O celular nos deu uma direção, tínhamos alguns dos sócios presos, garotas recuperadas, mas Marjorie não voltou e nem sabíamos por onde começar a procurar já que a ligação estava demorando um bocado e eu já começava a entrar em Pânico. As desculpas sobre a viagem surpresa da Marjorie estavam acabando e Nicolas era bem esperto para saber que era uma bela de uma mentira, aliás ele me fazia colocar a mão no livro penal e isso me deixava tenso, o menino estava me dando pressão.Contei a Benjamin sobre a Jéssica, e ele entendeu até certo ponto.Eu havia acabado mais uma massacrante seção, estava na minha sala organizando os papéis do outro dia quando o celular tocou, primeiro olhei para o meu, depois para o do Orlando e atendi meio as pressas.— Sim? ,- Meritíssimo. – Ouvi a voz carregada de sotaque Italiano. – Quantos dias ela está com eles?- Pelo menos os anos de faculdade ensinaram alguma coisa. – Sentei na minha cadeira, tinha que alfinetar pelo menos um pouco. – Aquele safado do se
Quando acordei estava de volta as docas, meu peito todo doía, mesmo no escuro vi um hematoma enorme ali, meu rosto também doía pra caramba. Passei a língua, meus dentes embora doloridos estavam todos no lugar.— Você me deformou. – Escutei a voz do velho. Não o via.— Pensei que sua mãe tinha feito isso quando você nasceu. – Me apoiei na parede gelada. — Você não colabora Marjorie, podia te fazer minha coelhinha pelo tempo que eu quisesse, ia te mimar. Mas você é um animal.— Não preciso do seu dinheiro Joseph, eu estudei para ter meu dinheiro de forma digna. E não curto entorpecentes, se é isso que quer saber. Ele se mexeu, se aproximou e então eu vi, ele tinha um curativo enorme na orelha direita. Joseph estava de camisa sem manga o que me deu a visão de dois braços tatuados. Como ninguém nunca notou isso? Como James deixou passar essa informação? Helen foi casada com o filho do homem mais perigoso de Londres. — Você não vai me dar as provas. – Ele limpou a unha com uma adaga. —
Ao que parece a coruja velha resolveu mesmo me observar o tempo todo. Dei meu show de Samara, deixei o cabelo cair na frente do rosto e fiquei de cabeça baixa.- Você soltou aquele cachorro. - Joseph virou a cadeira de costas e sentou, deixando o falecido bem evidente entre o vão da cadeira.- Soltei? - Sorri para ele. - se você diz, eu é que não vou discordar.- Não ligo para ele Marjorie, só quero as provas, seu padrinho não entraria na sua casa por nada. - Olha chefe. Eu não colocaria a vida das pessoas ao meu redor para esconder uma merda de uma prova. Você já ferrou o bastante com a minha vida. Eu só quero que tudo termine, e se não for me deixar, me mata. Mas acaba com isso.Ele riu, uma risada seca e estranha que só saiu da boca mesmo, os olhos não se moviam. Joseph se levantou e caminhou até parar na minha frente, enfiou a mão no bolso. - Você está comigo agora garota, depende do que achar liberdade. Ainda mais depois do nosso passeio.- Passeio para onde? - encarei o velho.
