°■ Capítulo 35 ■°
■° De volta ao lar °■ Já faz meia hora que estou aqui. Na verdade faz três dias, doze horas e trinta minutos que essa reunião foi marcada. Eles não sabem quem enviou a mensagem. Não sabem como consegui os contatos. Não sabem como sei de suas vidas privadas ou do seus passados. Mesmo assim todos parecem ter vindo conforme solicitado pelo novo vice-líder da Caco. —Parece que nem todos fazem parte da Caco. -viro o olhar encontrando Douglas sorrindo animado, ele também não conhece dona Maria e seu Pedro mas ouviu muitas histórias a respeito dos dois. —Sim. Apenas os com mais de dezoito anos estão por dentro dos lances da Caco. Em pensar que esse tempo todo eles estavam me protegendo sem que eu soubesse de nada. -falo e termino de dar mama para Calleb. —Eu achei que eles eram desertores. -diz ele e nega de leve mantendo um sorriso no rosto. —Vai descer agora? -Christopher pega Calleb dos meus braços■° Julia °■—Ansiosa? -escuto as batidinhas na porta e a voz do meu marido, levanto olhar encontrando seu sorriso doce enquanto nos encara. Desde o incidente com Lorenzo sempre o vejo com esse sorriso enquanto me observa, é como se ele estivesse tentando não se lembrar das coisas que o amigo dizia.—Sim. Já faz dois meses e finalmente vou poder ver minha filha. -digo fazendo carinho em Calleb que dorme tranquilo após mamar. —E se ela não aceitar o irmão?—Julia vai amar ter um irmão mais novo. -diz ele e engulo em seco. Na verdade meu maior medo é não conseguir proteger nenhum dos dois após esse plano que fizemos. —E também não precisa se preocupar com nossa proteção o tempo todo. Estamos prontos para receber aquela pessoa.—Espero que sim. -digo e ele caminha até mim me dando um beijo na testa e outro em Calleb, em seguida pega minha mão livre tentando me passar conforto. —Não suportaria perder nenhum de vocês.—Isso não vai ac
°■ Capítulo 37 ■°■° Reencontro °■Engulo em seco enquanto retiro a forma do forno. Tenho que parecer o mais natural possível e também amigável afinal não quero assustar meus guias. Respiro fundo e começo a cantarolar, as crianças não vão me ouvir mesmo que eu berre alto porque o quarto tem paredes a prova de som, além de que se algo muito estranho acontecer posso chamar ajuda.Faz quando tempo que não asso qualquer coisa? Uns bons meses, a última vez foi quando fugi e fui acolhida pela vovó. Sorrio com a lembrança. As batidas na porta me deixam com os cabelos da nuca em pé, meus convidados chegaram.—Já vou! -grito e pego um pano para secar as mãos. Caminho o mais rápido possível até a porta e fingindo secar as mãos abro a porta dando de cara com as figuras que me colocaram nessa bagunça.—Em que posso ajudá-los? -pergunto mantendo o sorriso. —Se escutaram as notícias sobre os pães, acabei de retirá-los do forno.—Não se lembra de mim? -engulo em
■° Família ou Inimigo °■ ■° 3 anos antes °■ Espero pacientemente. Ela esta atrasada de novo, quem marca um encontro e demora mais que quinze minutos para aparecer. Com toda certeza ela, Marcella minha irmã caçula. Devia ter negado quando ela me fez essa proposta maluca me metendo em toda essa história sem pé nem cabeça. Agora nem mesmo posso afirmar que não tenho sangue me minhas mãos, já que fui eu quem ajudei ela a matar minha sobrinha e também fui eu que sequestrei sua neta. —Irmã mais velha. Quanto tempo não nos vemos? -escuto e respiro fundo antes de virar o rosto encontrando seu sorriso gélido. Sei que não deveria ter deixado ela me controlar mas nós éramos amigas, só tínhamos uma a outra quando estávamos naquela confusão que era nossa família. Afinal só temos dois anos de diferença entre nós, contávamos tudo uma a outra até mesmo de nossas paixões. —Faz dois anos irmã. -digo com raiva. —Dois anos em que você não deu
■° O Plano °■Doze dias. Esse foi o tempo que levou para Rute, tia de Lorenzo levou para sair de Wyoming e viajar de avião até Londres junto com seu subordinado. E como pensei não é o mesmo cara, ele não é o mesmo que veio quando encontrei Julia pela primeira vez. Não sei quem ele é. Na verdade nenhum de nós sabe, nem mesmo Lorenzo que reconheceu a imagem da tia após um momento de lucides alguns dias atrás depois de conversar com Christopher.—Onde eles estão agora? -questiono enquanto bato uma massa de bolo, estamos em Londres em uma casa da família Harper que eles tem aqui para negócios internacionais. Seja lá o que isso signifique.—Ainda estão esperando no bar do hotel. -diz Douglas olhando para a tela do notebook enquanto digita rápido.—Quem eles estão esperando? -pergunto em voz alta e no mesmo instante Douglas se levanta xingando e vem para o meu lado.—Eles estão esperando a líder. Ela realmente caiu na armadilha. -me mostra a imagem e s
