Como uma mulher elegante, rica como a Charlotte pode ser tão ardilosa. Ela planejou tudo nos mínimos detalhes, tinha certeza que havia algo por trás daquele sequestro, já que Val não foi abusada, só não sabia que seria algo tão baixo. Como uma mãe pode fazer tanta maldade, impedindo a felicidade dos filhos, filhos que para constar, ela só colocou no mundo. Primeiro foi com o Cristian, agora comigo. Depois de descobrir todas as suas atrocidades, principalmente com nosso pai, passei a sentir o que nenhum filho deveria sentir pela mãe, ódio. Odeio Charlotte, ela vai pagar tudo que fez a Sol, minha única mãe, ao meu pai, ao Cristian e a Val.
Estou cercado de mentirosos, Otávio é outro que me enganou, o pior que nem percebi, acreditei em tudo que ele disse, pois, me pareceu ser verdadeiro, o bastardo só não me contou a parte principal, que ele sabia dos passos da minha mulher.
— Ela deve ter o chamado para pedir as férias, Dylan.
— Não creio que seja só isso, levaram muito tempo conversando e segundo Fernando a Val estava chorando. Vou falar com ele, agora. Caminho para saída do restaurante enfurecido.
— Calma Dylan, Fernando obrigado, vou atrás dele antes que ele desconte sua raiva no pobre coitado.
— Irmão, penso que o choro da minha cunhada tenha sido em um momento em que se desabafava, ela devia estar muito fragilizada com a provável chantagem que Charlotte fez. Você mais que ninguém sabe o quanto ela pode ser cruel.
Cristian tem razão, não gosto nem de imaginar o quanto foi difícil para ela ter que me deixar sem dizer nada. Em poucos minutos, estava estacionando na Parker, o restaurante não fica tão longe, no máximo dez minutos da empresa.
Na Parker fui direto ao setor do Otávio não iria aguentar esperar até ele ir a minha sala. Os funcionários quando me viram se assustaram, ao que me lembre, nunca havia estado nesse setor.
— Senhor Parker aconteceu alguma coisa? Me perguntou Felipe desconfiado.
— Eu preciso falar com seu chefe, AGORA. Fui áspero, os demais funcionários estavam apavorados, menos Lipe que imaginava que teria alguma coisa a ver com a Val.
— Senhor Parker ele foi ao cartório e depois iria ao Centro da Cidade, creio que não retorna hoje — O quê?
— Desculpem-nos, podem retornar ao trabalho, Felipe nos acompanhe, se adiantou em falar meu irmão antes que eu perdesse a cabeça.
— Calma Dylan, Cristian praticamente suplicou.
Pegamos o elevador, subi em silêncio, minhas atitudes estavam chamando muita atenção e não era esse o intuito. Não estava conseguindo me controlar, um acúmulo de tudo que aconteceu somado as informações de hoje estavam me fazendo me tornar uma bomba, relógio em que o tempo era meu inimigo, muitos dias distantes da minha esposa. Chegando no meu escritório, explodi.
— Como você quer que eu fique calmo se aquele filho da puta sabe esse tempo todo onde a Val está?
— Ainda não sabemos se realmente ele tem informações sobre o paradeiro dela.
— Vocês podem me contar o que está acontecendo? Cristian contou tudo a Felipe.
— Então, Dylan está certo, a Val é a única funcionária que frequenta a casa do Otávio, a esposa dele gosta muito dela, todas as festas ela é convidada, e se ela se encontrou com ele, com certeza ele a ajudou. Otavio não comentou nada que esteve com ela e isso é muito estranho porque ele sabe o quanto estou preocupado com seu sumiço.
— Felipe eu o chamei aqui na minha sala ele me disse que ela queria as férias para aquele dia porque já tinha viagem marcada e que não sabia para onde ela iria, filho da puta.
— Eu me coloco no lugar dele, se minha amiga me pedisse segredo eu também não contaria a não ser agora que Charlotte está presa e não pode fazer mais nada contra vocês.
