Capítulo Oito

Fala autoritário deixando a bandeja em cima do móvel próximo a minha cama, o mesmo vem até mim pegando as cobertas e cobrindo meu corpo dos pés ao pescoço. Estou me sentindo como um verdadeiro rolinho japonês. observo o mesmo mexer em algo na bandeja, sei como ele poder ser rígido quando estou doente.

— Adam, foi só uma febre.

Tento ameniza sua preocupação e sua proteção exagerada, sempre é a mesma coisa quando fico doente. Houve uma vez em que alguns espinhos entraram na minha mão enquanto cortava algumas rosas, por causa disso Adam, não me deixou ir ao trabalho por dois dias, e ainda me levou ao hospital para checarem minhas mãos. Sei que o Adam, só quer me proteger, mas as vezes ele exagera. Só que desta vez é diferente, sinto como se ele se sentisse ameaçado. Talvez pelo retorno de Ricardo. Olho para o mesmo que está de costas fechando as cortinas.

— por favor Adam, não me diga que está fazendo tudo isso para manter o Ricardo longe.

Ao ouvir minhas palavras o mesmo para o que está fazendo, e fica encarando as cortinas. eu devo ter acertado em cheio. Adam, é exagerado quando estou doente, mas dessa vez ele está passando dos limites. eu deveria saber que Ric, tinha algo haver com sua mudança de humor.

— Ele vai te machucar de novo.

Diz sem me olhar, as ações do Adam, estão me incomodando e principalmente me deixando preocupada, nunca vi o Adam, tão sério como agora. sei que ele não gosta do Ric, mas tenho a sensação que algo a mas está por trás do seu comportamento estranho. preciso descobrir o por quê, e se isso tem algo haver com sua viagem repentina.

— Adam...

Chamo pelo mesmo, mas ele não me responde e nem olha para mim, deixo as cobertas de lado e saiu da cama. Vou em direção ao mesmo e noto que seus olhos estão marejados. me parte o coração vêr ele assim. Adam, é minha única família, e eu sou a única família dele. entendo o motivo por ele se sentir assim, devo admitir que odeio isso. odeio o fato de ter machucado ele.

— Adam, eu nunca deixaria isso acontecer, e não vou.

Vejo que ele enxuga seus olhos e me encara. seu sorriso habitual surge em seus lábios, um misto de emoções de forma dentro de mim. medo, culpa. tudo está confuso desde o dia em que Ric, surgiu na minha vida.

— Eu sei que não, mas mesmo assim não quero ele perto de você. Sei que você é uma pessoa adulta e pode tomar suas próprias decisões, mas mesmo assim eu irei evitar ao máximo que isso aconteça.

Passo a mão por seu braço e tento acalmá-lo um pouco. sua guarda está alta, isso não é um bom sinal, mas não tem nada que eu possa fazer para mudar. Adam, me trás para perto dele e o abraço. Tenho certeza que algo aconteceu para ele ficar assim, e cabe a mim descobrir. Depois de minha conversa com o Adam, ele voltou ao seu jeito autoritário, e não me deixou sair da cama. A não ser só as vezes em que eu fui ao banheiro. Podem me chamar de maluca mas por um lado gostei de ficar doente, por que pude prova a deliciosa canja de galinha que ele sabe muito bem fazer, o gosto é simplesmente divino. ele também não foi a empresa, ficou aqui cuidando de mim. O dia passou rápido e algumas nuvens de chuva foram embora, me maravilhando com um lindo por do sol. As nuvens estavam com cores alaranjadas misturadas com um vermelho vivido, me senti pequena diante de tanta beleza. A noite Adam, me convenceu a fazer uma maratona de séries, achei uma ótima ideia e fomos assitir em seu quarto. Com direito a ele me carregar no colo até lá. Sempre admirei o jeito do Adam, em ser tão cuidado e irônico ao mesmo tempo, tenho certeza que o cara por quem ele se apaixonar vai ter muita sorte. a sensação de que nunca vou conhecer alguém melhor do que ele é permanente, Adam, é insubstituível. ele é meu melhor amigo, e o meu irmão mas velho. Adam, entra no quarto com dois baldes gigantes de pipoca e deita na cama me entregando um.

— O que acha de assistimos Grey's Anatomy?

— Parece ótimo. — pego um balde, e já vou enchendo minha boca de pipoca. E assim seguiu nossa noite.

na manhã seguinte eu me sentia muito melhor do que ontem, a minha febre tinha sumido completamente. eu me sentia renovada, pelo menos um pouco. a imagem do Ric, ainda pairava na minha mente. eu simplesmente não conseguia evitar, meus pensamentos sempre me levaram a ele. o Ric, é uma droga pra mim, minha obsessão diária que tenho a obrigação de bloquear. ele não pode mas fazer parte da minha vida, assim como não posso mas fazer parte da vida dele. volto meus pensamentos para qualquer outro assunto que não seja o Ric. Devo admitir que a sopa do Adam, é milagrosa, sempre que ele faz para mim, me sinto melhor instantâneamente. me sento na cama e olho ao redor, Adam, já deve ter acordado. Me levanto e vou andando em direção a cozinha, saltitante vou em direção ao mesmo que está sentado na bancada que dividi a sala da cozinha, vejo que ele está lendo um jornal e bebendo seu café. Me aproximo dele e passo meus braços por volta do seu pescoço o abraçando.

