Nicholas Smith
__ Vai se foder Nicholas - Samantha grita enquanto corre - eu te odeio!Dou uma risada e continuo correndo. Minha irmã está sendo dramática, como sempre.Apoio meu pé no muro e pulo para o outro lado. O som do disparo é feito, e eu sinto uma ardência no meu ombro.Filhos da puta! Essa é minha camisa preferida, agora vai manchar de sangue.__ Porra! - toco no meu ombro.__ É isso que da se envolver com os golden blood - ela tenta tocar minha mão, mas me afasto rapidamente.__ Não me toca! - volto a correr em direção ao carro.Para falar a verdade, eu odeio minha irmã. Odeio todos os meus irmãos. Eles nem são meus irmãos, são tudo adotados.Entro no carro, o Lucas já estava nos esperando. Ele espera pela Samantha e assim que ela entra pisa fundo no acelerador.__ Se machucou? - reviro os olhos.__ Não, o sangue é falso__ Você é tão arrogante - ele rosna de raiva.__ Quieto cachorrinho! - Lucas segura o volante com força.É engraçado ver ele se segurando. O fodido sabe que não pode se meter comigo. Se ele o fizer, ele amanhece morto.Sou filho do líder da El Diablo, a maior gangue de toda a cidade. Mexer comigo, é a mesma coisa que mexer com meu pai.Minha mãe era a filha de um policial. Quando adolescente, ela se envolveu com meu pai, que na época já fazia parte da gangue.Demorou alguns meses para minha mãe engravidar, mas ela logo perdeu o bebê, por causa do pai, que a fez abortar.Então minha mãe fugiu com meu pai. Três anos depois, ela engravidou de mim.Mas a vida não era tão boa, já que minha progenitora vivia em constante perigo, pelos inimigos que meu pai criou.Quando eu nasci foi a maior confusão. Meu avô prendeu meu pai, fazendo minha mãe voltar a morar com ele.Morei com meu avô até meus 11 anos. Ele me ensinou muitas coisas, mas também foi muito ruim para mim.Meu pai saiu da prisão e minha mãe morreu de câncer terminal.Não demorou muito para que meu pai viesse me buscar. Minha mãe ia visitar ele na prisão, então ele sabia muito sobre mim.Meu pai se tornou líder da El Diablo, e eu fiquei ao seu lado, me tornando o que sou hoje, um assassino viciado em drogas.Saio do carro assim que chegamos a minha casa. Abro a porta dando de cara com meu irmão, que está com o lábio cortado, e eu já imagino o motivo __ Apanhou, foi? - ele da um tapa na minha mão.Olho para Martin com raiva. Como o filho da puta se atreve?__ Movam a bunda de vocês até aqui! - meu pai grita do escritório.Vamos em silêncio até a sala dele, que é o porão da nossa casa.Olho para as prostitutas andando para lá e para cá. Elas estão empacotado os saquinhos com as drogas.Eu iria amar isso, se meu interesse não fosse outro. Tento esconder ao máximo que eu sou gay.Imagina eu contar para meu pai, homofóbico, machista, agressivo e religioso, que eu gosto de meninos?Sim, ele é religioso. A Cruz tatuada no pescoço é uma forma de deixar isso a vista para todos.__ O que foi pai? - me sento na cadeira.Pego a minha maconha e a coloco no papel. Passo minha língua pela ponta e a fecho.__ Quero saber a merda que aprontaram agora!__ Foi o Nicholas, ele quem mexeu com os golden blood e ainda levou um tiro.__ Foi de raspão, nem estou sentindo dor.__ É claro, está chapado como sempre - mostro o dedo do meio para ele.__ Chega! - ele b**e na mesa - estou pouco me fodendo para o que aconteceu com essa gangue de merda! Quero saber qual de vocês deixou o corpo na floresta.Agora sei do que meu pai está falando. Ontem foi encontrado um corpo na floresta. Não se sabe o que aconteceu ainda, e nem quem deixou ele lá.__ Não fui eu!__ Eu também não!__ Não assumo esse b.O - Paul olha especialmente para mim.Ascendo meu baseado, levando ele a minha boca. Abro minhas pernas e sopro a fumaça para cima.