Arthur Bianchi
Movimento o garfo na comida, ainda com meus pensamentos longe. Não consigo focar em mais nada desde ontem.Ele realmente beijou minha bochecha depois de me ameaçar? Fiquei confuso entre ficar com medo ou corar.Nunca achei que pudesse ter esse tipo de reação, ainda mais por um menino.Pensei que nunca mais o veria novamente, mas acho que ele irá voltar, porque esqueceu mais uma coisa no meu quarto.__ Ah, não! - Verônica grita me assustando - isso é muito injusto. Olha aqui - ela mostra o caderno que o tatuado deixou no meu quarto - traficante melhor do que eu em matemática.Balanço a cabeça em negação. Ela é tão dramática.__ Acha que ele vai voltar?__ Você quer que ele volte? - me engasgo com o suco.__ O que? É claro que não! Isso foi uma pergunta simples... Quer dizer... Ele apareceu uma vez não é? E se fizer isso novamente? Meus pais podem ver, fazer perguntas e... - fico em silêncio.__ Você quer que ele volte para buscar o caderno? - ela revira os olhos - depois eu que sou a dramática.Desvio o meu olhar sentindo meu rosto esquentar. Acabei de passar o maior vexame. O que está acontecendo comigo?Normalmente eu tenho o controle da minha vida. Sempre planejo tudo antes de fazer, mas hoje eu mal consigo pensar direito.Solto um suspiro e olho para minha comida. Frango, arroz e salada. Um suco natural de laranja para acompanhar.Olho para Verônica. Ela está comendo strogonoff de carne com um copo de coca-cola, nada saudável.__ O que você vai dizer para os seus pacientes se eles te pegarem comendo?__ Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!Alguém coloca a bandeja com força na mesa em que estamos.__ Estou irritada! - Gisele senta na nossa frente.Estamos no pátio da faculdade, no nosso horário de almoço. Eu não costumo falar muito com ela, mas Gisele e Verônica são muito amigas.__ Qual o problema?__ O Steve não me ligou desde a noite passada - ela j**a o cabelo pintado de vermelho para trás.Mais uma pessoa se senta ao nosso lado e eu me assusto com quem é.__ Meus Deus... - meu garfo cai no prato.__ Você está com uma coisa que é minha. Eu ia passar na sua casa mais tarde, mas... Vou precisar do caderno.Puxo o pequeno caderno das mãos da minha amiga. Entrego rapidamente para ele que abre e da uma olhada.Verônica me olha um pouco assustada, mas eu apenas dou de ombros. Também não sei o que está acontecendo.__ Como... Como você sabe onde eu estudo?__ Devo confessar que não foi fácil descobrir, mas eu tenho meus meios.Isso está me deixando assustado. Meios? De que meios ele está falando? O que mais ele sabe da minha vida?__ Quem é você mesmo? - Gisele olha para ele de cima a baixo e faz uma expressão de nojo.Não gosto disso que ela faz. É por isso que não convivo muito com ela, Gisele age como se os ricos fossem melhor do que todos, eu não penso assim.Me irrita a forma que ela olha para ele. Estou prestes a falar alguma coisa, mas ele é mais rápido.__ Por que eu tenho que me apresentar? Eu não vim aqui para falar com você. Nem te conheço garota, se manca!Coloco meu polegar nos lábios, tentando esconder um sorriso. A cara dela está impagável.__ Ei! Você não pode falar assim comigo. Isso foi extremamente rude.__ Vai fazer o que? Me cancelar no Twitter? - ele revira os olhos - obrigado por guardar par mim Arthurzinho.__ Não me chame assim - falo ao ver Verônica rindo.__ Você não gostou do meu apelido carinhoso? - ele pisca os olhos e faz um bico - posso te chamar de amor da minha vida, então?Verônica se engasga e Gisele da t***s nas costas dela.Eu não sei o que falar, pensar, ou como agir. Ele fez a minha cabeça da um nó.__ Você... Você é muito... - fecho meus olhos e respiro fundo - já tem o que quer, pode ir agora.O tatuado coloca a mão no peito, como se estivesse completamente ofendido.__ Sei muito bem quando não sou bem-vindo em um lugar - ele se levanta e guarda o caderno no bolso do moletom.__ Eu não...__ Shhh - ele coloca o dedo nos meus lábios - nos vemos amanhã, meu bem - então um selar é depositado na minha bochecha.Quando ele sai, a mesa fica em silêncio por um tempo. Eu não sei o que dizer, Verônica também não.Meu coração está mais acelerado do que o normal. Eu devo estar com problemas cardíacos, acho melhor fazer uma bateria de exames.__ Quem é ele? Seu namorado? - Gisele me olha de relance.