Depois que Liam, meu irmão mais novo disse que estávamos sendo atacados por causa da garota, não pensei duas vezes em trazê-la junto comigo. Assim que chegamos em um novo esconderijo subterrâneo, eu mesmo resolvi fazer a prisão e questionamentos.
Logo que a coloquei em um quarto, prendi correntes em volta dos seus tornozelos e a observei apagada por um tempo. Ela nem se mexia, e a causa do seu desmaio deve ter sido pela fraqueza de dias sem comer, consequência do que fez, pois resolvi deixá-la de castigo pois agora ficará mais fácil de ela abrir a boca e responder todas as minhas perguntas já que está tão vulnerável.
Posicionando minha máscara em meu rosto, coloquei minhas luvas novamente e fui em direção a porta e chamei os soldados que estavam em seus postos e os avisei sobre a punição caso eu fosse interrompido.
Não quero ninguém me atrapalhando enquanto resolvo minhas questões com essa garota.
Fechando a porta, tranquei tudo e voltei para onde eu havia a deixado, apagando todas as luzes, me afastei da cama e fiquei à espreita, esperando ela despertar. Não demorou muito e ela acordou. Através da máscara, ativei as lentes de visão noturna e consegui identificar que a garota estava olhando ao redor e sorri ao vê-la se encolher enquanto tentava enxergar algo no escuro.
— Florzinha, você anda muito cansada.
Murmurei ainda escorado na parede, e ela começou a olhar a sua volta, como se tentasse procurar de onde vinha a minha voz, e controlando meu tom que estava entregando minha diversão, eu disse.
— Não se esforce. Você só me verá quando eu decidir.
Comecei a me mover em direção a sua cama em um silêncio impecável, e a garota estava encolhida sob o colchão, com seus braços em volta das suas pernas quando puxei seus pés para arrancá-la da cama e então ela soltou um grito em desespero quando seus braços se soltaram com força.
— Por favor… Não… Eu…
Eu a arrastei no chão enquanto segurava seus tornozelos pois ela se debatia no escuro na tentativa de escapar de mim e sorrindo pensei na improbabilidade de ela conseguir fugir e me sentindo o próprio carrasco e adorando isso, eu murmurei.
— Você o que, garota?
Eu acendi a luz, revelando a expressão amedrontada da garota que mais parecia um fantasma de tão assustada e pálida que estava e jogando-a na cadeira, prossegui enquanto desativei a visão noturna na lateral da máscara.
— Você não tem direito de absolutamente nada depois de queimar meus armazéns.
Ela negou com a cabeça e lágrimas desciam pelas suas bochechas, seus olhos castanhos estavam arregalados e muito vermelhos.Para falar a verdade, não sei nem como ela tem lágrimas a serem derramadas. Já deveria estar desidratada.
— Eu juro, não queimei…
Nesse momento eu me aproximei dela num rápido movimento e peguei seu rosto bruscamente entre meus dedos e aproximei meu rosto dela quando falei com minha atenção fixa em seu rosto, eu estava curvado mas ainda assim era mais alto que ela.
— Estou sem paciência para você agora.
Levantei, trazendo-a junto comigo e murmurei.
— Você vai esfriar a cabeça e depois irá me contar exatamente o que sabe.
Nesse momento eu a arrastei até um barril d 'água e pegando em sua nuca, enfiei seu rosto dentro da água, e enquanto sentia a garota se debater abaixo de mim, eu me preparava para as perguntas.
— Quem mandou você incendiar?
Perguntei assim que levantei a cabeça da garota, e tirando os cabelos molhados do seu rosto, me aproximei e prossegui próximo ao seu ouvido, enquanto meus dedos brincavam com suas madeixas molhadas em volta do seu rosto.
— Não estou para brincadeiras. Fui bom demais para quem não merece nem um pingo de piedade.
Ela negou com a cabeça e abriu os olhos com força, enquanto buscava o ar com ânsia e segurando em seu pescoço mais uma vez, fiz força para enfiar sua cabeça na água quando ela gritou desesperada e amoleceu em meus braços quando disse.
— Espere, por favor…
Não deu tempo de parar, enfiei seu rosto na água e a segurei por 5 segundos e a puxei de volta, jogando-a na cadeira, que desajeitadamente, tossiu ao receber o ar novamente e apertou a garganta enquanto afastava seu cabelos do rosto com a outra mão livre.
— Eu não sei como vim parar aqui...Eu juro… Eu só pulei o muro. Você precisa…
Nesse momento eu me aproximei mais uma vez dela e disse enquanto analisava sua expressão.
— Não me obrigue a afogá-la dentro do barril. Eu quero a verdade, porra.
Eu a levantei da cadeira bruscamente, ficamos frente a frente, quando ela de repente espalmou suas mãos em meu peito e senti uma sensação estranha atravessar o tecido da minha camisa. Apesar de ela estar pálida, molhada e com a pele fria, senti um calor percorrer a minha pele a medida que seu calor percorria meu corpo e me afastando, eu a empurrei de volta na cadeira e ela prosseguiu enquanto caiu sentada.
