Mattew Knox
A minha cabeça parece que vai explodir e estou com os nervos bem alterados. Não consigo explicar de forma alguma a confusão que está na minha cabeça e isso me deixa mais irritado.
— Que cara é essa? — Oliver questiona e tento disfarçar.
— Enxaqueca..., não bebi café e estou com fome. — O que não é mentira.
Não funciono bem sem um bom café de manhã e sinto o meu estômago vazio.
Está difícil de evitar olhar para Hanna, porque, porra foram anos de procura por ela e agora que ela está bem ali. Eu não entendo essa revolta toda comigo sendo que foi ela que sumiu do mapa. E do nada.
Conheci a Hanna de uma maneira completamente aleatória, mas, ela me encantou em tudo. O sorriso meigo, a voz doce, a beleza tanto interior como exterior. Ela é dona dos olhos cor de mel mais brilhantes que já vi e quando menos esperei, estava beijando a sua boca doce não querendo mais nada. Confesso, foi uma loucura pelo fato dela ser menor de idade e eu já nos vinte anos, mas, sabíamos o que queríamos e o nosso relacionamento era sério.
Apesar das desavenças externas e dos obstáculos, sempre superávamos e a incluía nos meus planos.
Falei sério quando disse a ela que moraríamos em Londres para fazer faculdade e eu já estava com tudo planejado. Eu a levaria comigo sem pensar duas vezes e era isso que eu contaria no dia do nosso piquenique. Mas os meus planos começaram a mudar quando na noite anterior, recebemos a notícia de que a minha tia havia falecido. Ela morava aqui em Nova York e tivemos que ir às pressas.
Fiz uma pequena carta para Hanna, informando da mudança de planos, porque ela estava sem celular. Pedi a Milton, o nosso mordomo, que entregasse a carta a ela e avisasse que eu voltaria em breve, e nisso, fui com a minha mãe. Para completar a situação, os meus pais já estavam em processo de separação e o clima entre eles eram pesado e desastroso.
Passei quase que uma semana em Nova York com a minha mãe, porque a minha tia morava sozinha e precisávamos cuidar de algumas coisas pessoais dela e nisso, Milton me garantiu que tinha entregado a carta a ela. Então fiquei despreocupado, minha a surpresa desagradável veio depois. Ao voltar, Milton me deu um certo bilhete que continha o nome dela, mas aquilo nem era para ser chamado de carta.
Hanna sumiu depois disso e ao procurar por ela, fui à casa que morava, mas estava vazia.
Não consegui contato e a única informação que descobri, é que elas haviam se mudado. Eu procurei, fui em casas de vizinhos, mas todos diziam a mesma coisa, que elas haviam se mudado e não havia mais nenhum tipo de notícias. Não sabiam para onde, os motivos e muito menos me falaram o dia exato que ocorreu essa mudança.
Hanna simplesmente evaporou de Washington .
— Não vai comer? — Oliver pergunta acenando bem na minha cara.
— Vou! — Respondo pegando o cargo. — Enxaqueca do inferno! — Exclamo balançado a cabeça.
— Tem uma farmácia aqui perto e passamos por lá. — Aceno e começo a comer contra a minha vontade.
Estou com fome, mas a vontade de comer não há.
Só consigo pensar e olhar para Hanna que está a poucos metros de distância.
Caramba, ela está tão linda! Mais linda do que a última vez que a vi e não consigo parar de olhar, porque cada vez que olho para ela, eu vejo algo diferente. Corpo volumoso, cabelos bem mais longos e ondulados, pernas torneadas, curvas visíveis e a voz, caramba, continua doce, mas está mais firme.
Ela se tornou uma mulher perfeita e pelo jeito, dona de si. Está diferente de antes e estou mais que confuso. O que será que ela tem feito?
— E a Samara? — Oliver chama a minha atenção, mas confesso que não entendi.
— O quê? — Engulo a comida a força.
— A Samara..., não estão namorando? — Reviro os olhos na mesma hora e bebo um pouco do suco.
— A minha mãe quer esse namoro, mas só existe na cabeça dela... — Falo não querendo lembrar disso. — E você? — Pergunto para mudar o assunto.
E claro, eu notei a forma como ele e Hanna se relacionam, mas sinto que nunca tiveram nada. Pelo que vi, eles se dão muito bem, são muito próximos e há uma certa intimidade, porém, preciso descobrir mais alguma coisa.
Não quero acreditar que Oliver esteja indo para a cama com ela. Isso não!
— Bom, quando acontecer eu... — O seu celular toca e corta a sua fala. — É do jurídico.
Oliver atende a ligação e volto a comer.
Voltando a história, fiquei ainda alguns dias a procura dela e nada, mas eu tinha que voltar já que os meus pais decidiram ficar cada um no seu lugar. A minha mãe decidiu ir para Londres e tive que pausar a minha faculdade, e lá, por pressão absurda comecei a fazer direito. Eu confesso, fui dominado pelas emoções dela já que o casamento tinha acabado e isso, por uma traição do meu pai.