__ Sim... Quer dizer, não! É claro que não! Da onde você tirou isso?__ Está olhando para o local por onde ele saiu com uma cara de idiota - Verônica é quem me responde.__ Só vamos esquecer isso, ok?__ Tudo bem - minha amiga da de ombros - mas quer saber? Ele não me parece nada perigoso.Ela tem razão, ele não é nada perigoso, parece um coelhinho de tão fofo.Coelhinho? Eu comparei ele com um Coelho? Estou ficando louco! Ele é um traficante e estou comparando ele a um pequeno e fofo Coelho. acho que preciso de terapia.Mais tarde naquele dia, eu volto para casa e deito na minha cama. Meus pensamentos vão até o menino que nem o nome eu sabia. Eu queria ver ele novamente, meu corpo ansiava por isso.Será que ele vai voltar?Nicolas Smith __ Nem vem - coloco meu pé antes que ele feche a porta na minha cara. __ Preciso falar com você, Pete - ele revira os olhos. Dou um sorriso quando ele me permite entrar. Peter, ou Pete, como eu gosto de chamar, é um amigo do qual vivo tirando vantagem. Ele é baixo, com seus 1,60, bochechas rosadas, cabelos meio loiro, meio moreno, não dá para saber ao certo. Uma gracinha! __ Olha isso - ele levanta o pé mostrando a tornozeleira - por sua culpa é que estou assim. __ Minha culpa? Não foi eu que mandei você roubar dados do governo. Peter é um hacker muito bom, mas se envolveu com o governo e agora não pode nem pegar em um computador. __ Mas foi você que me entregou para eles. Os caras nunca iriam ficar sabendo. __ Você sabe o motivo de eu ter feito isso - Pete aperta a mão em um punho. Entreguei ele para a polícia por conta de uma vingança. Não posso negar que sou muito vingativo. Ele quem contou para meu irmão que eu sou gay, o que me levou a dizer para a políci
Arthur Bianchi __ Não tenho tanta certeza - meu pai revira os olhos sem que minha mãe veja. Ele preparou uma viagem de 2 meses, para o aniversário de casamento deles. Só que minha mãe não quer ir. O motivo? Ela acha que eu vou morrer se ficar sozinho. __ Eu não vou morrer - puxo a mala dela até a porta - vou ficar bem - dou um sorriso. __ Eu... __ Querida - meu pai a puxa pelo braço - Arthur já tem 20 anos, sabe se cuidar melhor do que eu e você juntos. __ Não me puxe, Joseph! - ela olha para ele de forma dura, fazendo meu pai recuar. Minha mãe pode ser muito assustadora quando quer. __ Vou ficar bem. Se alguma coisa acontecer, eu ligo para você - Anne passa a mão no meu rosto e da um sorriso. __ Tudo bem! - ela coloca os óculos de sol - Caribe, ai vou eu! Assim que meu pai consegue colocar ela dentro do carro, eu fecho a porta. Solto um suspiro e sento no sofá. Minha mãe tem uma desconfiança sem limites. Ela cisma que eu vou ficar doente, como quando eu era pequeno. Vivo
Nicholas Smith Mantenho seus lábios nos meus e aprofundo o beijo. O gosto do vinho que vem de seus lábios deixa tudo ainda melhor. As mãos dele toca a minha pele por debaixo do moletom. Os dedos estão um pouco gelados me fazendo arrepiar. Arthur se afasta um pouco e olha nos meus olhos. Mordo meu lábio e sorrio de lado. Não vou negar que quero muito mais do que um beijo com ele. Nesse momento eu nem lembro o que tenho que fazer, se tenho que voltar para casa ou não. Tento o beijar novamente, mas ele se afasta. Franzo o cenho e me sinto incomodado. Esse não é o momento em que ele se entrega a mim? __ Eu fiz um jantar para você. Não vai fazer desfeita, vai? - ele se vira e eu tenho uma bela visão de sua bunda. Tenho que ir embora, preciso ir embora. Mas a forma como ele falou comigo... Argh! __ Tudo bem! - Arthur sorri parecendo ficar animado. Descemos e voltamos para a cozinha. Arthur me serve um pouco do que fez. Aquilo estava muito bom, muito bom mesmo. __ Está muito bom. O
Arthur Bianchi Olho para minha comida enquanto brinco com ela. Meus pensamentos estão longe nesse momento. __ Arthur! - Verônica bate uma mão na outra na frente dos meus olhos. __ Sim? __ Está ouvindo o que estou dizendo? __ Não! - ela revira os olhos. Só consigo pensar na noite de ontem. Eu beijei o Nicholas no calor da emoção, e quando fui ver, já estava gostando, e muito.Eu parei antes que as coisas fossem a um patamar maior. Me afastei e não o beijei mais. Mas não nego que estou me arrependendo disso a cada segundo do meu dia. E se ele não voltar mais por causa disso? Eu sou tão covarde! __ Eu sou covarde! __ Covarde? Você acabou de fazer uma incisão em um defunto, eu não chamo isso de covardia. Faço uma careta ao lembrar o que eu fiz. Mas se eu quero me tornar um cirurgião, preciso fazer coisas assim. Conto a ela o que aconteceu ontem. Não muito detalhadamente, minha amiga não precisa saber de certas coisas. __ Quer que eu seja sincera? - assinto - ele só quer o seu