°■ Capítulo 39 ■° ■° Christopher Hutton °■ Há coisas na vida que não conseguimos prever, mudar ou esquecer. Uma dessas coisas é a morte de uma pessoa querida. Nunca vou me esquecer do dia em que chegou a notícia através de uma ligação rápida. Por isso sempre estou atento quando recebo uma ligação, porque não sei se vai ser mais uma avisando da morte de alguém que eu realmente gosto. —Papai, Julia está com fome. -disperso os meus pensamentos ao ouvir a voz da minha filha. Sorrio para ela e pego em sua mão, a mesma esfrega o olho com a outra. —Que tal comer uma torrada com leite? -falo e ela ainda esfregando os olhos afirma com a cabeça. Quando foi que minha bebê cresceu tanto? Eu perdi boa parte dessa fase por causa de escolhas erradas e cheias de emoções perdidas. Descemos as escadas devagar e posso sentir o cheiro bom de pão e café, faz mais ou menos dois meses que chegamos em Wyoming mas mesmo após esse tempo ainda não co
°■ Capítulo 40 ■°■° Três meses depois do Cap. 39 °■A música preenche o local, hoje Calleb faz sete meses e também é meu último dia como vice líder interina da Caco. Embalo o bebê enquanto observo a grande bagunça que está no jardim, a musica entra pela janela mas não é tão alta por consideração as crianças, a um mês fiz questão de voltar ao Brasil para o batismo de Calleb e também para trazer Juan e Rute aos domínios da família.Afinal os dois não prejudicarão apenas a mim como também a toda família Harper e Hutton, em meio a toda a bagunça da captura desses dois eu descobri que Natasha se chamava Luana e que Rute era mãe de sangue dela. Foi um espetáculo e tanto quando a mesma reconheceu a filha quando chegou, só de lembrar me faz querer colocar ela o mais longe possível dessa casa.—Se escondendo? -sorrio me virando em direção a voz.—Tomando um tempo para pensar. -digo caminhando até o berço e colocando o pequeno dormindo, não esperava que meu beb
°■ Capítulo 41 ■° ■° Voltando a Normalidade °■ —Chloe, oh meu Deus. Esse é Calleb? Como é lindo. -dou risada da animação de Anally, depois de resolver tudo no Brasil e me despedir da família voamos para Nova York para encontrar minha amiga e seu bebê. Chris também tinha muitas coisas pendentes para resolver, por isso resolvemos ficar um tempo por aqui mesmo que ainda com cautela porque não sabemos se ainda há alguém atrás da nossa família. —Sim. E esse? Como pode estar tão grande? -pergunto encarando o bebê engatinhando no chão da sala. —Você não sabe o quão rápido eles crescem. Agora já me troca pelos brinquedos. -diz ela desanimada e dou risada, Julia brinca com o bebê, respiro fundo sentindo o gostinho da vida normal que já está novamente em meu dia a dia. —E como vai as coisas com Ahren? -questiono e a mesma fica vermelha na mesma hora. —Para quem dormiu com um achando que era o outro parece que tudo vai bem. Foi atrás de fogo encontrou uma fogueira não é mesmo? —Você n
°■ Capítulo 42 ■° ■° Tensão Momentânea °■ Fizemos todas as buscas possíveis. Históricos de quando minha mãe ainda era criança até o momento de sua morte. Recuperei dados do pen-drive que ela me deixou e mesmo assim não achamos nada. O pior foi que toda essa busca foi totalmente as escondidas de Christopher, afinal prometi não me envolver nos assuntos da Caco. Por mais de dois meses estou trabalhando em um pequeno escritório com Douglas em um bairro duvidoso em Nova York isso desde que Zero apareceu do nada na casa de Anally para me passar informações sobre a Caco. Estou cansada de ter de sair as escondidas para vir até esse muquifo e ficar olhando para a tela de um computador por duas a três horas. —Marshmallow, acho que encontrei. -me viro encarando o monitor que Douglas olhava já há vários dias. —Mas o que diabos é isso? -pergunto encarando a tela cheia de números. Alguns nomes aparecem aqui e ali mas nada que eu consiga entender. —Uma incrível trama de lavagem de dinheiro