Capítulo Quatorze

Arthur Bianchi

Limpo o corte da minha testa. Coloco um curativo e olho para meu rosto refletido no espelho.

Tem um corte na minha bochecha, no supercílio, no lábio e um olho roxo. Pelo menos não tive uma concussão.

Minha mãe está a meia hora surtando sobre a briga.

Desço as escadas e vou para a sala. Sei que teria que conversar com eles mais cedo ou mais tarde.

__ Arthur! - ela grita assim que me vê - o que você fez foi muito errado!

__ Errado nada, fez foi certo, e muito bom.

__ Que muito bom, Joseph?

__ Deixa o menino brigar, quebrar a cara, faz parte da vida. Ainda bateu naquele insuportável.

__ Seu sobrinho.

__ Meu sobrinho insuportável!

__ Ele o jogou da escada.

__ Deveria ter jogado de um prédio. Muleque chato pra caralho! - minha mãe aponta o dedo para ele, como se dizendo que iriam conversar depois.

Anne se senta do meu lado e coloca a mão no meu ombro. Sinto um pouco de dor, mas prefiro não dizer nada.

__ Isso nunca ocorreu antes filho. Quer me contar o que acon
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