Arthur Bianchi
__ Não tenho tanta certeza - meu pai revira os olhos sem que minha mãe veja.Ele preparou uma viagem de 2 meses, para o aniversário de casamento deles. Só que minha mãe não quer ir. O motivo? Ela acha que eu vou morrer se ficar sozinho.__ Eu não vou morrer - puxo a mala dela até a porta - vou ficar bem - dou um sorriso.__ Eu...__ Querida - meu pai a puxa pelo braço - Arthur já tem 20 anos, sabe se cuidar melhor do que eu e você juntos.__ Não me puxe, Joseph! - ela olha para ele de forma dura, fazendo meu pai recuar.Minha mãe pode ser muito assustadora quando quer.__ Vou ficar bem. Se alguma coisa acontecer, eu ligo para você - Anne passa a mão no meu rosto e da um sorriso.__ Tudo bem! - ela coloca os óculos de sol - Caribe, ai vou eu!Assim que meu pai consegue colocar ela dentro do carro, eu fecho a porta. Solto um suspiro e sento no sofá.Minha mãe tem uma desconfiança sem limites. Ela cisma que eu vou ficar doente, como quando eu era pequeno.Vivo indo ao médico fazer exames, porque ela sempre inventa uma nova doença, que eu não tenho.Meu celular toca e eu o atendo.__ Eles já foram? - olho para Verônica pela chama de vídeo.__ Sim__ Pensou no que eu disse?__ Sim Verônica, e eu não vou dar uma festa__ Tão careta - ela revira os olhos - aproveita e convida seu namorado misterioso para te fazer uma visitinhaMe levanto do sofá e subo as escadas para o meu quarto.__ Ele não é meu namorado - abro a porta do meu quarto - Meu Deus!Dou um passo para trás e deixo meu celular cair no chão. Verônica fala alguma coisa, mas eu não presto atenção nela.Ele está aqui no meu quarto novamente, sentado na janela, balançando os pés de forma despreocupada.Pego o celular do chão e vejo a tela quebrada. Ótimo, agora vou ter que comprar outro.__ Eu vou tomar banho, falo com você depois - encerro a chamada rapidamente.__ Estou convidado para o banho? - ele sorri malicioso.__ O que está fazendo na minha casa? - levo um susto quando ele pula na minha frente.Seu olhar percorre todo o meu corpo. Seu olhar sobre mim me faz arrepiar. Tão intenso!Por que não consigo reagir quando ele está por perto? Sempre o deixo fazer o que deseja, como nesse instante.Eu deveria o mandar embora, já que invadiu minha casa. Céus, ele é um traficante, mas mesmo assim eu me envolvo ainda mais com ele.__ Nicholas, eu sou o Nicholas - quando ele sorri... É nesse momento que eu perco tudo.O sorriso parece ser tão sincero, tão bonito que faz meu coração palpitar. Não tenho nenhuma reação, meu corpo está paralisado, minha boca seca, e minha mente em branco.__ O que... - pigarreio ao ver minha voz sair estranha - está fazendo na minha casa?__ Eu disse que viria te visitar - assinto me recordando do que ele falou.Retiro a minha camisa e coloco uma regata. Antes de coloca-la, eu ouço um assovio. O loiro me olha de uma forma intensa.__ Que corpinho - sua mão espalma no meu peito - uma tela em branco, estou doido para marca-la.Como consegue ser dessa forma? Ele flerta comigo na cara dura, como se não tivesse vergonha.__ Isso não vai acontecer - coloco a regata.__ Isso é um desafio, Arthurzinho? - viro as costas para ele e saio do quarto.Desço as escadas até a cozinha. Vejo tudo limpo, como eu pedi para que deixassem.Prefiro eu mesmo preparar a minha janta. Gosto de cozinhar, me acalma e me distrai. Além de eu gostar de experimentar receitas diferentes.__ Vai cozinhar para mim? Querendo me conquistar pela barriga?