Era uma noite de lua crescente, e a tensão na alcateia era imensa. Os rumores sobre a alcateia de Lúcifer estavam causando medo e incerteza entre todos. A influência da lua afetava fortemente Lorelai, que lutava desesperadamente contra seu lado fera com a ajuda de sua nova família. Lorelai estava no quarto, suando e tremendo, enquanto a febre e a dor a consumiam. Josh e Helena estavam ao seu lado, tentando confortá-la e ajudá-la a controlar a transformação iminente. — Lorelai, você precisa resistir — disse Helena, sua voz firme, mas cheia de preocupação. — Não deixe a transformação acontecer. Lorelai cerrava os dentes, sentindo cada músculo do seu corpo se contorcer. As memórias traumáticas de seu pai e a noite em que foi marcada voltavam com força total. Ela lutava para manter o controle, mas a influência da lua crescente era poderosa demais. — Josh... — sussurrou Lorelai, com a voz fraca. — Me ajude... Josh segurou a mão dela com força, tentando transmitir toda a sua força e a
A transformação de Lorelai em um lobo branco com olhos azuis havia sido um choque profundo para ela e para todos ao seu redor. Além da confusão que sentia com a nova forma, Lorelai lidava com as particularidades de sua vida de maneira estressante. Estava presa em casa, constantemente vigiada e protegida pela alcateia de Helena por conta da ameaça de Lúcifer. A sensação de confinamento a deixava ansiosa e inquieta. Certo dia, já cansada daquele cuidado extremo e sentindo saudades de sua rotina normal, Lorelai decidiu que precisava de um pouco de liberdade. Esperou um momento em que todos estavam ocupados e fugiu com sua bicicleta, pedalando com determinação até a cidade. Ela acabou em um bar underground, um lugar escuro e cheio de pessoas que pareciam querer escapar de suas próprias realidades. Lorelai sentou-se no balcão e pediu uma bebida, esperando que o álcool ajudasse a aliviar a tensão. No entanto, após várias doses, percebeu que o álcool não tinha efeito em seu corpo, frustra
Lorelai tentou manter a calma enquanto estava frente a frente com Lúcifer, o homem que a havia marcado e o líder da alcateia inimiga. Ele observou a confusão e o medo em seus olhos e ofereceu um sorriso ameno. — Relaxe, Lorelai. Eu não sou o monstro que pintam — disse Lúcifer, sua voz suave, quase hipnótica. — Eu até posso ser o pior pesadelo de alguém às vezes, mas só sou ruim com quem merece, como o seu pai. Lorelai sentiu uma onda de raiva e desconfiança enquanto o homem sorria para ela. A jovem não queria acreditar em nada do que ele dizia. — Eu não acredito em você. Sei que é um monstro terrível! — ela respondeu, sua voz trêmula de indignação. Lúcifer balançou a cabeça lentamente, mantendo o sorriso. — Eu entendo sua desconfiança, mas permita-me contar a minha versão da história. Helena não é a santa que você pensa. Ela é uma megera disfarçada de boa moça. Ela perdeu sua influência como a
Depois de dias de inquietação e desconfiança, Lorelai finalmente convenceu a família a deixá-la voltar a trabalhar na mercearia. Após algumas negativas, Helena acabou a libertando de sua redoma, permitindo que a garota voltasse à sociedade sem vigias até para ir ao banheiro. Lorelai retomou a trabalhar com afinco rapidamente, na verdade seu vigor era tanto que chegou a assustar Miguel, que estava contente com sua volta, já que o trabalho era pesado sem ela; Lorelai se sentiu extremamente bem ao saber que era útil para o garoto. A jovem Sentia-se mais normal entre os clientes e o trabalho cotidiano, tentando recuperar um pouco da rotina que tanto lhe fazia falta. Em uma tarde de pouco movimento, enquanto Lorelai atendia no balcão com um sorriso simpatico, um homem loiro entrou na mercearia. Lorelai sentiu o coração acelerar ao reconhecê-lo, mas ele agiu como se nunca a tivesse visto antes; já ela não conseguiu fingir normalidade por sequer um segundo. Ele ignorou completament
