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Capítulo 2 - O Preço Do Amor: Parte I

Pedro Hernandez

Sete anos antes

Adie e eu estamos na casa de campo fora da cidade. Com o fim das aulas, conseguimos um tempo para nós. Tem sido dias corridos para ela por causa do semestre carregado de atividades extracurriculares do curso de medicina. Pensei em termos um fim de semana romântico para escapar das nossas obrigações na universidade. Ela está no terceiro ano de medicina, enquanto estou estudando administração. É o meu segundo ano e só estou fazendo isso por causa de Max. Ainda estava perdido quando terminei o ensino médio, eu não sabia no que poderia me formar, mas meu pai sempre me disse que deveria estudar para assumir a empresa, Industrias Max. Considero esse nome um tanto presunçoso, quem daria seu próprio nome a empresa? Bom, meu pai fez isso. As Indústrias Max não operam apenas nos setores industriais, temos uma porcentagem com empresas de carros elétricos, CIO, e com redes de cassinos espalhadas em muitas cidades, inclusive em Vegas, a cidade das apostas. 

Meu pai viajou a trabalho faz alguns dias, o que me deu a chance de respirar um pouco sem sua pressão em cima de mim. Quero passar um tempo sozinho com Adrielle, embora a veja com muita frequência. 

Preparei um filé de salmão grelhado para almoçarmos. Também fiz legumes para acompanhar, o que combinou muito bem com o vinho tinto que tomei a liberdade de pegar da adega que há no subsolo. Max deixa esses vinhos muito bem escondidos. Acho que ele tem ciúmes, mas não vai se importar se um deles desaparecer.

— O seu pai não vai gostar de ver que um dos vinhos caros sumiu. — Adrielle diz, enquanto permanece com a cabeça em meu peito.

Estamos deitados na cama, sob o colchão excepcionalmente macio feito de linho, algodão e crina de cavalo. Max estaria furioso por estarmos aqui. 

— Isso não importa, meu amor. — Me viro para ficar em sua frente. 

Não estamos vestidos, há apenas um lençol branco e fino nos cobrindo. Tivemos um ótimo almoço e o que aconteceu depois disso foi melhor ainda. Mesmo com a quantidade de vezes que nos vemos no dia, ainda é possível que haja saudade um do outro. 

Adrielle toca meu rosto suavemente por cima da barba que mantenho curta. Sei que não gosta. Seus olhos claros me observam com cuidado e carinho explicito. Dizem que há um brilho no olhar quando se apaixona por alguém, como um homem cético, posso dizer que isso é verdade. Levou um tempo até que eu acreditasse nisso, mas, quando olho para Adrielle, esse brilho reluz em minha direção, refletindo os sentimentos não ditos.

— Gosto quando me chama assim. 

Seu tom é leve e sussurrante, mas há sinceridade em sua voz. Sorrio ao notar que meus apelidos carinhosos sempre a desarmam. Seus dedos tocam levemente minhas têmporas e as acariciam com suavidade. 

— Posso passar o resto da minha vida chamando você assim.

— Os seus planos incluem passarmos o resto das nossas vidas juntos? 

— Incluem mais do que isso. 

Eu me ajeito na cama, apoio meus braços firmemente no colchão para ficar sobre seu corpo. Minhas pernas se entrelaçam nas suas enquanto seus olhos me fitam firmemente. Posso ver que há dúvidas se passando em sua mente neste instante, como se o que eu disse agora não fizesse sentindo algum para ela. 

Para alguém como Max, não faria sentido o filho dele, herdeiro de um império que acumula bilhões em renda bruta, se apaixonar perdidamente por uma bolsista da universidade. Meu velho é um magnata soberbo. Ainda me impressiona que tenha uma esposa como minha mãe, uma mulher tão diferente dele. 

— O que seus planos incluem? Pode me dizer? — Seu tom suave indaga, como quem está interessada na conversa, mas posso sentir seu joelho entre minhas pernas, como quem possui segundas intenções. 

Mantenho meus olhos nos dela. Apesar de ser facilmente distraído com seu toque em meu corpo, estou falando sobre um assunto sério. Meus planos com Adrielle envolvem mais do que apenas passarmos a vida juntos. Quero tudo com ela, filhos, um casamento estável, uma boa vida. 

— Meus planos com você incluem uma aliança dourada com nossos nomes juntos. — Me inclino o suficiente para beijar o lado esquerdo do seu pescoço enquanto sussurro provocantemente meus planos. — Quero ver você com um vestido branco tão deslumbrante que possa me deixar sem folego, como se estivesse me afogando no oceano. Quero filhos. Quantos você quiser. 

Seus dedos adentram meus cabelos, com leves puxões, como se gostasse dessa ideia. Ela não diz nada, apenas me ouve em silêncio. Penso que esse talvez seja seu plano também. Estamos juntos há um bom tempo, desde que iniciamos a faculdade. Tenho pensado que, quando terminarmos e nos formarmos, será a hora de avançar esse relacionamento. 

— Se você não disser nada que rebata meus planos, vou pensar que seus objetivos são os mesmos, meu amor. 

Eu me afasto, com meu rosto deslizando sobre o seu, para que possa a olhar em seus olhos. Não há uma expressão de surpresa, Adrielle tem apenas um leve sorriso de canto, como se ficasse feliz com o que acabou de ouvir. 

— Meus planos não são diferentes dos seus, Pedro. Na verdade, quero isso e muito mais. — Suave. As palavras que deixam seus lábios são suaves e não carregam nenhum conflito. — Acho que vou gostar de acordar ao seu lado todas as manhãs.

Abro um sorriso. Não posso esconder o quanto estou feliz por ouvir isso dela. Posso explodir como fogos de artifício a qualquer momento. 

— Vamos nos casar assim que terminarmos a faculdade. — Eu a aviso. Mas não quero que pense que isso é sua obrigação e que não vai haver um pedido. — Mas faremos isso do jeito certo, com pedido e um anel de noivado. 

Sua risada preenche meus ouvidos, como ela preenche meu coração e a minha cabeça. Adrielle não diz nada, apenas acena positivamente com a cabeça antes que eu possa tomar sua boca a minha. Seu beijo não deveria ser tão alucinante como é, isso é um perigo para qualquer homem que a toque! Embora eu seja o único que a toque e quero manter assim. 

Nosso beijo se aprofunda a medida que sua língua toca a minha. Suas mãos ainda tocam meu rosto e pego a direita, entrelaço meus dedos e a prendo firmemente sob o colchão. Aperto seus dedos enquanto me encaixo perfeitamente entre suas pernas. Sua mão esquerda agora está firme contra o colchão, me dando total controle sobre ela. 

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