■° Família ou Inimigo °■
■° 3 anos antes °■ Espero pacientemente. Ela esta atrasada de novo, quem marca um encontro e demora mais que quinze minutos para aparecer. Com toda certeza ela, Marcella minha irmã caçula. Devia ter negado quando ela me fez essa proposta maluca me metendo em toda essa história sem pé nem cabeça. Agora nem mesmo posso afirmar que não tenho sangue me minhas mãos, já que fui eu quem ajudei ela a matar minha sobrinha e também fui eu que sequestrei sua neta. —Irmã mais velha. Quanto tempo não nos vemos? -escuto e respiro fundo antes de virar o rosto encontrando seu sorriso gélido. Sei que não deveria ter deixado ela me controlar mas nós éramos amigas, só tínhamos uma a outra quando estávamos naquela confusão que era nossa família. Afinal só temos dois anos de diferença entre nós, contávamos tudo uma a outra até mesmo de nossas paixões. —Faz dois anos irmã. -digo com raiva. —Dois anos em que você não deu■° O Plano °■Doze dias. Esse foi o tempo que levou para Rute, tia de Lorenzo levou para sair de Wyoming e viajar de avião até Londres junto com seu subordinado. E como pensei não é o mesmo cara, ele não é o mesmo que veio quando encontrei Julia pela primeira vez. Não sei quem ele é. Na verdade nenhum de nós sabe, nem mesmo Lorenzo que reconheceu a imagem da tia após um momento de lucides alguns dias atrás depois de conversar com Christopher.—Onde eles estão agora? -questiono enquanto bato uma massa de bolo, estamos em Londres em uma casa da família Harper que eles tem aqui para negócios internacionais. Seja lá o que isso signifique.—Ainda estão esperando no bar do hotel. -diz Douglas olhando para a tela do notebook enquanto digita rápido.—Quem eles estão esperando? -pergunto em voz alta e no mesmo instante Douglas se levanta xingando e vem para o meu lado.—Eles estão esperando a líder. Ela realmente caiu na armadilha. -me mostra a imagem e s
°■ Capítulo 39 ■° ■° Christopher Hutton °■ Há coisas na vida que não conseguimos prever, mudar ou esquecer. Uma dessas coisas é a morte de uma pessoa querida. Nunca vou me esquecer do dia em que chegou a notícia através de uma ligação rápida. Por isso sempre estou atento quando recebo uma ligação, porque não sei se vai ser mais uma avisando da morte de alguém que eu realmente gosto. —Papai, Julia está com fome. -disperso os meus pensamentos ao ouvir a voz da minha filha. Sorrio para ela e pego em sua mão, a mesma esfrega o olho com a outra. —Que tal comer uma torrada com leite? -falo e ela ainda esfregando os olhos afirma com a cabeça. Quando foi que minha bebê cresceu tanto? Eu perdi boa parte dessa fase por causa de escolhas erradas e cheias de emoções perdidas. Descemos as escadas devagar e posso sentir o cheiro bom de pão e café, faz mais ou menos dois meses que chegamos em Wyoming mas mesmo após esse tempo ainda não co
°■ Capítulo 40 ■°■° Três meses depois do Cap. 39 °■A música preenche o local, hoje Calleb faz sete meses e também é meu último dia como vice líder interina da Caco. Embalo o bebê enquanto observo a grande bagunça que está no jardim, a musica entra pela janela mas não é tão alta por consideração as crianças, a um mês fiz questão de voltar ao Brasil para o batismo de Calleb e também para trazer Juan e Rute aos domínios da família.Afinal os dois não prejudicarão apenas a mim como também a toda família Harper e Hutton, em meio a toda a bagunça da captura desses dois eu descobri que Natasha se chamava Luana e que Rute era mãe de sangue dela. Foi um espetáculo e tanto quando a mesma reconheceu a filha quando chegou, só de lembrar me faz querer colocar ela o mais longe possível dessa casa.—Se escondendo? -sorrio me virando em direção a voz.—Tomando um tempo para pensar. -digo caminhando até o berço e colocando o pequeno dormindo, não esperava que meu beb
