Com o despertador do celular gritando às 5h da manhã, Alex abriu um dos olhos. - Já volto – Arkel a beijou rapidamente e entrou no banheiro. - Aham – Alex virou para o lado, muito sonolenta e adormeceu. Um tempo depois, Arkel retornou e parou ao lado da cama com as mãos nos quadris e com os olhos plantados nela. A contemplou dormindo profundamente, nua, deitada de lado e com os joelhos dobrados. O contorno da nádega e do quadril esquerdo fazia um desenho sexy e perfeito. Irresistível. Com uma parte do edredom entre os joelhos, o cabelo solto e deliciosamente espalhado pelo travesseiro, a cabeça um pouco inclinada e uma das mãos na altura da boca, um pouco aberta, Alex parecia uma pintura preciosa e rara, como os olhos dela. Era linda, uma obra de arte. Arkel continuou com as mãos nos quadris, ergueu a cabeça, olhou para o teto e espirou. Baixou a cabeça e voltou a contemplá-la. Ajoelhou ao lado da cama e afastou um cacho rebelde solto na bochecha dela. Afagou seu cabelo com cuidado
Arkel desceu para o café e a deixou no quarto para que terminasse de se arrumar. Em frente ao espelho, Alex contemplou sua imagem e lembrou o que aconteceu entre eles, o jantar e tudo mais até àquela manhã foi perfeito. Arkel foi muito habilidoso na cama, um amante e tanto e que homem. Naquela noite, ele foi perfeito. Era a única palavra que conseguia encontrar para o definir. Com os olhos fechados, lembrou do beijo e da pegada dele. Na noite anterior, ele foi o romântico e naquela seria o selvagem. Alex inspirou fundo e desceu antes que seu corpo se agitasse mais. Com a mesa posta para o café da manhã, no lugar da ponta e no lado direito, com xícaras, copos, guardanapos, pratos e talheres, Arkel apoiou as costas em uma das colunas do alpendre e saboreou sua xícara de café puro enquanto falava ao telefone. - Sim Gladys, cuide da produção dela. Fale ao Magnus que é importante que ela me acompanhe – Arkel desligou o telefone e continuou a saborear seu café. Assim que Alex apareceu no
Antes de descer as escadas, Alex contemplou a paisagem e pensou que não se importaria de permanecer alguns dias naquele lugar. Consultou o sinal de internet da sua operadora e não era dos melhores. Um paraíso particular como aquele dispensaria internet e qualquer outra tecnologia, ela pensou. Atravessou o alpendre e foi direto ao píer. Arkel, com a ajuda de Cooper, colocou o cilindro de ar e os outros acessórios na lancha, o que salientou seus músculos. Alex, por baixo dos óculos escuros, não desgrudou os olhos daquele corpo na sua melhor forma. - Vamos!? – Arkel estendeu a mão e a ajudou a entrar, assim que ele colocou os pés na lancha. - Sim – Alex escutou que os seguranças ligaram os motores dos jet-skis. Assim que Arkel ligou o motor, a lancha saiu e deixou um rastro de espuma por onde passaram e contornaram um conjunto de morros com picos maiores e outros menores. Com os braços ao redor dela e guiando a lancha, Arkel contornou à direita e avistaram o canal que ele comentou na n
Logo que entrou no quarto, Alex fechou a porta atrás de si, deixou que as coisas seguras em suas mãos caíssem e fechou os olhos. Arkel era o dono do resort e saberia quem ela era, o que fazia para ganhar seu dinheiro e outras coisas que quisesse. Ela preencheu seus dados no check-in como de costume. - Ele não iria querer me procurar – Sentiu um aperto no peito e pensou que no fundo, queria muito que Arkel a procurasse. Lembrou da mãe e que ela precisaria continuar o tratamento e, para isso, Alex precisaria cumprir o acordado no contrato exigido pelo cliente difícil, caso contrário, receberia apenas o salário. Nada poderia distraí-la. Alex não poderia decepcionar a mãe, que já sofrera muito. A imagem dele voltou aos seus pensamentos. Se alguém pedisse a ela para descrever seus sentimentos, não conseguiria verbalizá-los. Arkel era um homem muito intenso. - O interesse dele acabará junto com o final de semana – ela colocou outro biquíni e organizou suas coisas. – Quero curtir cada min
