— O que você quer?
Pergunto curta e grossa na defensiva, não gostei nada deste cara. Ele não me transmite nenhuma confiança.
— Só conversa Srat. eu vi você aqui sozinha e achei que gostaria de alguma companhia.
Fala de uma forma mansa como um felino. Ele pode ter boa aparência mas isso não passa de um espelho. Posso sentir algo estranho no seu olhar, suspeito.
— Agradeço, mas não preciso de companhia. Eu já tenho um acompanhante.
Não meço minhas palavras, e vou me afastando dele. Me sentia aliviada aqui, em paz. Mas agora sinto que estou me sufocando. Me assusto quando o mesmo segura meu braço de leve o suficiente para me fazer parar, encaro ele com desdém..
— Olha eu só estou tentando ser gentil, não é como se eu fosse algum criminoso.
Da em fase a palavra criminoso, não me sinto bem em sua presença. Puxo meu braço da sua mão com uma certa violência, e vou embora em busca do Adam. Não demora muito para encontrá-lo sentado na nossa mesa. Me junto a ele e sento ao seu lado, ele olha para mim confuso, notando minha perturbação.
— Clara, você está bem? parece que viu um fantasma.
— estou sim, só um cara chato.
Digo sem dar muita importância ao assunto. não quero falar sobre isso, não por agora. A refeição chega mas não toco no prato, é como se aquele tal de Maurício, tivesse roubado meu apetite. Mas Adam, logo nota isso. Eu sabia que isso não iria durar por muito tempo. nada passa despercebido por seus olhos ávidos.
— Você tá bem mesmo? mal tocou na comida.
Adam, pergunta preocupado. é óbvio que ele notou meu desconforto. além de ser meu melhor amigo, também é muito observador. seus olhos são como as de um falcão, nada escapada do seu radar. qualquer pessoa em sã consciência tente mentir para o Adam, nunca dura por muito tempo. a forma absurda como ele faz as pessoas contarem a verdade é até mesmo assustadora. mas por trás dessa fachada ele é alguém muito gentil e compreensivo. me sinto completamente segura ao seu lado, e sei quem sempre posso contar com Adam.
— Só um pouco de dor de cabeça, podemos ir embora?
O mesmo apenas concorda. não consigo suportar ficar nem mas um segundo nesse lugar, sempre me sinto sufocada nessas jantares. Essas pessoas só estão aqui por causa das aparências, querem sair bem na mídia. Esse é o tipo de coisa que não tolero, se quer fazer uma boa ação que seja algo natural, não em frente a uma câmera. Adam, me ajuda a levantar, nos despedimos das pessoas na nossa mesa. Noto até alguns olhares desagradáveis em minha direção, certamente eles gostariam de fechar algum contrato com Adam, e eu estou atrapalhando isso. Mas um motivo do porquê não gosto de vir a esses lugares com pessoas promíscuas. Seguro o braço de Adam, com força quando vamos para fora do salão luxuoso. Mas flashes e perguntas sem sentido nos cercam, essas pessoas nunca se cansam? Adam, informa fazer uma coletiva de imprensa onde responderá todas as perguntas. O que diminui um pouco do túmulo. Depois disso entramos na limousine e vamos para casa. Não digo nada e Adam, não pergunta nada. provavelmente está esperando chegar em casa para me bombardear de perguntas. Por hora relaxo e aproveito o silêncio, aprecio a cidade pela janela. Suas luzes brilham como se fosse algo especial esta noite, nunca vou me cansar de apreciar essa cidade. A cidade que nunca dorme, crescer aqui foi um desafio mas também uma vitória para mim, essas ruas estão cheias de memórias preciosas para mim, me sinto mas emotiva do que o normal essa noite. Suspiro em alívio ao entramos no apartamento.
— No meu quarto em cinco minutos.
Ouço Adam, dizer ao passar por mim. indo em direção ao seu quarto. Nego com a cabeça e vou trocar de roupa. Coloco um pijama confortável do ursinho Pô, e tiro toda maquiagem, e faço um rabo de cavalo, saiu do quarto e vou para a cozinha pegar um pote de sorvete e duas colheres. Bato na porta do quarto de Adam e entro, ele está colocando uma máscara facial, vestindo um pijama horrível xadrez. Ele vem até mim e coloca uma máscara hidratante em meu rosto também. Depois pula na cama e abre o pote de sorvete tirando uma contidade excessiva de sorvete de chocolate. Me junto a ele e faço o mesmo.
