Capítulo 4 O Cheiro

Malyska

O vento soprava as copas das Árvores na beirada da estrada. Já haviam se passado exatos dois meses desde o meu incidente de ansiosidade.

Os sonhos se foram com as visões e principalmente a sonolência, faço tudo tranquilamente pois faltam apenas quatro meses para findar o semestre e concluir o meu ensino médio.

Pelo menos, é o que eu quero que eles pensam. No começo tomei um comprimido inteiro, mas percebi que ainda estava sonolenta demais, vegetando pelo meio da casa sem nenhum pensamentos.

Minha visão falhava sem clareza, então tirei apenas algumas gramas, as crises de ansiedade pararam, mas as Visões e, sonhos continuaram.

Às vezes me retiro para o meu quarto e, finjo dormir a tarde toda para não levantar suspeitos, mas quando olho para o céu veja três Luas principalmente à noite. Banhando seus três reinos com suas luminosidade.

Começo a caminhar por entre os habitantes daquele reino e suas florestas e, rios, mas eles não me vêem! Sou como uma ilusão de ótica atravessando camadas e mais camadas de um tempo e lugar que não me pertence.

Dia após dia, vou mais além tentando compreender o que está acontecendo. Se tudo é real ou apenas imaginação da minha mente bugando?

Quando lembro que a escola poderia ser meu refúgio me entristece pois estou enganada, pena estar errada, existe um vigilante lá e ele se chama Charles.

__ Está muito calada meu amor. Algo está lhe incomodando?__ minha mãe me olha através do espelho do carro, ela tinha razão, não me sentia muito bem e, parecia piorar a cada dia. Mas não queria lhe deixar ainda mais preocupada, ela já fazia tanto para me ver bem que prefiro ocultar, a maioria dos meus tormentos.

__ Estou bem mamãe, não se preocupe, apenas preocupada com o baile e o andamento das organizações. A senhora acredita que ainda nem começaram a colocar em prática o cronograma, muito menos dividiram as partes necessárias para a peça teatral?__ minha mãe sorri sei o quanto ela adora participar da minha vida e o que acontece nela. Seu sorriso sempre me alivia a alma me dando forças para superar minha doença. Por ela, tento sempre não fraquejar e, me reerguer a cada crise que tenho.

__ Eu só acho que você deveria estar organizando este baile, essas garotas, não chegam aos seus pés, nem da sua criatividade__ arrasto uma mecha do cabelo cacheado para detrás da orelha, me sentindo acanhada.

__ A senhora sabe que não quero essa responsabilidade e Matilda faria um barraco se eu assumisse o controle de tudo.

__ Lógico! Ela iria querer ser a estrela sem ter capacidade para isso! Matilda é daquelas que destrói e puxa o tapete da outra pessoa se ela não conseguir o que quer, mas no final não faz nada direito__ minha mãe sempre tinha razão, mas sempre quis me manter distante em uma certa animosidade. Tenho poucos amigos e Matilda Com certeza não é uma deles, olho pelo vidro do carro vendo a paisagem passar e, adormeço.

Lantys

Chegamos ao mundo dos humanos, não sabíamos por onde começar, perdemos muito tempo, dois meses para ser exato, mas uma faisca de esperança nos iluminou.

se minha intuição estivessem certas e se Brisaz quisesse esconder uma princesa, a esconderia em um lugar afastado e com poucas pessoa. E, parado a frente de uma escola, medito se seria a certa, mas teríamos quê começar por algum lugar.

E, esconder uma princesa Titã, tão próximo da sua transformação, não seria nada fácil. Mas pra nossa sorte, temos Mycaella que conseguiu rastrear uma falha no encantamento de ocultação da nossa princesa. Apesar de fraco nos levou a uma pequena cidade do interior.

Belsazard e, Amister ficariam na casa que alugamos para nosso disfarce e, ficariam em vigilância constante em Mycaella se alternariam em turnos diferentes. Assim ela não iria tentar nenhuma gracinha.

A casa tinha um porão apropriado para os encantamentos e, feitiços que Mycaella deveria usar, sem levantar as supeitas dos vizinhos. Humanos tinham um tendência inexplicável de curiosidade.

Vedovosk, Kalyna e, eu. Iríamos nos infiltrar na escola se misturando aos alunos sem levantar suspeitas. Nossa missão era conhecida apenas por nosso Soberano, ele não queria que a rainha soubessem para não alimentar suas esperanças.

Procurar a filha sequestrada do nosso rei era uma honra para nós. Conseguir encontrá-la nosso dever, não falharia com a minha Rainha!

Minha Soberana estava a beira da loucura, passou por tantas provações para ser uma das rainha de Kritos em meio de desilusões e, sofrimento pelo seu amado. E, quando alcança sua vitória tem sua filha raptada, tantos anos se passaram desde aquela noite em sua vida mas como mãe ela ainda não se esqueceu.

Será nosso presente a nossa querida Soberana, levar para casa, a princesa de Kristos e entregá-la nos braço de sua mãe.

__ Espalhem se, façam amizades, especulam e, descubram quem ela é, como é. Só assim poderemos retornar ao nosso lar do contrário esqueçam que um dia pertenceram a Kritos..

__ Sim comandante!__ e assim os observei se misturarem a raça que eles tanto odiavam, os humanos. Vedovosk e, Kalyna se infiltram no colégio como alunos.

Já que conheça a diretora de longa data lhe cobrei um favor que me devia a muito tempo. Enquanto eles se dissipavam tentei seguir o meu instinto, pois algo me chamou a atenção e, principalmente a do meu lobo. Mas foi tão rápido que desapareceu, tanto quanto o senti.

E então perdi o rastro. Tâmykas banhadas por néctar de Rykleiades que delícia! Me deu água na boca só em lembrar, tanto que meus olhos me denunciam com pequenas pontos luminosos nas Iris.

Tive que usar muito do meu alto controle, fechando os olhos, tentando acalmar as batidas violentas do meu coração que teimavam em não ficar quieto precisava me concentrar e fazer elas voltarem ao normal. Ofego. O que estava acontecendo comigo?

__ É ela! __ Meu lobo emerge.

__ Não é a hora mais adequada, volta Slaykan!__ ele obedece, estávamos sob as ordens do Soberano Titã, não poderimos causar tumulto, mas estava difícil de não largar tudo e sair correndo por entre o colégio, atrás dela.

__ Eu sei que é ela, nossa companheira.

Finalmente achamos, pelo menos sabemos que é aluna neste colégio! Não desistirei em procurar a dona da minha existência, vagueio pela multidão tentando sentir novamente seu cheiro um odor único, completamente viciante.

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