— Isso Felipe, é só o Dylan contar isso para ele, com certeza ele vai contar onde a Val está. Mesmo você sendo seu chefe, ele não é obrigado a dizer nada, não tem a ver com a empresa, você pode pedir e não exigir. — Me dá uma raiva tão grande em ter ciência que meu irmão está certo.
— Liga para ele Felipe e pede para vir agora.
— Sim chefão é para já. Levou meia hora até que Otávio batesse na porta da minha sala.
— Senhor Parker. Cristian tomou a frente — Sou Cristian Parker, tudo bem Otávio?
— Sim senhor Parker, em que posso te ajudar?
— PORRA! — Dylan por favor acalme-se.
— Senhor Otávio, ficamos sabendo que o senhor se encontrou com a senhorita Suhai por volta de 20 dias atrás, isso procede?
— Sim, ela esteve aqui na empresa para fazer seu pedido de férias, já havia falado com o senhor Parker sobre isso.
— Mentiroso do caralho.
— Dylan se você não colaborar irei para a minha sala.
— Desculpe irmão, é que estou muito puto.
— Continuando, segundo as minhas informações vocês se encontraram em um restaurante no Recreio, isso procede? Ele ficou pálido.
— Fala logo a verdade chefinho, minha amiga Val te procurou te pediu ajuda e você como amigo a socorreu.
— Isso Felipe, bem colocado, não estamos aqui te recriminando, meu irmão está alterado porque ele é louco pela Valeska e não tem notícias dela há muito tempo.
— Tudo bem, só vou contar porque a mãe de vocês está presa.
— Ela não é nossa mãe, fala logo antes que eu tire a força da sua garganta.
— Não precisa me ameaçar, senhor Parker. Bem à Valeska me ligou pela manhã e me pediu para encontrá-la às dez neste restaurante no Recreio, ela parecia tensa e triste, como tenho um carinho enorme por ela, fui ao seu encontro. — Chegando lá ela me contou sobre o relacionamento de vocês e tudo o que Charlotte aprontou com ela, contou que ela a chantageou com fotos dela nua, que ameaçou colocar nas redes sociais. Val não temia por ela e sim por você, me disse que você levou anos construindo sua reputação como CEO e que por causa dela você poderia perder a sua credibilidade.
— Foda-se reputação, faria qualquer coisa para ficar com ela, onde ela está?
— Eu tenho uma casa na Bahia, ela me disse que usaria suas economias para viajar, o dinheiro que ela está juntando para comprar uma casa, disse que ela não precisava usar esse dinheiro já que receberia as férias, então ofereci a minha casa para que ficasse nela o tempo que precisasse. — Eu não queria que ela saísse por aí sem destino.
— Muito obrigado Otávio por sua colaboração.
— Por nada senhor Cristian, espero que entendam a minha posição.
— Desculpe Otávio, eu tenho passado o diabo desde que a Val se foi, não sei viver sem ela e sua ausência está acabando comigo.
— Fico muito feliz por isso senhor Parker, a Valeska é como filha para mim e minha esposa.
— Otávio se prepara, você e sua família, sábado vamos viajar.
— Felipe chame as meninas aqui.
Meus sentimentos eram uma mistura de ansiedade, saudade, raiva e felicidade. A esperança latejava em meu coração, finalmente tinha a certeza que dessa vez minha mulher estaria em meus braços.
As meninas entraram como um furacão em minha sala, Cristian contou tudo, desde a nossa conversa com o Fernando até a revelação do Otávio. Elas ficaram felizes, ao mesmo tempo que reclamavam do Otávio mesmo entendendo sua posição. Depois de toda euforia, compartilhei meus planos para o resgate da Val, meu irmão já estava com o endereço em mãos e me ajudou com toda logística para a nossa viagem.
O quarteto ouviu atentamente o que eu queria e se uniram para ajudar, em muitos momentos ficaram emocionados, eu só dei vazão a minha emoção quando estava sozinho em meu quarto, a princípio o sentimento de culpa se apossou de mim, depois a saudade e a felicidade de saber que ela foi bem amparada, que em breve estaremos juntos e nunca mais iremos nos separar.
