XLIV

Helen

Andreas respirava com dificuldade, pelo meu olhar crítico via pelo menos dois tiros letais ali. Ele morreria e eu descobri que não estava pronta para isso, mesmo ele sendo ruim eu ainda o amava. Minhas mãos estavam sujas de sangue e eu tentava desesperadamente parar os sangramentos.

- Andreas. - Minhas lágrimas molhavam o rosto dele.

Andreas não falava nada, mantinha o maxilar travado de dor, os olhos fixos em algum ponto ao longe. Estava com vergonha. Passei a mão no rosto bonito dele.

- Escuta. - Ele disse com dificuldade. - Nunca deixei de te amar. Perdi tudo para vir te buscar Helen. Mi amore. - A voz dele era rouca. - Me perdoe por nunca ter te dado um filho Helen, por não ter a força de deixar tudo para trás e ficar com você...

- Fica quieto Andreas. Por favor. - Beijei os lábios dele. - Não me deixa.

- Apodrecer na cadeia ou morrer nas mãos da máfia? Prefiro a morte.

- Fica comigo. - O desespero agarrava meu pescoço com mãos transparentes. - Muda de vida, eu vou com você
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