__ Que eu não saiba que foi você. Essa porra está atrapalhando os negócios.__ Acha que sou tão estúpido? Você me ensinou bem. O assassino perfeito, não se lembra?Meus irmãos permanecem em silêncio. Apenas observando as coisas se desenrolarem.__ Saiam daqui!*****A música é alta, fazendo minha cabeça doer. A única coisa que eu quero é desaparecer daqui.A No limit, é a boate onde meu pai faz suas vendas. Muitos universitários, querendo uma droga para ficar chapado.__ Oi - Alan se senta do meu lado - você trouxe aquele negócio?__ Você trouxe o dinheiro que me deve? - me viro para ele, sem o menor interesse.__ Eu vou te pagar - sorrio de lado.Odeio esses playboys, filhinhos de papai, que querem se drogar, mas não tem a capacidade de pagar.O papai da a grana, mas eles tem que gastar no que é permitido.__ Vaza!__ Posso te pagar como da última vez - ele coloca as mãos na minha calça.Dou um tapa na mão dele, o fazendo se afastar.__ Não estou afim de uma mamada - coloco um chiclete na minha boca.__ Por favor - ele chega perto de mim, roçando seus lábios sobre nos meus.Por fora estou sério, mas por dentro estou amando. Só de ver ele assim, me da uma satisfação incrível.Gosto de quebrar as pessoas, fazer elas chegarem ao fundo do poço, fazendo de tudo pelas drogas.__ Está viciado, não é? - pego seu pescoço, o fazendo se levantar e o jogo na parede - olha para você, desesperado, pronto para fazer qualquer coisa por isso aqui - mostro o saco com a coca.Alan olha para aquilo como se fosse água, e ele estivesse no deserto por 5 dias, sem uma gota dela.__ Tem... Vai ter uma festa na minha fraternidade. Os caras lá são loucos por aquelas balinhas que faz ficar acordado a noite inteira, principalmente os estudantes de medicina - me afasto dele.Penso um pouco no que ele falou. Posso faturar muito bem com isso, e ganhar uma gorda Comissão.__ Tudo bem! Eu vou aceitar esse trato - chego mais perto - mas se me passar a perna, mando sua cabeça de presente de aniversário para sua mãe. É semana que vem, não é? - ele arregala os olhos.Jogo o saco com a cocaína para ele. Alan logo se ajoelha para pegar a droga no chão.Quando estou prestes a sair da boate, alguém b**e no meu ombro, me fazendo ir com tudo ao chão.__ Porra! - bato no chão.__ Sinto muito! - olho para cima.Porra, vai tomar no cú! Que cara mais bonito.Ele me estende a mão, e me ajuda a levantar. O cara da um sorriso, e o efeito vai direto para o meu pau.__ Minha vontade é de te socar! - ele franze o cenho.Minha vontade é de jogar ele contra a parede e o foder a noite inteira. Só de imaginar aquela boquinha envolta do meu pau...Passo por ele e vou embora. Entro no meu carro e dirijo de volta para casa.Sei que deveria ter investido na minha noite feliz, mas não me envolvo com pessoas que não são do meu meio. Só sai com Alan para me divertir.Desço do carro e entro na minha casa. Assim que coloco os pés dentro da sala, me lembro das minhas drogas.Caralho, esqueci a minha mochila caída no chão!Arthur Bianchi Coço meus olhos quando sinto sono, mas tenho que estudar para essa prova, ou vou me sair mal. Quanto mais eu estudo, parece que ainda falta muita coisa. Falta três dias para a prova, mas como ela é importante, eu comecei a estudar semana passada. Decido parar um pouco por hoje, já não consigo ler mais nenhum livro. Guardo minhas coisas na mochila e organizo meu quarto. Se tem uma coisa que eu não gosto é de bagunça. Não suporto ver meu quarto sujo, ele tem que estar sempre limpo e organizado. __ Está dormindo? - minha mãe bate na porta. __ Não mãe, você pode entrar - ela abre a porta e entra