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Capítulo 3 - O Preço Do Amor: Parte II

Pedro Hernandez

Adie e eu ainda permanecemos na cama durante a tarde. Acho que nenhum de nós desejava sair da cama, mas foi preciso. Era necessário voltar para casa ainda hoje. Ela precisa estar na universidade bem cedo e não quero correr o risco de nos perdemos um no outro a ponto de que se atrase. Minha prioridade é ela, mas quero que sua prioridade seja a faculdade. Ao longo desses anos tenho visto ela se dedicar incansavelmente aos estudos. Seus pais, Joseph e Elizabeth, se orgulham dela, assim como seu irmão mais novo, Jackson. Adrielle é diferente de qualquer mulher que já conheci em toda a minha vida, quero que conquiste o que almeja e quero estar ao lado dela quando isso acontecer. 

— Tenho que ir, mas nos veremos amanhã. — Prometo, enquanto acaricio seu rosto. 

Adrielle nem ao menos desceu do carro e já está fazendo beicinho, como alguém que não deseja se afastar. É quase como uma criança quando fica sem o doce, embora de inocente, essa mulher não tenha nada.

— Terei Anatomia amanhã de manhã, mas nos veremos depois das dez. — Ela informa, com um tom suave. 

— Está bem. Estarei esperando por isso. 

Adrielle se aproxima suavemente, enquanto me beija com carinho. Seu beijo se torna algo mais provocativo em meros dois segundos. Sei o que está fazendo. Ela tem a mania de me deixar sedento e depois se afastar como se não provocasse. Adie se afasta antes de beijar minha bochecha uma última vez e abrir a porta do carro. Estou sozinho outra vez. E agora preciso ir para casa. Hoje, acredito, não terei problemas. Meu pai não está em casa, pelo que sei, está em Vegas. Não terei de ouvir seus rosnados e suspiros forçados sobre minhas ações com Adrielle. No entanto, sinto um pressentimento ruim se aproximando e tomando conta de mim, como se algo ruim fosse acontecer essa noite. 

Deixei o pressentimento de lado enquanto tomo meu caminho para casa. Assim que atravesso os portões de casa, vejo um Rolls Royce branco estacionado próximo à entrada. Sei que é o carro de Max. É uma das marcas favoritas dele. Temos uma garagem enorme para guardar seus brinquedos. Me aproximo devagar e, assim que me aproximo, vejo que ele está parado com um dos seus seguranças e seu motorista. Há uma mala preta ao seu lado, o que acredito que indique que acabou de chegar. Esse era o pressentimento ruim? 

Respiro fundo. 

Preciso me acalmar para lidar com ele agora. Sempre preciso. 

Desligo meu carro e desço, me aproximando calmamente dos três homens a porta de casa. 

— Pai. – Eu o cumprimento. 

— Onde esteve? Estive esperando por você!

Seu tom é ríspido, como alguém irritado. Max é sempre assim. Eu o observo, parando no mesmo lugar em que estava. 

— De quem é essa mala? 

— Sua. 

Pisco algumas vezes, tentando entender se ouvi direito sua resposta. 

— O quê? — Indago, como alguém que não o compreendeu. 

— Você vai para Madri. O avião vai partir assim que tudo estiver pronto. — Sua voz grossa ressoa com impaciência.

Ainda estou confuso demais, buscando entender essa mudança abrupta. 

— Não irei para Madri. — Respondo, firme. 

Ele faz um gesto com os dedos, apontando em minha direção. Seu segurança e o motorista avançam em minha direção, com um passo. Levam uma mão as contas e posso ver nitidamente dois revolveres sendo engatilhados. Me pergunto se há mesmo capsulas com pólvora ali ou se apenas deseja me assustar. 

— Você não tem opção. — Há uma enorme frieza em seu tom, como alguém sem coração como ele diria. — Avisei para ficar longe daquela mulher. Você não me deu escolha. 

Franzo o cenho, em irritação. 

