Logo que entrou no quarto, Alex fechou a porta atrás de si, deixou que as coisas seguras em suas mãos caíssem e fechou os olhos. Arkel era o dono do resort e saberia quem ela era, o que fazia para ganhar seu dinheiro e outras coisas que quisesse. Ela preencheu seus dados no check-in como de costume. - Ele não iria querer me procurar – Sentiu um aperto no peito e pensou que no fundo, queria muito que Arkel a procurasse. Lembrou da mãe e que ela precisaria continuar o tratamento e, para isso, Alex precisaria cumprir o acordado no contrato exigido pelo cliente difícil, caso contrário, receberia apenas o salário. Nada poderia distraí-la. Alex não poderia decepcionar a mãe, que já sofrera muito. A imagem dele voltou aos seus pensamentos. Se alguém pedisse a ela para descrever seus sentimentos, não conseguiria verbalizá-los. Arkel era um homem muito intenso. - O interesse dele acabará junto com o final de semana – ela colocou outro biquíni e organizou suas coisas. – Quero curtir cada min
Ainda contemplando o duplex, Alex olhou para o pavimento superior e Arkel, com apenas uma calça de moletom que lhe caiu pelos quadris, desceu a escada a encarando. O corpo dela reagiu ao seu olhar; ao peitoral, braços e ombros nus do homem na sua melhor forma. - Você está atrasada – Arkel a beijou e olhou para a secretária. - A culpa foi minha – Alex disse e um formigamento passou pelas suas partes mais íntimas. - Querida, não fale nada, só irá complicar as coisas para mim – Gladys a puxou pelo braço em direção a Magnus, um costureiro de confiança de Arkel e que Alex o definiu como uma figura excêntrica; com estatura baixa; extremamente magro; totalmente careca; a barba longa, pontiaguda e bem tratada; óculos quadrados, um pouco grande para o formato do rosto redondo dele, que o deixou parecendo um personagem de desenho animado. A calça social xadrez e camisa rosa, com as mangas dobradas até os cotovelos e um sapa-tênis branco, completaram o look. - Meu bem, esta é a Alex. - Eu se
Sem jeito, Alex tomou coragem e o olhou. Arkel continuou a contemplando, uma mão relaxada em seu colo e a outra embaixo de seu queixo e arrastando o seu longo dedo indicador através de seus lábios. - Cadê o Magnus com as roupas – a secretária de Arkel falou assim que entrou, quem sabe pela milésima vez naquele quarto. - Aqui querida – Magnus entrou com um auxiliar carregando as roupas. - Parabéns pessoal, conseguimos terminar faltando alguns minutos. Tem café, água e suco lá embaixo. Aguardem. Se precisar, chamarei vocês. No quarto ficaram Arkel, Alex, Gladys, Magnus e seu auxiliar. Magnus e Gladys ajudaram Alex a se vestir e, às vezes, ela espiava Arkel que ficou nu no quarto, na frente da sua secretária, que nem ligou. Ninguém deu a mínima, somente ela ficou constrangida. Assim que terminaram, ficaram perto da porta, aguardando o que o empresário falaria da produção dela. - Perfeito – ele pegou na ponta dos dedos da mão direita e a girou para conferir o look. - Gracias – Magnus
O lugar tinha muita gente, mas não abarrotado como as baladas lotadas que costumava ir com as amigas. - Venha, quero mostrar como ficou – Arkel a puxou pela cintura. - Não é um pouco cedo para uma balada? - Na verdade, está aberta desde às 20h. Hoje em dia, alguns famosos e até anônimos ... - Anônimos? - Sim, é como o pessoal chama quem não é famoso. - Eu, por exemplo. - Exatamente. - Como eu estava dizendo, alguns famosos e anônimos tem um estilo de vida que inclui dormir cedo, selecionar os alimentos ... - Selecionar os alimentos? - Como os vegetarianos. - Como eu, por exemplo. - Assim, para “agradar a gregos e troianos”, alguns lugares, como aqui, já abrem as portas mais cedo. – Arkel – um ator da novela das 08h, que fazia sucesso no momento, cumprimentou o empresário. - Como você está? – Arkel o cumprimentou. - Você não é aquele ator famoso ...? – Alex perguntou. - Eu mesmo. - Será que eu posso ...? – Alex mostrou o celular. - Sim, claro. - Minha amiga queria mui
- Senhores, podemos continuar. Esta é a Alex. - Boa noite – ela falou olhando para cada um deles. - Algum problema Arkel? - É que ... - Já está tudo bem – Alex não queria comentar sobre o incidente desagradável, apenas sentou na banqueta e começou a pesquisar notícias recentes sobre artes e moda. - Sim ... já está – Arkel continuou conversando com eles sobre bolsa de valores, desvalorização da moeda nos países da América Latina e outros assuntos que Alex não tinha o menor interesse. - Arkel querido – a curadora de artes o beijou no rosto. - Querido, até que enfim uma mulher o acompanha durante a festa inteira – a socialite comentou. - Senhoras, esta é a Alex. - Eu não conheço você – a socialite falou. - Não, – e como ela já estava preparada para as perguntas indesejadas - comentei com o Arkel, antes de chegarmos, que achei um exagero os comentários dos críticos sobre a nova coleção da Zazu’s, não é querido? - Alex apenas sorriu para Arkel que a olhou com estranheza. - Não é?
