Hanna Dawson
A lista de alterações da construção foi bem menor, mas mesmo assim que queria estrangular Mefheo. O cara é repugnante, cheio de frescuras e coloca defeito em tudo que não tem, só ele enxerga defeito e Oliver muitas vezes apertada o tablet querendo quebrá-lo.
Ele não era o único!
Passamos cerca de duas horas ali, ouvindo Mefheo falar e mudar as coisas sem parar e quando finalmente ele decidiu parar, Oliver foi bem curto e grosso. Depois de hoje, não haverá mais mudanças, mão importe quanto ele pague a mais, porque já era para tudo estar sendo finalizado, porém, Mefheo está atrasando sem parar e isso não é bom para a nossa imagem.
Sempre cumprimos os nossos prazos!
Oliver, saiu furioso e fiquei bem caladinha na minha, a única hora que ele falou de forma mais calma comigo, foi quando o carro parou e frente à minha casa. Nos despedimos rapidamente e ele disse que virá me buscar para trabalhar já que a minha moto ficou na empresa e depois, ele foi embora xingando o mundo todo e foi quando me permiti sorrir, mas de forma bem disfarçada mesmo.
Ao entrar em casa, suspirei forte e larguei a bolsa em qualquer lugar e aqui estou eu.
— Mamãe chegou cedo hoje, né..., vai me ajudar com a faxina? — Falo com a Mingal que se esfrega toda em mim. — Acho que isso é um não, sua preguiçosa. — Falo lhe dando um beijo.
Retiro os meus saltos, solto os meus cabelos e me levanto já tirando a minha roupa bem longe. Fico apenas com um short preto pequeno e o sutiã, então, já começo a trabalhar. Começo a separar as roupas para pôr na máquina de lavar, busco o aspirador para passar no carpete e já coloco também umas louças para serem lavadas. Aspiro o sofá, almofadas, limpo os móveis com um paninho e vou passando pelos cômodos.
Aqui é pequeno, mas tem de tudo.
Tem a sala principal com um sofá-cama e tv, cozinha com mesa de jantar para quatro pessoas, um corredor com um quarto e um banheiro e no quarto, também tem outro banheiro. Há um espaço de serviço onde fica a máquina de lavar e o varal e na frente, há um pequeno jardim simples. Resumindo, tem tudo o que preciso, não é caro e já sinto que é minha casa mesmo.
Adoro esse lugar!
Ao chegar no corredor, pego tudo o que preciso e já começo a lavar o banheiro do corredor. Como só tem um quarto, quando a minha mãe vier, ela vai dormir comigo ou no sofá-cama, mas na minha cama há espaço para nós duas. Faz meses que não a vejo, sinto uma saudade enorme e ligações e videochamadas não são suficientes, fora que fico com o coração partido por ela estar lá sozinha.
Depois de lavar o banheiro, entro no meu quarto e troco os lençóis da cama, os travesseiros e já coloco outros limpos e cheirosos. Lavo o meu banheiro também, e a máquina avisa que a lavagem se encerrou, então, começo a pôr as roupas para secarem e já sinto a minha garganta seca. Estou cansada. Penso muito em ter uma pessoa para fazer faxina para mim, mas sou meio paranoica com isso, de ter alguém desconhecido aqui dentro.
Depois de estender tudo, volto para o quarto e abro o guarda-roupas. Eu deixei algumas roupas jogadas pela pressa mais cedo e começo a organizar tudo, então, é quando eu encontro uma certa carta que me faz voltar no tempo.
Mattew Knox
Sinto muito Hanna, mas isso nunca daria certo...
Somos pessoas bem diferentes, tenho planos e projetos para alcançar e eles não serão aqui. Conhecer você me fez ver que ainda sou novo para me prender a alguém e quero conquistar muitas coisas ainda antes de pensar em relacionamento. Você também é nova, bem mais nova do que eu e sei que irá viver muita coisa ainda, então, não se prenda a mim, viva a sua vida. O que tivemos foi ótimo, conhecer você me fez abrir os olhos para a realidade e sou grato a você, porém, preciso ser realista.
Somos de mundos diferentes!
Seja feliz, viva a sua vida e sei que encontrará uma pessoa que a fará feliz...
Ass: Mattew Knox.
Guardo essa carta como um lembrete, para nunca me esquecer do que Mattew fez comigo.
Eu o amava, suportei os maus olhares, as piadas, as grosserias da mãe dele, as invejas que eram grandes e claro, as oferecidas que se jogavam em cima dele. Mattew, sempre mostrava que me amava, repetia diversas vezes e sempre comentava sobre os seus planos futuros, porém, ele me incluía neles, mas, tudo foi da boca para fora.
