- Impossível ele não gostar. Amiga, até eu estou com vontade de agarrar você – Carol falou muito empolgada. - Uma produção digna de um óscar – Sato comentou. - Nunca me senti assim – ela falou virando para se olhar de costas no espelho. Como ele queria estender a noite e fazer um passeio durante a manhã, Alex organizou uma pequena mala com a roupa que usaria. Colocou um vestido de alça, um lenço azul claro, um tênis casual bege, óculos de sol, um conjunto íntimo e o celular. Não conseguiu pensar em mais nada, a ansiedade e o nervosismo a dominaram. - Me bateu aquela insegurança – Alex falou e respirou fundo. - Me poupe, não me diga que vai “amarelar”, logo agora. - Claro que não. Irei até o fim, só que até agora estava me sentindo como a personagem de um romance, mas como me dei conta do que está para acontecer, isso me assusta um pouco. - Como assim, assusta? Alex, você é uma mulher adulta. - Claro que sou, apenas não concordo que as coisas tem que ser instantâneas. - Este ho
- Espere um minuto – Arkel contornou o carro e abriu a porta para ela. - Assim você me acostuma mal – Alex sorriu para disfarçar o quanto gostou do gesto. Subiram uma escada de pedra, entraram pelo hall e foram direto para a sala de estar, um ambiente bem espaçoso, com cores claras e médias, cortinas longas, sofás de três e quatro lugares, poltronas largas e estofadas em tecido e madeira, mesa de centro, um balcão grande em madeira, objetos de ornamentação de bom gosto e um vaso com uma planta gigante, completando a decoração contemporânea. - Esse lugar é aconchegante, não quero mais ir embora – Alex falou mais descontraída. - Não vá, fique aqui – Arkel falou colocando as mãos na cintura dela e dando aquele beijo só dele: um selinho, sugou os lábios dela e mordiscou o inferior. Arkel mantinha o celular em mãos, o tempo todo, e Alex sentiu a vibração do aparelho. - Já volto – o empresário visualizou a mensagem, abriu a porta de correr e andou até a escada que dava acesso, pelo lad
Já na porta do quarto, ele apontou na direção do banheiro e Alex caminhou até lá. Arkel afrouxou a gravata, a jogou na cadeira luxuosa ao lado da porta e saiu. Em frente ao espelho, Alex conferiu o cabelo e a maquiagem e lembrou da pressa dele em abrir seu vestido antes do jantar. Imaginou que, ao abrir a porta, o homem afoito estaria deitado nu na cama com os lençóis cobrindo até seus quadris e, após os primeiros beijos ou quem sabe, algumas carícias, seriam cinco minutos de transa e nada mais. Ao sair do banheiro, Alex respirou fundo, espiou e não o encontrou. Era apenas ela no quarto. Foi até a porta, espiou de um lado para o outro e nenhum sinal dele. Voltou e deu uma boa espiada na decoração. Como os outros cômodos, o quarto era um deslumbre. Elegante e clean. Nada de cortinas pretas ou vermelhas, roupas de cama de veludo ou cama redonda. Alex ergueu os olhos e se deparou com o espelho gigante no teto, bem em cima da cama. Por alguns segundos, parou seu olhar nele. Quantas ele
Os olhos dele se fecharam e Arkel a puxou para cima dele. Para Alex, era o lugar mais aconchegante e parecia familiar, conhecido e seu. Arkel colocou um dos braços nas costas e pousou a mão na cintura dela, acariciou o cabelo com a outra, desde o alto da cabeça até a metade das costas dela, acompanhando o comprimento das madeixas acobreadas. Alex repousou a cabeça no peito amplo e duro dele, espalmou uma das mãos perto do ombro e entrelaçou a sua perna direita na dele. Em sua imaginação, o jantar era o principal elemento da noite, a cereja do bolo. Após o que aconteceu, Alex entendeu que tudo a preparou para algo maior. Um combinado perfeito que resultou na noite perfeita. Jamais esqueceria o que aconteceu. Entendeu que aquele momento foi o auge da noite, o restante, não passou de pormenores. - Qual a cor dos seus olhos? – Arkel perguntou contemplando o corpo dela pelo espelho do teto. O traseiro dela era perfeito demais, pensou ele. As coxas também. Corrigiu sua opinião e chegou à
