Malyska
Era uma vez... Bem que eu queria que a minha história começasse como em um conto de fadas que houvesse Príncipes, princesas, rei, rainha e, até uma rainha má. Estranho isso, né? Mas para mim não é! Sou uma garota que tenho uma mãe super dedicada, valorosa, meiga e cem por cento integral em mimha vida. Meu pai faleceu em um acidente de carro, servindo ao exército Por isso minha mãe recebe uma grana considerada que nos mantém em uma vida confortável, não somos ricas nem coisa desse tipo.Mas temos um carro popular que a mamãe conseguiu trocar mês passado, uma casa maravilhosa com três suítes, sala, cozinha, dois banheiros. Uma sala de jantar e o escritório da mamãe.
As três suítes ficam no segundo andar da casa,, mamãe diz que é bom ter privacidade. Pois ela arrumou um companheiro, o conheceu quando nos mudamos para o extremo interior de Rondônia, ele é professor na minha escola e, da aula para mim, me sinto sufocada constantemente. Voltando a minha casa: no andar de baixo, para as visitas que geralmente apenas minha única amiga vem me ver. Temos a sala de jogos, cozinha, a sala de jantar, o escritório da mamãe. Mas o que mais me encanta é a sala de estar e a biblioteca, adoro ler e, escrever relatos sobre algumas coisas em meu caderno negro. Geralmente acontecimentos da minha vida como: a primeira vez que andei ou meu primeiro aniversário... essas coisas.Você já teve um diário, com toda certeza? pois é!
O meu é assim... Conto tudo a ele, meus pesadelos, conhecimentos, como fiz e, conheci minha única e, verdadeir amiga.
Não tenho irmãos por papai ter morrido quando eu ainda era muito menina. Não tenho tios ou tias, primos ou primas, por meu pai ter sido filho único, meus avós estão mortos. Tanto por parte de pai como parte de mãe, apenas eu e a mamãe, sempre desde que me lembro. Talvez vocês... irão me chamar de paranóica ou coisas desse tipo, mas no fundo do meu coração. Algo me diz que está tudo errado, tudo é perfeito demais, bonito demais, cada detalhe em seu lugar. Como um castelo de peças de logo montado e quando menos se espera ele cai desmoronando tudo lhe trazendo dor e sofrimento.Tipo aqueles Domingos de almoço na beira da piscina quando tá fazendo sol e clima agradável, aí rapidamente o tempo se fecha começando a chover. E, destrói todas as minhas ilusões.
Perdendo a oportunidade de continuar a reunião com meus poucos amigos, pois é muito raro minha mãe convidá-los ou me permitir desfrutar de qualquer diversão. __ Malyska!__ o professor gritava meu nome enquanto eu babava cochilando sobre a minha mesa escolar. Não via a hora de concluir o ensino médio! Faltava pouco, apenas alguns meses para terminar aquele suplício. Todos os alunos do último ano estavam. Eles estavam coordenando uma grande festa de formatura, o fim de um ciclo para iniciar outro. Estou atrasada um ano, pós tenho crises de ansiedade. __ Ahr!__ ainda sonolenta levanto minha cabeça respondendo ao chamada do professor, tentando me manter acordada enquanto limpava a baba que escorria pelo canto da minha boca. __ Está acontecendo algo de errado Malyska, não está conseguindo dormir à noite?__ Mais ou menos Professor, tenho tido pesadelos aterrorizantes__ o professor levanta de sua cadeira caminhando até mim com sua altura inabalável, colocando suas mãos no bolso em uma calça preta impecável. Aquelas com vinco engomada combinando com camisa social três quartos e, um belo sueter sobre ela.
Corpo normal, nem muito musculoso ou tão pouco sem, rosto fino, cabelo cortado baixo, liso, caído meio de lado salpicado na tesoura. Óculos de qualidade em uma armação dourada, lábios finos, olhos negros. Uma verdadeira cópia daqueles personagens bonitões de animes românticos, só com uma diferença. O professor não fazia meu tipo e, era super amigo(colorido) da minha mãe ou bem mais que amigo.Se é que vocês me entendem, com toda certeza minha mãe ficaria sabendo e lá iria eu pra outra sessão com a Dra. Estranha. Ela parecia mais aquelas xamãs dos filmes de suspenses que eu gosta de assistir.
__ A quanto tempo eles voltaram?olha ao redor, não queria minhas intimidades e medos expostos assim, agarro a beirada do meu sueter e, o torço agoniada. O professor dispensa os alunos do restante da aula lhe conta o que houve em meus sonhos.
Saiu da sala em sua companhia direto para minha casa, como havia dito tudo acabaria com a mamãe sabendo.Desço do carro, ela já estáva na porta do lado de fora de casa nos esperando, preocupada. Mamãe é muito protetora... eu sei que deveria ser o jeito de toda mãe que ama seu filho. Ou minha mãe era protetora demais?
