Esse é o penúltimo Capítulo da obra. Estou interrompendo ela abruptamente por motivos de saúde. Queria poder explicar melhor as várias pontas soltas da história mas não estou conseguindo devida a vida rotineira entre trabalho e cuidar da saúde. Peço desculpas e espero que aproveitem os três últimos capítulos da obra. Estarei tirando um longo tempo de pausa . Nem mesmo sei se conseguirei voltar a ter um tempinho para escrever. Muito obrigada pelo apoio sincero de vocês. Vejo todos na próxima. Bjs com muito carinho a todos.
■° Epígrafe °■'Dedicado a pessoa que para mim foi a mais doce e especial do mundo. Que mesmo sem saber ler e escrever. Foi e me apoiou em meu sonho infantil de querer escrever e ter uma estante cheia de livros meus, para que eu pudesse ler em seus dias turbulentos. Espero que onde esteja seja melhor do que onde estava. Com todo amor e carinho de sua amada neta e filha.' – Para Carlinda.“Meus pés parecem sempre pisar em vidro quebrado.Mas nunca parecem feridos o suficiente para me impedir de continuar seguindo em frente.Porque sei que tenho seu apoio, seu carinho e seu abraço caloroso.Por isso mesmo que você já não esteja aqui no futuro.Eu ainda continuarei a jogar minhas palavras a quem estiver interessado.E talvez um dia eu possa me encontrar novamente contigo onde quer que esteja agora.Porque sempre irei lhe guardar em meu coração.”■° Ass.: L. G. Coelho °■
■° Último capítulo do livro 1 °■Abro os olhos e passo a mão sobre a barriga já grandinha, seis meses de gestação quase sete e nem ao menos pude montar o quartinho do bebê por falta de dinheiro e tempo, tantas consultas médicas por causa da perca de memória e mesmo assim não chegamos a lugar algum.–Você precisa comer, aqui pega. -olho para o homem magro e de face pouco marcante, não consigo acreditar que ele é meu marido e pai do meu filho mas não há como negar que isso se deve a minha falta de memória.–Obrigada. -pego o prato que ele me oferece cheio de comida, não irei comer nem metade disso mas ele parece gostar de colocar comida para mim então apenas deixo ele fazer o que quer. Desde que cheguei em casa me sinto estranha, há fotos e mais fotos pela casa, vestido de casamento e até mesmo fotos da minha família pela casa mas isso não me trás nem um pouco de familiaridade, tenho apenas menos coisas em que me sinto confortável e familiar.–Como foi
■° Sete meses antes – Hospital °■Encaro o teto branco e sinto minha cabeça doer muito, minha mente está vazia e não consigo saber onde estou. Me sento na cama sentindo meu braço doer um pouco, olho vendo um corte profundo que levou pontos quando piso no chão dói o lado direito do corpo e levo a mão encontrando um curativo enorme.–Oi. -escuto e puxo os pés de volta para cima da cama e me encolho ao olhar do homem que apareceu do nada na entrada do quarto. Ele tem uma aura ameaçadora em seu olhar, engulo em seco sentindo minha garganta seca.–Quem é você? -pergunto porque não consigo me lembrar do seu rosto, levo a mão a cabeça e sinto uma dor aguda, não consigo me lembrar de nada na verdade, minha mente parece um completo livro em branco. Meu nome, idade e nem que lugar é esse. Não há nada além de branco. –Onde estou?–Querida esse é o hospital, esta se sentindo bem? Sei que essa não foi a lua de mel que pensou mas estou realmente tentando o meu melhor, me
■° Dois meses depois de sair do Hospital desmemoriada – São Paulo °■Encaro as lâmpadas do teto do consultório enquanto aguardo o veredito médico, desde que voltamos estamos hospedados na casa dos meus pais porque eles ficaram preocupados de voltarmos pra casa comigo desmemoriada. Escuto a porta se abrir e os passo atrás de mim, viro o olhar encontrando a médica que está cuidando de mim desde que cheguei ao Brasil.–Temos boas notícias. -diz sorrindo me observando, sinto uma ansiedade imensa, esfrego a palma das mãos na calça jeans esperando por suas palavras.–Então? -pergunto porque ela faz um certo suspense.–O inchaço no cérebro diminuiu, mas essa não é a melhor notícia. -sorrio porque estava vivendo como uma doente até agora.–Se essa não é a melhor notícia. Então qual é? -pergunto sorrindo.–Seus níveis hormonais estavam elevados, fiz um beta-HCG por precaução e descobri que você está grávida. -fala e meu sorriso some, um bebê. Eu nem
