Nicholas Smith Olho ao redor da casa para ter uma noção de onde Martin poderia estar. __ Eu vou deixar esse problema com você. Já fiz minha parte até aqui - André bate no meu ombro e vai embora. O filho da puta não tinha feito porra nenhuma. Apenas me deu uma arma com 9 balas. Mas para mim aquilo era o suficiente. Eu só tinha que pegar o Martin e sair. __ Onde acha que ele pode estar? - Tyler fica ao meu lado. __ Talvez em um dos quartos, ou no porão. Também pode estar na parte de trás da casa e... Fico paralisado ao sentir a ponta da arma na minha cabeça. __ Nicholas! - respiro aliviado ao ouvir a voz do meu pai. __ Pai! - me viro para ele - eu pensei que não fosse voltar. __ E deixar aquele idiota pegar o que é meu? É claro que não! Paul estava ao lado de seus fiéis seguranças. Eles estavam armados e meu pai parecia muito mais preparado do que eu. __ Escute bem o que você tem que fazer... __ Não, Martin está lá dentro - falo desesperado. Paul fica quieto por um momento
Nicholas Smith Uma Semana Depois A casa finalmente estava limpa. Tinha apenas alguns lugares que teríamos que concertar. Mas já dava para entrar. Os corpos foram todos queimados, menos o do meu pai. Eu enterrei o corpo dele junto com o da Samantha. Eu estava cansado e bastante suado. Agora que estamos no verão o sol queima o meu corpo. Sento na calçada em frente a casa e suspiro. Retiro a camisa e uso ela para limpar o suor do meu rosto. __ Você jogou todo o resto fora? __ Sim! - Dylan se joga ao meu lado - eu não irei a contar a ninguém o que vi. Ele tinha me seguindo e viu o momento em que atirei no Paul. Apenas Dylan sabe a verdade, para os outros o meu pai morreu pelas mãos do Phillipe. As outras testemunhas não estão vivas para contar história. Um Jeep para a nossa frente e um homem desce do carro. Ele estava vestido com a farda da polícia. Dylan me contou o que aconteceu com ele. __ Vocês fizeram uma bela bagunça. __ Vai me repreender titio? - ele faz um som de desd
Nicholas Smith Algumas Semanas Depois Lento da cama lentamente, sentindo todo meu corpo dolorido pela noite de ontem. Olho ao redor e reparo no grande apartamento. Mesmo que eu não quisesse vir morar com ele, Arthur insistiu muito até eu aceitar. Não foi que eu não quis morar com ele, eu só tive receio. Prometi a mim mesmo que não iria mais ter pesadelos ao lado dele. Sempre que isso acontece, alguém acaba machucado. Mas Arthur consegue me acalmar. E isso é uma coisa boa. Dylan ficou no comando da gangue, mas isso não significa que eu deixei toda a responsabilidade para ele, eu continuo trabalhando naquilo. Só que as coisas são um pouco diferentes agora. __ Nick, precisamos sair. Você tem que acordar. __ Por que o vôo sai tão cedo? Seu pai não emprestou o avião dele? - afundo meu rosto no travesseiro. __ Precisamos ir cedo. Levanta logo! Arthur era uma pessoa matinal, eu não sou. Ele acorda cedo, treina, faz o café da manhã e eu permaneço dormindo. __ Sua mãe vai ficar co
Nicholas Smith Já se passou 3 dias de viagem, e eu estou tentando ser o melhor namorado para o Arthur. Mas como sempre, eu tenho que fazer alguma coisa de errado. Para ser sincero, dessa vez a culpa não foi exatamente minha, então não posso ser culpado. __ Arthur, eu já disse que me arrependo. Meu namorado cruza os braços e me olha em questionamento.__ Você jogou a menina na piscina. __ E daí? __ Ela não sabia nadar, Nicholas. E tenho quase certeza que você sabia disso. Ele tem razão, eu realmente sabia que ela não sabe nadar, a ouvi conversando com a mãe. __ A culpa não é minha, achei que todas as piranhas sabiam nadar. __ Você é inacreditável. Estava calor e tudo que eu queria, era um banho. Então começo a retirar minhas roupas. __ Não vai me distrair com seu corpo - Arthur fala, já distraído com meu corpo. __ Isso aqui não é para você, não hoje. Não depois de você ter tentando beijar aquela piranha, que deu em cima de você mesmo depois de ter visto o anel no seu dedo.