— Agora me conta tudo, e nem adianta esconder nada! sei muito bem quando tá mentindo.
— Bom... eu estava na varanda respirando um pouco, quando do nada aparece um cara atrás de mim. Não posso negar que ele tinha uma ótima aparência.
— Até ai não vejo nada de mas, a não ser que ele seja gay.
Adam, diz sorridente erguendo uma sobrancelha. O mesmo demonstra suas insinuações sem o menor pudor. dou-lhe um pequeno tapa na perna e contínuo.
— Posso?
Pergunto querendo chegar logo ao fim dessa história. Ele balança os ombros sem da importância, tomo isso como um "sim"..
— Eu não gostei nada daquele cara, ele tinha um tipo de energia ruim... nos seus olhos eu posso jurar que vi maldade..
— Eu acho que você foi precipitada, não se deve julgar um livro pela capa.
Adam, tem razão. Mas aquele cara tinha uma vibe muito esquisita. A forma estranha como ele chegou de surpresa, até mesmo suas palavras. Era como se ele se esforçasse para ser gentil.
— Eu sei, mas aquele cara não me agradou nem um pouco.
— Você sabe o nome dele? Talvez eu o conheça... sei lá.
— Ele só falou o primeiro nome, Maurício.
Até mesmo pronunciar o nome dele me causa arrepios.
— Hmm se eu soubesse o sobrenome talvez soubesse quem é, mas até ai nada de mas.
Fala comendo a terceira bola de sorvete enquanto ainda estou na primeira. Me questiono se ele pode fazer parte da mesma elite de negócios que o Adam. mesmo ele não dando importância, todos os meus sentidos dizem para ficar longe daquele cara. Imagino que revelar o que aconteceu depois que cheguei do trabalho pode aguça seu interesse. espero não me arrepender disso depois.
— Adam, hoje quando estava chegando, tinha um homem parado do outro lado da rua me encarando..
Ele levanta os olhos e me encara um pouco mas interessado. Sua feição se fechou, e veio que isso chamou totalmente sua atenção.
— Como assim te encarando? — pergunta deixando a colher com sorvete de lado, sua atenção está totalmente focada em mim.
— Eu não sei se ele estáva me encarando ou não, eu não conseguia vêr o rosto dele. Talvez fosse alguém querendo alugar um apartamento aqui, sei lá.
Ele balança a cabeça em afirmação, mas em seu rosto ainda existe resquícios de preocupação. Seu olhar se torna distante, e tenho a nítida impressão que ele está me escondendo algo..
— Se isso acontecer de novo me avise. — diz em advertência.
— Tá.
Apenas concordo e não pergunto nada por que sei que ele irá negar ou inventar qualquer coisa. Da mesma forma que Adam, consegue ler as pessoas, ele também tem um dom para esconder o que seja. Sua mudança de assunto é brusca.
— O que tá planejando fazer essa semana? — pergunta lambendo a colher de prata.
— Não faço a menor idéia. — respondo sem dar importante. geralmente estou tão focada na loja que não tento fazer outra coisa, detesto ficar monopolizada.
Me assusto com o grunido de Adam, encaro o mesmo que segura a colher um pouco acima da sua cabeça, seus olhos brilham, posso vê as engrenagens na sua cabeça funcionando. Seu sorriso largo me diz que ele teve uma idéia, o que me assusta um pouco. Ele sempre quer fazer algo arriscado e radical, o que ele chama de ideias brilhantes, eu chamo de loucuras.
— E que tal irmos a Seattle, para minha coletiva de empresa?
Suas palavras não são nada do que eu esperava. Adam, nunca me convida para essas coletivas, ele sabe que eu odeio. Me pergunto o que fez ele mudar de idéia.
— Quando você marcou essa coletiva? — pergunto pegando um pouco mas de sorvete.
— Agora a pouco, eles me ligaram e marcamos que seria lá. Vai ser legal, vamos passar o resto da semana lá?