Eles já não estavam muito bem, mas quando veio essa bomba, eu confesso que não esperava.
Não perdi o contato com o meu pai, sempre tivemos uma boa relação e para falar a verdade, somos mais próximos agora do que antes quando eles eram casados. Porém, no meio do curso de direito eu retomei o curso de arquitetura e foram anos devorando livros, ouvindo as reclamações de Dona Mônica e ainda pensando em Hanna.
Mas chegou um tempo em que eu vi que não dava mais.
Num período de férias, ainda voltei a Washington , mas, a casa já estava diferente e deduzi que elas não voltaram.
Ainda me lembro bem daquela porcaria de bilhete e ainda tenho guardado para me lembrar de como tudo aconteceu. Hanna dizia que estava farta de tantos problemas nos separarem, que os falatórios sobre ela eram demais e que pela nossa diferença de status, nunca daríamos certo e que ela precisava de um tempo.
Simples assim e aquilo não fazia sentido, sendo que estávamos fazendo planos antes disso.
Até hoje não há sentido algum, mas agora com ela aqui, eu não vou desistir de colocar tudo a limpo e claro, reconquistá-la novamente.
A nossa história ainda não acabou!
Vamos seguir o perfil da autor aqui no app? Me dá essa forcinha que me ajuda muito aqui com o meu primeiro trabalho. Conto com vocês e obrigada!
Hanna DawsonAquele almoço foi o mais esquisito de todos e não estou exagerando.Depois do meu almoço tenso com a Tati que a cada segundo eu sentia estar sendo observada. Eu pedi apenas algo leve e saímos juntas os deixando comerem e fizemos uma caminhada leve pela avenida, então, entramos em algumas lojas.Eu estava tensa e muito fechada, mas olhar certas coisas enquanto ouvia as besteiras da Tati, me fizeram se sentir melhor, então, quando voltei para à empresa, eu estava mais leve. Estou passando a tarde dentro da minha sala, me ocupando com documentos, e-mails e ligações e focando o máximo possível para não ter tempo de pensar besteiras, mas não paro de olhar para o relógio querendo que dê a hora de ir embora.Eu nunca fui de me preocupar em querer que o tempo passasse, porque sempre trabalhei com vontade e gosto daqui. Mas hoje está diferente.— Posso entrar? — Para a minha surpresa, é Mattew.— Pode! — Respondo ficando de pé e ele fecha a porta. — No que posso ajudar, Sr. Knox?—
Hanna DawsonO que estou fazendo? Isso é loucura e das grandes!Estou perdendo o controle, mas não consigo parar.Estou encurralada na parede ao lado da porta e Oliver está com uma mão agarrada aos meus cabelos pela nunca, e a outra, na minha cintura a pressionando. Já deixei alguns gemidos escaparem e estou com as mãos no seu peito, retribuindo o beijo da mesma forma.Os lábios de Oliver são quentes, ousados e fico mole por ele chupar a minha língua como se fosse arrancá-la. Fora que, ele está tão colado a mim, que sinto bem o seu peito definido e o seu perfume forte bem potencializado. Eu não consigo colocar os meus pensamentos em ordem.Confesso, isso está muito bom, mas lembro que ele e Mattew são amigos.Isso não está certo!— Oliver... — Sussurro na sua boca. — Precisamos parar. — Oliver desce para o meu pescoço e mordo os meus lábios.O meu pescoço e orelhas são a minha fraqueza e droga, não está fácil tendo que cortar isso.— Quer mesmo parar? — Droga, a voz dele é carregada de
Mattew KnoxEstou largado no sofá do apartamento e tenho uma enxaqueca de outro mundo enquanto tento ainda processar a loucura desse dia. Tudo foi o contrário do que imaginei que seria, a reviravolta foi tanta que não consegui me concentrar em nada na empresa, pelo simples fato de ter sido bombardeado por lembranças.Lembranças essas que eu faço questão de manter vivas e fortes.Como que é possível eu dar de cara com a Hanna do nada? Como que ela estava bem ali? Parando para pensar, se eu tivesse decidido começar o meu trabalho antes, eu já teria a encontrado e porra, eu ainda não consigo entender isso. Me lembro bem de cada conversa nossa, dos nossos encontros, do sorriso que ela tinha, do brilho no olhar, da forma como ela era leve e espontânea e foi nisso que me apaixonei.Eu amava Hanna e não demorei a perceber isso.Me levanto do sofá retirando a minha blusa e caminho até o banheiro. Procuro um remédio para dor de cabeça e tomo na mesma hora e aproveito para tomar um belo banho.
