Sem perder tempo, Arkel entrou no bar e se apoiou no balcão perto da porta e de frente e a alguns metros da mulher com as pernas e o traseiro que aguçaram sua imaginação. O garçom assumiu uma postura mais profissional e foi ao encontro do empresário que pediu água com gás, limão e gelo. Arkel bebeu um gole da água refrescante e congelou os olhos em Alex.
Sem querer, mirei um cara que ergueu o copo para me cumprimentar. O cara é bem o meu tipo. Não parece um turista, pelas roupas que usa. Quem sabe não está a negócios ou a trabalho. Para estar no bar a esta hora, deve ter um cargo importante. A abordagem me surpreendeu e não sei o que fazer. O que a personagem do romance que leio faria no meu lugar? Para disfarçar, corrigi minha postura e fingi mexer no celular. Sentei na banqueta do bar e cruzei as pernas. Sei que elas são de arrasar.
Arkel não entendeu nada. Lembrou o que ela falou no check-in. Eram solteiras e a agitação das amigas falando sobre os “gatos a espera delas” garantiu que queriam encontrar um par para os dias que viriam. Se foram ao bar de encontros, era porque estavam atrás dos solteiros. Ele não era acostumado a levar foras, ao contrário, as mulheres sempre correspondiam. O empresário visualizou uma mensagem no celular, a respeito de um dos garçons do resort, baleado pela polícia na porta de casa. Colocou o copo, com a bebida pela metade, em cima do balcão, olhou para ela e saiu contrariado.
Concluí que o melhor era sorrir para ele. Segura da minha estratégia, girei para o lado oposto para disfarçar e depois voltei os olhos para ele. Para minha surpresa, o homem interessante desapareceu.
Fiquei sem jeito e decepcionada comigo mesma. Continuei parada, mexendo no celular.
Alex não notou que Carol e o garçom conversavam com os olhos grudados nela.
- Já sei como a Alex conseguirá a noite que tanto espera – Carol cochichou para Sato.
- Como?
- Contrataremos um profissional da noite. Só um homem do ramo para cumprir as três noites. A gente explica o que ele precisa fazer e, pagando bem, que mal tem?
- A Alex ficará furiosa, se descobrir.
- Se descobrir, portanto, “boca de siri” amiga. A Alex não para de mexer naquele celular. Assim que entramos, percebi que os homens não tiraram os olhos dela. Acontece que a criatura está de frente para o balcão e esquece que o mundo também gira ao redor dela. O pior é que o tempo está passando e daqui a pouco o final de semana já era.
- Como acharemos o cara?
- Conversei com o gostoso do bar que me passou o endereço de uma casa noturna, onde tem uns caras que fazem esse tipo de serviço e cobram bem.
- Vamos para piscina, quero pegar um sol e dar um mergulho – passei pelas minhas amigas que não paravam de cochichar. Não quero nem saber o que é. Caminhei em direção à praia artificial para me distrair.
- Que horror, um homem ergue um copo e espera que você dê aquele sorriso com as pernas abertas.
- Você está falando de que amiga? – Carol, sentada na espreguiçadeira e passando o bronzeador nas pernas e nos braços, me perguntou.
- Nada – falei aborrecida. Não consigo acreditar que deixei uma oportunidade assim escapar. Raramente me interesso por alguém. Não me conformo.
- Quer que eu passe bronzeador nas suas costas? – Carol perguntou. - Se eu deitar nessa cadeira, só erguerei este corpo daqui em quarenta minutos e será para dar um mergulho.
- Eu quero – Sato falou.
- Não me diga que você está pensando em trabalho? – Carol me perguntou.
- Estou pensando o quanto eu quero encontrar um homem interessante, mesmo que seja para passar uma noite antes de ir para aquele fim de mundo.
- Jura? - As minhas amigas falaram ao mesmo tempo.
- Eu não acredito – Carol apontou o indicador para Sato.
- Pode apostar que sim – falei, morosamente, deitada na espreguiçadeira, de olhos fechados. A imagem dele não saía da minha cabeça.
