Capítulo 1 Era uma vez

Malyska

Era uma vez... Bem que eu queria que a minha história começasse como em um conto de fadas que houvesse Príncipes, princesas, rei, rainha e, até uma rainha má. Estranho isso, né?

Mas para mim não é!

Sou uma garota que tenho uma mãe super dedicada, valorosa, meiga e cem por cento integral em mimha vida. Meu pai faleceu em um acidente de carro, servindo ao exército Por isso minha mãe recebe uma grana considerada que nos mantém em uma vida confortável, não somos ricas nem coisa desse tipo.

Mas temos um carro popular que a mamãe conseguiu trocar mês passado, uma casa maravilhosa com três suítes, sala, cozinha, dois banheiros. Uma sala de jantar e o escritório da mamãe.

As três suítes ficam no segundo andar da casa,, mamãe diz que é bom ter privacidade. Pois ela arrumou um companheiro, o conheceu quando nos mudamos para o extremo interior de Rondônia, ele é professor na minha escola e, da aula para mim, me sinto sufocada constantemente.

Voltando a minha casa: no andar de baixo, para as visitas que geralmente apenas minha única amiga vem me ver. Temos a sala de jogos, cozinha, a sala de jantar, o escritório da mamãe. Mas o que mais me encanta é a sala de estar e a biblioteca, adoro ler e, escrever relatos sobre algumas coisas em meu caderno negro. Geralmente acontecimentos da minha vida como: a primeira vez que andei ou meu primeiro aniversário... essas coisas.

Você já teve um diário, com toda certeza? pois é!

O meu é assim... Conto tudo a ele, meus pesadelos, conhecimentos, como fiz e, conheci minha única e, verdadeir amiga.

Não tenho irmãos por papai ter morrido quando eu ainda era muito menina. Não tenho tios ou tias, primos ou primas, por meu pai ter sido filho único, meus avós estão mortos. Tanto por parte de pai como parte de mãe, apenas eu e a mamãe, sempre desde que me lembro.

Talvez vocês... irão me chamar de paranóica ou coisas desse tipo, mas no fundo do meu coração. Algo me diz que está tudo errado, tudo é perfeito demais, bonito demais, cada detalhe em seu lugar. Como um castelo de peças de logo montado e quando menos se espera ele cai desmoronando tudo lhe trazendo dor e sofrimento.

Tipo aqueles Domingos de almoço na beira da piscina quando tá fazendo sol e clima agradável, aí rapidamente o tempo se fecha começando a chover. E, destrói todas as minhas ilusões.

Perdendo a oportunidade de continuar a reunião com meus poucos amigos, pois é muito raro minha mãe convidá-los ou me permitir desfrutar de qualquer diversão.

__ Malyska!__ o professor gritava meu nome enquanto eu babava cochilando sobre a minha mesa escolar. Não via a hora de concluir o ensino médio! Faltava pouco, apenas alguns meses para terminar aquele suplício. Todos os alunos do último ano estavam. Eles estavam coordenando uma grande festa de formatura, o fim de um ciclo para iniciar outro. Estou atrasada um ano, pós tenho crises de ansiedade.

__ Ahr!__ ainda sonolenta levanto minha cabeça respondendo ao chamada do professor, tentando me manter acordada enquanto limpava a baba que escorria pelo canto da minha boca.

__ Está acontecendo algo de errado Malyska, não está conseguindo dormir à noite?

__ Mais ou menos Professor, tenho tido pesadelos aterrorizantes__ o professor levanta de sua cadeira caminhando até mim com sua altura inabalável, colocando suas mãos no bolso em uma calça preta impecável. Aquelas com vinco engomada combinando com camisa social três quartos e, um belo sueter sobre ela.

Corpo normal, nem muito musculoso ou tão pouco sem, rosto fino, cabelo cortado baixo, liso, caído meio de lado salpicado na tesoura. Óculos de qualidade em uma armação dourada, lábios finos, olhos negros.

Uma verdadeira cópia daqueles personagens bonitões de animes românticos, só com uma diferença. O professor não fazia meu tipo e, era super amigo(colorido) da minha mãe ou bem mais que amigo.

Se é que vocês me entendem, com toda certeza minha mãe ficaria sabendo e lá iria eu pra outra sessão com a Dra. Estranha. Ela parecia mais aquelas xamãs dos filmes de suspenses que eu gosta de assistir.

__ A quanto tempo eles voltaram?

olha ao redor, não queria minhas intimidades e medos expostos assim, agarro a beirada do meu sueter e, o torço agoniada. O professor dispensa os alunos do restante da aula lhe conta o que houve em meus sonhos.

Saiu da sala em sua companhia direto para minha casa, como havia dito tudo acabaria com a mamãe sabendo.

Desço do carro, ela já estáva na porta do lado de fora de casa nos esperando, preocupada. Mamãe é muito protetora... eu sei que deveria ser o jeito de toda mãe que ama seu filho. Ou minha mãe era protetora demais?

Não queria parecer ser ingrata, mas eu estava em tempo de explodir, me sentia cada dia mais comprimida e, o espaço dentro da minha mente se sufocava. Algo queria eclodir. E sinceramente não sabia até quando conseguiria segurar.

Ela me abraça perguntando como estou.

__ Cansada mamãe. Posso subir e dormir?__ Ela olha para Charles e afirma com um aceno de cabeça, eles me observavam a subir as escadas até entrar em meu quarto.

Entro em meu quarto e, me encosto na porta, sonolenta escuto os dois discutirem se me levam ou não a Dra. Estranha. Charles falava em ter cuidado e que minha mãe, deveria marcar ainda para aquela tarde uma consulta.

Caminho até minha cama, me deixando desmoronar e automaticamente começo a sonhar, rezava pra que não fosse outro pesadelo. Mas fico feliz, pelo simples motivo de ainda não ter mergulhado totalmente em meu sonho, sempre fico entre o sonho e, a realidade, deixando-me em um nevoeiro assustador. Aí de dentro dele começam a sair meus piores temores me deixando atormentada, a beira da loucura.

Talvez só desta vez pudesse sonhar com borboletas, céu azul e, crianças brincando.

Ou seria pedir de mais?

Não sabia de mais nada, sempre que fechava meus olhos me deparava com pesadelos horríveis que atormentavam minha alma e, agoniavam a minha paz. O que não deixava minha situação muito favorável.

Então, finalmente, mergulho na escuridão dos sonhos...

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo