Queridas leitoras, aqui chegamos ao fim do primeiro livro. Gostaria de agradecer a cada uma que vibrou comigo durante a leitura e gostaria de avisar que logo, irei trazer o segundo livro para vocês.
Abri meus olhos quando ouvi mais um grito agonizante de dor vindo de algum lugar aqui perto. Forcei meus olhos a se abrirem, me libertando de mais um sono perturbado. Minha cabeça dói, enviando fagulhas pontiagudas em toda minha mente, como se fossem milhares de estilhaços de vidro que se espalharam em meu crânio.Soltei o ar com força quando ouvi correntes sendo arrastadas através da porta do quarto escuro e frio em que estou trancada a dias. Diariamente ouço gritos de dor, choros, lamúrios, correntes sendo arrastadas e pessoas se movimentando nesse lugar. Estamos em um ambiente onde há pessoas sofrendo 24 horas por dia.De onde estou, consigo ouvir passos apressados, como se alguém estivesse correndo e logo me agitei internamente, no resquício de esperança que alguém pudesse me salvar, como uma luz no fim do túnel, uma boa pessoa que poderia ter piedade de mim até que ouço um estrondo, e logo em seguida, disparos altos, e então gargalhadas quebram aquele silêncio devastador.Muit
Quando ele apertou ainda mais seus dedos em minha garganta, fechei os olhos com força, sentindo meu corpo adormecer pela fraqueza e desespero, e ele murmurou se aproximando de mim, trazendo seu cheiro em uma mistura de colônia cara com sangue em meio ao meu medo. Uma mistura de medo, apavoro e sedução.Meu Deus estou enlouquecendo. — Você pode tentar fugir quantas vezes quiser, então já adianto, será muito pior quando eu te pegar a cada nova tentativa.Arrancando um suspiro de dor do fundo da minha garganta, senti meu corpo se encolher pelo medo. Ele me empurrou para trás quando libertou meu pescoço dos seus dedos e se afastou.Em uma tentativa de defesa, eu apertei meus dedos em volta da garganta e respondi baixo. — Eu nem sei por que você está fazendo isso comigo. Como posso desistir de fugir? Não posso perder a minha vida …Ele soltou uma risada fria e grave, levou sua mão em direção a cabeça e sem eu esperar, tirou sua máscara e senti meu corpo se arrepiar com a visão que tive
Vincent BlakeA alguns dias estamos lidando com pequenos ataques em todo o território da Flórida e por isso fui obrigado a voltar para a mansão antes do previsto. Meu pai, o chefe da organização confiou a execução dos traidores para mim, o que não é nenhuma novidade e depois que contabilizaram os estragos dos armazéns queimados por uma bastarda, chegou a parte que eu mais gosto.Banhos de sangue.Eu sou um dos soldados mais letais do Ghost Mafia. Nossa modalidade consiste em negociações e vendas de produtos e drogas ilícitas, casas de prostituições e lutas clandestinas. Tudo isso gera uma fortuna mensal que é administrada pelo meu pai, August Blake, o Boss do Ghost.Nossa marca registrada é matar e não deixar rastros, por isso usamos máscaras, fica fácil nos infiltrar e depois capturar os culpados, e depois que estão em nossas mãos cada um morre de acordo com a penalização que merece. Nosso armazém onde fazemos as torturas e cremações está cheio depois de boas investigações. Trouxemo
Vincent Blake— Você me conhece desde quando eu tinha uns 14 anos?Perguntei, olhando-o nos olhos e assentindo ele deu um meio sorriso como se lembrasse disso e respondeu.— Sim, você já era um bom garoto na época.Sorri ao ouvir seu comentário pois lembro exatamente o dia em que o conheci e desviei a atenção do seu rosto e murmurei.— Quando eu era pequeno, eu tinha uma mãe, sabia?Cruzei minha perna esquerda acima do joelho direito e descansei minhas costas no encosto da cadeira e vi ele me analisando em silêncio e continuei. — A minha mãe era uma mulher linda, inteligente e muito carinhosa. Sempre me tratou muito bem. Era muito acolhedora e amável.Olhei para minhas mãos e murmurei enquanto senti meu peito se apertar ao lembrar dela. — Ela era tudo para mim.O homem franziu a testa ao ouvir o que eu dizia. — Um dia, meu pai descobriu suas traições, e a confrontou.Soltei um suspiro audível e prossegui enquanto recebi total atenção.— Aquele dia foi único na minha vida.Nesse mom