VALESKA SUHAIMeus dias nesse paraíso sem meu amor tem sido monótono, meus dias são meras repetições do dia anterior, às vezes muda um detalhe ou outro.Levantei-me indisposta depois de mais uma noite mal dormida. Me forcei a beber uma xícara com café e a comer uma fruta, pois, não sentia fome. Depois de me alimentar minimamente fui caminhar na praia. Sentada sobre a areia ainda fresca por causa do horário, seis da manhã, me perdi em meus pensamentos, tentei traçar a minha vida após as férias, fracassei, meu noivo não poderá mais fazer parte da minha vida e eu não me vejo sem ele. As lágrimas teimam em escorrer pelo meu rosto, não sei como ainda tenho líquidos suficientes para meu pranto, ele tem sido meu companheiro desde que Charlotte me chantageou, me obrigou a me separar do amor da minha vida.Espantei meus pensamentos, retirei meu vestido e entrei no mar apenas de lingerie, não havia colocado biquíni, se meu ciumento me visse assim iria surtar. Sorrio com o pensamento. O sol já e
VALESKA SUHAIDesde que cheguei em Porto Seguro na casa do Otávio não sai para conhecer a cidade, no máximo ia ao mercadinho próximo que fica a meia hora da casa. Dylan me levou para conhecer a cidade, a noite estava linda, andamos um pouco conhecendo o local, minhas pernas não aguentavam uma caminhada longa devido às horas de prazer que tivemos. Por ser uma cidade praiana e turística estava bastante movimentada, havia muitas lojas abertas e bares animados tocando muito axé. Jantamos em um restaurante na orla, conversamos muito, queria saber como estavam todos principalmente a Sol, tenho amor muito grande por ela, Dylan fica feliz por isso.Pela manhã acordei e meu noivo não estava na cama, fiz minha higiene pessoal e fui procura-lo, andei pela casa e não o encontrei, sai pelos fundos e o vi sentado na areia de short e sem camisa falando ao celular, fiquei um bom tempo admirando, meu homem é lindo, perfeito. Me aproximei de mansinho e beijei sua nuca, ele rapidamente desligou o celula
VALESKA SUHAIVALESKA SUHAIMinhas madrinhas se despediram de mim e seguiram para o altar, minha barriga se manifestava constantemente, nervosismo, ansiedade fazia frio em meu interior, estava na hora, eu seria dele oficialmente, me tornaria a senhora Parker.Otávio entrou no quarto, ao me ver se emocionou, pediu desculpas por ter contado ao Dylan onde eu estava, entretanto, disse não estar arrependido. Nos abraçamos e eu o agradeci por tudo. Fiquei surpresa e grata quando ele disse que veio me buscar para me conduzir ao altar, que não me deixaria entrar sozinha já que me considerava como uma filha. Suas palavras me emocionaram e me deixaram feliz por ele está fazendo parte desse momento tão especial na minha vida. Otávio e sua esposa sempre me deram muito carinho.Mal conseguia andar, minhas pernas tremiam, Otávio me levou aos fundos da casa, estava bem iluminado, tinham duas fileiras de cadeiras brancas e flores brancas nas laterais decorando o caminho até ao altar, no altar tinha u
VALESKA PARKER – UM MÊS DEPOISDylan e eu ficamos uma semana no Iate, ele já havia preparado tudo, tínhamos alimento suficiente. Minhas roupas estavam nas gavetas da cômoda, Dylan me disse que Catarine que separou para mim, não usei quase nada passava o dia todo de biquíni e por muitas vezes nua. Fora dias maravilhosos, passeamos por todo o litoral baiano e nos amamos incansavelmente, meu marido é insaciável e a parte pervertida em mim, também. Em casa retornamos para a nossa rotina, pela manhã pedalávamos e depois íamos para a Parker. Dylan me colocou como sua assistente, não me queria longe dele, mantive minha rotina de tomar café com as meninas e o nosso bate-papo na sala de conveniência, meu agora marido, não gostava muito, não por causa das meninas, mas por sentir, ciúmes do Fabrício e de qualquer outro.Passamos o final de semana em Angra com nossos amigos e a Sol, era a despedida de Cristian que teria que voltar para Nova York. Na segunda-feira a noite quando saímos da Parker e