— Pelo visto, alguém acordou muito bem — fala soltando o jornal.

— Pode ter certeza que sim. — falo radiante, sinto que estou como uma estrela do baseball. forte e pronta para o próximo jogo.

animada beijo sua bochecha, o mesmo sorri com minha animação. vejo que meu bom humor é contagiante, fico feliz que seu humor também esteja melhor. é como se ontem fosse apenas um pesadelo que tivemos. Solto Adam, e vou em direção a geladeira, pego quatro ovos e bacon.

— O que acha de tomarmos um café da manhã decente?

Falo mostrando os ovos em uma mão, e o bacon na outra, o mesmo suspira e faz cara de dó. essa não! já vi essa cara muitas vezes ao lango desses anos, sei o que isso quer dizer. quero ficar, mas preciso ir. Adam, você não vai mudar nunca. penso dizendo para mim mesma.

— Não posso, já estou atrasado — fala olhando seu pulso, coberto com um lindo Rolex brilhante.

— Tudo bem.

Falo sem perder a animação. decido que não vou deixar nada me abalar hoje, preciso ser forte e seguir adiante. no primeiro round eu caí, por está desatenta e frágil, mas agora me sinto mas forte do que nunca, e pronta para o que vier. não vou deixar que o Ric, vença novamente essa luta. é como diz o ditado; você venceu a batalha, mas não a guerra. hoje sinto que o dia será bom, até mesmo o tempo está dizendo isso. as nuvens de chuva sumiram e lindos raios de sol entram pela janelas. é como se aquela tempestade nunca tivesse acontecido.

— tá...Tenha um bom dia.

Fala pegando sua maleta e saindo do apartamento, coloco dois ovos de volta na geladeira e fecho a porta com o pé. Vou até o fogão elétrico e começo a preparar tudo, tenho muitas coisas para fazer hoje mesmo sendo um dia da semana. Termino de preparar meu café e rapidamente começo a comer, quero terminar tudo o mas cedo possível para ir vêr como o vó polônio está, desde aquele dia não falei mas com o mesmo. Termino meu café e vou arrumar o apartamento, ele não está muito bagunçado mas tem algumas coisas fora do lugar. Vou no quarto do Adam, e arrumo sua cama e pego algumas roupas que estão pelo chão e coloco no cesto, depois vou no meu e faço a mesma coisa. Os banheiros estão limpos e a sala também, Vou na cozinha e lavo a louça do café. Olho o relógio e já são nove e vinte e três quando termino tudo, vou ao banheiro tomar um banho e trocar de roupa. Ao sair do apartamento encontro Veradiva, minha vizinha e do Adam, da porta da frente.

— Bom dia Vera.

— Ah... Oi, Clara.

A mesma retribuir meu comprimento, começo a me afastar mas ouço Vera, me chamar. giro na sua direção, contínuo com o sorriso gentil em meu rosto. mas ao contrário de mim, sua expressão está sério.

— Clara, quando você estava viajando um homem veio aqui, várias vezes na verdade. ele disse que estava procurando por você.

— Ele te disse o nome? — os pelos da minha nuca arrepia, mal coloquei os pés para fora de casa, e os problema estão vindo para mim.

— Não, ele só perguntava por você e depois ia embora. o Adam, até falou com ele.

— Adam?

Olho para mesma confusa, como o Adam, pode ter falado com esse homem se ele estava viajando? Alguma coisa aqui não se encaixa. sei que não deveria, mas todos os alarmes na minha cabeça disparam dizendo que esse homem mistérioso é o Ric. recordo do jeito calmo como o Adam, falou ontem a noite quando toquei no seu nome. e a form suspeita como ele ágil logo depois. então minhas suspeitas estavam certas. Adam, está realmente escondendo algo de mim. sinto uma batida do meu coração vacilar, e uma pontada dolorosa perfurar meu peito.

— Tá, obrigado Vera.

— De nada. ah... o Adam, não sabe que eu vi, será que pode não contar pra ele.

— sim, claro.

Falo brevemente e em seguida vou embora, entro no elevador que começa a descer. Agora entendo a preocupação do Adam, e por ele está estranho. Só não entendo por que ele mentiu sobre a viagem. e escondeu isso de mim, suas ações não fazem sentido. não consigo processar seu comportamento estranho, e suas mentiras descabidas. a dor da sua traição me aflige. e vários pensamentos começam a rondar minha mente, e uma delas é que Ric, é o causa dessa mudança no Adam, disso não tenho dúvidas. agora, só preciso saber por que o Adam, está mentindo. seja como for, eu tenho que descobrir.

 

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