Capítulo Quatro

Ao acordar pela manhã pisco algumas vezes, desta vez não tive nenhum sonho estranho. a imagem do Ric, não veio me atormentar depois que eu fui dormir novamente. Pisco algumas vezes me acostumando com a luz matinal. Ao mover minha cabeça para o lado vejo um pequeno bilhete no móvel ao lado da minha cama, deixo a jaqueta de lado e pego o mesmo.

"Clara fui para Seattle, volto daqui a uma semana. Me deseje sorte.

Adam❤"

Suspiro e amasso o bilhete jogando-o na lata de lixo. Imaginei que ele não ficaria fora mas que três dias, o que acho um pouco suspeito. Essas coletivas de imprensa não levam todos esses dias, imagino que ele queira fazer algo a mas durante sua estadia em Seattle. Deixo esses pensamentos de lado e me ergo, antes de entrar no box amarro meu cabelo, fazendo um pequeno no topo. Tomo um banho rápido. Enquanto estou escovando os dentes ouço a campanhia tocar. Cuspo a pasta fora e lavo a boca. Aperto o nó do roupão de banho e abro a porta.

— Clara Smiller? — o mesmo pergunta mesmo sabendo que sou eu.

— Sim. — respondo.

— Mandaram isso pra senhorita.

Nando o ajudante do porteiro segura um grande vaso de rosas vermelhas, ele também faz alguns entregas aos moradores. Posso dizer que o vaso é bastante exagerado por que mal posso ver o rosto do garoto.

— Senhora Clara será que eu posso deixar isso em algum lugar, tá meio pesado.

— Me desculpe é claro, pode deixar aqui no chão mesmo.

Ele entra e coloca o vaso ao lado da porta, posso vêr que ele está cansado. Pego minha carteira e dou uma gorjeta ao mesmo. Mas antes dele sair eu o chamo.

— Nando, quem deixou isso na portaria? — pergunto suspeito, muitas circunstâncias estão acontecendo ultimamente. Talvez eu só fiquei mexida com o sonho de ontem.

— Eu não sei, quando eu cheguei lá já tava, eu sabia que era pra você porque tem um cartão ai. Mas não se preocupa, eu não abri tá.

Fala sorridente e vai embora, procuro no vaso o tal do cartão, pego o mesmo entre as rosas. Nele tem escrito o meu nome, abro e pego um pequeno papel dentro do envelope. Nele tem escrito.

"Querida Clara foi um grande prazer te conhecer, espero que possamos nos vêr novamente.

Atenciosamente Maurício Stenton"

Meu corpo treme, e um arrepio atravessa meu corpo. Não pode ser possível, isso é alguma brincadeira de mal gosto. Sinto meu estômago embrulhar. Stenton? É o mesmo sobrenome que o Ric, talvez seja alguma coincidência, não sei. Afinal o Ric, nunca disse que tinha um irmão ou primos. Na verdade ele nunca me falou muita coisa sobre sua família, só que tinha um Pai, e uma Mãe. e que ambos eram bem rígidos com ele, também sei que são pessoas poderosas, e que por causa disso o Ric, queria me manter o mas distante possível deles. Agradeço mentalmente por nunca termos nos encontrado, posso imaginar a catrastofe total que séria. Não sei por que este homem insiste tanto em querer se aproximar de mim, afinal já me decidi que ficaria o mas longe possível dele, e desejei que aquela séria a última vez que nos veríamos. É a pergunta principal que estou repetindo na minha cabeça continuamente, como ele sabe meu endereço? Deixo o bilhete de lado e vou trocar de roupa. A última coisa que quero é pensar nesse homem, nosso último encontro deveria deixar claro para ele minhas intenções. hoje como não tenho nada para fazer, fico jogada no sofá mudando de canal, fico pensando quanto tempo vai levar para que o Vô Polônio, conserte a loja. Acho que seria melhor se eu tivesse ido com o Adam, para Seattle. Talvez pudéssemos conhecer a cidade quando estivesse livre.

Me levanto do sofá e me agasalho bem, esses dias tem feito bastante frio. Vou ao Starbucks comprar um café acho que me esquentaria um pouco me tiraria da chatisse. Abro meu guarda chuva, mesmo que ela não esteja tão grossa agora, não quero acabar me molhando. vou andando em direção ao Starbucks na esquina do outro lado da rua. O lado bom de morar nessa região de Nova York é o local não está muito cheio, peço um café e pago o mesmo, não tenho presa em voltar agora. Me sento em uma mesa afastada e fico olhando a chuva cair nas ruas dessa grande cidade, um anúncio na tv chama minha atenção. E sobre um campo cheio de lavanda e como a lavanda se transforma em um aromático perfume. Isso me faz lembrar sobre o local especial que o Ric, e eu íamos. Era um campo enorme um pouco longe de Nova York, penso se construíram algo lá, se a árvore que passávamos horas em baixa dela, protegidos pelos seus galhos do sol e da chuva. gostaria de vêr aquele lugar pela última vez, vê o que mudou.