— Isso é por causa de Adrielle? Ainda estamos nisso? — A minha irritação é palpável. 

— Mandei você terminar esse relacionamento, ela não é uma mulher adequada para você! — Ele grita. — Sua mãe criou você como um frouxo, está na hora de seguir o papel de um homem. Você vai concluir sua faculdade longe dela, vai focar nos negócios da família — Max caminha até mim e para a minha frente. — e não vai voltar de lá até que eu queira. 

Naquele momento, não podia fazer nada, mas, ainda sim, não havia desistido. 

— Vai ter que me amarrar se quiser que eu vá, porque de maneira alguma, irei deixar Los Angeles, deixar Adrielle. — Pressiono meu dedo em seu peito, deixando o mais claro possível minha imposição. — Mamãe vai concordar comigo. 

Ele desdenha, jogando sua cabeça para trás. Max passa os dedos pelos fios cumpridos do cabelo e me encara novamente. 

— Há essa hora, o sonífero que dei a ela já fez efeito. 

Ouço um trovão, indicando que o período chuvoso está prestes a começar. Preciso me controlar para não reclamar sobre o barulho alto ou perderei a postura rígida na frente de Max. Não quero que me veja como um fraco, um frouxo, como disse. 

Estou parado, o encarando. Sou incapaz de me mover, meu corpo não responde aos comandos do meu cérebro. Quebre a cara desse canalha. É tudo o que quero fazer, quero acertar o rosto cheio de preenchimentos fúteis que ele fez em uma tentativa estúpida de parecer mais jovial. 

— Ela vai saber disso. 

— Não vai saber, você não vai estar aqui para contar. — Seu tom é soberbo. Max estende a mão, como se esperasse que eu entregasse algo. Eu o olho confuso. — As chaves do carro, carteira e telefone. Não vai manter contato com mais ninguém, inclusive aquela mulher. 

— Você quer me afastar dela a todo custo. — Digo, irritado. — Não pode me impedir de ficar ao lado dela. 

Max pareceu perder a paciência. Ele nunca foi um homem muito paciente, de qualquer forma.

— Se não embarcar naquele avião, não será castigado, — Posso ver seus olhos semicerrarem mesmo com a pouca iluminação que temos. — mas ela sofrerá consequências. Não brinque comigo, garoto, sabe que não vou parar enquanto não conseguir o que eu quero. 

Engulo em seco. 

Isso é verdade, Max não para. Com negociações, ele é muito insistente e sei que j**a baixo para conseguir o que quer. Não estou surpreso por fazer isso comigo.

— Se encostar nela-… 

— Não irei encostar nela desde que você vá para Madri. — Seu tom é firme. 

Mas não gosto da ideia de ter que confiar em sua mera frase. Max finalmente mostrou suas garras e está usando tudo para me derrubar. Só há uma maneira de conseguir isso e ele já parece saber disso, está usando contra mim a mulher que eu amo. 

— Se não embarcar neste avião, se prepare para vê-la na miséria. Mais do que já está. Sua família tem uma casa onde morar, mas as contas chegam, garoto. Ela está hipotecada ao banco, onde eles iriam morar se o banco os despejasse? 

Fecho meus olhos, respirando fundo. Há essa altura, Max já tem o banco sob seu poder, é assim que faz as coisas. Estou despedaçado, sem armas, sem chão e sem conseguir ter alguma ação contra meu pai. No fim, ser filho de um magnata rico tem, sim, um fardo enorme. 

Merda.

— Como pode priorizar suas vontades acima da felicidade do seu próprio filho? — Meu tom sai como um rosnado afiado.

É dolorido, como se isso rasgasse meu corpo.

— Estou fazendo o que é melhor para você. Verá isso daqui a alguns anos. — Rebate. — Entre na porra do carro. Se fizer alguma gracinha, chegará em Madri com hematomas. 

Eu o encaro, incrédulo por ver que esse é realmente Maxwell Hernandez, o meu pai. 

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