Arkel caminhou com ela em direção ao quarto e entrou. - Pronto – Arkel a jogou na cama. - Ficou louco? - Fiquei - Arkel a puxou pelas coxas, depois pela cintura e a colocou em pé, de frente e a encarou por alguns segundos. – Louco por você - Alex colocou as mãos na nuca dele e o beijou ardentemente. – Louco pelos seus lábios - Ergueu o vestido dela pelo pescoço e o jogou longe, em seguida, sem tirar seus lábios dos dela, com uma das mãos segurou o body e com a outra abriu o fecho na lateral e o baixou, passou pelos quadris, coxas e pés que ela ergueu para ele terminar de tirar a peça e jogá-la longe. – Louco para deixá-la nua para mim – ela o ajudou com a gravata e desabotoou a camisa que Arkel tirou rapidamente. Com um olhar felino, Arkel a encarou. – Tire minha calça – Alex sorriu e desatrelou o cinto, abriu o botão e baixou o zíper. Ele mesmo a abaixou e a retirou por completo. Estavam nus. Ela a abraçou e apertou suas nádegas. Alex gemeu. Com muita facilidade, Arkel a ergueu, a
- O que aconteceu? - Você me acertou com as algemas – Arkel a colocou em pé no chão. O sangue começou a escorrer e Arkel foi até o banheiro e parou em frente ao espelho. Queria ver o tamanho do estrago. - Arkel, solte as algemas – Alex andou até a porta do banheiro, com as mãos presas nas algemas. Com a torneira aberta, Arkel colocou a cabeça na diagonal e deixou a água escorrer. O sangue não parou de escorrer. - Arkel, me solte para eu ajudar. Com o sangue escorrendo, Arkel pegou uma toalha de rosto e colocou em cima do corte para conter o sangramento. Voltou para o quarto e abriu gaveta por gaveta atrás das chaves. - Nem lembro onde a Gladys colocou – Arkel abriu a segunda gaveta do armário de cabeceira. - Eu não acredito que a Gladys sabe o que estamos fazendo. - Não exatamente. Achei – ele conseguiu abrir as algemas e começou a rir, segurando a toalha sobre o ferimento. - Eu preciso de uma camisa, aquela está rasgada. - Precisarei chamar um médico - ele pegou uma camisa
O sol já tinha invadido o quarto quando eles acordaram com o despertador do celular de Arkel. Um pouco sonolenta, Alex quis ver o ferimento. Ele levantou e fechou as cortinas, deixando apenas uma claridade proposital. - Pelo menos a compressa de gelo ajudou e não está inchado, só que ficou um hematoma – Alex passou o dedo em cima dos pontos. - Se alguém me perguntar, contarei exatamente o que aconteceu – Arkel foi até o banheiro para olhar no espelho e voltou com aquele sorriso no rosto. - Só não comente meu nome - Alex repousou a cabeça no peito dele e o abraçou com um dos braços. - Claro que não comentarei. É bem desagradável um homem comentar sobre qualquer coisa de uma mulher. - Menos mal - Alex ficou mais tranquila e orgulhosa. Arkel não comentaria o nome dela e esta seria mais uma, dentre tantas, para o hall de aventuras amorosas dele, e que deixou uma marca que o empresário jamais esqueceria, muito menos ela. - Eu sempre ouço as mulheres que conheço comentarem sobre as ave