VALESKA PARKERAquela situação do medo de sermos flagrados sempre me excitava, somado ao excesso de gostosura do meu marido, nem se fala. Gemi e Dylan imediatamente tirou minha calcinha e começou a me torturar com sua língua. Esparramada sobre a mesa, me contorcia de tanto tesão. Quando ele enfiou dois dedos dentro de mim, perdi a noção e gemi alto, tenho certeza que deu para a dona, Margo ouvir, porém, naquele momento não me importava mais. Explodi gozando na boca de meu marido que sugou todo meu mel. Dylan me beijou com meu gosto em sua boca, puxou minhas pernas até que eu ficasse na beirada da mesa e sem aviso enfiou seu membro em mim, gemi e prendi minhas pernas em sua cintura. Dylan estava selvagem e urgente metendo sem dó, meu corpo começou a reagir dando início a outro orgasmo.— Val como gosto de te foder, precisava disso meu amor, você me provocou a manhã toda rebolando essa bunda gostosa pelo corredor, cada vez que você passava não conseguia me concentrar, meu pau ficava cad
VALESKA SUHAIQuando voltei do banheiro olhei para nosso lugar meu misterioso estava em pé, parei e fiquei o admirando, nunca me canso de o admirar, pele bronzeada, corpo perfeito, uma bunda de dar inveja a muitas mulheres, costas largas, coxas grossas, isso tudo de costas, de frente nem preciso ver porque conheço cada detalhe. O peitoral forte quase sem pelos, seus gominhos que finalizam no seu fabuloso V que direciona ao caminho do majestoso, só de pensar fico excitada, meu marido é gostoso pra caralho. No auge dos seus um metro e noventa, Dylan tem uma postura máscula, quem não o conhece julga-o como um cara arrogante e frio por conta da forma que ele se porta. Na empresa quando Dylan passa todos se calam, ele tem fama de ser duro, e realmente é, no que se diz a respeito à empresa e também a outra coisa, risos, meu lado pervertido entrando em ação. Contudo, Dylan é um homem íntegro e justo. Gostoso, delicioso, aí meu Deus, estou ficando tarada igual a ele, sorrio comigo mesmo. Do n
DYLAN PARKER— Cadê ela mãe?— A levaram para fazer exames, estou tão preocupada meu filho, porque será que ela não acorda?Catarine abraçou Sol a consolando, estava tão agoniado, andava de um lado para o outro, só parei quando um médico veio falar conosco.— Família da senhora Valeska Parker?— Sim, sou o esposo dela. — Como ela está?— Sua esposa está com anemia, vamos fazer alguns exames para saber qual o tipo de anemia que ela tem.— Anemia, doutor? Nós temos uma vida saudável. — Você tem observado alguma mudança
VALESKA SUHAINunca imaginei na vida que teria anemia, apesar de saber que doença não dá em poste, a gente nunca espera que aconteça conosco, foi três dias, internada me tratando com medicamentos intravenosos, eram um pouco fortes, me dava enjoos, principalmente à noite. Meu marido ficava preocupado quase não dormia direito. Durante esses três dias ele dormiu todas as noites comigo no hospital, era só a enfermeira sair que ele pulava para minha cama, parecia uma criança quando aprontava escondido dos pais. Lipe, Raquel, Pri, Henrico, Robert, Paulo, Rebeca e Otávio vieram me visitar, foi um entra e sai no quarto, as enfermeiras não estavam gostando nada disso, nem Dylan, que praticamente expulsava as pessoas quando demoravam muito, dizendo que eu precisava descansar. Não era mentira, o problema era o jeito que ele fazia que me deixava sem graça, ainda bem que nossos amigos o conheciam bem e não se importavam.— Finalmente tive alta não aguentava mais ficar deitada nessa cama.— Você va