Nicholas Smith__ Vai se foder Nicholas - Samantha grita enquanto corre - eu te odeio! Dou uma risada e continuo correndo. Minha irmã está sendo dramática, como sempre. Apoio meu pé no muro e pulo para o outro lado. O som do disparo é feito, e eu sinto uma ardência no meu ombro. Filhos da puta! Essa é minha camisa preferida, agora vai manchar de sangue. __ Porra! - toco no meu ombro. __ É isso que da se envolver com os golden blood - ela tenta tocar minha mão, mas me afasto rapidamente. __ Não me toca! - volto a correr em direção ao carro. Para falar a verdade, eu odeio minha irmã. Odeio todos os meus irmãos. Eles nem são meus irmãos, são tudo adotados. Entro no carro, o Lucas já estava nos esperando. Ele espera pela Samantha e assim que ela entra pisa fundo no acelerador. __ Se machucou? - reviro os olhos. __ Não, o sangue é falso __ Você é tão arrogante - ele rosna de raiva. __ Quieto cachorrinho! - Lucas segura o volante com força. É engraçado ver ele se segurando. O f
Arthur Bianchi Coço meus olhos quando sinto sono, mas tenho que estudar para essa prova, ou vou me sair mal. Quanto mais eu estudo, parece que ainda falta muita coisa. Falta três dias para a prova, mas como ela é importante, eu comecei a estudar semana passada. Decido parar um pouco por hoje, já não consigo ler mais nenhum livro. Guardo minhas coisas na mochila e organizo meu quarto. Se tem uma coisa que eu não gosto é de bagunça. Não suporto ver meu quarto sujo, ele tem que estar sempre limpo e organizado. __ Está dormindo? - minha mãe bate na porta. __ Não mãe, você pode entrar - ela abre a porta e entra no meu quarto. Minha mãe fica me olhando por um tempo. Anne é uma mulher um pouco super protetora. Quando me mudei para um apartamento mais perto da faculdade, ela insistiu até que eu voltasse. __ O que estava fazendo? __ Estudando - ela chega perto de mim e coloca a mão no meu rosto. __ Meu menino preciso - dou um sorriso - sempre tão responsável. __ Eu já tenho 20 ano
Nicholas Smith Mantenho minha mão no pescoço dele, em um aperto firme. O menino não parece se intimidar, o que me da mais raiva. Se eu não voltar com essa mochila, terei muitos problemas com o meu pai. __ Não sei do que está falando. __ Não se faça de sonso. Sabe muito bem do que estou falando. Onde você colocou? __ Está na minha casa. Agora pode tirar a mão do meu pescoço? - eu o solto de uma vez. Olho para ele por um tempo. Seus olhos verdes parecem brilhar com alguma coisa desconhecida por mim. Ele coloca as mãos dentro da jaqueta. O idiota sai andando e eu o sigo, já que não tem muito o que eu posso fazer. __ Vou levar você até lá, mas não faça nada estúpido. __ Só vai logo! Ele anda até uma Ranger Rover preta, que está estacionada longe da fraternidade. Eu assobio olhando para o belo carro. A última vez que vi um desses, estava sendo desmontado para vender as peças. Mantenho meus olhos nele o tempo inteiro. Me pergunto o que se passa na cabeça desse ser humano. O imb
Arthur Bianchi Movimento o garfo na comida, ainda com meus pensamentos longe. Não consigo focar em mais nada desde ontem. Ele realmente beijou minha bochecha depois de me ameaçar? Fiquei confuso entre ficar com medo ou corar. Nunca achei que pudesse ter esse tipo de reação, ainda mais por um menino. Pensei que nunca mais o veria novamente, mas acho que ele irá voltar, porque esqueceu mais uma coisa no meu quarto. __ Ah, não! - Verônica grita me assustando - isso é muito injusto. Olha aqui - ela mostra o caderno que o tatuado deixou no meu quarto - traficante melhor do que eu em matemática. Balanço a cabeça em negação. Ela é tão dramática. __ Acha que ele vai voltar? __ Você quer que ele volte? - me engasgo com o suco. __ O que? É claro que não! Isso foi uma pergunta simples... Quer dizer... Ele apareceu uma vez não é? E se fizer isso novamente? Meus pais podem ver, fazer perguntas e... - fico em silêncio. __ Você quer que ele volte para buscar o caderno? - ela revira os olho