Lorelai sentou-se na cadeira de couro, seus olhos fixos nos de Lúcifer. A sala estava imersa em uma luz suave, quase etérea, que contrastava com a tensão entre eles. Damian permaneceu em silêncio, observando a cena com um olhar atento. Lúcifer se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos e entrelaçando os dedos. — Lorelai, preciso que você entenda algo muito importante — começou ele, sua voz calma e controlada. — Eu venho observando você há alguns anos. Lorelai franziu a testa, surpresa e confusa. — Observando? Por quê? — perguntou ela, tentando processar a informação. Lúcifer fez uma pausa, escolhendo cuidadosamente as palavras. — Você morava na área da floresta que pertence à minha alcateia. Nós temos uma forte conexão com nosso território e mantemos um olho vigilante sobre qualquer coisa que ocorra nele. Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Nunca havia imaginado que estivesse sendo vigiada todo esse tempo. — Então, você sabia sobre mim desde
Com o passar do tempo, a vigilância constante sobre Lorelai foi relaxando, permitindo-lhe retomar algumas de suas rotinas normais. A sensação de liberdade voltou a fazer parte de sua vida, e com isso, ela voltou a treinar com Josh na clareira. Desde sua transformação, Lorelai notava mudanças significativas em seu corpo. Seus reflexos estavam mais rápidos, sua força era impressionante e, em muitas ocasiões, superava a de Josh. A clareira, iluminada pela luz suave do sol filtrada pelas árvores, tornava-se um campo de batalha onde Lorelai podia explorar suas novas habilidades. Num fim de tarde, após uma luta intensa onde Lorelai saiu vitoriosa, ambos se sentaram na grama, ofegantes. Josh, suado e sorridente, olhou para ela com admiração. — Você está ficando incrivelmente forte — disse ele, passando a mão pelo cabelo molhado de suor. Lorelai sorriu, mas havia algo que ela precisava saber. Respirou fundo, tentando encontrar a maneira certa de fazer a pergunta que estava em sua me
Lorelai estava sentada na beira da cama, o diário de Helena guardado em segurança debaixo de seu colchão. A cada dia que passava, a necessidade de respostas crescia, e seu desejo de confrontar Helena se intensificava. Mas, por mais que quisesse agir, sabia que precisava ser cautelosa. Naquela noite, enquanto a lua crescente brilhava através da janela, Lorelai não conseguiu dormir. Ela se levantou e caminhou pelo quarto, seus pensamentos voltando repetidamente a Damian e Lúcifer. E então, como se o destino tivesse ouvido seus pensamentos, Damian apareceu novamente. Desta vez, Lorelai não se assustou. Ela o aguardava em pensamento, preparada para mais uma visita ao lado de Lúcifer. — Você está pronta para mais respostas? — perguntou Damian, com seu sorriso brincalhão. Lorelai assentiu, resoluta. — Sim, estou. Vamos. Damian a levou novamente em sua moto, e a viagem até a cidade foi silenciosa, mas cheia de expectativa. Chegaram ao prédio luxuoso, e Damian a conduziu até a s
O sol estava prestes a se pôr quando Lorelai recebeu uma carta com um selo elegante e desconhecido. Ela abriu o envelope com cautela, seu coração palpitando com a antecipação do desconhecido. Dentro, encontrou uma carta de aceitação de uma instituição de ensino para a qual ela nunca havia se inscrito. A carta parabenizava-a por sua bolsa integral e informava que ela deveria se mudar para as instalações do campus no início do semestre letivo.Lorelai releu a carta várias vezes, tentando entender como isso havia acontecido. Logo percebeu que isso deveria fazer parte das instruções que Lúcifer havia mencionado. Ele estava movendo as peças do tabuleiro de seu grande plano, e ela era uma delas.No jantar, Lorelai anunciou a notícia, tentando esconder sua surpresa e fingindo felicidade pela oportunidade. A reação de Helena, no entanto, foi imediata e intensa.— Você não pode sair desta casa — disse Helena, sua voz carregada de autoridade e irritação. — Você faz parte desta alcateia, e sua l