Capítulo 5 Os Novatos

Malyska

Acordo com minha mãe me chamando enquanto Charles fazia a manobra pra estacionar o carro. Ainda sonolenta esfrego as pálpebra dos meus olhos, bocejando, tentando mantê-las abertas, algo que está me custando um esforço imenso.

Avisto Belalinda se aproximar com seu sorriso costumeiro, aquele sorriso que aquece a alma e me faz esquecer todas as minhas dificuldades nem que seja por um instante.

__ Nossa! A escola está cheia hoje, acho que o exame final fez os turistas saírem das suas tocas__ desço do carro comentando.

__ Acho que perderam o caminho e só agora o encontraram__ minha mãe acentua rindo lhe acompanho energizada.

__ Bom dia senhora Andrade!__ finalmente minha melhor amiga chega até nós, cumprimentando minha mãe.

__ Bom dia, Belalinda! Como está sua mãe?__ Belalinda sorrir e confirma com um balançar de cabeça que ela está bem.

__ Filha se cuida não vá se atrasar, o Uber vai estar aqui ao meio dia em ponto.

__ Tá bom mamãe. pode deixar, não vou perder o horário, prometo.

__ Tudo bem então. Tchau se cuidem! Belaliinda de lembranças à sua mãe.

__ Pode deixar Dona Andrade, darei.

__ Sério, as vezes queria me inforcar! Tanto cuidado é... Sufocante!__ solto o ar dos meus pulmões desanimada.

__ Sem neuras, tá bom. Você iria preferir ser uma jogada que nem eu?__ olho pra ela erguendo uma sobrancelha, enquanto seu braço repousa sobre meus ombros enquanto caminhávamos para dentro da escola.

__ Você é livre. Não é jogada! Sua mãe trabalha de mais...

__ Enquanto meu pai sai por aí dando desculpas esfarrapadas que vai viajar a negócios, mas nós todos sabermos que ele está indo mesmo é trepa com a sua secretária gostosona__ Belalinda me interrompe.

A anos que seu pai trai sua mãe e, todos na cidade sabem. No começo foi uma barra pra minha amiga e sua mãe, a cidade cochichando quando as encontravam na rua.

Os alunos do colégio sem noção, perturbaram Belalinda de todas as formas, colando piadinhas em seu armário, publicando matérias desnecessárias no jornal da escola e, a maior das sacanagens... Um vídeo do pai dela, transando sobre a mesa do escritório da empresa dele, vazou na enternet.

Foi um dia de caos. Troy Val Verde Assunção um garoto bad boy, sem um pingo de escrúpulos! Aproveitando que o professor estava atrasado pra sua aula de vídeos educativos, transmitiu o vídeo pra toda a sala com Belalinda presente.

Foram tempos difíceis para minha amiga, desde então ela se faz de durona e, fez uma promessa a si mesma. Que não deixaria ninguém lhe machucar, nunca mais! E que não queria saber de garotos e, muito menos se casar, iria se dedicar a sua carreira, igual a sua mãe.

Hoje em dia, Belalinda é terrivelmente durona e, completqmente vacinada. Não vou dizer que ela não gosta de garotos. Pelo contrário, vira e, mexe lá esta ela dando uns amassos nos mais populares da escola.

Em nossa caminhada para dentro da escola sinto algo me causa arrepios, mas não prestei muita atenção já que a escola estava lotada, seria difícil achar quem esbarrou em mim.

__ Hum! Que cheiro gostoso! Tá sentindo Belalinda, este cheiro? Diferente mas completamente envolvente.

__ Não e, cheiros bons, é o que mais se tem aqui na escola hoje Malyska__ fico meio perdida, sendo arrastada por minha amiga no meio da multidão, olhando de um lado para o outro tentando encontrar, mas o cheiro foi ficando cada vez mais fraco até que desapareceu completamente.

__ Mas, esse é diferente, totalmente inconfundível, o reconheceria em qualquer lugar não me esquecerei nunca dele! Mesmo não sabendo quem é o seu dono.

__ Eu hen, tá estranho essa conversa, o único cheiro que não esqueço é o do bolo de chocolate da minha mãe.

__ Ah, mas isso não vale, mamãe não superou até hoje eu gostar mais do bolo de chocolate da sua mãe do que do dela!__ Bela linda e eu rimos seguindo nosso caminho até entrar dentro da sala de aula, por um instante achei que estava sendo observada, esperova ser tudo obra da minha cabeça.

Hoje a sala estava cheia de novidades, primeiro a líder da classe nos informou que o tema da festa seria sobre seres místicos ou melhor especificando, vampiros e lobisomens e, as roupas seriam nas cores preto, vermelho e, azul.

