O vislumbre da liberdade.
— Deixe-me cuidar de você — peço, interrompendo-o e aproximo-me lentamente, na verdade, cautelosamente. Deixo uma mão minha deslizar por seu peitoral e sinto Logan resfolegar apenas com o meu toque. Minha mão desliza outra vez subindo até chegar a sua nuca e o puxo para um beijo profundo que me faz nausear imediatamente. Suas mãos se apossam da minha cintura com avidez e força, e desliza para a minúscula calcinha que estou usando, apalpando com força a minha bunda.
— Sabia que um me entenderia, meu amor! — sibila sofregamente contra a minha boca. — Deus, como sou louco por você! — Ele segura firme em meus cabelos e aprofunda ainda mais o maldito beijo. Seguro a forte ânsia de vômito que sobe a minha bílis e permito que a sua língua invada a minha boca, e quando ele pensa em me levar para a cama, eu paro o beijo bruscamente, forçando mais um sorriso sexy. Contudo, ele me olha perdido e ofegante.
— Agora seja um bom menino e vá para cama, querido — peço docemente. Logan me lança mais um olhar confuso. — Deixe que eu cuido de tudo. — Continuo a sussurrar, enquanto empurro o seu corpo com leveza e sem pressa, fazendo-o sentar-se no colchão e atrevida, me sento em seu colo em seguida. Mais uma vez ele espalma as suas mãos na minha bunda e aperta as minhas carnes com força. Torno a beijá-lo uma, duas vezes e volto a encará-lo. Seus olhos agora estão pesados de desejo. Sim, ele está entregue a mim, eu sei que sim. — Me espere bem aqui, garoto levado — sussurro audaciosa. — Porque quero sentir o gosto da sua bebida preferida direto na sua boca. — O desgraçado sorrir para a minha sugestão. Então saio de cima dele sem deixar os seus olhos e em seguida, saio da cama também. Vou até a cômoda e abro a garrafa de uísque. Contudo, estremeço quando o sinto colar o seu corpo atrás do meu e a sua boca dá algumas sugadas em minha nuca.
— Dose dupla, pura e sem gelo, por favor! — Ele pede com a voz grossa e rouca, deslizando a sua boca por minhas costas e deixando uma trilha de beijos nela, e dando algumas mordidinhas na minha pele. Sirvo a sua bebida do jeito que me pediu, porém, após o seu preparo, derramo o pó dentro dela e misturo com o meu indicador. Ansiosa, viro-me de frente para ele interrompendo os seus carinhos.
— Aqui está, meu amor. Agora, me faça sentir o seu gosto preferido na minha boca — peço sussurrante e provocativa. Logan segura o copo, olha em meus olhos e leva o copo a boca, bebendo um gole pequeno demais. Atrevida, seguro o copo ainda em sua mão e o levo a sua boca novamente. — Estou ansiosa para senti-lo, querido. — Volto a provocá-lo, dessa vez sussurrando ao pé do seu ouvido e ele torna a me beijar. Tem como o coração bater mais rápido? Eu achava que não, contudo, o meu parece querer sair pela boca. Ele bebe outro gole grande e tenta se desfazer do copo. No entanto, eu não permito. Me aproximo e o beijo, pedindo mais e ele faz. Logan simplesmente esvazia o copo e o larga em cima da cômoda, puxando-me bruscamente para o seu colo. Minhas pernas envolvem a sua cintura e ele caminha de volta para a cama.
— Agora, eu quero você, minha doce Eva! — rosna, devorando mais uma vez a minha boca.
Não! Por que isso não faz efeito logo?! Meus nervos reclamam. Eu não suportaria o seu toque, o seu cheiro, nem o seu calor em cima de mim. Aguente só mais um pouco, Eva, só mais um pouco! Meu cérebro grita desesperadamente. Ele me deita no colchão e o seu corpo grande demais logo está sobre o meu. Logan tem pressa e suas mãos hábeis imediatamente começam a se livrar do meu sutiã. Ele suga com veemência um bico do meu seio e depois o outro, alternando entre as sugadas e o aperto de suas mãos. Começo a sufocar em meu próprio desespero de querer fugir daqui e o meu corpo congela por dentro. Escuto as batidas do meu coração como um surdo que grita seu tom mais alto e abafado, e a minha cabeça começa a girar.
Preciso respirar!
Preciso respirar!
Preciso respirar!
Meu cérebro grita, ansiando pelo oxigênio dos meus pulmões.
— Droga, mas o que? — Ele resmunga atordoado e para todos os seus movimentos. Seus olhos correm imediatamente para os meus, fazendo-me ofegar de medo. — O que você fez, Eva? — inquire entre dentes, afastando-se de mim e puxa a gravata com desespero, tentando livrar-se do tecido listrado. — O que você fez comigo, Eva? — Logan repete e começa a suar. Desesperada, eu me sento em cima do colchão, encolhendo-me próximo ao espaldar da cama. — Eu vou matar você, sua puta! — rosna quase sem forças, porém, enfurecido. Seus olhos começam a pesar e o seu rosto muda para um vermelho assustador. — Eu vou destrui-la, sua vagabunda! Eu vou… eu… eu vou… — Então ele cai com todo o corpo em cima do colchão. Assustada, eu salto para fora da cama e encaro o corpo caído lá, e sem saber o que fazer começo a andar de um lado para o outro quarto. Eu matei? Deus do céu, eu o matei! Nervosa, volto para perto da cama e o toco. O homem está completamente imóvel e gelado. Merda, eu o matei mesmo! Torno a andar de um lado para o outro exasperada. Então, paro abruptamente e respiro fundo algumas vezes. Em um ímpeto, corro para dentro do closet, troco de roupa e começo a separar umas peças do meu vestuário, alguns acessórios e jogo tudo dentro de uma bolsa.