- Eu tenho um plano em mente e acredito que pode dar certo – a Carol cruzou as pernas e apoiou as mãos para trás na espreguiçadeira.
- Pode falar – nem abri meus olhos.
A Sato também sentou na cadeira, com o sol nas costas e o álcool na cabeça.
A coisa toda aconteceria no bar que foram, o ponto de encontro dos solteiros, sem que a Alex soubesse da contratação de um profissional da noite.
- Você nos mostra um homem que interessa a você e nós mostramos um que acreditamos que goste. Se o seu escolhido não agradar, você conversa com o que escolhermos.
- Não sei se dará certo – comentei desanimada. Imaginei, ao menos, iniciar uma conversa com o homem interessante.
- Você quer que aconteça ou não?
- É claro que eu quero – expirei forte, afinal, queria que acontecesse com o cara do bar – acontece que eu estrago tudo.
- Como assim? O que foi que a gente perdeu?
- Tinha um homem bem interessante no bar que flertou comigo e, como demorei para corresponder ... – bufei. - Conclusão? – inspirei o ar para os pulmões. - Ele cansou de esperar e foi embora.
- Qual deles? Aquele da última mesa ou aquele que estava com um amigo perto do banheiro? – Carol me chacoalhou pelo braço.
- Nenhum deles – ergui o indicador e balancei de um lado para o outro, como a um para-brisas. - Era um cara bem alto perto da porta.
- Amiga, na próxima, seja mais rápida.
- Serei mesmo.
- Estou indo pegar mais uma bebida, quer? – Carol falou e jogou a cabeça para o lado dos bares, indicando para Sato ir junto.
- Uma água mineral com gás e bastante gelo - falei. Queria mesmo é pegar uma bebida forte e me acabar na ressaca.
- Me ajuda aqui Sato, só tenho duas mãos - Carol a puxou pelo braço. As conspiradoras caminharam em direção ao bar mais distante para planejar o que fariam.
- Amiga, o negócio é o seguinte: se você gostar do cara, se j**a em cima – ergui meus óculos e encarei a Carol. - Quer dizer, se j**a de cabeça.
- As coisas não precisam acontecer em um piscar de olhos – baixei meus óculos. - Não sei ser assim.
- Amiga, se você quer passar um final de semana daqueles com um homem interessante, tem que apressar as coisas. Se não der certo, parte para outro.
As amigas, exaustas e satisfeitas por aproveitarem o sol e a água, subiram após o pôr do sol que, aliás, foi um espetáculo.
- Não consigo abrir a porta com meu cartão – reclamei após passar o cartão e a porta não abrir.
Sato passou o cartão dela e funcionou.
- Não acredito que o meu está com problema – falei assim que a porta abriu. – Precisarei trocar na recepção.
- Estou pensando em ir numa balada no centro da cidade, o que acham? – Carol falou encarando Sato que sabia que era a deixa para colocarem em prática seus planos.
- Eu topo – Sato respondeu, como combinaram que fariam.
- Hoje estou bem desanimada e não serei uma boa companhia. Quero ficar aqui e continuar minha leitura. Podem ir, não me importo, amanhã serei outra pessoa.
- Não tem graça jantar sozinha.
- Irei ao restaurante – Coloquei um short destroyer jeans, uma camiseta de algodão e tênis branco assim que tomei banho.
- Amiga, você precisa estar aberta aos relacionamentos e deixar que as coisas aconteçam. Se ficar plantada nesse quarto esperando que o homem dos seus sonhos apareça, nunca encontrará um. Você precisa sair e se mostrar para o mundo, na verdade, se mostrar para os homens - Carol trocou olhares com Sato.
- Hoje não, mas eu sei que você está coberta de razão. Quero ler e relaxar um pouco – fui até o armário de cabeceira e manuseei os 3 romances que coloquei na bagagem. - Prometo que amanhã acordarei animada e disposta – mirei a capa do meu romance favorito e falei. - Já entendi que aquele homem surpreendente só existe nos romances que leio.