A combinação até que veio a calhar, adoro essas cores! Ainda mais por eu ter mechas azuis entre meu cabelo loiro. Algumas vezes jurava que ele ficava cinza, quase branco.

Mamãe odiava, então meu cabelo era pintado, isso me deixava muito triste, pois a cor do meu cabelo fazia parte da minha essência. Uma vez ela esqueceu de retocar a raiz e, esse descuido levaram minhas colegas de classe a loucura fiquei muito constrangida naquele dia. Tanto que inventei que tinha pintado, depois desse dia minha mãe nunca mais esqueceu de retocá-los.

A outra novidade, chegaram um casal de alunos novatos em nossa sala, na realidade pareciam irmãos. Acertei! O professor os apresenta comentando que são irmãos.

__ Que empolgante amiga!__ Belalinda comenta toda enérgica__ Você viu? São irmãos__ sorrio pra ela lhe cutucando com a minha caneta.

__ Eles chegaram em um ótimo dia!

__ Sim, a feira da comilança. Acha que se eu os convidá-los, eles participariam?

Ergo os ombros em sinal que não tinha a mínima ideia, bservando Belalinda se aproximar da mesa onde os alunos novos estavam. Ela era muito simpática e isso facilitava em fazer novas amizades.

Seu sorriso era a sua maior arma, que parecia ter sido desenhado em seu rosto angelical, acompanhado por seus olhos puxadinhos com lindos cílios longos. Enquanto ela andava, os longos fios do seu cabelo ondulado, balançava levemente como um manto negro até roçarem seu bumbum.

Sinceramente eu achava um exagero! Sei que aparenta ser inveja da minha parte... um pouco sim. Deus a beneficiou com tamanha beleza! Que me sinto mal por sentir inveja da minha melhor amiga. E não é pra menos, a pele bronzeada por conta do sol escaldante da nossa região.

E eu, pelo contrário precisava usar sempre protetor solar, já que possuía uma palidez sem igual. Franzina, de ossos fracos, precisava escolher um horário propício para pegar um banho de sol nas horas certas e, não sair da beira da piscina parecendo um camarão.

Belalinda pelo contrário, sempre ganhava uma tonalidade marcante e de dar inveja em qualquer uma das garotas da escola. A mini saia do uniforme colaborava muito com as coxas torneadas naturalmente da minha amiga.

__ Olá, meu nome é Belalinda e aquela ali, é minha melhor amiga Malyska__ aceno entediada para os novatos, voltando a minha atenção em responder meu exercício__ liguem não, ela é assim mesmo, nunca se anima com nada, é da escola para casa e de casa para a escola.

__ Eu estou ouvindo você me detonando para os novatos__ ouço os risinhos da garota por me ouvir reclamar.

__ Eu sou Lina Ykisa e, esse é meu irmão Leonel Ykisa. Nós notamos muita movimentação na escola. Está tendo alguma festividade?__ viro minha cabeça para trás fitando a novata, seus olhos brilharam, mostrando eunances azuis luminosas nas íris cor do Oceano.

__ Uau! Seus olhos são incrivelmente lindos!__ levanto uma das sobrancelhas ao perceber a reação da novata. Largo meu caderno, levando a bunda da minha caneta à boca, prestando atenção na conversa.

__ Rsrs, o efeito das luzes e os Raios do Sol se refletem fazendo mudar de cor, nossa mãe até nos levou em um especialista nem ele conseguiu descobrir o porquê deles serem assim.

__ Ah... Tá bom__ Belalinda sorrir sem graça por ter sido inconveniente__ Desculpas. E, sim! Vocês chegaram na escola, justo no dia da comilança como nós chamamos. Mas a diretora o nomeou de o dia dos aromas porque geralmente se encontra qualquer tipo de sabores e aromas da nossa culinária. Até Malyska, foi atraída por um cheiro peculiar hoje e isso, é muito difícil de acontecer__ estava demorando ela me colocar novamente na conversa.

__ Sério! Que legal! Vocês poderiam nos apresentar à esta feira e a escola também se não for incomodá-las__ Belalinda sorri batendo palmas comemorando. Ela adorava esse tipo de entreterimento.

__ Claro que sim, mas todo dia uma parte, pois Malyska tem horário pra estar na frente do portão no horário. Sua mãe, é muitooooooo! Protetora__ olho para Belalinda a fuzilando, ela ergue as mãos em sinal de paz retornando para sua cadeira. Voltando aos meus exercícios, pode sentir novamente aquela sensação de alguém me observando, olho para todos os lados, mas não vejo ninguém suspeito.

Realmente estava ficando maluca.

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