no meu quarto. Minha mãe fica me olhando por um tempo. Anne é uma mulher um pouco super protetora. Quando me mudei para um apartamento mais perto da faculdade, ela insistiu até que eu voltasse. __ O que estava fazendo? __ Estudando - ela chega perto de mim e coloca a mão no meu rosto. __ Meu menino preciso - dou um sorriso - sempre tão responsável. __ Eu já tenho 20 ano
Nicholas Smith Mantenho minha mão no pescoço dele, em um aperto firme. O menino não parece se intimidar, o que me da mais raiva. Se eu não voltar com essa mochila, terei muitos problemas com o meu pai. __ Não sei do que está falando. __ Não se faça de sonso. Sabe muito bem do que estou falando. Onde você colocou? __ Está na minha casa. Agora pode tirar a mão do meu pescoço? - eu o solto de uma vez. Olho para ele por um tempo. Seus olhos verdes parecem brilhar com alguma coisa desconhecida por mim. Ele coloca as mãos dentro da jaqueta. O idiota sai andando e eu o sigo, já que não tem muito o que eu posso fazer. __ Vou levar você até lá, mas não faça nada estúpido. __ Só vai logo! Ele anda até uma Ranger Rover preta, que está estacionada longe da fraternidade. Eu assobio olhando para o belo carro. A última vez que vi um desses, estava sendo desmontado para vender as peças. Mantenho meus olhos nele o tempo inteiro. Me pergunto o que se passa na cabeça desse ser humano. O imb
Arthur Bianchi Movimento o garfo na comida, ainda com meus pensamentos longe. Não consigo focar em mais nada desde ontem. Ele realmente beijou minha bochecha depois de me ameaçar? Fiquei confuso entre ficar com medo ou corar. Nunca achei que pudesse ter esse tipo de reação, ainda mais por um menino. Pensei que nunca mais o veria novamente, mas acho que ele irá voltar, porque esqueceu mais uma coisa no meu quarto. __ Ah, não! - Verônica grita me assustando - isso é muito injusto. Olha aqui - ela mostra o caderno que o tatuado deixou no meu quarto - traficante melhor do que eu em matemática. Balanço a cabeça em negação. Ela é tão dramática. __ Acha que ele vai voltar? __ Você quer que ele volte? - me engasgo com o suco. __ O que? É claro que não! Isso foi uma pergunta simples... Quer dizer... Ele apareceu uma vez não é? E se fizer isso novamente? Meus pais podem ver, fazer perguntas e... - fico em silêncio. __ Você quer que ele volte para buscar o caderno? - ela revira os olho
Nicolas Smith __ Nem vem - coloco meu pé antes que ele feche a porta na minha cara. __ Preciso falar com você, Pete - ele revira os olhos. Dou um sorriso quando ele me permite entrar. Peter, ou Pete, como eu gosto de chamar, é um amigo do qual vivo tirando vantagem. Ele é baixo, com seus 1,60, bochechas rosadas, cabelos meio loiro, meio moreno, não dá para saber ao certo. Uma gracinha! __ Olha isso - ele levanta o pé mostrando a tornozeleira - por sua culpa é que estou assim. __ Minha culpa? Não foi eu que mandei você roubar dados do governo. Peter é um hacker muito bom, mas se envolveu com o governo e agora não pode nem pegar em um computador. __ Mas foi você que me entregou para eles. Os caras nunca iriam ficar sabendo. __ Você sabe o motivo de eu ter feito isso - Pete aperta a mão em um punho. Entreguei ele para a polícia por conta de uma vingança. Não posso negar que sou muito vingativo. Ele quem contou para meu irmão que eu sou gay, o que me levou a dizer para a políci