__ Não me chame de Arthurzinho novamente - coloco os utensílios que vou precisar sobre a bancada - parece que está debochando de mim.__ Acho que minha presença não te agrada - reviro os olhos - e pensar que eu me preparei todo para te visitar hoje.Continuo de costas. Mordo meu lábio tentando esconder um sorriso bobo de escapar.__ Você não tem mais nada de importante para fazer não?Decido preparar um espaguete ao molho branco. Eu mesmo que vou fazer a massa do espaguete.Vou até a adega do meu pai e pego um vinho tinto para bebermos.__ Tenho muitas coisas para fazer, mas prefiro ficar com você - ele deita a cabeça na palma da mão - você mora aqui sozinho?__ Meus pais foram viajar - sirvo o vinho em duas taças e entrego uma a ele.__ Então mora com seus pais. Quantos anos você tem mesmo?Tento não me estressar com o claro divertimento de sua frase. Como posso estar gostando de uma pessoa assim?__ Tenho meu próprio apartamento, mas fico mais aqui.Coloco tudo que vou precisar na bancada e começo a sovar a massa. Nicholas me olha fixamente, o que me deixa um pouco nervoso.__ Ver você flexionando esses músculos, está me fazendo ficar excitado - me engasgo com minha saliva e começo a tossir - isso incomoda você?Como responder a ele que me agrada de certa forma? Apenas nego com a cabeça o que o faz da um sorriso.Nicholas fica falando sem parar enquanto eu preparo a nossa comida. Reparo que o celular dele toca alguma vezes, mas ele ignora totalmente.__ Você sempre fala tanto assim?__ Algum de nos dois tem que manter a conversa. Você não parece muito sociável.Mordo meu lábio e depois o sugo levemente. É uma mania que eu tenho, faço isso sempre que estou nervoso.Ouço o barulho de alguma coisa se quebrando e levanto a cabeça para ver.A taça do vinho está no chão. Nicholas está agachado tentando catar.__ Você vai se cortar - vou até ele e pego sua mão - o que aconteceu com a sua mão?Além do corte feito pelo vidro, tem hematomas nos nós de seus dedos. É mais como se ele tivesse socado alguma coisa sem parar.__ Tudo culpa sua, que fica tentando me seduzir - reviro os olhos.Sou empurrado e acabo batendo minhas costas na bancada. Seu olhar sobre mim me faz arrepiar.__ O que está fazendo?Fecho os olhos ao sentir uma fungada no meu pescoço. Tento me concentrar para não ficar excitado, o que é meio difícil, ainda mais com ele tão perto assim.Me lembro do molho no fogo. O empurro levemente e desligo o fogão.__ Vou fazer um curativo em você - o puxo pelo moletom e ele me segue em silêncio.Nicholas se senta na cama. Vou até o banheiro e pego o kit de primeiros socorros.Enquanto estou cuidando dos machucados, posso sentir a intensidade do seu olhar em mim.Assim que termino, ele pega o celular que toca mais uma vez.__ Preciso ir embora - fico irritado ao ouvir isso.Parece ser importante o que ele tem que fazer, mas não nego que sou egoísta com algumas coisas.__ Não vai ficar para jantar comigo? - me aproximo até que ele deite na cama.__ Eu... - encosto meus lábios nos seus, não permitindo que ele fale mais nada.Nicholas segura minha nuca e aprofunda o beijo.Nicholas Smith Mantenho seus lábios nos meus e aprofundo o beijo. O gosto do vinho que vem de seus lábios deixa tudo ainda melhor. As mãos dele toca a minha pele por debaixo do moletom. Os dedos estão um pouco gelados me fazendo arrepiar. Arthur se afasta um pouco e olha nos meus olhos. Mordo meu lábio e sorrio de lado. Não vou negar que quero muito mais do que um beijo com ele. Nesse momento eu nem lembro o que tenho que fazer, se tenho que voltar para casa