Reação

JULES MONTEZ

Eu saí daquele apartamento com meu peito doendo tanto que ficou difícil até de respirar. As lembranças de tudo que eu fiz, das atitudes cruéis da Jules Montreal, que eu tentei enterrar por tanto tempo, pesam tanto na minha consciência que eu só quero fugir de perto dela, da pessoa que destruí. Eu ansiei tanto ter aquela garota na minha frente, mas eu também tive medo, muito medo de ficar frente a frente com o mal que eu causei.

Eu desci até a portaria e corri, atravessando a rua, fui andando sem rumo e nem me incomodei com os olhares estranhos por eu estar só de pijama. Meu nariz começou a sangrar e a dor de cabeça foi ficando cada vez mais insuportável.

— Ei moça, você está passando mal, tem que ir para o hospital — um homem de uniforme disse, segurando meu braço — vem, tem uma UPA logo ali à frente, eu te ajudo a chegar lá — ele me puxa na direção que falou, mas eu recuso, puxando meu braço de volta.

— Me deixe!

— Moça, seu nariz tá sangrando — pega minha mão, que est
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