62. Caos, última parte

Carlos não os acompanhou até a delegacia. Com ar de preocupado, o rapaz disse que iria pedir ajuda a Amanda e Amora. Emanuele quase protestou, já antecipando o quão seria constrangedor ter que contar aquilo, mas...

Seria inútil. De uma forma ou de outra, pelo jeito que as coisas estavam tomando proporção, elas acabariam descobrindo.

Os policiais não foram desrespeitosos, apesar de um tanto taciturnos. Sob olhares acusadores e curiosos acompanhados de cochichos, a moça foi escoltada para fora do hospital. Johnny obviamente estava bem ao lado dela.

Enquanto se dirigiam à viatura parada há alguns metros de distância, o namorado de Emanuele diz:

"Não precisa falar nada pra ninguém sem a presença de um advogado. Eles vão te tentar te pressionar e se sentir acuada. Talvez até te levem a confessar um crime que não cometeu. Fique em silêncio."

"Eu não tenho um advogado, Johnny."

"Então eles são obrigados a disponibilizar um para você."

Ao entrarem no veículo, nenhum dos dois abre mais a boca
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