DevaMeses foram se passando, tiveram dias em que minha filha caiu em febre de novo, mas agora eu já não estava tão assustada assim e já sabia o que fazer, ainda mais quando Karishma (o nome da tia do Dinesh que eu não queria procurar saber, mas que agora eu já sabia) estava por perto para me ajudar, então tudo foi se normalizando, minha filha começou a deixar de ser uma bebé frágil, começou dormir menos e a rir a brincar agora, ela já conseguia se manter sentada para brincar melhor.Karishma sempre esteve lá para me ajudar com ela me explicando como eu devia fazer isso e aquilo para sempre manter a saúde e segurança da minha filha. Ela estava sendo para mim incrivelmente como uma mãe, fazendo coisas que Abhiprithi nunca foi capaz de fazer comigo. Eu estava realmente começando a conhecer o verdadeiro significado de ser filha e de ser mãe ao mesmo tempo. As vezes eu pensava na Abhiprithi quando tinha a minha filha em meus braços, ficava pensando se um dia eu seria capaz de esforçar co
DevaA essa altura minha filha já estava fazendo quase um ano de vida, ela até já dava passinhos tentando andar sozinha, a cada dia que passava ela crescia muito fofa, ela era meu orgulho e muito querida pela casa, até Madhusha, que a princípio não gostava dela, começou a ficar encantada com a minha princesinha, realmente eu digo que Mohini foi quem me uniu àquela família.Enquanto a festa decorre, eu vejo que está todo mundo está bebendo, comendo e se divertindo. Posso ver que Karishma está bem animada, pois ela está finalmente soltando a sua voz nos abrilhantando com lindas cantigas festeiras, me junto as moças que dançam no meio da roda de pessoas e fico dançando com elas animada, aquele povo é mesmo alegre, eles conseguem passar a alegria deles para as pessoas que lá vem."Pode ficar com um Mohini um pouquinho? Preciso ir pegar mais bebida," Dinesh pede, me entregando Mohini nos braços logo que eu me afastei do grupo de meninas que dançavam, pra tomar uma sidra e refrescar minha g
Indira POVEstou conhecendo Radesh aos pontos, ele parece ser um cara incrível. Tem bons antecedentes, é fácil de conviver, é bem-humorado e bonito também, qualidades incríveis para um homem dessa época. Aquele dia na sorveteira em que nos encontramos de novo após o dia da massagem, quando nos conhecemos, ele ficou conversando comigo, sendo paciente, esperando por mim nas vezes que eu ia atender a clientela constante do estabelecimento, pois eu estava em meu horário de trabalho. Não posso negar que fiquei encantada com ele naquele dia, a forma como ele pegou meu número de telefone com sutileza como quem não queria nada, era um perfeito galanteador na mesma medida em que não me deixava desconfortável com aquilo.Na manhã do dia seguinte estava fazendo o café da manhã do Thomas que está sentado na cadeira acoplada a mesa da cozinha vendo o seu desenho favorito pelo tablet, o cabelinho âmbar dele levemente bagunçado, está um tanto longo demais o fazendo parecer que tem uma juba de leão
Indira POVNaquela tarde eu estava vestindo uma calça jeans meio azul com uma blusa manga longa rosa morto, tinha umas botas de salto curto no pé e uma bolsa pequena pra condizer, tinha feito algum penteado no meu cabelo e fiz uma maquiagem mínima no rosto, eu estava meio a meio, nem bonita e nem feia. Nunca tinha ido pra um encontro de verdade, então era normal não saber o que vestir, não sabia se devia vestir algo mais chamativo, talvez um vestido curto e colado ao corpo para que ele visse o quanto meu corpo era belo, mas tinha medo que ele achasse que eu era uma oferecida, então descartei a ideia, pensei em vestir uma saia longa pra cobrir todo meu corpo, mas achei que seria cafona demais. Não quero que ele me ache cafona, então após ter provado um monte de roupa, lá estava eu me vestindo exatamente com as roupas simples que eu vestia dia-a-dia, afinal o moço tinha me conhecido usando aquelas roupas e mesmo assim tinha criado interesse em mim, não deve ser que eu me vista tão mal