O pior, é que ele foi embora pouco depois da nossa primeira vez.
Engulo o choro me recusando a derramar mais alguma lágrima por causa dele e guardo a carta bem debaixo das minhas roupas. Volto a dobrar as minhas roupas, fecho o guarda-roupas e ao olhar se falta alguma coisa, vejo que só preciso limpar o fogão e guardar a louca para poder ficar livre.
Enquanto faço, eu penso em pedir comida e escolho comida chinesa.
É mais rápido de chegar e eu adoro.
Assim que termino tudo, pego o celular para fazer o pedido e adiciono uma sobremesa, e agora, só quero um banho, comer e ficar largada no sofá sem preocupação alguma.
Hanna DawsonAcordo com o meu celular tocando e resmungo por já ter que me levantar. Bom, pelo menos dessa vez ele resolveu tocar e antes que eu tenha o pensamento de ficar mais cinco minutos, me levanto da cama começando a me esticar.Preciso tirar essa preguiça de mim!O que me faz paralisar aqui, é que tive um sonho bem estranho. Eu sonhei com ele. Mattew! Parecia tão real. Eu estava na minha sala de trabalho e ele simplesmente aparecia do nada e me beijava. Eu não questionava nada, apenas retibuia e lembro bem da cena. Senti uma saudade enorme ali e durante o beijo, eu chorava pela emoção.Caramba, até nos meus sonhos ele está? O que esse sonho significa?Mattew, foi o amor da minha vida e nunca conheci alguém como ele. Mas eu preciso esquecê-lo de uma vez.Ao sair da cama, caminho até o banheiro vejo o meu reflexo no espelho. Os meus cabelos estão completamente altos e desorganizados, os meus olhos mostram a preguiça estampada e como sempre, estou completamente nua. Amo ficar assi
Hanna Dawson Oliver entra na sala com um sorriso enorme e olha a sala como se estivesse verificando se todos estão aqui. A única coisa que consigo fazer, e dar passos lentos para trás e fico bem ao lado de um dos funcionários, porém, fico de cabeça baixa tentando me esconder.O que Mattew Knox faz aqui? Desde quando ele e Oliver se conhecem? E o pior, por que Oliver nunca nem citou o nome dele em nada?Isso é um pesadelo e o meu corpo todo está em alerta. O meu coração parece que vai rasgar o meu peito e sair pulando pela sala, estou tão nervosa e tremula que não sei como estou de pé, porque os saltos estão fazendo os meus pés doerem e a sensação de não ter onde pisar é enorme.Não estou exagerando em nada!— Bom dia à todos! — Oliver, começa e o silêncio predomina. — Hoje trataremos de alguns assuntos polêmicos que tiveram que passar por mudanças então, iremos esclarecer todas as dúvidas e evitar qualquer tipo de erro do passado, mas antes... — Ele estende a mão para o lado e ouço
Hanna DawsonAo sair da sala de reuniões, ando em passos largo olhando para todos os lados e decido passar na recepção do outro lado para ver Tati. As minhas mãos estão suando e as esfrego na minha roupa, mas não adianta muito. Ao vê-la com a estagiária, faço um sinal leve com a cabeça e entro no banheiro mais próximo e a espero entrar, coisa que não demora muito e de cara, ela percebe que tem algo de errado.— Que fantasma você viu? — Ela fala assim que fecha a porta.— Eu vi o..., o meu ex... — Falo respirando fundo.— Já me falou dele? — Tati põe as mãos na cintura e inclina a cabeça ao perguntar.— Não! — Realente não comentei com ela, então, a encaro. — Mas, resumindo o resumo da situação, eu namorei uma pessoa aos meus dezesseis anos e depois, ele sumiu deixando apenas uma carta furreca e não o vi mais e nem tive notícias, mas agora, ele está aqui e é o meu chefe. — Digo rapidamente tentando não surtar. — O que ele está fazendo aqui? Por que ele é o meu chefe e amigo de Oliver? —
Hanna DawsonIsso não podia estar acontecendo de forma alguma. Tinha que ser ele bem aqui? Por que não outra pessoa qualquer? Tem tanta gente aqui nesse prédio.Parece piada!Há muito tempo que eu não olhava para esses olhos, há muito tempo que não sentia esse perfume e, sim, ele ainda tem o mesmo e ainda tem os braços fortes e malhados. Mattew, ainda tem aquela mesma imensidão azul nos olhos contendo o mesmo brilho, a boca rosada e barba perfeitamente alinhada e preenchida.Eu não posso ficar tão perto dele assim.— Me desculpe, eu não lhe vi. — Digo saindo dos seus braços. — Obrigada e com licença. — Digo querendo passar por ele, mas ele segura levemente o meu braço.— Vai mesmo fingir que não me conhece, Hanna? — Ele pergunta me fazendo parar bem no seu lado e nos olhamos de canto de olho e dou um passo para trás.— O que você esperava? — Pergunto em confronto.Ele achava que eu iria sorrir e o abraçar?— Que a gente conversasse..., acha que aquela carta explicou alguma coisa? — Sin