Nicholas Smith Arthur é um manipulador do caralho. Eu não achei que ele pudesse fazer aquilo. Mas como dizem, as aparências enganam. Ele me enganou direitinho, com o rosto de pessoa conservadora. A verdade é que ele usou meu prazer, contra mim mesmo. A única coisa que eu deveria fazer, é transar com ele e depois desaparecer. Nunca tive um namorado, ou uma foda fixa, e nem quero. Não tenho controle sobre meu corpo. Toda vez que ele me pede para fazer alguma coisa, eu faço sem questionar. Jogo minha cabeça no volante do carro e respiro fundo. O que eu faço agora? Estou pensando seriamente em me afastar dele, mas... Ainda o quero como nunca quis alguém antes. Abro um pouco a janela do carro e acendo um cigarro. Sopro a fumaça depois de dar uma tragada. Olho para Dylan que está no banco de trás, ele está acordando. __ Como foi a soneca? - sorrio de lado. __ Nicholas, seu filho da puta! Você me drogou? __ Eu disse para não me seguir. Ninguém pode descobrir sobre o Arthur. Não q
Arthur Bianchi __ Sim mãe, eu estou bem - continuo dirigindo enquanto falo com ela. Acabei de sair do orfanato onde faço serviço comunitário. Eu gosto de fazer isso, me agrada de alguma forma. Meus pais sempre arrecadam dinheiro para doar, mas nunca se preocupam se estão realmente usando como deveria. Então não me incomodo em fazer isso. Sempre visito os locais onde o dinheiro é doado.__ Está se alimentando bem? __ Sim! - reviro os olhos. __ Não revire os olhos para mim - fico surpreso por ela saber - vamos voltar antes do previsto. O idiota do seu pai esqueceu do evento que ele é patrocinador, então temos que ir. __ Mãe, eu... Preciso te contar uma coisa - aperto o volante com força. Achei que seria bom falar com meus pais sobre minha sexualidade. Eu sei que eles são bons, e espero que me aceitem. __ Pode falar querido. __ Quero que seja quando você voltar. __ É grave? Você engravidou alguém? - arregalo os olhos. __ O que? Não! - respondo rapidamente - eu... Ai meu Deus!
Nicholas Smith Sinto beijos por todo meu pescoço. Seguro em seus ombros e mordo meus lábios para descontar o meu prazer. As roupas já jogadas pelo chão, a água quente caindo pelo nosso corpo, o vapor deixando o vidro embaraçado. Tudo isso dando um ótimo aspecto erótico. Arthur disse que eu poderia fazer o que quisesse com ele, mas no momento em que me tocou... Ele pode fazer o que quiser comigo. Os beijos vem descendo até meu peito. Ele coloca um dos meus mamilos na boca e o chupa. Todo meu auto-controle se vai nesse momento. Eu nem me lembro mais que tenho que ir embora. O estímulo no meus pau e no meu mamilo está me levando a loucura. Jogo minha cabeça contra a parede e solto um gemido sofrego. Inverto nossas posições e dessa vez deixo ele contra a parede. __ Você parecia uma pessoa tão reservada - passo minha língua por seu pescoço - mas quando está comigo... Me afasto e mostro as marcas vermelhas que ele fez em mim. __ Não pode me culpar. Você me deixa assim - ele me pux
Arthur Bianchi Duas Semanas Depois Depois do que aconteceu comigo e ele, Nicholas não apareceu por exatas duas semanas. Eu não deveria ficar surpreso, mas eu fiquei. Ele não foi embora sem falar nada, conversamos pela manhã e eu fiz uma coisa um pouco errada. Enquanto ele estava no banho eu peguei sua carteira e olhei a identidade dele. Eu queria apenas descobrir mais sobre ele, e não consegui muito. Agora só sei que o nome dele é Nicholas Abraham Smith, tem 18 anos e vai fazer aniversário daqui a 3 dias. Quando ele saiu do banho se despediu e disse que voltaria, mas não voltou.__ Arthur! - Luan estala os dedos em frente aos meus olhos - cara, você está bem? __ Apenas um pouco distraido - dou de ombros. Verônica volta a sentar a nossa mesa e Luan fica quieto. Ele não aparece confortável comigo quando ela está por perto. Nicholas tinha uma tatuagem um pouco estranha no antebraço, imaginei que poderia ser da gangue que ele faz parte. Então pesquisei todas as gangues e as tatu