Quando você deixa a vida viver você, você se torna apenas um receptáculo sem vida interior, sem chama, sem essência. Apenas vive a sua rotina massante todos os dias sem um futuro claro na sua frente, mas este não é meu caso, pelo menos não de todo. Ainda tem coisas que me fazem levantar da cama com um sorriso no rosto e viver cada hora do dia na espectativa de que estou fazendo um bom trabalho, embora que esse trabalho não me dê mérito algum. Ser uma boa mãe e ótima esposa não nos dá mérito algum, somos sempre largadas no canto e o foco é sempre a criança ou o homem, só se lembram de nós quando for pra julgar alguma imperfeição no que toca a família... Sim, esta é a minha vida.Antigamente eu era uma garota com sonhos, não quer dizer que sempre fui vazia por dentro, quando eu tinha 10 anos, sonhava em abrir minha própria loja de bijuterias, sempre fui fascinada pelos metais brilhantes e pedras preciosas que as mulheres da minha região usavam em seus pescoços, braços, dedos, panturrilh
A casa Suryavant até ficou vazia e estranha sem a presença da minha filha ali, e pra piorar, Shankar era como um estranho pra mim de tão distante que nós éramos embora estando a morar na mesma casa por mais de duas décadas. Mas a vida tinha que voltar ao seu percurso e eu agora com quase 40 anos (faltando dois anos para os 40), sou uma mulher caseira e conformada na monotonia da vida. Estou escutando Hari, que era minha amiga desde a infância, falar no meu ouvido através do Smartphone. Estou fazendo as rotineiras compras diárias.Acordei aquela manhã e já que era um dia de descanso, Shankar não tinha saído pra trabalhar. Naquele dia em especial a gente estava comemorando vinte e três anos de casados, a gente raramente comemorava o aniversário de casados, mas Hari está falando para eu fazer diferente esse ano."É só um aniversário, amiga. Não tem nada de especial" Retruco enquanto escolhia alguns tomates que vou levar da loja."Bah! Claro que é especial, Are! O que há com você?" Suspir
Apenas fico ali sem acreditar naquilo. Ele não gostou, achou que estou me expondo ao ridículo? Sério aquilo..?Corro pro banheiro olhando a minha imagem desprezível no rosto, o meu marido estava certo, já sou velha demais pra essas coisas, é simplesmente ridículo eu querer fazer aquilo. Começo a me livrar das pulseiras e dos adornos bastante brava comigo mesma, só sirvo pra passar vergonha. Removo a maquiagem do meu rosto e tiro aquele vestido ousado, por que diabos eu fui inventar de fazer aquela porcaria? O que há de errado comigo? Quantos anos eu penso que tenho? O que minha filha pensaria de mim se ficar sabendo disso..? Desabo ali mesmo no chão do banheiro em um choro silencioso, o que mais eu faço? A minha vida acabou, eu sou tão ridícula...Momentos depois vestindo um pijama de sempre, volto pro quarto e começo a limpar as coisas, tinha voltado a minha forma sem vida de sempre. Eu sou apenas mais uma mulher no mundo casada com um homem respeitado, não há nada de especial em mim
Horas depois estou fora de casa dos Suryavant apenas com uma pequena mala e uma bolsa de mão. Caminho com o meu coração batendo forte na caixa torácica á passos apressados, é como se eu estivesse finalmente saindo em liberdade de uma prisão que me prendeu por anos, até dou um pequeno sorriso vitorioso embora ainda nervosa. Pretendo nunca mais olhar na cara do Shankar, tudo que eu tinha feito por ele, eu tinha realmente vivido a minha vida toda pra ele, tinha me doado tanto pra agora descubrir que tudo foi em vão. O homem esteve me traindo esse tempo todo, era bem provável que ele ficava com outras bem antes da gente ter se casado, fazendo assim que eu não fosse a sua primeira mulher e também nada provava que ele não tenha continuado a estar com outras mulheres mesmo depois da gente ter se casado. Eu não estava toda hora do dia de olho nele, ele podia ter me traído vezes sem conta bem de baixo do meu nariz. Pelo menos agora eu entendo o porquê dele não sentir mais excitação quando me v