ou não. Tento o beijar novamente, mas ele se afasta. Franzo o cenho e me sinto incomodado. Esse não é o momento em que ele se entrega a mim? __ Eu fiz um jantar para você. Não vai fazer desfeita, vai? - ele se vira e eu tenho uma bela visão de sua bunda. Tenho que ir embora, preciso ir embora. Mas a forma como ele falou comigo... Argh! __ Tudo bem! - Arthur sorri parecendo ficar animado. Descemos e voltamos para a cozinha. Arthur me serve um pouco do que fez. Aquilo estava muito bom, muito bom mesmo. __ Está muito bom. O
Arthur Bianchi Olho para minha comida enquanto brinco com ela. Meus pensamentos estão longe nesse momento. __ Arthur! - Verônica bate uma mão na outra na frente dos meus olhos. __ Sim? __ Está ouvindo o que estou dizendo? __ Não! - ela revira os olhos. Só consigo pensar na noite de ontem. Eu beijei o Nicholas no calor da emoção, e quando fui ver, já estava gostando, e muito.Eu parei antes que as coisas fossem a um patamar maior. Me afastei e não o beijei mais. Mas não nego que estou me arrependendo disso a cada segundo do meu dia. E se ele não voltar mais por causa disso? Eu sou tão covarde! __ Eu sou covarde! __ Covarde? Você acabou de fazer uma incisão em um defunto, eu não chamo isso de covardia. Faço uma careta ao lembrar o que eu fiz. Mas se eu quero me tornar um cirurgião, preciso fazer coisas assim. Conto a ela o que aconteceu ontem. Não muito detalhadamente, minha amiga não precisa saber de certas coisas. __ Quer que eu seja sincera? - assinto - ele só quer o seu
Nicholas Smith Arthur é um manipulador do caralho. Eu não achei que ele pudesse fazer aquilo. Mas como dizem, as aparências enganam. Ele me enganou direitinho, com o rosto de pessoa conservadora. A verdade é que ele usou meu prazer, contra mim mesmo. A única coisa que eu deveria fazer, é transar com ele e depois desaparecer. Nunca tive um namorado, ou uma foda fixa, e nem quero. Não tenho controle sobre meu corpo. Toda vez que ele me pede para fazer alguma coisa, eu faço sem questionar. Jogo minha cabeça no volante do carro e respiro fundo. O que eu faço agora? Estou pensando seriamente em me afastar dele, mas... Ainda o quero como nunca quis alguém antes. Abro um pouco a janela do carro e acendo um cigarro. Sopro a fumaça depois de dar uma tragada. Olho para Dylan que está no banco de trás, ele está acordando. __ Como foi a soneca? - sorrio de lado. __ Nicholas, seu filho da puta! Você me drogou? __ Eu disse para não me seguir. Ninguém pode descobrir sobre o Arthur. Não q
Arthur Bianchi __ Sim mãe, eu estou bem - continuo dirigindo enquanto falo com ela. Acabei de sair do orfanato onde faço serviço comunitário. Eu gosto de fazer isso, me agrada de alguma forma. Meus pais sempre arrecadam dinheiro para doar, mas nunca se preocupam se estão realmente usando como deveria. Então não me incomodo em fazer isso. Sempre visito os locais onde o dinheiro é doado.__ Está se alimentando bem? __ Sim! - reviro os olhos. __ Não revire os olhos para mim - fico surpreso por ela saber - vamos voltar antes do previsto. O idiota do seu pai esqueceu do evento que ele é patrocinador, então temos que ir. __ Mãe, eu... Preciso te contar uma coisa - aperto o volante com força. Achei que seria bom falar com meus pais sobre minha sexualidade. Eu sei que eles são bons, e espero que me aceitem. __ Pode falar querido. __ Quero que seja quando você voltar. __ É grave? Você engravidou alguém? - arregalo os olhos. __ O que? Não! - respondo rapidamente - eu... Ai meu Deus!
