um lugar assim, a sobriedade era algo proibido para ela. Foi até o bar e pediu algo forte para beber. - Com bastante gelo – sorriu quase se derretendo para o barman. - Pode deixar – falou ele retribuindo o deslumbramento dela. Conversaram por alguns minutos, entre um drinque e outro
A alguns metros, no fundo do menor dos mezaninos, Arkel e o dono do local conversam - no escritório administrativo do estabelecimento - sobre o garçom baleado na frente de casa acidentalmente, durante a madrugada, em uma batida policial após sair da casa noturna. Ele trabalhava durante a tarde no resort e a noite na casa noturna. - Conheço o delegado que investiga o caso e, na verdade, o rapaz não estava sendo investigado. O problema é que ele se encaixava na descrição do suspeito. - A polícia atirou primeiro e perguntou depois - Arkel tamborilou os dedos na perna. - Isso é o que está sendo investigado, parece que um dos policiais está envolvido e, para não ser delatado, atirou na pessoa errada. - O pessoal do resort comentou que ele é filho único e fazia jornada dupla para pegar o tratamento da mãe doente. - Na verdade, não sei muito sobre a intimidade de meus funcionários e nem quero saber – fez uma cara de desinteresse o jogou os dedos da mão no ar. - Ele é um bom funcionário
- Não sei, pensarei em algo a caminho do resort. Senhoras, encontro as três amanhã às 9h, no mesmo bar. Não esqueçam que vocês não me conhecem - Arkel falou apontando o dedo indicador para elas, assim que Cooper sinalizou para irem embora. Arkel não podia permanecer muito tempo em lugares abertos sem uma inspeção minuciosa. Com o celular em mãos, pesquisou o perfil da escritora, e entrou no carro do meio. Assim que o carro da frente andou, o carro que Arkel estava acelerou e o último os seguiu. - Aqueles brutamontes são os guarda-costas dele? – Sato perguntou. - Ele nos deu uma ordem? - Parece que sim. - Quem é ele? – Carol Perguntou. - O nome dele não me é estranho. - O importante é que a Alex está interessada nele. - E o mais importante é que ele também está – Carol piscou para a amiga - e não é um profissional da noite, pelo menos, não precisaremos mentir para ela. - Mais perfeito que isso, impossível. - Precisamos ir. Acordarei com olheiras, se eu não dormir algumas horas
- Amigas, disfarcem. Aquele homem que me cumprimentou ontem está aqui. Sato e Carol trocaram olhares e, em seguida, arrastaram os olhos para o empresário. - Gente, era para disfarçar - Alex revirou os olhos. - Quem? – Sato disfarçou, enfim. Se fez de desentendida, para a amiga não perceber. - Sato, é aquele cara de ontem. - Já estou me sentindo bem melhor – Carol falou bem-humorada. – Ah, lembrei que você ficou péssima porque perdeu a chance de conhecê-lo e, quem sabe, dar uns amassos nele, quem sabe passar uma noite agradável ou até passar o final de semana inteiro com ele – Carol ergue a voz e lançou um olhar indagador para Alex. - Pelo amor dos deuses amiga, vê se não dá bobeira agora. Se ele der um sinal de fumaça, agarra o homem, literalmente. - Não se preocupem, eu já entendi que não posso esperar que as coisas aconteçam como nos romances. Quero que saibam que não desisti de encontrar o homem, digamos, ideal. Hoje, serei mais pé no chão e farei de tudo para passar uma noite
Ao andar para encontrá-lo, Alex pensou em como não agir. “Não posso me afastar, não posso mudar de assunto, não posso empurrá-lo e preciso entrar no clima”. A concentração e a falta de coragem a impediram de encará-lo. Assim que chegou onde o empresário estava, não o encontrou. - Você está com algo que é meu – Arkel se materializou atrás dela e sussurrou. O que aconteceu a seguir, foi bem conveniente para ele. Alex se assustou e, ao girar o corpo, acabou enroscando o pé na banqueta do bar e se desequilibrou. Arkel a segurou pela cintura e a puxou. Alex, para não dar de cara com aquele peitoral bem definido, apoiou as mãos nele. - Você está bem? – Arkel perguntou com um sorriso nos lábios, afinal, queria surpreendê-la e cair literalmente em seus braços, facilitou e muito as coisas para ele. - Me desculpe – Alex falou, se afastou e arrumou a saída de banho, quase na cintura. Constrangida e desajeitada, estendeu a mão para ele. – Seu lenço – Foi a única frase que conseguiu murmurar.
O tempo inteiro que ficaram se pegando, parecia que não existia ninguém no lugar. Agora que ele foi embora, Alex espreitou ao redor e outros casais estavam se beijando e conversando calorosamente, além de várias pessoas, na maioria homens que apenas bebiam. Andou até a mesa e permaneceu por alguns minutos perdida em pensamentos e curtindo a ideia da noite que passariam. Se naquele bar ele causou arrepios, calor e os seus desejos mais íntimos e ardentes, imaginou o que não aconteceria entre quatro paredes. Não estava em condições de sair do bar, não naquele momento, antes precisaria se recuperar daquela abordagem deliciosamente perturbadora. Arkel ficou apenas alguns minutos, mas a impressionou mais do que qualquer outro homem, algo inexplicável. Os poucos relacionamentos que teve não duraram muito tempo e, nem de perto, chegaram à intensidade dos minutos que passou nos braços dele. Apenas se beijaram e trocaram carícias e foi o suficiente para saber que era ele o homem que a tiraria d