°■ Capítulo 41 ■° ■° Voltando a Normalidade °■ —Chloe, oh meu Deus. Esse é Calleb? Como é lindo. -dou risada da animação de Anally, depois de resolver tudo no Brasil e me despedir da família voamos para Nova York para encontrar minha amiga e seu bebê. Chris também tinha muitas coisas pendentes para resolver, por isso resolvemos ficar um tempo por aqui mesmo que ainda com cautela porque não sabemos se ainda há alguém atrás da nossa família. —Sim. E esse? Como pode estar tão grande? -pergunto encarando o bebê engatinhando no chão da sala. —Você não sabe o quão rápido eles crescem. Agora já me troca pelos brinquedos. -diz ela desanimada e dou risada, Julia brinca com o bebê, respiro fundo sentindo o gostinho da vida normal que já está novamente em meu dia a dia. —E como vai as coisas com Ahren? -questiono e a mesma fica vermelha na mesma hora. —Para quem dormiu com um achando que era o outro parece que tudo vai bem. Foi atrás de fogo encontrou uma fogueira não é mesmo? —Você n
■° Epígrafe °■'Dedicado a pessoa que para mim foi a mais doce e especial do mundo. Que mesmo sem saber ler e escrever. Foi e me apoiou em meu sonho infantil de querer escrever e ter uma estante cheia de livros meus, para que eu pudesse ler em seus dias turbulentos. Espero que onde esteja seja melhor do que onde estava. Com todo amor e carinho de sua amada neta e filha.' – Para Carlinda.“Meus pés parecem sempre pisar em vidro quebrado.Mas nunca parecem feridos o suficiente para me impedir de continuar seguindo em frente.Porque sei que tenho seu apoio, seu carinho e seu abraço caloroso.Por isso mesmo que você já não esteja aqui no futuro.Eu ainda continuarei a jogar minhas palavras a quem estiver interessado.E talvez um dia eu possa me encontrar novamente contigo onde quer que esteja agora.Porque sempre irei lhe guardar em meu coração.”■° Ass.: L. G. Coelho °■
■° Último capítulo do livro 1 °■Abro os olhos e passo a mão sobre a barriga já grandinha, seis meses de gestação quase sete e nem ao menos pude montar o quartinho do bebê por falta de dinheiro e tempo, tantas consultas médicas por causa da perca de memória e mesmo assim não chegamos a lugar algum.–Você precisa comer, aqui pega. -olho para o homem magro e de face pouco marcante, não consigo acreditar que ele é meu marido e pai do meu filho mas não há como negar que isso se deve a minha falta de memória.–Obrigada. -pego o prato que ele me oferece cheio de comida, não irei comer nem metade disso mas ele parece gostar de colocar comida para mim então apenas deixo ele fazer o que quer. Desde que cheguei em casa me sinto estranha, há fotos e mais fotos pela casa, vestido de casamento e até mesmo fotos da minha família pela casa mas isso não me trás nem um pouco de familiaridade, tenho apenas menos coisas em que me sinto confortável e familiar.–Como foi
■° Sete meses antes – Hospital °■Encaro o teto branco e sinto minha cabeça doer muito, minha mente está vazia e não consigo saber onde estou. Me sento na cama sentindo meu braço doer um pouco, olho vendo um corte profundo que levou pontos quando piso no chão dói o lado direito do corpo e levo a mão encontrando um curativo enorme.–Oi. -escuto e puxo os pés de volta para cima da cama e me encolho ao olhar do homem que apareceu do nada na entrada do quarto. Ele tem uma aura ameaçadora em seu olhar, engulo em seco sentindo minha garganta seca.–Quem é você? -pergunto porque não consigo me lembrar do seu rosto, levo a mão a cabeça e sinto uma dor aguda, não consigo me lembrar de nada na verdade, minha mente parece um completo livro em branco. Meu nome, idade e nem que lugar é esse. Não há nada além de branco. –Onde estou?–Querida esse é o hospital, esta se sentindo bem? Sei que essa não foi a lua de mel que pensou mas estou realmente tentando o meu melhor, me
■° Dois meses depois de sair do Hospital desmemoriada – São Paulo °■Encaro as lâmpadas do teto do consultório enquanto aguardo o veredito médico, desde que voltamos estamos hospedados na casa dos meus pais porque eles ficaram preocupados de voltarmos pra casa comigo desmemoriada. Escuto a porta se abrir e os passo atrás de mim, viro o olhar encontrando a médica que está cuidando de mim desde que cheguei ao Brasil.–Temos boas notícias. -diz sorrindo me observando, sinto uma ansiedade imensa, esfrego a palma das mãos na calça jeans esperando por suas palavras.–Então? -pergunto porque ela faz um certo suspense.–O inchaço no cérebro diminuiu, mas essa não é a melhor notícia. -sorrio porque estava vivendo como uma doente até agora.–Se essa não é a melhor notícia. Então qual é? -pergunto sorrindo.–Seus níveis hormonais estavam elevados, fiz um beta-HCG por precaução e descobri que você está grávida. -fala e meu sorriso some, um bebê. Eu nem