Depois que Liam, meu irmão mais novo disse que estávamos sendo atacados por causa da garota, não pensei duas vezes em trazê-la junto comigo. Assim que chegamos em um novo esconderijo subterrâneo, eu mesmo resolvi fazer a prisão e questionamentos. Logo que a coloquei em um quarto, prendi correntes em volta dos seus tornozelos e a observei apagada por um tempo. Ela nem se mexia, e a causa do seu desmaio deve ter sido pela fraqueza de dias sem comer, consequência do que fez, pois resolvi deixá-la de castigo pois agora ficará mais fácil de ela abrir a boca e responder todas as minhas perguntas já que está tão vulnerável.Posicionando minha máscara em meu rosto, coloquei minhas luvas novamente e fui em direção a porta e chamei os soldados que estavam em seus postos e os avisei sobre a punição caso eu fosse interrompido.Não quero ninguém me atrapalhando enquanto resolvo minhas questões com essa garota.Fechando a porta, tranquei tudo e voltei para onde eu havia a deixado, apagando todas a
Me aproximando da garota, eu a puxei pelos braços, e andamos em direção a mesa, e murmurei. — Por que será que eu não consigo acreditar em você?Eu a empurrei para cima da mesa, deixando-a curvada diante de mim e prendendo seu pequeno rosto entre minha mão e a madeira, murmurei num tom de voz baixo. — Será que você precisa ser lembrada que está correndo risco de ser destruída lentamente e dolorosamente aqui dentro?Eu me aproximei da garota que tremia deitada de bruços em cima da madeira polida, lágrimas banhavam suas bochechas quando ela disse. — Eu não estou mentindo.Eu me aproximei dela, inclinando um pouco meu corpo ao chegar perto dela e senti a porra de uma tensão fluir atraves da nossa aproximação e murmurei ignorando aquilo tudo. Aquele maldito calor estava ali também. — Eu vou destruir você, Florzinha.Nesse momento, me afastei da garota e apaguei as luzes, e no escuro, ela se encolheu e abraçou seu próprio corpo enquanto se levantou da mesa e na intenção de apenas aterr
Mavie NeumannEm desespero, envolvi minhas mãos no tecido da roupa da pessoa que estava ali me sacudindo a segundos atrás e sussurrei em meio aos soluços.— Por favor… O meu pai.Fechei meus olhos sentindo a névoa do sono e confusão ainda se dissolvendo conforme a realidade e desespero ainda estavam fazendo pagassem pelo meu cérebro. — Me diga que ele está bem, eu imploro.Me encolhi sentindo as lágrimas descerem pelas minhas bochechas livremente enquanto eu fechava com força meus olhos, para que quando eu os abrisse, pudesse enxergar sem vestígios de sono e confusão a expressão daquela pessoa, mas quando abri meus olhos, para meu espanto, quem estava ali comigo, era o Ghost. Seus olhos estavam brilhando enquanto me encarava como um falcão. Sua expressão estava impenetrável, exceto pelo brilho fixo de suas íris escuras.Seus lábios numa linha firme e fixa se separaram de repente, quando ele levou suas duas mãos e envolveu meus pulsos e disse. — Você teve um pesadelo, Florzinha?Naq
Mavie NeumannDa janela reforçada com barras de ferro, acompanho os dias passando lenta e dolorosamente. A cada dia que passa, vejo minha alegria e vontade de viver indo ralo abaixo. Não consigo dormir por causa dos pesadelos, e não consigo comer pelo medo de eles me doparem e assim causar algum dano físico. Pode ser paranóia, mas não consigo confiar. Soa tudo tão mal e errado, que prefiro me privar de comida e descansos longos, já que em meus sonhos só aparecem gritos, correntes e sangue.Sentada na poltrona, observo o céu noturno e totalmente úmido lá fora. Hoje choveu o dia inteiro, e assim como o dia estava péssimo, o meu humor estava igual. Me sinto cansada, fraca e dolorida, entretanto, prometi a mim mesma que iria lutar até minhas últimas forças, e não vou me entregar, pois sei que serei resgatada. Meu pai havia me garantido isso.De repente, me lembrei da nossa última conversa antes de ele me empurrar para aquele lugar solitário e secreto.“Nunca na minha vida vou poder pagar