Mattew KnoxA minha cabeça parece que vai explodir e estou com os nervos bem alterados. Não consigo explicar de forma alguma a confusão que está na minha cabeça e isso me deixa mais irritado.— Que cara é essa? — Oliver questiona e tento disfarçar.— Enxaqueca..., não bebi café e estou com fome. — O que não é mentira.Não funciono bem sem um bom café de manhã e sinto o meu estômago vazio.Está difícil de evitar olhar para Hanna, porque, porra foram anos de procura por ela e agora que ela está bem ali. Eu não entendo essa revolta toda comigo sendo que foi ela que sumiu do mapa. E do nada.Conheci a Hanna de uma maneira completamente aleatória, mas, ela me encantou em tudo. O sorriso meigo, a voz doce, a beleza tanto interior como exterior. Ela é dona dos olhos cor de mel mais brilhantes que já vi e quando menos esperei, estava beijando a sua boca doce não querendo mais nada. Confesso, foi uma loucura pelo fato dela ser menor de idade e eu já nos vinte anos, mas, sabíamos o que queríamos
Hanna DawsonAquele almoço foi o mais esquisito de todos e não estou exagerando.Depois do meu almoço tenso com a Tati que a cada segundo eu sentia estar sendo observada. Eu pedi apenas algo leve e saímos juntas os deixando comerem e fizemos uma caminhada leve pela avenida, então, entramos em algumas lojas.Eu estava tensa e muito fechada, mas olhar certas coisas enquanto ouvia as besteiras da Tati, me fizeram se sentir melhor, então, quando voltei para à empresa, eu estava mais leve. Estou passando a tarde dentro da minha sala, me ocupando com documentos, e-mails e ligações e focando o máximo possível para não ter tempo de pensar besteiras, mas não paro de olhar para o relógio querendo que dê a hora de ir embora.Eu nunca fui de me preocupar em querer que o tempo passasse, porque sempre trabalhei com vontade e gosto daqui. Mas hoje está diferente.— Posso entrar? — Para a minha surpresa, é Mattew.— Pode! — Respondo ficando de pé e ele fecha a porta. — No que posso ajudar, Sr. Knox?—
Hanna DawsonO que estou fazendo? Isso é loucura e das grandes!Estou perdendo o controle, mas não consigo parar.Estou encurralada na parede ao lado da porta e Oliver está com uma mão agarrada aos meus cabelos pela nunca, e a outra, na minha cintura a pressionando. Já deixei alguns gemidos escaparem e estou com as mãos no seu peito, retribuindo o beijo da mesma forma.Os lábios de Oliver são quentes, ousados e fico mole por ele chupar a minha língua como se fosse arrancá-la. Fora que, ele está tão colado a mim, que sinto bem o seu peito definido e o seu perfume forte bem potencializado. Eu não consigo colocar os meus pensamentos em ordem.Confesso, isso está muito bom, mas lembro que ele e Mattew são amigos.Isso não está certo!— Oliver... — Sussurro na sua boca. — Precisamos parar. — Oliver desce para o meu pescoço e mordo os meus lábios.O meu pescoço e orelhas são a minha fraqueza e droga, não está fácil tendo que cortar isso.— Quer mesmo parar? — Droga, a voz dele é carregada de
Mattew KnoxEstou largado no sofá do apartamento e tenho uma enxaqueca de outro mundo enquanto tento ainda processar a loucura desse dia. Tudo foi o contrário do que imaginei que seria, a reviravolta foi tanta que não consegui me concentrar em nada na empresa, pelo simples fato de ter sido bombardeado por lembranças.Lembranças essas que eu faço questão de manter vivas e fortes.Como que é possível eu dar de cara com a Hanna do nada? Como que ela estava bem ali? Parando para pensar, se eu tivesse decidido começar o meu trabalho antes, eu já teria a encontrado e porra, eu ainda não consigo entender isso. Me lembro bem de cada conversa nossa, dos nossos encontros, do sorriso que ela tinha, do brilho no olhar, da forma como ela era leve e espontânea e foi nisso que me apaixonei.Eu amava Hanna e não demorei a perceber isso.Me levanto do sofá retirando a minha blusa e caminho até o banheiro. Procuro um remédio para dor de cabeça e tomo na mesma hora e aproveito para tomar um belo banho.