Hanna DawsonQue preguiça e não queria acordar agora. Sério, como que já é de manhã?Acordo com o celular tocando embaixo do meu travesseiro e sinto a minha garganta completamente seca. Forço os meus olhos a abrirem e procuro o celular, passando a mão por debaixo e ao encontrar, os meus olhos ardem pela luz, mas consigo ver que é a minha mãe ligando em chamada de vídeo.Estranho ela ligar a essa hora.— Oi, mãe. — Atendo de olhos fechados, porque esse brilho incomoda.— Bom dia, meu amor. — Ela fala mais animada que ontem. — Te acordei, não foi?— Não tem problema, vou já trabalhar mesmo. — Falo bocejando e olhando que iria acordar em cinco minutos. — Como se sente? — Pergunto na briga para abrir mais os olhos.— Um pouco melhor, mas não sinto vontade de comer..., devem ser os remédios. — Ela fala fazendo uma cara feia.— Sentiu mais alguma coisa? — Ela nega com a cabeça.— Só a fraqueza mesmo, está chateada? — Ela me olha preocupada e bocejo novamente.— Fique tranquila, a sua saúde é
Hanna DawsonNão consigo de forma alguma achar um motivo plausível para ele estar aqui.Será que é pelo beijo?Oliver sai do carro numa cena de filme em que qualquer mulher babaria por ele. Oliver usa uma calça escura, um cinto, uma blusa branca de botões e aposto que o seu blazer está no carro, mas para completar, ele usa óculos escuros e ao olhar para mim, ele retira e abre um leve sorriso bem galante.Ele está jogando sujo.— Hanna..., se depois dessa você não se agarrar esse homem, eu juro que eu mesma te mato. — Tati diz entre dentes ao meu lado. — Caramba! Depois daquele beijaço, ele veio te buscar..., vai lá e beija ele outra vez. — Ela diz praticamente me beliscando.— Mas e você? — Questiono por que iriamos juntas.— Eu sei o caminho da empresa..., vá logo. — Ela praticamente me empurra.Tati faz um breve cumprimento a ele, um sinal com a mão e caminha até o seu carro, então, me aproximo dele e o vento faz questão de me dar uma parte do seu perfume.— Bom dia, Sr. Blake. — Dig
Mattew KnoxQue dia de porre e de estresse!Planejei e achei que seria uma coisa, mas foi tudo completamente diferente.O meu dia na obra hoje foi uma completa exaustão e pude ver de perto os motivos que Oliver tem tanto estresse com esse projeto. Mefheo, parece ter merda na cabeça querendo coisas impossíveis e a todo momento, ele ficava querendo dar novas ideias e cortei logo toda e qualquer sugestão.Já perdemos muito tempo com isso.Consegui me livrar dele no meio do dia o fazendo se concentrar nos materiais de decoração da ala principal e inventei uma história qualquer sobre alguns itens. Ele correu para conseguir tudo o mais rápido possível e foi quando eu tive um pouco de paz e consegui conversar com os trabalhadores os mostrando bem a planta original e definitiva.Até com a ausência de Mefheo os homens trabalharam melhor!No final do dia, eu pude ver uma diferença grande e fui embora querendo um banho e comer alguma coisa. Mas uma coisa eu preciso confessar, mesmo diante de tant
Hanna DawsonNenhuma palavra é capaz de descrever com exatidão a raiva que eu tenho agora.Sou capaz de matar alguém agora. Quer dizer, mais ou menos, mas estou puta!Que ódio!Entro dentro de casa e tranco a porta da forma mais violenta possível e a vontade que tenho é de quebrar qualquer coisa. Pensei que essa noite seria diferente, mas bastou Mattew, dar as caras depois anos para começar a interferir na minha vida e sinceramente, demorei tanto tempo para me sentir bem que quando decido me permitir, isso acontece.Depois que Mattew fez o que fez, eu não tive mais relacionamentos e isso pelo medo de me apegar.Claro, conheci pessoas e me envolvi, mas nada sério desde o Mattew e quando eu vi que poderia dar certo, o tombo vem e em nome dele. Como que pode uma coisa dessas? Logo Oliver tinha que ser amigo dele? Logo Oliver tinha que ter uma sociedade com ele e de cara eu tenha que trabalhar com os dois?Isso não é justo!Não consigo explicar a raiva que tenho dentro de mim por essa situ
Hanna DawsonEspero um tempo tentando digerir isso tudo, mas os meus nervos estão malucos. Já sei que ele está perto de chegar e eu preciso ter paciência. Muita paciência e controle.Abro a porta depois de ouvir batidas e vejo Mattew, parado com as mãos nos bolsos. Os nossos olhos se encontram e nos encaramos de uma forma que não consigo explicar. Olhar nos olhos dele me faz voltar ao passado, porque era o que eu fazia a toda hora já que ele tem os olhos mais lindos e profundos que já vi.Mattew tem um brilho no olhar e ao misturar com o azul fechado de agora, não tem como não admirar. Eu não vou ser hipócrita, Mattew é lindo e mais lindo que antes e ao pensar nisso, ele deve ter todas as mulheres atrás dele.— Eu posso entrar? — Ele pergunta me fazendo voltar ao agora.— Claro..., a casa é simples, mas é organizada. — Falo lhe dando passagem e depois fecho a porta. — Pode ficar à vontade.Ele entra olhando tudo ao redor. Ele olha o sofá, a televisão, os itens como jarros de decoração,