Ao andar para encontrá-lo, Alex pensou em como não agir. “Não posso me afastar, não posso mudar de assunto, não posso empurrá-lo e preciso entrar no clima”. A concentração e a falta de coragem a impediram de encará-lo. Assim que chegou onde o empresário estava, não o encontrou. - Você está com algo que é meu – Arkel se materializou atrás dela e sussurrou. O que aconteceu a seguir, foi bem conveniente para ele. Alex se assustou e, ao girar o corpo, acabou enroscando o pé na banqueta do bar e se desequilibrou. Arkel a segurou pela cintura e a puxou. Alex, para não dar de cara com aquele peitoral bem definido, apoiou as mãos nele. - Você está bem? – Arkel perguntou com um sorriso nos lábios, afinal, queria surpreendê-la e cair literalmente em seus braços, facilitou e muito as coisas para ele. - Me desculpe – Alex falou, se afastou e arrumou a saída de banho, quase na cintura. Constrangida e desajeitada, estendeu a mão para ele. – Seu lenço – Foi a única frase que conseguiu murmurar.
O tempo inteiro que ficaram se pegando, parecia que não existia ninguém no lugar. Agora que ele foi embora, Alex espreitou ao redor e outros casais estavam se beijando e conversando calorosamente, além de várias pessoas, na maioria homens que apenas bebiam. Andou até a mesa e permaneceu por alguns minutos perdida em pensamentos e curtindo a ideia da noite que passariam. Se naquele bar ele causou arrepios, calor e os seus desejos mais íntimos e ardentes, imaginou o que não aconteceria entre quatro paredes. Não estava em condições de sair do bar, não naquele momento, antes precisaria se recuperar daquela abordagem deliciosamente perturbadora. Arkel ficou apenas alguns minutos, mas a impressionou mais do que qualquer outro homem, algo inexplicável. Os poucos relacionamentos que teve não duraram muito tempo e, nem de perto, chegaram à intensidade dos minutos que passou nos braços dele. Apenas se beijaram e trocaram carícias e foi o suficiente para saber que era ele o homem que a tiraria d
- Impossível ele não gostar. Amiga, até eu estou com vontade de agarrar você – Carol falou muito empolgada. - Uma produção digna de um óscar – Sato comentou. - Nunca me senti assim – ela falou virando para se olhar de costas no espelho. Como ele queria estender a noite e fazer um passeio durante a manhã, Alex organizou uma pequena mala com a roupa que usaria. Colocou um vestido de alça, um lenço azul claro, um tênis casual bege, óculos de sol, um conjunto íntimo e o celular. Não conseguiu pensar em mais nada, a ansiedade e o nervosismo a dominaram. - Me bateu aquela insegurança – Alex falou e respirou fundo. - Me poupe, não me diga que vai “amarelar”, logo agora. - Claro que não. Irei até o fim, só que até agora estava me sentindo como a personagem de um romance, mas como me dei conta do que está para acontecer, isso me assusta um pouco. - Como assim, assusta? Alex, você é uma mulher adulta. - Claro que sou, apenas não concordo que as coisas tem que ser instantâneas. - Este ho
- Espere um minuto – Arkel contornou o carro e abriu a porta para ela. - Assim você me acostuma mal – Alex sorriu para disfarçar o quanto gostou do gesto. Subiram uma escada de pedra, entraram pelo hall e foram direto para a sala de estar, um ambiente bem espaçoso, com cores claras e médias, cortinas longas, sofás de três e quatro lugares, poltronas largas e estofadas em tecido e madeira, mesa de centro, um balcão grande em madeira, objetos de ornamentação de bom gosto e um vaso com uma planta gigante, completando a decoração contemporânea. - Esse lugar é aconchegante, não quero mais ir embora – Alex falou mais descontraída. - Não vá, fique aqui – Arkel falou colocando as mãos na cintura dela e dando aquele beijo só dele: um selinho, sugou os lábios dela e mordiscou o inferior. Arkel mantinha o celular em mãos, o tempo todo, e Alex sentiu a vibração do aparelho. - Já volto – o empresário visualizou a mensagem, abriu a porta de correr e andou até a escada que dava acesso, pelo lad