Na verdade, Alex não tinha nenhuma referência de casais apaixonados ou relacionamentos normais. Nem queria lembrar o que presenciou entre os pais biológicos. Lembrou do casal que a adotou, consumido pelo desgaste dos anos de luta contra a doença que tirou o menino deles. Em anos, raramente falaram o nome dele. Sempre que se referiam como “nosso menino”. Eles eram muito companheiros e dedicados como pais, mas o sofrimento não deixou espaço para demonstrarem o que sentiam um pelo outro. Apenas queriam continuar a missão como pais. Por isso, Alex encontrou na leitura um modelo de casal perfeito e passou a acreditar que o correto eram aqueles relacionamentos.
Alguns minutos depois que as amigas saíram, desceu para jantar com o estojo dos óculos, celular e o romance. Antes, andou até a portaria para trocar o cartão do quarto.
- Senhor.
- Boa noite, Alex.
- Boa noite – me debrucei no balcão da recepção e estranhei o gerente saber meu nome. Acredito que faça parte da política do bom atendimento do resort.
- Em que posso ajudá-la?
- Não consigo abrir a porta com meu cartão.
- Só um minuto – o gerente se afastou.
Nesse momento, Arkel e os seguranças cruzaram o salão do hotel.
- Quanto tempo até chegarmos lá? – Arkel perguntou para Cooper com os olhos grudados em Alex apoiada no balcão da recepção.
– Quinze minutos.
- Marquei daqui a quarenta e cinco minutos – Arkel encarou Cooper. – Sairemos em 20min.
- Aguardaremos lá fora – Cooper saiu com os outros seguranças em direção à saída logo atrás da recepção.
- Seu cartão Alex.
- Obrigada
Alex caminhou para o restaurante e Arkel imaginou que jantaria com alguém. Será que era um homem? Alex era muito atraente e aquele shorts era demais. Era possível perceber que o sutiã dela era branco e Arkel imaginou que a calcinha também. Como não marcou o short, com certeza, era um fio dental. Arkel a imaginou com uma lingerie branca.
- Que safada.
Já no corredor, Arkel aguardou alguns minutos na porta até o garçom acompanhá-la na mesa perto da janela.
- Ela está esperando por alguém? – Arkel, com os olhos nela, perguntou ao garçom assim que passou por ele.
- Senhor, acredito que não. O pedido é para uma pessoa – nesse momento, Alex colocou os óculos e começou a ler o romance.
- E a bebida? – Arkel, sem tirar os olhos dela, perguntou.
- Apenas para uma pessoa, senhor.
- O nome dela é Alex, passe uma mensagem ao senhor G. se ela jantar com alguém.
Como não conseguia tirar os olhos dela, aguardou alguns minutos perto do bar. Não seria nenhum sacrifício permanecer por mais alguns minutos a contemplando. Algo nela o atraía. Quem sabe se remarcasse o compromisso? Não. Era um assunto muito grave e precisaria ser esclarecido logo. Como Alex não olhou para os lados e nem consultou o celular atrás de mensagens, Arkel concluiu que ela não esperava ninguém para jantar, o que o deixou mais tranquilo. Há anos fazia abordagens mais diretas às mulheres. Com ela, queria ser mais cauteloso. Alex o deixou confuso. Mais uma vez, não entendeu nada. Será que era comprometida? E a agitação com as amigas após o check-in para encontrar os solteiros? Após quinze minutos, o empresário decidiu ir embora. Caso contrário, se atrasaria. No dia seguinte, daria um jeito para que Alex o notasse.