— Eu não estou mentindo, por favor.
Seus olhos estavam suplicantes para mim, e engolindo em seco, me aproximei dela e disse.
— Por que você pulou o muro então?
Ela engoliu em seco e disse sem desviar seus olhos castanhos dos meus. Ela parecia estar sendo sincera enquanto eu analisava a sua expressão.
— Eu apenas fugi porque estavam invadindo minha casa. Eu não sei absolutamente de nada a respeito dos armazéns que você falou.
Eu franzi a testa ao ver que a garota realmente parecia falar a verdade. No mundo em que vivo, é fácil identificar um mentiroso e cruzando meus braços, perguntei ainda observando-a.
— Como é o seu nome?
Ela estremeceu e abraçou seu próprio corpo quando respondeu devagar.
— Eu me chamo Mavie Neumann.
Senti meu coração acelerar à medida que o reconhecimento me tomava. Eu estava com a herdeira dos meus inimigos em mãos. Estavam nos atacando por causa dela. Saymon Neumann salvou essa garota em troca da sua própria vida.
A garota que foi capturada nas nossas terras.
Eu poderia acabar com toda essa merda agora mesmo.
Me aproximando da garota, eu a puxei pelos braços, e andamos em direção a mesa, e murmurei. — Por que será que eu não consigo acreditar em você?Eu a empurrei para cima da mesa, deixando-a curvada diante de mim e prendendo seu pequeno rosto entre minha mão e a madeira, murmurei num tom de voz baixo. — Será que você precisa ser lembrada que está correndo risco de ser destruída lentamente e dolorosamente aqui dentro?Eu me aproximei da garota que tremia deitada de bruços em cima da madeira polida, lágrimas banhavam suas bochechas quando ela disse. — Eu não estou mentindo.Eu me aproximei dela, inclinando um pouco meu corpo ao chegar perto dela e senti a porra de uma tensão fluir atraves da nossa aproximação e murmurei ignorando aquilo tudo. Aquele maldito calor estava ali também. — Eu vou destruir você, Florzinha.Nesse momento, me afastei da garota e apaguei as luzes, e no escuro, ela se encolheu e abraçou seu próprio corpo enquanto se levantou da mesa e na intenção de apenas aterr
Mavie NeumannEm desespero, envolvi minhas mãos no tecido da roupa da pessoa que estava ali me sacudindo a segundos atrás e sussurrei em meio aos soluços.— Por favor… O meu pai.Fechei meus olhos sentindo a névoa do sono e confusão ainda se dissolvendo conforme a realidade e desespero ainda estavam fazendo pagassem pelo meu cérebro. — Me diga que ele está bem, eu imploro.Me encolhi sentindo as lágrimas descerem pelas minhas bochechas livremente enquanto eu fechava com força meus olhos, para que quando eu os abrisse, pudesse enxergar sem vestígios de sono e confusão a expressão daquela pessoa, mas quando abri meus olhos, para meu espanto, quem estava ali comigo, era o Ghost. Seus olhos estavam brilhando enquanto me encarava como um falcão. Sua expressão estava impenetrável, exceto pelo brilho fixo de suas íris escuras.Seus lábios numa linha firme e fixa se separaram de repente, quando ele levou suas duas mãos e envolveu meus pulsos e disse. — Você teve um pesadelo, Florzinha?Naq
Mavie NeumannDa janela reforçada com barras de ferro, acompanho os dias passando lenta e dolorosamente. A cada dia que passa, vejo minha alegria e vontade de viver indo ralo abaixo. Não consigo dormir por causa dos pesadelos, e não consigo comer pelo medo de eles me doparem e assim causar algum dano físico. Pode ser paranóia, mas não consigo confiar. Soa tudo tão mal e errado, que prefiro me privar de comida e descansos longos, já que em meus sonhos só aparecem gritos, correntes e sangue.Sentada na poltrona, observo o céu noturno e totalmente úmido lá fora. Hoje choveu o dia inteiro, e assim como o dia estava péssimo, o meu humor estava igual. Me sinto cansada, fraca e dolorida, entretanto, prometi a mim mesma que iria lutar até minhas últimas forças, e não vou me entregar, pois sei que serei resgatada. Meu pai havia me garantido isso.De repente, me lembrei da nossa última conversa antes de ele me empurrar para aquele lugar solitário e secreto.“Nunca na minha vida vou poder pagar
