- O garoto é esperto mesmo. - Nadja falou no telefone. - Meu contato me disse exatamente o que já sabia, sobre a localização, com a condição de esperar até as três da manhã. - Porque esse horario? - Falei vagamente.- Não disse. Mas... Fiquem esperto porque só poderão entrar com ajuda dele. Fiquem atentos á qualquer movimentação perto das três horas.- Ok.Eram exatas duas horas da manhã e Nicolas dormia enrolado ao Harry, não tinha ninguém para ficar com ele. Helen estava a caminho, só rezava para minha pequena estar viva, e que o maldito do Joseph não ter tocado em um só fio do cabelo dela...{Marjorie}Passado o efeito da droga, Joseph injetou mais uma seringa na minha coxa. Agora eu não ria ou tentava falar, tinha tantos machucados que era impossível ficar acordada, estava sofrendo de alucinações horríveis. Ele tocou em mim, da forma que quis, e eu agradeci por estar entorpecida ao ponto de alucinar várias coisas loucas. Dei uma olhada no relógio da cômoda dele. Duas e cinquenta
Dois Meses depoisAs mesas já estavam todas no lugar, a entrada da noiva era a coisa mais linda. James me arranjou alguns recipientes que o avô dele usava para guardar o leite. Usei para colocar flores, que levariam até um Carvalho enorme. Tive o cuidado de usar somente a cor branca.- Como estão as coisas aí? - James me abraçou por trás. - Precisa ir mais devagar meu amor. Ainda não está totalmente recuperada.- Eu sei. Consigo fazer as coisas. - Fechei os olhos quando James me beijou.- Está na hora de ajudar a noiva meu amor. Seu pai está ficando impaciente.James me levou até o quarto onde Rita estava se arrumando, me deu um beijo bem demorado e bateu na porta. Rita estava sentada, encarando o espelho.- Uma velha de noiva é a coisa mais estranha. - Ela me olhou pelo espelho.- Uma mulher vestida de noiva é a coisa mais linda, ainda mais se essa mulher estiver vivendo a segunda chance. O vestido dela era simples, branco com algumas flores douradas, um decote delicado. Coloquei um
Nos casamos em segredo. Rita ainda lutava contra o câncer, e nós não podíamos confiar totalmente na sorte. James e eu nos casamos em frente a cabana onde eu o arrastei e salvei a vida dele. E acho que foi lá onde descobri que o amaria para sempre.Me casei com um vestido simples, sem véu ou muitos adornos, e James quis que os homens ficassem descalços, o único que não gostou foi Ben que era atacado por formigas invisíveis a toda hora. Helen se alistou para o programa onde os médicos davam assistência em outros países de baixo desenvolvimento e não foi no nosso casamento, mas ligou e conversou bastante com James.A cabana estava toda adornada com flores que ele cultivava na fazenda, James tinha colocado pequenas luzes em toda a entrada, foi melhor do que pensei, porque ao contrário de muitas mulheres, nunca quis ser uma noiva cansada e estressada rodeada de convidados.Dançamos nossa música.Passamos mais quatro dias na cabana. Fizemos amor á luz do luar e das estrelas, brigamos porque
Deixo aqui uma homenagem a toda a mulher que precisa matar um leão por dia e ainda assim volta para casa e protege seu filho.No fundo somos Marjories lutando pelo bem dos que amamos e tentando vencer na vida.Com muita tristeza concluo essa obra, me diverti muito escrevendo, lia a relia rindo sempre.Minha gratidão a você leitor que chegou até aqui e se encantou ou riu ou chorou com esse história.A vida de James e Marjorie continuam por aí em algum lugar das nossas mentes.....Espero que tenham gostado desse livroMuitos beijos e nos encontramos no próximo. Quem sabe Ben ganha um livro tambémBeijosssssssJô Coelho
Oito anos atrás....- Tá legal. Como se usa isso? - Peguei a caixa comprida na mão e virei de um lado ao outro.- É para você? - Quase pulei pra trás quando a senhora que estava de trás do balcão me olhou por cima dos óculos e se aproximou.- Na -Não. Claro que não, é para minha mãe, acho que vou deixar de ser filha única. - Dei uma piscadinha.- Sei. - Ela me encarou. - É só a sua mãe fazer xixi em cima, se der uma faixa vai ser negativo, se for duas positivo.- Vou explicar para ela. - Puxei a sacola da mão da mal humorada e sai.Nunca havia reparado como a minha casa ficava longe do centro da pequena cidade. Minha casa era só uma forma de dizer, na verdade eu morava em um cômodo no fundo de uma empresa com meu pai.Minha querida mãe não aceitava a situação, dizendo não aguentar perder tudo e ser colocada na rua. Então um belo dia foi ao centro da cidade e nunca mais voltou. Me lembro de esperar ela voltar quase um ano. Era difícil para uma menina de quatro anos ser deixada aos cuid
Tempos atuais- Seis horas da manhã. Seis horas da manhã.- Merda. - Soquei o despertador falante. - Já vou levantar cacete!As luzes do quarto acenderam e as cortinas se abriram sozinhas, tinha esquecido que foi eu quem programou tudo, só pra não chegar mais atrasada no escritório. Se minha cama tivesse a opção, teria me derrubado também.Muita gente ficava boquiaberta quando eu dizia onde consegui emprego, ainda mais exercendo minha profissão recém adquirida. Só não conto que sou obrigada a trabalhar até tarde nos processos e deixar tudo pronto para os mais velhos da empresa. Eu fazia todo o trabalho e eles levavam o crédito. Ou na pior das hipóteses ter que assistir julgamentos só pra anotar todas as artimanhas dos advogados mais caros, e isso me dava calafrios.Normalmente toda terça de manhã eu tomava café com o meu pai, depois ia trabalhar. Peguei o celular e digitei uma mensagem rápida;"9Desculpa pai, não vou poder estar aí hoje, o dia vai estar corrido... As seções começam m
Esse caso está suspenso por hoje. Amanhã terminaremos. Próximo caso. - Ele parecia entediado o tempo todo, menos quando me olhava, o que não demorou muito para Ben perceber.Desviei o olhar e saí do lugar, não anotei nada, se não fosse pelo Ben eu estaria na rua, não que eu não cumprisse com meu dever, só não tive, vamos dizer cabeça para escrever tudo o que aconteceu.Esse era um fato que eu achava muito errado na empresa, assistir e anotar tudo ou gravar, para ir para análise e descobrir o ponto fraco dos demais, ou adotar as táticas deles.No Brasil um advogado ter um escritório próprio é muito maneiro, mas em Londres trabalhar para uma empresa é mais ainda.Nunca peguei um caso grande, só divórcio, leitura de testamento e organizar documentos e provas importantes. Meu sonho de ser a advogada durona está longe de ser cumprido.- Hei, o que acha da gente sair hoje? - Ben arrancou com o carro.- Ainda tenho coisas para fazer. - Respondi. - Não Senhora. A gente pode trabalhar em casa
— QUE MERDA FOI AQUELA? – Ben bateu a porta tão forte que um quadro pequeno que ficava perto da porta caiu no chão.Sentei no sofá e me limitei a olhar para ele. Aprendi a esperar a pessoa se acalmar e ter uma conversa de gente grande. Benjamim não parava de andar, abria as mãos, fechava em punho de uma vez, socava o ar, ou alguma pobre parede.— Aquela vadia. Foi tudo culpa dela, se eu não tivesse....— Não foi culpa de ninguém. – Respondi.— Me dá um bom motivo pra eu não ligar agora mesmo pro seu pai. – Ele pegou o telefone e esperou a minha resposta.O pior de tudo era saber que ele ligava mesmo, e se eu não desse esse bom motivo, meu pai não seria tão legal assim, e Deus me livre se meu pai entrar na conversa.— Eu estava te observando, você me disse que não iria demorar. O homem chegou, e começamos a conversar. Benjamim entenda que eu estou solteira desde que acabei a faculdade. E você estava lá todo lindo, conversando com ela. Fui levada pelo momento. Só que depois de algum