■° Dois meses depois de descobrir a gestação – São Paulo °■■° 3 meses e meio de gestação °■–Tudo pronto? -pergunta ao me ver puxar a mala escada abaixo. Passo a mão na barriga um pouco grandinha e confirmo sorrindo, a exatos dois meses eu descobri a gravidez o que foi uma grande surpresa para toda a família. E veio os exames para saber se estava tudo bem com minha saúde e a do bebê, estou com quase quatro meses o que prova que ele foi feito durante nossa lua de mel.–Filha deixa que eu levo isso. -escuto a voz e me sinto arrepiar a nuca, meus pais estão aqui desde que descobri a gravidez, assim que Juan ligou contando a notícia todos vieram para comemorar a ótima notícia. Eles me mimaram de toda maneira mesmo que algumas coisas tenham me deixado um pouco inquieta e agora estamos indo para a fazenda da família por que na ultima consulta a doutora disse que eu estou muito tensa.Quando veio a ideia relutei um pouco já que pode acontecer algum acidente por l
■° Dois meses depois – São Paulo °■■° 5 meses de gestação °■Respiro fundo encostando minhas costas na parede fria do quarto de hospital, acabei de descobrir o sexo do bebê e estou muito feliz. Pena que Juan está em uma viajem de negócios e só chega pela tarde de hoje, ele vai ficar animado ao saber que é um menino. Seguro a vontade de chorar assim que passo a mão pela barriga já redondinha apesar de não estar tão grande quanto achei que estaria, deve ser porque ultimamente tenho meu estômago tem rejeitado algumas comidas.Pego minha bolsa que está na cadeira do consultório e coloco a foto do ultrassom, sorrio feliz quando saio da sala e vou em direção a saída. Sinto uma mão segurar meu braço e me viro encontrando um homem que nunca vi, ele esboça surpresa ao me ver. Nos encaramos e espero que ele diga algo enquanto nos encaramos nos olhos, mas parece que não sabe bem o que dizer.Observo-o de cima a baixo, tem pernas e braços longos, ele é bem esguio e pa
■° Um mês depois – São Paulo °■■° 6 meses de gestação °■Minha memória está cada vez mais bagunçada, flashs de memória vem de hora em outra e as vezes vem em forma de sonhos ou pesadelos, o que fazem das minhas noites agitadas. Engulo em seco e jogo os pés para fora da cama levando a mão ao meu cordão e respiro devagar tentando me acalmar após o pesadelo em volto em chamas que acabei de ter, meu corpo está pesado por conta da barriga já grande e sinto vontade de comer abóboras doces mas está de madrugada agora.–Rebecca? Tudo bem? -sua voz me faz arrepiar, seguro forte o lençol para não sair correndo agora mesmo para algum lugar distante onde ele não esteja presente.–Sim, só preciso ir ao banheiro. -minto e me levanto da cama devagar apoiando a mão nas costas porque assim é mais fácil. –Volte a dormir, eu volto logo.–Tudo bem, mas cuidado nas escadas. -fala e se vira voltando a dormir, calço meus sapatos de pantufa e vou em direção ao primeiro andar
■° 5 Anos Antes – Algum lugar da Itália °■Um homem de sobretudo entra em um café e disfarçadamente procura por alguém, ele logo percebe sua cliente pelo grande casaco de pele que ela citou em sua mensagem anterior. Ele sempre está fazendo serviços para essas senhoras ricas e de alta sociedade que mal sabem usar o dinheiro que tem. Ele faz serviços desde os mais bobos como espionagem, ou até mesmo os mais ousados como assassinatos.–Olá, eu sou Lucian. Ao seu dispor madame. ‐ele parece capaz sempre que usa esse nome e as senhoras acham um charme, mas apenas faz isso pelo dinheiro que ira receber. Seus olhos escondidos atrás dos óculos são como os de uma raposa atrás de sua presa, ele puxa a cadeira se sentando em sua frente esperando uma resposta que vem de maneira rude.–Não me importa o seu nome, apenas quero que se livre dessa mulher. -a foto é jogada sob a mesa e o mesmo avalia bem antes de sorrir em escárnio levantando o olhar para a mulher bem vestida em s