O táxi parou a quarenta metros da entrada da balada. Elas pagaram o motorista e caminharam até o lugar. Já na pista de dança - após enfrentarem uma fila de respeito - com a música agitada e alta, mal conseguiam escutar uma à outra. - Amiga, gostei daqui, parece bem animado. Hoje, quero me acabar de tanto beijar. - Não consigo escutar – Sato gritou e apontou para o ouvido. Os garçons esbanjavam masculinidade, com os peitorais e braços musculosos à amostra, já que a calça era a única peça que vestiam. Apesar de frequentar baladas naquele estilo, Carol ficou alucinada com o lugar. Assim que o transe passou, procurou pela amiga que não estava mais ao seu lado. Há um bom tempo parada, se deu conta que em um lugar assim, a sobriedade era algo proibido para ela. Foi até o bar e pediu algo forte para beber. - Com bastante gelo – sorriu quase se derretendo para o barman. - Pode deixar – falou ele retribuindo o deslumbramento dela. Conversaram por alguns minutos, entre um drinque e outro
A alguns metros, no fundo do menor dos mezaninos, Arkel e o dono do local conversam - no escritório administrativo do estabelecimento - sobre o garçom baleado na frente de casa acidentalmente, durante a madrugada, em uma batida policial após sair da casa noturna. Ele trabalhava durante a tarde no resort e a noite na casa noturna. - Conheço o delegado que investiga o caso e, na verdade, o rapaz não estava sendo investigado. O problema é que ele se encaixava na descrição do suspeito. - A polícia atirou primeiro e perguntou depois - Arkel tamborilou os dedos na perna. - Isso é o que está sendo investigado, parece que um dos policiais está envolvido e, para não ser delatado, atirou na pessoa errada. - O pessoal do resort comentou que ele é filho único e fazia jornada dupla para pegar o tratamento da mãe doente. - Na verdade, não sei muito sobre a intimidade de meus funcionários e nem quero saber – fez uma cara de desinteresse o jogou os dedos da mão no ar. - Ele é um bom funcionário
- Não sei, pensarei em algo a caminho do resort. Senhoras, encontro as três amanhã às 9h, no mesmo bar. Não esqueçam que vocês não me conhecem - Arkel falou apontando o dedo indicador para elas, assim que Cooper sinalizou para irem embora. Arkel não podia permanecer muito tempo em lugares abertos sem uma inspeção minuciosa. Com o celular em mãos, pesquisou o perfil da escritora, e entrou no carro do meio. Assim que o carro da frente andou, o carro que Arkel estava acelerou e o último os seguiu. - Aqueles brutamontes são os guarda-costas dele? – Sato perguntou. - Ele nos deu uma ordem? - Parece que sim. - Quem é ele? – Carol Perguntou. - O nome dele não me é estranho. - O importante é que a Alex está interessada nele. - E o mais importante é que ele também está – Carol piscou para a amiga - e não é um profissional da noite, pelo menos, não precisaremos mentir para ela. - Mais perfeito que isso, impossível. - Precisamos ir. Acordarei com olheiras, se eu não dormir algumas horas
- Amigas, disfarcem. Aquele homem que me cumprimentou ontem está aqui. Sato e Carol trocaram olhares e, em seguida, arrastaram os olhos para o empresário. - Gente, era para disfarçar - Alex revirou os olhos. - Quem? – Sato disfarçou, enfim. Se fez de desentendida, para a amiga não perceber. - Sato, é aquele cara de ontem. - Já estou me sentindo bem melhor – Carol falou bem-humorada. – Ah, lembrei que você ficou péssima porque perdeu a chance de conhecê-lo e, quem sabe, dar uns amassos nele, quem sabe passar uma noite agradável ou até passar o final de semana inteiro com ele – Carol ergue a voz e lançou um olhar indagador para Alex. - Pelo amor dos deuses amiga, vê se não dá bobeira agora. Se ele der um sinal de fumaça, agarra o homem, literalmente. - Não se preocupem, eu já entendi que não posso esperar que as coisas aconteçam como nos romances. Quero que saibam que não desisti de encontrar o homem, digamos, ideal. Hoje, serei mais pé no chão e farei de tudo para passar uma noite
Ao andar para encontrá-lo, Alex pensou em como não agir. “Não posso me afastar, não posso mudar de assunto, não posso empurrá-lo e preciso entrar no clima”. A concentração e a falta de coragem a impediram de encará-lo. Assim que chegou onde o empresário estava, não o encontrou. - Você está com algo que é meu – Arkel se materializou atrás dela e sussurrou. O que aconteceu a seguir, foi bem conveniente para ele. Alex se assustou e, ao girar o corpo, acabou enroscando o pé na banqueta do bar e se desequilibrou. Arkel a segurou pela cintura e a puxou. Alex, para não dar de cara com aquele peitoral bem definido, apoiou as mãos nele. - Você está bem? – Arkel perguntou com um sorriso nos lábios, afinal, queria surpreendê-la e cair literalmente em seus braços, facilitou e muito as coisas para ele. - Me desculpe – Alex falou, se afastou e arrumou a saída de banho, quase na cintura. Constrangida e desajeitada, estendeu a mão para ele. – Seu lenço – Foi a única frase que conseguiu murmurar.