Coração disparado, respiração acelerada, corpo trêmulo e gelado! Que porra, Eva, essa é a sua única chance! Rosno para mim mesma e calço um par de tênis, volto até a cama, fuço os seus bolsos a procura das chaves e quando as encontro vou imediatamente para a porta. Com as mãos tremendo muito levo a chave até o trinco e abro a porta sentindo uma sensação incrível tomar conta de mim, mas não vou negar, estou apavorada. E se alguém me descobrir? E se descobrirem o que eu fiz? Oh, Deus, estou ferrada e estou suando frio também. Corro pelo corredor a fora e paro bem no final dele. Ofegante, tento controlar o som da minha respiração e observo o movimento no andar de baixo da casa. Tudo parece bem tranquilo daqui. Penso e começo a descer as escadas sem fazer barulho. Um sorriso nervoso surge nos meus lábios, junto a um fio de esperança. Com passos rápidos, entro no curto corredor que me leva a porta do escritório e nervosa testo as chaves, até que a porta se abre para mim. Engulo em seco e largo a bolsa para ir até a parede e movo o quadro pesado de lá. A senha. Qual é a senha? Pensa, Eva, pensa! Agitada, começo a apertar os números no teclado e vibro quando a pequena porta se abre para mim. Meus olhos percorrem ávidos pelos maços de dinheiro arrumados estrategicamente em fileiras e eu pego pelo menos dois deles, abrindo um sorriso grande e aliviado quando vejo os meus documentos lá dentro. Jogo tudo dentro da bolsa e antes de sair do escritório, observo a quietude da casa outra vez.
Merda, para onde eu vou agora?
Não posso simplesmente sair pela porta da frente. Paro um pouco para pensar e decido ir para a biblioteca. Observo o caminho nada fácil devido as roseiras que tem pelo em seu trajeto, porém, escolho sair da mansão pelo caminho literalmente mais espinhoso para fugir daqui. Respiro fundo mais vezes, pego o livro que estava lendo em cima da mesa e jogo-o dentro da bolsa. Na sequência, pulo a janela e corro para os fundos da casa. Frustrada, observo o muro alto demais, depois para as árvores sem folhas e decido que esse é a única saída favorável. Jogo primeiro a bolsa que fica presa em um dos galhos e na sequência, começo a escalar o tronco. Com um sorriso nervoso alcanço o topo do muro e contemplo as ruas calmas e sem movimento a essa hora. Olho para trás satisfeita por não haver ninguém por perto e após ajeitar a bolsa em meu ombro, eu finalmente pulo nos braços da liberdade. Enquanto corro feito uma condenada pela longa calçada, meus olhos derramam lágrimas incessantes. A minha visão está turva, mas o meu coração está aliviado e em algum momento me pego rindo também. E só quando estou a uma distância segura da minha prisão de ouro, eu paro de correr e olho para todos os lados a procura de uma direção para seguir. É, eu não tenho um plano, mas sei que não posso deixar rastros para ele me encontrar. Então preciso pensar cuidadosamente em qual será o meu primeiro passo. Ainda passo horas caminhando pela cidade, maravilhada com as suas luzes e com os movimentos de carros e pessoas de uma avenida, e quando dou conta estou em frente a uma rodoviária. O dia já está quase raiando quando finalmente entro em um ônibus, apoio a minha cabeça no encosto macio e aliviada penso que estou indo sabe Deus para onde. Só sei que estarei bem longe daqui e principalmente dele.
O ônibus para em um campo verdejante e florido. É confuso pensar que não há casas aqui e nem pessoas também. Respiro fundo olhando para o horizonte, até onde a minha vista possa alcançar e penso em voltar para o ônibus e perguntar onde realmente estou. No entanto, ele já não está mais aqui. Bufo audivelmente e largo a bolsa pesada na grama, sentando-me logo em seguida e sem ter muito o que fazer, me deito e encaro o céu azul. Contudo, solto um grito animalesco quando Logan surge bem na minha frente, mais propriamente sobre o meu corpo e os seus olhos expressão uma ira espantosamente agressiva.
— Você me matou, sua puta e eu vou destrui-la também! — Ele rosna e uma mão sua segura firme em minha garganta, roubando a minha capacidade de respirar.
— Não! Não! Me solta!