Arthur Bianchi __ Não tenho tanta certeza - meu pai revira os olhos sem que minha mãe veja. Ele preparou uma viagem de 2 meses, para o aniversário de casamento deles. Só que minha mãe não quer ir. O motivo? Ela acha que eu vou morrer se ficar sozinho. __ Eu não vou morrer - puxo a mala dela até a porta - vou ficar bem - dou um sorriso. __ Eu... __ Querida - meu pai a puxa pelo braço - Arthur já tem 20 anos, sabe se cuidar melhor do que eu e você juntos. __ Não me puxe, Joseph! - ela olha para ele de forma dura, fazendo meu pai recuar. Minha mãe pode ser muito assustadora quando quer. __ Vou ficar bem. Se alguma coisa acontecer, eu ligo para você - Anne passa a mão no meu rosto e da um sorriso. __ Tudo bem! - ela coloca os óculos de sol - Caribe, ai vou eu! Assim que meu pai consegue colocar ela dentro do carro, eu fecho a porta. Solto um suspiro e sento no sofá. Minha mãe tem uma desconfiança sem limites. Ela cisma que eu vou ficar doente, como quando eu era pequeno. Vivo
Nicholas Smith Mantenho seus lábios nos meus e aprofundo o beijo. O gosto do vinho que vem de seus lábios deixa tudo ainda melhor. As mãos dele toca a minha pele por debaixo do moletom. Os dedos estão um pouco gelados me fazendo arrepiar. Arthur se afasta um pouco e olha nos meus olhos. Mordo meu lábio e sorrio de lado. Não vou negar que quero muito mais do que um beijo com ele. Nesse momento eu nem lembro o que tenho que fazer, se tenho que voltar para casa ou não. Tento o beijar novamente, mas ele se afasta. Franzo o cenho e me sinto incomodado. Esse não é o momento em que ele se entrega a mim? __ Eu fiz um jantar para você. Não vai fazer desfeita, vai? - ele se vira e eu tenho uma bela visão de sua bunda. Tenho que ir embora, preciso ir embora. Mas a forma como ele falou comigo... Argh! __ Tudo bem! - Arthur sorri parecendo ficar animado. Descemos e voltamos para a cozinha. Arthur me serve um pouco do que fez. Aquilo estava muito bom, muito bom mesmo. __ Está muito bom. O
Arthur Bianchi Olho para minha comida enquanto brinco com ela. Meus pensamentos estão longe nesse momento. __ Arthur! - Verônica bate uma mão na outra na frente dos meus olhos. __ Sim? __ Está ouvindo o que estou dizendo? __ Não! - ela revira os olhos. Só consigo pensar na noite de ontem. Eu beijei o Nicholas no calor da emoção, e quando fui ver, já estava gostando, e muito.Eu parei antes que as coisas fossem a um patamar maior. Me afastei e não o beijei mais. Mas não nego que estou me arrependendo disso a cada segundo do meu dia. E se ele não voltar mais por causa disso? Eu sou tão covarde! __ Eu sou covarde! __ Covarde? Você acabou de fazer uma incisão em um defunto, eu não chamo isso de covardia. Faço uma careta ao lembrar o que eu fiz. Mas se eu quero me tornar um cirurgião, preciso fazer coisas assim. Conto a ela o que aconteceu ontem. Não muito detalhadamente, minha amiga não precisa saber de certas coisas. __ Quer que eu seja sincera? - assinto - ele só quer o seu
Nicholas Smith Arthur é um manipulador do caralho. Eu não achei que ele pudesse fazer aquilo. Mas como dizem, as aparências enganam. Ele me enganou direitinho, com o rosto de pessoa conservadora. A verdade é que ele usou meu prazer, contra mim mesmo. A única coisa que eu deveria fazer, é transar com ele e depois desaparecer. Nunca tive um namorado, ou uma foda fixa, e nem quero. Não tenho controle sobre meu corpo. Toda vez que ele me pede para fazer alguma coisa, eu faço sem questionar. Jogo minha cabeça no volante do carro e respiro fundo. O que eu faço agora? Estou pensando seriamente em me afastar dele, mas... Ainda o quero como nunca quis alguém antes. Abro um pouco a janela do carro e acendo um cigarro. Sopro a fumaça depois de dar uma tragada. Olho para Dylan que está no banco de trás, ele está acordando. __ Como foi a soneca? - sorrio de lado. __ Nicholas, seu filho da puta! Você me drogou? __ Eu disse para não me seguir. Ninguém pode descobrir sobre o Arthur. Não q