Não queria parecer ser ingrata, mas eu estava em tempo de explodir, me sentia cada dia mais comprimida e, o espaço dentro da minha mente se sufocava. Algo queria eclodir. E sinceramente não sabia até quando conseguiria segurar. Ela me abraça perguntando como estou. __ Cansada mamãe. Posso subir e dormir?__ Ela olha para Charles e afirma com um aceno de cabeça, eles me observavam a subir as escadas até entrar em meu quarto. Entro em meu quarto e, me encosto na porta, sonolenta escuto os dois discutirem se me levam ou não a Dra. Estranha. Charles falava em ter cuidado e que minha mãe, deveria marcar ainda para aquela tarde uma consulta.Caminho até minha cama, me deixando desmoronar e automaticamente começo a sonhar, rezava pra que não fosse outro pesadelo. Mas fico feliz, pelo simples motivo de ainda não ter mergulhado totalmente em meu sonho, sempre fico entre o sonho e, a realidade, deixando-me em um nevoeiro assustador. Aí de dentro dele começam a sair meus piores temores me deixando atormentada, a beira da loucura.
Talvez só desta vez pudesse sonhar com borboletas, céu azul e, crianças brincando.
Ou seria pedir de mais?
Não sabia de mais nada, sempre que fechava meus olhos me deparava com pesadelos horríveis que atormentavam minha alma e, agoniavam a minha paz. O que não deixava minha situação muito favorável.
Então, finalmente, mergulho na escuridão dos sonhos...Malysca Estou caminhando por uma calçada de repente a rua finda no iniciar de uma ponte, as mesmas pedras negras que compõem a rua por onde eu passava, continuavam sua extensão sobre a ponte.Ela era rústica com suas laterais feitas em madeiras entrelaçadas. Caminho vagarosamente, contando meus passos, deslizando as pontas dos meus dedos sobre a madeira molhada pelo orvalho da noite. Ergo minha cabeça elevando meus olhos mais além, sendo arrebatada pela imagem de duas árvores negras e, secas que eram sacolejadas pelo vento. Cada uma delas suspensa sobre uma enorme pedra, parecendo ter nascido ali, sobre a pedra! Mas como isso poderia ser possível?Suas raízes estavam amostra descendo pela superfície lisa das pedras, até se fixarem na terra fértil. Seus galhos se entrelaçavam dando a impressão de estarem se cumprimentando, se tornando em um belíssimo arco. Mas a exuberância não estava nelas e, nem nos dois lobos negros idênticos que se abrigavam logo abaixo delas, no final da ponte,
Malyska __ Se deite Malyska. E, me conte o que está acontecendo afinal? Achei que você já tivesse superado suas crises, por esse motivo que suspendi os remédios, mas pelo visto terei que voltar com a prescrição.Remédios. Eles me deixavam sonolenta! Por causa deles quase não interagia com meus poucos amigos. Pareciam me consumir completamente a alma, corpo e, minhas energias sumiam praticamente toda se esgotando completamente me tornando em um estado semelhante a uma planta vegetativa.Relatei a ela meus sonhos, as visões que começaram no chuveiro se findando naquela cama chique de solteiro em seu consultório. Ela levantou uma de suas sobrancelhas bem feitas enquanto fazia anotações em seu caderninho Preto. Dra. Estranha tinha vários espalhados em suas gavetas modernas de prateleiras bem organizadas em seu consultório.A observo escrever mais alguma coisa, a ponta da caneta deslizando por sobre o papel, desenhando as letras perfeitas em um minucioso resumo da minha saúde mental. Os
Malyska O vento soprava as copas das Árvores na beirada da estrada. Já haviam se passado exatos dois meses desde o meu incidente de ansiosidade. Os sonhos se foram com as visões e principalmente a sonolência, faço tudo tranquilamente pois faltam apenas quatro meses para findar o semestre e concluir o meu ensino médio.Pelo menos, é o que eu quero que eles pensam. No começo tomei um comprimido inteiro, mas percebi que ainda estava sonolenta demais, vegetando pelo meio da casa sem nenhum pensamentos.Minha visão falhava sem clareza, então tirei apenas algumas gramas, as crises de ansiedade pararam, mas as Visões e, sonhos continuaram.Às vezes me retiro para o meu quarto e, finjo dormir a tarde toda para não levantar suspeitos, mas quando olho para o céu veja três Luas principalmente à noite. Banhando seus três reinos com suas luminosidade.Começo a caminhar por entre os habitantes daquele reino e suas florestas e, rios, mas eles não me vêem! Sou como uma ilusão de ótica atravessando