— Eu não acho que seja uma boa idéia — depois do que aconteceu mas cedo, nem quero imaginar o que mas eles podem inventar se nos fissemos juntos em uma coletiva. — afinal você vai lá falar sobre nós, e talvez não seja uma boa eu está lá.
Falo sem muita animação, Adam faz uma cara de desapontado. Lembro que em alguns momentos já concordei com alguma que não gostava, só por causa dessa sua feição de cachorrinho abandonado.
— Sua estraga prazeres — acusa, mas posso vêr o humor escondido em seus olhos. — mas você está certa, só estou um pouco receoso em deixar você aqui sozinha.
Essa não é a primeira vez que Adam, viaja a negócios e eu fico sozinha. Começo a me preocupar, o que está acontecendo com você Adam? faço essa pergunta ao meu subconsciente.
— Eu tenho certeza que irei ficar bem.
Tento convencer ele mostrando minha confiança ao Adam, sei que essa coletiva de imprensa é importante, não quero estragar tudo. E talvez com ele longe eu possa descobrir o que está acontecendo afinal de contas. Sinto que nuitos segredos estão nos rodeando ultimamente.
— Tudo bem, eu confio em você. Qual filme vamos vê dessa vez?
— E sua vez de escolher, o que quer vêr? — falo ao sentir a tensão entre nós diminuindo gradativamente.
Adam, me olha com uma cara maliciosa, oh Deus! de novo não.
— Cinquenta Tons de Cinza.
Falamos em conjunto. Adam, e eu já nos conhecemos a tantos anos que séria impossível em alguns momentos não saber o que ele está pensando.
— Você me conhece tão bem...
Cantarola Adam, se encostando no travesseiro. Coloco o filme e deito ao seu lado. Se passam os primeiros minutos dos filmes, minha visão começa a ficar meio turva e apago. Me acordo pouco tempo depois. A tv está desligado, o que parcialmente escuro. olho para o lado e vejo o Adam, dormindo. Pego o pote de sorvete vazio e saio do quarto. Acendo a luz da sala que ilumina a cozinha um pouco, coloco o recipiente vazio na pia e ligo a torneira enchendo a vasilha, lavo minhas mãos e enxugo. Suspiro e giro em meus calcanhares para ir ao meu quarto dormir. Mas tomo um susto ao me virar.
Vejo um homem alto e de casaco preto atrás de mim, é o mesmo homem que estava do outro lado da rua, não consigo vêr seu rosto até o momento em que ele tira o capuz e deixa a luz da cidade que atravésa a janela iluminar o seu rosto. Meu coração salta com o que vejo, não pode ser possível.
— Ric?
Seu nome saí naturalmente por meus lábios, ele está sorrindo para mim, seus olhos me penetram a alma, é como se ele estivesse perto de mim. Paralisada apenas observo ele erguer a mão e tocar minha face. Seu toque é quente em meu rosto, ele acaricia minha bochecha, como senti falta desse toque. Ele fala que me ama, sua voz é profunda é rouca. Ele aproxima seus lábios dos meus. Me acordo ofegante é sento na cama, tento controlar minha respiração, meu coração b**e forte. Passo a mão por minha testa que escorre com o suor frio. Olho para o Adam, e o vejo dormindo tranquilamente. Pego o pote de sorvete em cima do móvel ao lado da cama, e desligo a tv antes de sair do quarto, fecho a porta e vou andando pelo corredor, acendo a luz da sala mas não vejo ninguém ali. Ligo a luz da cozinha e deixo o recipiente vazio na pia e me encosto na bancada. Como gostaria que aquele sonho fosse verdade.
Toco meus lábios e eles estão quentes, suspiro e afasto esses pensamentos. Desligo as luzes e vou para o meu quarto, a jaqueta ainda está em cima da minha cama, pego a jaqueta e me agarro a mesma deitada na cama, o couro frio causa pequenos arrepios em minha pele, trago a mesma para mas perto de mim e adormeço sentindo o seu cheiro.