Nicholas Smith Sinto beijos por todo meu pescoço. Seguro em seus ombros e mordo meus lábios para descontar o meu prazer. As roupas já jogadas pelo chão, a água quente caindo pelo nosso corpo, o vapor deixando o vidro embaraçado. Tudo isso dando um ótimo aspecto erótico. Arthur disse que eu poderia fazer o que quisesse com ele, mas no momento em que me tocou... Ele pode fazer o que quiser comigo. Os beijos vem descendo até meu peito. Ele coloca um dos meus mamilos na boca e o chupa. Todo meu auto-controle se vai nesse momento. Eu nem me lembro mais que tenho que ir embora. O estímulo no meus pau e no meu mamilo está me levando a loucura. Jogo minha cabeça contra a parede e solto um gemido sofrego. Inverto nossas posições e dessa vez deixo ele contra a parede. __ Você parecia uma pessoa tão reservada - passo minha língua por seu pescoço - mas quando está comigo... Me afasto e mostro as marcas vermelhas que ele fez em mim. __ Não pode me culpar. Você me deixa assim - ele me pux
Arthur Bianchi Duas Semanas Depois Depois do que aconteceu comigo e ele, Nicholas não apareceu por exatas duas semanas. Eu não deveria ficar surpreso, mas eu fiquei. Ele não foi embora sem falar nada, conversamos pela manhã e eu fiz uma coisa um pouco errada. Enquanto ele estava no banho eu peguei sua carteira e olhei a identidade dele. Eu queria apenas descobrir mais sobre ele, e não consegui muito. Agora só sei que o nome dele é Nicholas Abraham Smith, tem 18 anos e vai fazer aniversário daqui a 3 dias. Quando ele saiu do banho se despediu e disse que voltaria, mas não voltou.__ Arthur! - Luan estala os dedos em frente aos meus olhos - cara, você está bem? __ Apenas um pouco distraido - dou de ombros. Verônica volta a sentar a nossa mesa e Luan fica quieto. Ele não aparece confortável comigo quando ela está por perto. Nicholas tinha uma tatuagem um pouco estranha no antebraço, imaginei que poderia ser da gangue que ele faz parte. Então pesquisei todas as gangues e as tatu
⚠️ Esse capítulo contêm cenas fortes. *****Nicholas Smith Uma semana antes Observo o homem sentado na minha frente. As mãos amarradas para trás e o rosto machucado, e mesmo assim ele continua em silêncio. Eu já imagino o que seja isso, se chama medo. Ele tem medo do que o líder de sua gangue pode fazer se ele abrir a boca. __ Já chega! - falo para Dylan que me olha confuso. Ele se afasta e faz o que eu mandei. Passo minha língua pelos lábios e me viro de costas para ele. Estou a uma semana trancado aqui. Meu pai não quer que eu saia. Ele acha que se eu fizer isso o king vai me matar. A guerra já começou. Um mata daqui, outro mata de lá. E o alvo é somente um, eu! Ficar aqui sem fazer nada me cansa. Eu quero sair, quero ver o Arthur, e não posso porquê estou preso nessa maldita casa! __ Quer ouvir uma história interessante? - não olho para trás, apenas vejo o que tem na mesa de tortura - era uma vez um casal muito apaixonado, eles se amavam muito, muito mesmo. Uma vez eles i
Arthur Bianchi Limpo o corte da minha testa. Coloco um curativo e olho para meu rosto refletido no espelho. Tem um corte na minha bochecha, no supercílio, no lábio e um olho roxo. Pelo menos não tive uma concussão. Minha mãe está a meia hora surtando sobre a briga. Desço as escadas e vou para a sala. Sei que teria que conversar com eles mais cedo ou mais tarde. __ Arthur! - ela grita assim que me vê - o que você fez foi muito errado! __ Errado nada, fez foi certo, e muito bom. __ Que muito bom, Joseph? __ Deixa o menino brigar, quebrar a cara, faz parte da vida. Ainda bateu naquele insuportável. __ Seu sobrinho. __ Meu sobrinho insuportável! __ Ele o jogou da escada. __ Deveria ter jogado de um prédio. Muleque chato pra caralho! - minha mãe aponta o dedo para ele, como se dizendo que iriam conversar depois. Anne se senta do meu lado e coloca a mão no meu ombro. Sinto um pouco de dor, mas prefiro não dizer nada. __ Isso nunca ocorreu antes filho. Quer me contar o que acon