Já na porta do quarto, ele apontou na direção do banheiro e Alex caminhou até lá. Arkel afrouxou a gravata, a jogou na cadeira luxuosa ao lado da porta e saiu. Em frente ao espelho, Alex conferiu o cabelo e a maquiagem e lembrou da pressa dele em abrir seu vestido antes do jantar. Imaginou que, ao abrir a porta, o homem afoito estaria deitado nu na cama com os lençóis cobrindo até seus quadris e, após os primeiros beijos ou quem sabe, algumas carícias, seriam cinco minutos de transa e nada mais. Ao sair do banheiro, Alex respirou fundo, espiou e não o encontrou. Era apenas ela no quarto. Foi até a porta, espiou de um lado para o outro e nenhum sinal dele. Voltou e deu uma boa espiada na decoração. Como os outros cômodos, o quarto era um deslumbre. Elegante e clean. Nada de cortinas pretas ou vermelhas, roupas de cama de veludo ou cama redonda. Alex ergueu os olhos e se deparou com o espelho gigante no teto, bem em cima da cama. Por alguns segundos, parou seu olhar nele. Quantas ele
Os olhos dele se fecharam e Arkel a puxou para cima dele. Para Alex, era o lugar mais aconchegante e parecia familiar, conhecido e seu. Arkel colocou um dos braços nas costas e pousou a mão na cintura dela, acariciou o cabelo com a outra, desde o alto da cabeça até a metade das costas dela, acompanhando o comprimento das madeixas acobreadas. Alex repousou a cabeça no peito amplo e duro dele, espalmou uma das mãos perto do ombro e entrelaçou a sua perna direita na dele. Em sua imaginação, o jantar era o principal elemento da noite, a cereja do bolo. Após o que aconteceu, Alex entendeu que tudo a preparou para algo maior. Um combinado perfeito que resultou na noite perfeita. Jamais esqueceria o que aconteceu. Entendeu que aquele momento foi o auge da noite, o restante, não passou de pormenores. - Qual a cor dos seus olhos? – Arkel perguntou contemplando o corpo dela pelo espelho do teto. O traseiro dela era perfeito demais, pensou ele. As coxas também. Corrigiu sua opinião e chegou à
Com o despertador do celular gritando às 5h da manhã, Alex abriu um dos olhos. - Já volto – Arkel a beijou rapidamente e entrou no banheiro. - Aham – Alex virou para o lado, muito sonolenta e adormeceu. Um tempo depois, Arkel retornou e parou ao lado da cama com as mãos nos quadris e com os olhos plantados nela. A contemplou dormindo profundamente, nua, deitada de lado e com os joelhos dobrados. O contorno da nádega e do quadril esquerdo fazia um desenho sexy e perfeito. Irresistível. Com uma parte do edredom entre os joelhos, o cabelo solto e deliciosamente espalhado pelo travesseiro, a cabeça um pouco inclinada e uma das mãos na altura da boca, um pouco aberta, Alex parecia uma pintura preciosa e rara, como os olhos dela. Era linda, uma obra de arte. Arkel continuou com as mãos nos quadris, ergueu a cabeça, olhou para o teto e espirou. Baixou a cabeça e voltou a contemplá-la. Ajoelhou ao lado da cama e afastou um cacho rebelde solto na bochecha dela. Afagou seu cabelo com cuidado
Arkel desceu para o café e a deixou no quarto para que terminasse de se arrumar. Em frente ao espelho, Alex contemplou sua imagem e lembrou o que aconteceu entre eles, o jantar e tudo mais até àquela manhã foi perfeito. Arkel foi muito habilidoso na cama, um amante e tanto e que homem. Naquela noite, ele foi perfeito. Era a única palavra que conseguia encontrar para o definir. Com os olhos fechados, lembrou do beijo e da pegada dele. Na noite anterior, ele foi o romântico e naquela seria o selvagem. Alex inspirou fundo e desceu antes que seu corpo se agitasse mais. Com a mesa posta para o café da manhã, no lugar da ponta e no lado direito, com xícaras, copos, guardanapos, pratos e talheres, Arkel apoiou as costas em uma das colunas do alpendre e saboreou sua xícara de café puro enquanto falava ao telefone. - Sim Gladys, cuide da produção dela. Fale ao Magnus que é importante que ela me acompanhe – Arkel desligou o telefone e continuou a saborear seu café. Assim que Alex apareceu no