Mavie NeumanA expressão dele mudou mais uma vez. Seus olhos fixaram nos meus enquanto me analisava e eu continuei. — Antes eu estava no meu quarto, lendo meus romances e assistindo meus filmes clichês quando de repente, meu pai me colocou em uma passagem secreta e disse que eu deveria fugir e que em breve eu seria resgatada.A cabeça do homem pendeu incrédula para o lado e ele perguntou com a testa franzida. — Você está falando sério?Eu apenas o encarei e confirmei com um gesto, quando ele de repente começou a rir e disse bem humorado. — Sério que você gosta de romance e assiste clichês?Ele soltou uma gargalhada que de repente me fez sentir vergonha por ter falado algo tão tolo e íntimo para um homem como ele e prossegui na defensiva. — Eu não sei fazer outra coisa.Enxugando as lágrimas dos olhos, ele diz. — Então quer dizer que você caiu de paraquedas na realidade? Ele mudou sua expressão rapidamente, enquanto me analisava fixamente, e se aproximando de mim, recuei alguns p
Vincent BlakeDescobrimos a poucos dias que Mavie de fato desconhecia a verdadeira face do homem que a criava. Quando descobriram a morte de Saymon Neumann, logo entramos em uma delicada situação, pois Saymon Neumann era uma pessoa influente na nossa máfia, mas também guardava um segredo muito importante da máfia inimiga, e por isso, estão tentando nos atingir de todos os lados, pois eu possuo o tesouro que eles tanto querem, mas a questão é que não sabemos o que irão fazer caso coloquem suas mãos sujas nesse tesouro.Óbvio, eu amo a sensação de ter algo que os inimigos desejam. É muito gratificante a sensação de poder, e saber que somos os melhores, só deixa a situação mais satisfatória, pois ninguém irá levá-la de mim, e ainda assim, podemos desfrutar de bons e agradáveis momentos no calabouço, pois estão tentando capturar a garota e desse jeito, a minha diversão nunca acaba. Depois de mais um dia longo de trabalho, voltei para minha mansão e soube que Mavie não está se alimentando
Vincent BlakeMe inclinando em sua direção, levei minhas mãos em seu joelho ferido e o apertei entre meus dedos, aumentando a força à medida que ele gritava em desespero. — Você vai se arrepender por ser mal educado com desconhecidos, especialmente um desconhecido como eu.Cuspindo mais uma vez, ele falou cerrando os dentes pela dor. Suor brotava pelos seus poros, assim como seu medo. — Você vai morrer de uma forma ou de outra…Nesse momento eu confirmei em um gesto e respondi. — Sim, e por isso, quero os piores ao meu lado.Nesse momento segurei seu joelho com uma mão e enfiei meu dedo indicador em sua ferida que sangrava muito.Meu dedo entrou em sua carne profundamente. Aos berros, seus dedos apertaram meu braço com força na tentativa e parar a minha exploração,mas afastando-o, eu continuei. — Veremos se você não vai abrir a boca para falar o que preciso.Comecei a mexer em sua carne com meu dedo, a cada grito, fui invadindo ainda mais a sua pele, aprofundando meu dedo através d
Vincent BlakeEu fui até o painel de controle da porta e cliquei em alguns botões, liberando o código de acesso das armas, quando Mavie murmurou. — O que é Lamborghini?Sacudindo a cabeça, ergui as mãos e resmunguei. — Como assim você não conhece uma Lamborghini?Ela deu de ombros e ficou em silêncio como se fosse óbvio e pegando algumas pistolas e adagas, eu murmurei. — O carro plotado em preto fosco. Me aproximei do carro e abri a porta, deixando Mavie entrar primeiro, em seguida, coloquei as armas aos seus pés e murmurei. — Não se preocupe, nem uma está engatilhada.Ela engoliu em seco quando colocou o cinto de segurança, e fechando a porta, eu dei a volta e me acomodei em meu banco, enquanto a porta da garagem era aberta, eu colóquio meu cinto, e alguns segundos já foi possível ver que a entrada estava cercada, mas como eu quebro regras, simplesmente dei a ré, pegando a todos que estavam pelo caminho desprevenidos.Alguns conseguiram escapar, mas outros não tiveram a mesma ch
Mavie NeumannQuando acordei, estava sozinha dentro do carro enquanto as armas estavam todas sob meus pés e me encolhendo, olhei a volta a procura do Ghost e de longe consegui ver alguém andando em direção ao nosso carro.Droga.Cadê ele?Me encolhi no assento na tentativa de me esconder, quando de repente alguém destravou a porta do carro e a abriu e ergui os braços para me proteger quando ouço Vincent murmurar. — Acordou, Florzinha, finalmente.Fechando os olhos, soltei o ar pelo alívio de vê-lo e perguntei. — Como você me deixa sozinha desse jeito?Arqueando a sobrancelha, Ghost se acomodou em seu assento e respondeu travando as portas. Todo o painel estava desligado, então estávamos no escuro total. — Não deixei você sozinha, Mavie. Estava ali fora esperando você acordar.Eu desviei a atenção do seu rosto depois de ouvir a sua e resposta e perguntei. — O que vamos fazer agora?Ele encostou sua cabeça no banco e fechou os olhos enquanto respirava fundo, foi possível ver o momen