Malyska Acordo com minha mãe me chamando enquanto Charles fazia a manobra pra estacionar o carro. Ainda sonolenta esfrego as pálpebra dos meus olhos, bocejando, tentando mantê-las abertas, algo que está me custando um esforço imenso. Avisto Belalinda se aproximar com seu sorriso costumeiro, aquele sorriso que aquece a alma e me faz esquecer todas as minhas dificuldades nem que seja por um instante. __ Nossa! A escola está cheia hoje, acho que o exame final fez os turistas saírem das suas tocas__ desço do carro comentando. __ Acho que perderam o caminho e só agora o encontraram__ minha mãe acentua rindo lhe acompanho energizada.__ Bom dia senhora Andrade!__ finalmente minha melhor amiga chega até nós, cumprimentando minha mãe.__ Bom dia, Belalinda! Como está sua mãe?__ Belalinda sorrir e confirma com um balançar de cabeça que ela está bem. __ Filha se cuida não vá se atrasar, o Uber vai estar aqui ao meio dia em ponto. __ Tá bom mamãe. pode deixar, não vou perder o horári
Malyska Os tempos de aulas pareciam passar se arrastando naquele dia tudo por causa da Feira da comilança. Nossa diretora sempre reservava os dois últimos tempos para a feira, pois ela queria que os alunos conseguisse aproveitar ao máximo, todos os tipos de comidas e doces oferecidos na feira. Neste dia todos os alunos esperavam com ansiedade, ainda mais que nos anos passados. O tic tac zuninha em nossas mentes, os olhos cheios de expectativas, presos no Senhor do tempo que se encontrava grudado na parede. Aguardando seu fiel servo, terminar de fazer sua jornada, a última volta para que ele, o tão esperado minuto se concluísse. Quando o servo finalmente soa seu último tic. O sino toca, nos contagiando com a felicidade em gritos de alegria sob o olhar sorridente do nosso professor, mas sem perder a severidade para que pudéssemos exercer a educação que aprendemos tanto em nossa casa como na instituição.Belalinda se levanta do seu lugar, sentando sobre a minha mesa enquanto tirava
Malyska __ Sabia. que o irmão de vocês é um gato!__ eles acenam com a cabeça rindo, Hysk fecha a cara. Como se lhe chamasse de gato fosso uma ofensa. Reviro os olhos, Bela era muito espontânea e verdadeira em tudo o que fazia, mas também não era apenas isso que a diferenciava dos outros alunos comuns. Ela era muito inteligente, apesar de tagarela, não foi à toa que ganhou o primeiro lugar todos os anos pela Sexta vez, o prêmio de botânica.Como mencionei antes, a escola é dona de uma das reservas mais deslumbrantes do Estado, todo ano a diretora Carmelita oferece uma quantia em dinheiro para deixar o concurso mais atrativo aos olhos dos alunos. Por se tratar de um prêmio Botânico.Pois nem todos se animavam com a ideia de criar uma nova espécie de árvore ou flor, mas com o dinheiro em jogo vários nerds da escola se aventuravam, nesta nova etapa de reflorestamento. Belalinda faz pelo amor que tem com a natureza, mas o dinheiro lhe ajudaria a melhorar cada vez mais sua estufa, o
MalyskaA feira de comilasa estava maravilhosa, não me lembrava de um outro dia estar tão feliz em toda minha vida, por algumas horas havia me esquecido de todo os meus problemas e as dificuldades que tinha em minha vida. Os remédios, os ataques frequentes de ansiedade, minha mãe possessiva... tudo esquecido nas fendas entre aquelas barracas, cada sorriso, cada gargalhada da minha querida amiga trolando nossos novos colegas e... claro, ele. Hysk!Algo nele me dava medo, mas também me sentia completamente atraida por ele, a intesidade em seu olhar parecia a todo instante estar nos avaliando, procurando algo, tentando desvendar o desconhecido. Acho que ele não teria muita dificuldade em fazer isso, ja que Belalinda era um livro aberto e tudo ao seu respeito era sempre facil desvendar. Eu... Nada a se descobrir, doente piscicologicamente surtada e... vejo Charles se aproximar. Vigiada constantemente.Ele chega até mim, observando detalhadamente os alunos novos.-- Não se esqueça do hor
LantysA sala de aula é um saco! Não é atoa que os seres humanos são tão ultrapassados e perdidos em seu proprio tempo, sem noção alguma do que podem os assolar. Duvidam de nossa existência nos menospresando contando aos seus filhos simples historias fabuladas, realmente uma ofensa para nos laycans muito superiores a eles.Continuo caminhando ainda com este pensamento em minha cabeça que me deixava furioso, meditando profundamente sobre minha companheira pertencer ao mundo deles.Que droga!__ exclamei em minha mente. Estava tão perdido com aquela descuberta que nem senti meus instintos me alertarem para uma criatura insignificante que veio a colidir comigo, derramando seu suco todo sobre mim. Ainda por cima tenho que ampara la em meus braços pra que ela não caisse e se machucasse no chão, isso se algum osso dela permanecesse inteiro para contar a historia. Já que sua dona era franzina, pequena e extremamente pálida, tanto que me fazia lembrar da lua cheia.Extremamente grande no céu