CAPÍTULO 8

Mattew Knox

A minha cabeça parece que vai explodir e estou com os nervos bem alterados. Não consigo explicar de forma alguma a confusão que está na minha cabeça e isso me deixa mais irritado.

— Que cara é essa? — Oliver questiona e tento disfarçar.

— Enxaqueca..., não bebi café e estou com fome. — O que não é mentira.

Não funciono bem sem um bom café de manhã e sinto o meu estômago vazio.

Está difícil de evitar olhar para Hanna, porque, porra foram anos de procura por ela e agora que ela está bem ali. Eu não entendo essa revolta toda comigo sendo que foi ela que sumiu do mapa. E do nada.

Conheci a Hanna de uma maneira completamente aleatória, mas, ela me encantou em tudo. O sorriso meigo, a voz doce, a beleza tanto interior como exterior. Ela é dona dos olhos cor de mel mais brilhantes que já vi e quando menos esperei, estava beijando a sua boca doce não querendo mais nada. Confesso, foi uma loucura pelo fato dela ser menor de idade e eu já nos vinte anos, mas, sabíamos o que queríamos e o nosso relacionamento era sério.

Apesar das desavenças externas e dos obstáculos, sempre superávamos e a incluía nos meus planos.

Falei sério quando disse a ela que moraríamos em Londres para fazer faculdade e eu já estava com tudo planejado. Eu a levaria comigo sem pensar duas vezes e era isso que eu contaria no dia do nosso piquenique. Mas os meus planos começaram a mudar quando na noite anterior, recebemos a notícia de que a minha tia havia falecido. Ela morava aqui em Nova York e tivemos que ir às pressas.

Fiz uma pequena carta para Hanna, informando da mudança de planos, porque ela estava sem celular. Pedi a Milton, o nosso mordomo, que entregasse a carta a ela e avisasse que eu voltaria em breve, e nisso, fui com a minha mãe. Para completar a situação, os meus pais já estavam em processo de separação e o clima entre eles eram pesado e desastroso.

Passei quase que uma semana em Nova York com a minha mãe, porque a minha tia morava sozinha e precisávamos cuidar de algumas coisas pessoais dela e nisso, Milton me garantiu que tinha entregado a carta a ela. Então fiquei despreocupado, minha a surpresa desagradável veio depois. Ao voltar, Milton me deu um certo bilhete que continha o nome dela, mas aquilo nem era para ser chamado de carta.

Hanna sumiu depois disso e ao procurar por ela, fui à casa que morava, mas estava vazia.

Não consegui contato e a única informação que descobri, é que elas haviam se mudado. Eu procurei, fui em casas de vizinhos, mas todos diziam a mesma coisa, que elas haviam se mudado e não havia mais nenhum tipo de notícias. Não sabiam para onde, os motivos e muito menos me falaram o dia exato que ocorreu essa mudança.

Hanna simplesmente evaporou de Washington .

— Não vai comer? — Oliver pergunta acenando bem na minha cara.

— Vou! — Respondo pegando o cargo. — Enxaqueca do inferno! — Exclamo balançado a cabeça.

— Tem uma farmácia aqui perto e passamos por lá. — Aceno e começo a comer contra a minha vontade.

Estou com fome, mas a vontade de comer não há.

Só consigo pensar e olhar para Hanna que está a poucos metros de distância.

Caramba, ela está tão linda! Mais linda do que a última vez que a vi e não consigo parar de olhar, porque cada vez que olho para ela, eu vejo algo diferente. Corpo volumoso, cabelos bem mais longos e ondulados, pernas torneadas, curvas visíveis e a voz, caramba, continua doce, mas está mais firme.

Ela se tornou uma mulher perfeita e pelo jeito, dona de si. Está diferente de antes e estou mais que confuso. O que será que ela tem feito?

— E a Samara? — Oliver chama a minha atenção, mas confesso que não entendi.

— O quê? — Engulo a comida a força.

— A Samara..., não estão namorando? — Reviro os olhos na mesma hora e bebo um pouco do suco.

— A minha mãe quer esse namoro, mas só existe na cabeça dela... — Falo não querendo lembrar disso. — E você? — Pergunto para mudar o assunto.

E claro, eu notei a forma como ele e Hanna se relacionam, mas sinto que nunca tiveram nada. Pelo que vi, eles se dão muito bem, são muito próximos e há uma certa intimidade, porém, preciso descobrir mais alguma coisa.

Não quero acreditar que Oliver esteja indo para a cama com ela. Isso não!

— Bom, quando acontecer eu... — O seu celular toca e corta a sua fala. — É do jurídico.

Oliver atende a ligação e volto a comer.

Voltando a história, fiquei ainda alguns dias a procura dela e nada, mas eu tinha que voltar já que os meus pais decidiram ficar cada um no seu lugar. A minha mãe decidiu ir para Londres e tive que pausar a minha faculdade, e lá, por pressão absurda comecei a fazer direito. Eu confesso, fui dominado pelas emoções dela já que o casamento tinha acabado e isso, por uma traição do meu pai.

Eles já não estavam muito bem, mas quando veio essa bomba, eu confesso que não esperava.

Não perdi o contato com o meu pai, sempre tivemos uma boa relação e para falar a verdade, somos mais próximos agora do que antes quando eles eram casados. Porém, no meio do curso de direito eu retomei o curso de arquitetura e foram anos devorando livros, ouvindo as reclamações de Dona Mônica e ainda pensando em Hanna.

Mas chegou um tempo em que eu vi que não dava mais.

Num período de férias, ainda voltei a Washington , mas, a casa já estava diferente e deduzi que elas não voltaram.

Ainda me lembro bem daquela porcaria de bilhete e ainda tenho guardado para me lembrar de como tudo aconteceu. Hanna dizia que estava farta de tantos problemas nos separarem, que os falatórios sobre ela eram demais e que pela nossa diferença de status, nunca daríamos certo e que ela precisava de um tempo.

Simples assim e aquilo não fazia sentido, sendo que estávamos fazendo planos antes disso.

Até hoje não há sentido algum, mas agora com ela aqui, eu não vou desistir de colocar tudo a limpo e claro, reconquistá-la novamente.

A nossa história ainda não acabou!

Gerlane Silva

Vamos seguir o perfil da autor aqui no app? Me dá essa forcinha que me ajuda muito aqui com o meu primeiro trabalho. Conto com vocês e obrigada!

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