- O garoto é esperto mesmo. - Nadja falou no telefone. - Meu contato me disse exatamente o que já sabia, sobre a localização, com a condição de esperar até as três da manhã. - Porque esse horario? - Falei vagamente.- Não disse. Mas... Fiquem esperto porque só poderão entrar com ajuda dele. Fiquem atentos á qualquer movimentação perto das três horas.- Ok.Eram exatas duas horas da manhã e Nicolas dormia enrolado ao Harry, não tinha ninguém para ficar com ele. Helen estava a caminho, só rezava para minha pequena estar viva, e que o maldito do Joseph não ter tocado em um só fio do cabelo dela...{Marjorie}Passado o efeito da droga, Joseph injetou mais uma seringa na minha coxa. Agora eu não ria ou tentava falar, tinha tantos machucados que era impossível ficar acordada, estava sofrendo de alucinações horríveis. Ele tocou em mim, da forma que quis, e eu agradeci por estar entorpecida ao ponto de alucinar várias coisas loucas. Dei uma olhada no relógio da cômoda dele. Duas e cinquenta
Dois Meses depoisAs mesas já estavam todas no lugar, a entrada da noiva era a coisa mais linda. James me arranjou alguns recipientes que o avô dele usava para guardar o leite. Usei para colocar flores, que levariam até um Carvalho enorme. Tive o cuidado de usar somente a cor branca.- Como estão as coisas aí? - James me abraçou por trás. - Precisa ir mais devagar meu amor. Ainda não está totalmente recuperada.- Eu sei. Consigo fazer as coisas. - Fechei os olhos quando James me beijou.- Está na hora de ajudar a noiva meu amor. Seu pai está ficando impaciente.James me levou até o quarto onde Rita estava se arrumando, me deu um beijo bem demorado e bateu na porta. Rita estava sentada, encarando o espelho.- Uma velha de noiva é a coisa mais estranha. - Ela me olhou pelo espelho.- Uma mulher vestida de noiva é a coisa mais linda, ainda mais se essa mulher estiver vivendo a segunda chance. O vestido dela era simples, branco com algumas flores douradas, um decote delicado. Coloquei um
Nos casamos em segredo. Rita ainda lutava contra o câncer, e nós não podíamos confiar totalmente na sorte. James e eu nos casamos em frente a cabana onde eu o arrastei e salvei a vida dele. E acho que foi lá onde descobri que o amaria para sempre.Me casei com um vestido simples, sem véu ou muitos adornos, e James quis que os homens ficassem descalços, o único que não gostou foi Ben que era atacado por formigas invisíveis a toda hora. Helen se alistou para o programa onde os médicos davam assistência em outros países de baixo desenvolvimento e não foi no nosso casamento, mas ligou e conversou bastante com James.A cabana estava toda adornada com flores que ele cultivava na fazenda, James tinha colocado pequenas luzes em toda a entrada, foi melhor do que pensei, porque ao contrário de muitas mulheres, nunca quis ser uma noiva cansada e estressada rodeada de convidados.Dançamos nossa música.Passamos mais quatro dias na cabana. Fizemos amor á luz do luar e das estrelas, brigamos porque
Deixo aqui uma homenagem a toda a mulher que precisa matar um leão por dia e ainda assim volta para casa e protege seu filho.No fundo somos Marjories lutando pelo bem dos que amamos e tentando vencer na vida.Com muita tristeza concluo essa obra, me diverti muito escrevendo, lia a relia rindo sempre.Minha gratidão a você leitor que chegou até aqui e se encantou ou riu ou chorou com esse história.A vida de James e Marjorie continuam por aí em algum lugar das nossas mentes.....Espero que tenham gostado desse livroMuitos beijos e nos encontramos no próximo. Quem sabe Ben ganha um livro tambémBeijosssssssJô Coelho
Oito anos atrás....- Tá legal. Como se usa isso? - Peguei a caixa comprida na mão e virei de um lado ao outro.- É para você? - Quase pulei pra trás quando a senhora que estava de trás do balcão me olhou por cima dos óculos e se aproximou.- Na -Não. Claro que não, é para minha mãe, acho que vou deixar de ser filha única. - Dei uma piscadinha.- Sei. - Ela me encarou. - É só a sua mãe fazer xixi em cima, se der uma faixa vai ser negativo, se for duas positivo.- Vou explicar para ela. - Puxei a sacola da mão da mal humorada e sai.Nunca havia reparado como a minha casa ficava longe do centro da pequena cidade. Minha casa era só uma forma de dizer, na verdade eu morava em um cômodo no fundo de uma empresa com meu pai.Minha querida mãe não aceitava a situação, dizendo não aguentar perder tudo e ser colocada na rua. Então um belo dia foi ao centro da cidade e nunca mais voltou. Me lembro de esperar ela voltar quase um ano. Era difícil para uma menina de quatro anos ser deixada aos cuid