Com o despertador do celular gritando às 5h da manhã, Alex abriu um dos olhos. - Já volto – Arkel a beijou rapidamente e entrou no banheiro. - Aham – Alex virou para o lado, muito sonolenta e adormeceu. Um tempo depois, Arkel retornou e parou ao lado da cama com as mãos nos quadris e com os olhos plantados nela. A contemplou dormindo profundamente, nua, deitada de lado e com os joelhos dobrados. O contorno da nádega e do quadril esquerdo fazia um desenho sexy e perfeito. Irresistível. Com uma parte do edredom entre os joelhos, o cabelo solto e deliciosamente espalhado pelo travesseiro, a cabeça um pouco inclinada e uma das mãos na altura da boca, um pouco aberta, Alex parecia uma pintura preciosa e rara, como os olhos dela. Era linda, uma obra de arte. Arkel continuou com as mãos nos quadris, ergueu a cabeça, olhou para o teto e espirou. Baixou a cabeça e voltou a contemplá-la. Ajoelhou ao lado da cama e afastou um cacho rebelde solto na bochecha dela. Afagou seu cabelo com cuidado
Arkel desceu para o café e a deixou no quarto para que terminasse de se arrumar. Em frente ao espelho, Alex contemplou sua imagem e lembrou o que aconteceu entre eles, o jantar e tudo mais até àquela manhã foi perfeito. Arkel foi muito habilidoso na cama, um amante e tanto e que homem. Naquela noite, ele foi perfeito. Era a única palavra que conseguia encontrar para o definir. Com os olhos fechados, lembrou do beijo e da pegada dele. Na noite anterior, ele foi o romântico e naquela seria o selvagem. Alex inspirou fundo e desceu antes que seu corpo se agitasse mais. Com a mesa posta para o café da manhã, no lugar da ponta e no lado direito, com xícaras, copos, guardanapos, pratos e talheres, Arkel apoiou as costas em uma das colunas do alpendre e saboreou sua xícara de café puro enquanto falava ao telefone. - Sim Gladys, cuide da produção dela. Fale ao Magnus que é importante que ela me acompanhe – Arkel desligou o telefone e continuou a saborear seu café. Assim que Alex apareceu no
Antes de descer as escadas, Alex contemplou a paisagem e pensou que não se importaria de permanecer alguns dias naquele lugar. Consultou o sinal de internet da sua operadora e não era dos melhores. Um paraíso particular como aquele dispensaria internet e qualquer outra tecnologia, ela pensou. Atravessou o alpendre e foi direto ao píer. Arkel, com a ajuda de Cooper, colocou o cilindro de ar e os outros acessórios na lancha, o que salientou seus músculos. Alex, por baixo dos óculos escuros, não desgrudou os olhos daquele corpo na sua melhor forma. - Vamos!? – Arkel estendeu a mão e a ajudou a entrar, assim que ele colocou os pés na lancha. - Sim – Alex escutou que os seguranças ligaram os motores dos jet-skis. Assim que Arkel ligou o motor, a lancha saiu e deixou um rastro de espuma por onde passaram e contornaram um conjunto de morros com picos maiores e outros menores. Com os braços ao redor dela e guiando a lancha, Arkel contornou à direita e avistaram o canal que ele comentou na n
Logo que entrou no quarto, Alex fechou a porta atrás de si, deixou que as coisas seguras em suas mãos caíssem e fechou os olhos. Arkel era o dono do resort e saberia quem ela era, o que fazia para ganhar seu dinheiro e outras coisas que quisesse. Ela preencheu seus dados no check-in como de costume. - Ele não iria querer me procurar – Sentiu um aperto no peito e pensou que no fundo, queria muito que Arkel a procurasse. Lembrou da mãe e que ela precisaria continuar o tratamento e, para isso, Alex precisaria cumprir o acordado no contrato exigido pelo cliente difícil, caso contrário, receberia apenas o salário. Nada poderia distraí-la. Alex não poderia decepcionar a mãe, que já sofrera muito. A imagem dele voltou aos seus pensamentos. Se alguém pedisse a ela para descrever seus sentimentos, não conseguiria verbalizá-los. Arkel era um homem muito intenso. - O interesse dele acabará junto com o final de semana – ela colocou outro biquíni e organizou suas coisas. – Quero curtir cada min