Ao acordar pela manhã pisco algumas vezes, desta vez não tive nenhum sonho estranho. a imagem do Ric, não veio me atormentar depois que eu fui dormir novamente. Pisco algumas vezes me acostumando com a luz matinal. Ao mover minha cabeça para o lado vejo um pequeno bilhete no móvel ao lado da minha cama, deixo a jaqueta de lado e pego o mesmo."Clara fui para Seattle, volto daqui a uma semana. Me deseje sorte.Adam❤"Suspiro e amasso o bilhete jogando-o na lata de lixo. Imaginei que ele não ficaria fora mas que três dias, o que acho um pouco suspeito. Essas coletivas de imprensa não levam todos esses dias, imagino que ele queira fazer algo a mas durante sua estadia em Seattle. Deixo esses pensamentos de lado e me ergo, antes de entrar no box amarro meu cabelo, fazendo um pequeno no topo. Tomo um banho rápido. Enquanto estou escovando os dentes ouço a campanhia tocar. Cuspo a pasta fora e lavo a boca. Aperto o nó do roupão de banho e abro a porta.— Clara Smiller? — o mesmo pergunta mes
O quarto era simplesmente incrível. o piso era de madeira, uma cama de casal com lençóis brancos, a cama fica de frente para uma pequena varanda com portas de arraste de vidro. Um grande tapete de veludo branco de frente para a lareira, com dois sofás em volta. Do outro lado do quarto um guarda-roupas, na frente da cama um baú antigo. Deixo minha mochila no chão e abro uma porta próxima ao guarda-roupas. Ao entrar vejo que é o banheiro, de frente para mim tem uma larga janela de vidro mostrando uma linda paisagem das montanhas, cobertas de neblina e nuvens, em frente a ela uma pequena hidromassagem, com o estilo de madeira, um box e privada. Simples mas elegante, ligo a torneira da hidromassagem, instantaneamente ela começa a encher. Volto para o quarto e vou correndo me jogar na cama.Esse lugar é perfeito sem denegrir a natureza, acho que não faz muito tempo que construíram esse hotel. A forma como os dois cuidou de cada detalhe, e a forma acolhedora que nos sentir. me pergunto porq
— Ric...O chamo pelo apelido de antigamente, ao qual achava carinhoso e talvez ainda ache. Um arrepio atravessa meu corpo, minha carne treme mas não consigo distinguir se é pela emoção de vê ele, ou pelo frio abundante. Um milhão de pensamento passam pela minha mente, já fantasiei esse momento incontáveis vezes, mas agora não consigo dizer uma única palavra, sinto como se minha mente tivesse parado, e as palavras estivessem embaralhadas na minha garganta, me impedindo de falar. Minha voz soa baixa e fraca, dou meia volta ficando de frente para o mesmo, seu olhar sobre mim é como um impacto ou deve ser a vergonha de ter sido pega. Vê-lo mas de perto mostra o quanto ele continua bonito, engulo em seco e solto o ar que estava prendendo. O som de trovão soa no céu fazendo com que eu saía do transe, eu sempre achei que encara os seus olhos nunca fosse de mas.— Vem vamos sair da chuva.Falo e faço um gesto com a cabeça em direção ao prédio, ele apenas concorda. Meu coração descompassa uma
— Ricardo, eu não estou com cabeça pra ouvir você, só vai embora.Peço tentando demonstrar um pouco mas de calma, só não consigo entender o por que de ter voltado e continuar em silêncio, eu sinceramente não preciso disso. Não posso mas aturar esse homem mexer comigo, com a minha vida. isso é loucura! tudo isso, simplesmente não posso mas aguentar. Seu olhar é triste sobre mim, de certa forma sei que o magoei, mas ele me magoou muito mas. as coisas não vão ser tão simples assim, pelo menos não como ele pensa. não sou mas a garota que ele conheceu, e ele não é mas o garoto que conheci. agora somos adultos, e temos pensamentos diferentes. vidas diferentes. Deus! ele até mesmo pode ser casado e ter filhos. esse pensamento não me agrada mas é uma terrível possibilidade.— Clara, você tá bem?o mesmo pergunta, a preocupação agora incobrindo seu olhar triste. seus olhos fixos nos meus, seu rosto está tão perto do meu, que até mesmo posso sentir sua respiração morna tocae minha face.— Acho