Bebo um gole do meu café. O Adam, está fora da cidade por um tempo e eu estou sozinha, por que não voltar lá, já faz alguns anos que fui lá, e eu soube que fizeram uma pousada por lá. E além disso eu mereço essa folga que o vó polônio me deu, está decidido quando chegar em casa farei a reserva hoje mesmo. Termino meu café e volto para casa para fazer as malas.

Na manhã seguinte, não tinha muito trânsito até a rodoviária, pego o ônibus não tem muitas pessoas no mesmo. Me sento e curto a viagem, gosto daquele lugar por que não é muito longe da cidade. Fico admirando os campos e montanhas, apesar da chuva o lugar é simplismente lindo. Ah bastante campls abertos, lembro que gostaria de morar em um lugar assim. Uma casa grande com um enorme jardim. Não demora muito para que o ônibus pare em frente a pousada. A mesma é linda, tem flores exóticas e árvores ao redor da casa, abro o guarda-chuva e vou andando em direção da mesma, minhas botas fazem barulho ao se chorarem com a escada de madeira, aperto a campainha e uma senhora idosa atende a porta, ela se espanta quando me vêr pós, a chuva estava um pouco forte e me molhou um pouco, sem falar que a borda do vestido que uso está sujo de lama, e minha mala encharcada, o guarda-chuva não foi tão grande assim para proteger minhas roupas.

— Oh querida você está muito molhada, rápido entre.

Exclama a mesma me convidando a entrar, deixo o guarda-chuva encostado na parede de madeira, na pequena varanda e entro.

— Fique aqui, vou pegar algumas toalhas.

Diz indo para trás do balcão e sumindo por uma porta. Coloco a mochila no chão e olho o local. Envolvo meu corpo com os braços, sinto frio. Apesar de ser um lugar simples tem o seu charme. Sofás simples, uma pequena lareira, com um tapete de veludo marrom no chão. Nas paredes alguns quadros. A senhora de altura mediana volta com algumas toalhas brancas nas mãos. Seus cabelos são brancos e ela usa uma linda blusa floral com uma saía tubinho marron claro, e sapatos negros baixos. Ela sorri docimente e me entrega uma toalha. Trato de secar meu cabelo, meus lábios tremem com o frio, mesmo aqui dentro estando quente.

— Nesse época do ano chove bastante aqui, e faz frio.

Diz colocando algumas toalhas em um armário de madeira escura, começo a me secar.

— Você é Clara Smiller certo?

Pergunta indo para trás do balcão, olhando em um grande livro meio velho marrom. Me aproximo, observo seu dedo indicador deslizar pelas páginas.

— Sim.

Dou uma resposta curta, tinha me esquecido como o tempo aqui poderia ser rigoso e mudar quando bem entende.

— Sabe muitos jovens não vem muito aqui, por isso seja bem-vinda.

— Obrigada.

Agradeço a mesma com um sorriso gentil. Noto sua feição se iluminar quando seu polegar para em um linha em específico.

— A sua cabana é a número oito.

Fala me entregando a chave, pego a pequena chave que contém uma pequena placa de madeira, com um grande número oito.

— Se precisar de alguma coisa é só me chamar, e a propósito meu nome é Gilda.

— Certo obrigado Sra. Gilda.

— Nilson.

A Sra. Gilda chama por alguém, não demora muito para um senhor que suponho ter a mesma idade que ela surgir. Ele usa uma camisa xadrez que combina com sua calça cinza e seus suspensórios. Ele é calvo e usa um grande óculos, ele anda meio curvado mas parece ótimo para uma pessoa da sua idade. Ele pega minha mochila e sorri.

— Eu vou levá-la até sua cabana Senhorita.

— Obrigada.

Agradeço, sorrio para ambos que retribuem. O Sr. Nilson pega um grande guarda-chuva e abre a porta, saímos e andamos por um caminho de pequenas pedras. Chegamos a cabana e ele me deixa na pequena varanda mas antes de ir da meia volta.

— Se precisar de algo, é só apertar o botão ao lado da cama, em cima do móvel.

— Tudo bem, obrigada.

Por fim ele vai embora pelo mesmo caminho, solto um suspiro. Parece que está ficando mas frio que antes, sem esperar mas abro a porta e entro.

 

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