O tempo inteiro que ficaram se pegando, parecia que não existia ninguém no lugar. Agora que ele foi embora, Alex espreitou ao redor e outros casais estavam se beijando e conversando calorosamente, além de várias pessoas, na maioria homens que apenas bebiam. Andou até a mesa e permaneceu por alguns minutos perdida em pensamentos e curtindo a ideia da noite que passariam. Se naquele bar ele causou arrepios, calor e os seus desejos mais íntimos e ardentes, imaginou o que não aconteceria entre quatro paredes. Não estava em condições de sair do bar, não naquele momento, antes precisaria se recuperar daquela abordagem deliciosamente perturbadora. Arkel ficou apenas alguns minutos, mas a impressionou mais do que qualquer outro homem, algo inexplicável. Os poucos relacionamentos que teve não duraram muito tempo e, nem de perto, chegaram à intensidade dos minutos que passou nos braços dele. Apenas se beijaram e trocaram carícias e foi o suficiente para saber que era ele o homem que a tiraria d
- Impossível ele não gostar. Amiga, até eu estou com vontade de agarrar você – Carol falou muito empolgada. - Uma produção digna de um óscar – Sato comentou. - Nunca me senti assim – ela falou virando para se olhar de costas no espelho. Como ele queria estender a noite e fazer um passeio durante a manhã, Alex organizou uma pequena mala com a roupa que usaria. Colocou um vestido de alça, um lenço azul claro, um tênis casual bege, óculos de sol, um conjunto íntimo e o celular. Não conseguiu pensar em mais nada, a ansiedade e o nervosismo a dominaram. - Me bateu aquela insegurança – Alex falou e respirou fundo. - Me poupe, não me diga que vai “amarelar”, logo agora. - Claro que não. Irei até o fim, só que até agora estava me sentindo como a personagem de um romance, mas como me dei conta do que está para acontecer, isso me assusta um pouco. - Como assim, assusta? Alex, você é uma mulher adulta. - Claro que sou, apenas não concordo que as coisas tem que ser instantâneas. - Este ho
- Espere um minuto – Arkel contornou o carro e abriu a porta para ela. - Assim você me acostuma mal – Alex sorriu para disfarçar o quanto gostou do gesto. Subiram uma escada de pedra, entraram pelo hall e foram direto para a sala de estar, um ambiente bem espaçoso, com cores claras e médias, cortinas longas, sofás de três e quatro lugares, poltronas largas e estofadas em tecido e madeira, mesa de centro, um balcão grande em madeira, objetos de ornamentação de bom gosto e um vaso com uma planta gigante, completando a decoração contemporânea. - Esse lugar é aconchegante, não quero mais ir embora – Alex falou mais descontraída. - Não vá, fique aqui – Arkel falou colocando as mãos na cintura dela e dando aquele beijo só dele: um selinho, sugou os lábios dela e mordiscou o inferior. Arkel mantinha o celular em mãos, o tempo todo, e Alex sentiu a vibração do aparelho. - Já volto – o empresário visualizou a mensagem, abriu a porta de correr e andou até a escada que dava acesso, pelo lad