Fala autoritário deixando a bandeja em cima do móvel próximo a minha cama, o mesmo vem até mim pegando as cobertas e cobrindo meu corpo dos pés ao pescoço. Estou me sentindo como um verdadeiro rolinho japonês. observo o mesmo mexer em algo na bandeja, sei como ele poder ser rígido quando estou doente.— Adam, foi só uma febre.Tento ameniza sua preocupação e sua proteção exagerada, sempre é a mesma coisa quando fico doente. Houve uma vez em que alguns espinhos entraram na minha mão enquanto cortava algumas rosas, por causa disso Adam, não me deixou ir ao trabalho por dois dias, e ainda me levou ao hospital para checarem minhas mãos. Sei que o Adam, só quer me proteger, mas as vezes ele exagera. Só que desta vez é diferente, sinto como se ele se sentisse ameaçado. Talvez pelo retorno de Ricardo. Olho para o mesmo que está de costas fechando as cortinas.— por favor Adam, não me diga que está fazendo tudo isso para manter o Ricardo longe.Ao ouvir minhas palavras o mesmo para o que está
Ao sair do prédio tive uma surpresa, Ricardo, me aguardava encostado a sua moto vestindo uma jaqueta de couro, e usando óculos escuros. Seu jeito descontraído e sexy me chama atenção, ele parece exatamente com seu eu de dez anos atrás, não consigo decidir se dou gargalhadas ou fico séria. quando ele me vê abre um lindo sorriso que só ele sabe mexer comigo. Vamos lá coração não me traía. Desço os poucos degraus e vou em sua direção. sinto meus nervos a flor da pele, a confissão de Vera, me veem a mente. talvez eu não vá conseguir nada, mas mesmo assim, quero perguntar ao Ric, sobre suas visitas, e também é provável que ele saiba sobre o comportamento estranho do Adam.— O que está fazendo aqui? — sou direta e objetiva, noto o mesmo erguer uma sobrancelha. é querido, não sou mas a garota desajeitada e ingênua que você conheceu.— Vim te ver, e sabe se está melhor.Fala se afastando da moto e ficando com a postura ereta na minha frente, me aproveito da situação para saber se ele é o tal
ficamos o dia inteiro no local, conversando, como se fossemos velhos amigo. Só noto que esta ficando tarde quando os pequenos raios de sol vão desaparecendo entre os prédios. Nesse tempo em que estivéssemos aqui soube de várias coisas sobre ele, mas nem sempre é um 100%. O pai dele se recuperou muito bem, e a empresa está crescendo cada vez mas. Ric, só me falou as coisas superficiais, nada muito profundo. optei mas por ouvir, do que fazer perguntas. imaginei que se o Ric, soubesse que estava ouvindo, prestando atenção nas suas palavras. ele poderia se abrir mas, e assim ele fez algumas vezes, mas sempre que se afundava de mas em um assunto, voltava a emergir. foi assim durante um bom tempo, não era o que eu queria, mas foi mas do que eu poderia ter bo momento.— Nossa o tempo passou rápido.Falo olhando para a janela e logo após olho meu pulso, coberto por um pequeno relógio em cores prata e marrom, já são 17:57. Mal acredito que passei o dia inteiro aqui com ele, conversando como se
— Mas como você sabia que eu iria viajar?Pergunta passando as costas da mão pelo meu nariz, minhas lágrimas cessaram, agora só resta os soluços. Adam, continua me abraçando desde de quando eu comecei a chorar, e não me largou mas. me sinto acolhida nos seus braços, reconfortada e segura. sinto que nada nesse momento possa me atingir.— eu não sabia, eu iria falar com o vô Polônio para te manter ocupada, mas você fez isso antes.Ele consegue arrancar um pequeno sorriso meu com isso, sempre gostei da companhia do Adam. Por que até nos momentos mas difíceis ele me faz sorrir. Passo minhas mãos pelo rosto tirando algumas lágrimas. me levanto saindo do abraço de Adam. me sinto um pouco melhor agora, depois que todo o drama passou.— Pra falar a verdade... nem sei por que estou assim, afinal não temos nada. E ele nunca disse que voltou para me reconquistar.Falo tentando sorri falsamente. Adam, ergue uma sobrancelha. isso não enganou ele nem um pouco, ele é bom demais lendo pessoas, e eu s