Ainda contemplando o duplex, Alex olhou para o pavimento superior e Arkel, com apenas uma calça de moletom que lhe caiu pelos quadris, desceu a escada a encarando. O corpo dela reagiu ao seu olhar; ao peitoral, braços e ombros nus do homem na sua melhor forma. - Você está atrasada – Arkel a beijou e olhou para a secretária. - A culpa foi minha – Alex disse e um formigamento passou pelas suas partes mais íntimas. - Querida, não fale nada, só irá complicar as coisas para mim – Gladys a puxou pelo braço em direção a Magnus, um costureiro de confiança de Arkel e que Alex o definiu como uma figura excêntrica; com estatura baixa; extremamente magro; totalmente careca; a barba longa, pontiaguda e bem tratada; óculos quadrados, um pouco grande para o formato do rosto redondo dele, que o deixou parecendo um personagem de desenho animado. A calça social xadrez e camisa rosa, com as mangas dobradas até os cotovelos e um sapa-tênis branco, completaram o look. - Meu bem, esta é a Alex. - Eu se
Sem jeito, Alex tomou coragem e o olhou. Arkel continuou a contemplando, uma mão relaxada em seu colo e a outra embaixo de seu queixo e arrastando o seu longo dedo indicador através de seus lábios. - Cadê o Magnus com as roupas – a secretária de Arkel falou assim que entrou, quem sabe pela milésima vez naquele quarto. - Aqui querida – Magnus entrou com um auxiliar carregando as roupas. - Parabéns pessoal, conseguimos terminar faltando alguns minutos. Tem café, água e suco lá embaixo. Aguardem. Se precisar, chamarei vocês. No quarto ficaram Arkel, Alex, Gladys, Magnus e seu auxiliar. Magnus e Gladys ajudaram Alex a se vestir e, às vezes, ela espiava Arkel que ficou nu no quarto, na frente da sua secretária, que nem ligou. Ninguém deu a mínima, somente ela ficou constrangida. Assim que terminaram, ficaram perto da porta, aguardando o que o empresário falaria da produção dela. - Perfeito – ele pegou na ponta dos dedos da mão direita e a girou para conferir o look. - Gracias – Magnus
O lugar tinha muita gente, mas não abarrotado como as baladas lotadas que costumava ir com as amigas. - Venha, quero mostrar como ficou – Arkel a puxou pela cintura. - Não é um pouco cedo para uma balada? - Na verdade, está aberta desde às 20h. Hoje em dia, alguns famosos e até anônimos ... - Anônimos? - Sim, é como o pessoal chama quem não é famoso. - Eu, por exemplo. - Exatamente. - Como eu estava dizendo, alguns famosos e anônimos tem um estilo de vida que inclui dormir cedo, selecionar os alimentos ... - Selecionar os alimentos? - Como os vegetarianos. - Como eu, por exemplo. - Assim, para “agradar a gregos e troianos”, alguns lugares, como aqui, já abrem as portas mais cedo. – Arkel – um ator da novela das 08h, que fazia sucesso no momento, cumprimentou o empresário. - Como você está? – Arkel o cumprimentou. - Você não é aquele ator famoso ...? – Alex perguntou. - Eu mesmo. - Será que eu posso ...? – Alex mostrou o celular. - Sim, claro. - Minha amiga queria mui
- Senhores, podemos continuar. Esta é a Alex. - Boa noite – ela falou olhando para cada um deles. - Algum problema Arkel? - É que ... - Já está tudo bem – Alex não queria comentar sobre o incidente desagradável, apenas sentou na banqueta e começou a pesquisar notícias recentes sobre artes e moda. - Sim ... já está – Arkel continuou conversando com eles sobre bolsa de valores, desvalorização da moeda nos países da América Latina e outros assuntos que Alex não tinha o menor interesse. - Arkel querido – a curadora de artes o beijou no rosto. - Querido, até que enfim uma mulher o acompanha durante a festa inteira – a socialite comentou. - Senhoras, esta é a Alex. - Eu não conheço você – a socialite falou. - Não, – e como ela já estava preparada para as perguntas indesejadas - comentei com o Arkel, antes de chegarmos, que achei um exagero os comentários dos críticos sobre a nova coleção da Zazu’s, não é querido? - Alex apenas sorriu para Arkel que a olhou com estranheza. - Não é?