Puxo a respiração com força e abro os olhos, percebendo que ainda estou dentro do ônibus. Do meu lado, um passageiro me olha esquisito e viro a cabeça para o lado, para observar a rua com um dia já claro. Ajeito-me no banco acolchoado para apreciar as lindas paisagens na estrada e me pego sorrindo feito uma boba, levando as mãos aos vidros transparentes como se fosse uma criança ansiando por aquela linda novidade. Ainda não acredito que saí daquele maldito inferno. Deus, quantas vezes sonhei com esse momento? Tantas que já perdi as contas. Em algum momento o movimento do coletivo começa a perder a sua força e novamente me pego ansiosa para encontrar o final dessa estrada. Só digo que tudo que vi até agora encantou demasiadamente os meus olhos e que a minha cabeça já estava cheia de planos para um futuro bem próximo.
***
NOTAS DO AUTOR:
E agora, para quais caminhos essa liberdade levará a nossa querida Eva?
E Logan, deixará por isso mesmo?
Não se esqueçam de comentar no livro, de colocar em sua bibloteca e de avaliar. Até os próximos capítulos!
Bom, aqui estou eu para a minha mais nova realidade, em busca de um sonho, reencontrar a minha família, rever os meus amigos e descobrir porque todos se afastaram de. Mas, isso ficará para depois, por enquanto eu preciso desaparecer para que o meu marido nunca me encontre e quem sabe conquistarei a minha tão sonhada liberdade?***Dias atuais...— Ei, garota, ou, acorda! — Uma voz masculina pede e com um resmungo baixo, eu me ajeito em cima da poltrona, olhando o lado de fora do ônibus. — Já chegamos. — Ele informa.— Chegamos aonde? — questiono após bocejar e me espreguiçar, olhando com curiosidade a belíssima cidade através da janela.— Estamos em Monte Verde, senhorita, no interior de Minas Gerais. — Ele diz e meu peito infla tanto que parece que os meus pulmões vão explodir, e um sorriso tão grande vem logo em seguida. No mesmo instante me agito e tiro minha bolsa do bagageiro acima da minha cabeça e me habilito a sair do coletivo. Qual a sensação de pisar no chão com os meus próp
O sol finalmente brilha para todos.— Acordada a essa hora, menina? — A voz da doce senhora me faz parar rígida a caminho do fogão.— Ah, é! — Chego a resfolegar. — Tive um pesadelo e…— Gostaria de um chá. – Ela afirma e eu respiro fundo.— Sim, eu gostaria.— Sente-se, menina, deixe isso comigo. — Apenas assinto sem contestar.Observo dona Dolores ir para atrás do balcão e abaixo dele ela pega um enorme pote de vidro com algumas folhas dentro dele. — Eu amo chá de laranjeira e ele vai te ajudar a dormir melhor. — Sorrio de boca fechada. Dormir melhor, é disso que eu preciso. Penso. — Quando estou sem sono é ele quem me salva e quando se está muito agitada, ele é um santo remédio. — Ela resmunga e põe algumas folhas dentro do bule, o levando ao fogo em seguida. — Não quero me meter na sua vida, menina, mas algo me diz que você veio para Monte Verde para se esconder de algo que te faz muito mal. — A mulher comenta e me lança um olhar escrutínio que me deixa incomodada. Até parece que
Uma segunda chance para a vida.Havia me esquecido de como é bom me divertir, conversar, sorrir e ter amigos, mas principalmente, havia me esquecido de que preciso tomar decisões e continuar com a minha vida tomando essas decisões. Tipo, por três anos precisei ocupar o meu tempo para não enlouquecer e agora preciso ocupar o meu tempo para me favorecer e acredite, viver enfiada na quitando da Lídia ou enfurnada no quarto da pousada de dona Dolores me mantém no patamar que antes, com o diferencial de que não vivo tensa e sim, sorridente. É como se eu fosse um passarinho e por muitos anos a portinha da gaiola estivesse fechada, no entanto, agora ela que está aberta e eu simplesmente não sei por onde começar. Contudo, preciso fazer algo que me faça sentir útil. Eu preciso de um emprego... acho. Penso enquanto ajudo a doce senhora a guardar a louça dentro do armário.— Eu estive pensando — comento de repente. Ela me entrega outra pilha de loucas limpas e secas, e eu levo para o outro armár
Nem tudo é perfeito, mas ainda assim, vale a pena viver.— Boa sorte para você! — A mulher resmunga e se afasta da porta, voltando pelo corredor.— O quê? Você não vai...— Boa sorte, garota! — Respiro fundo e encaro a porta fechada por alguns segundos, e só então eu levo uma mão ao trinco, girando-o logo em seguindo e abro apenas uma brecha. Imediatamente levo a outra mão a boca e seguro o riso quando vejo que as meninas estão envolvidas em uma guerra de travesseiros em cima das camas de solteiro, que estão uma bagunça. Abro ainda mais a porta e adentro o quarto para chamar-lhes a atenção, mas, elas parecem não perceber a minha presença. Até um apito agudo soar por todo o cômodo. Um som tão irritante que me faz tampar os ouvidos. As meninas param a guerra imediatamente e olham na direção do som.— Suas pestinhas mal-educadas, parem com isso já! — Só então me dou conta de que a sargenta... digo, a governanta havia voltado.— Sua chata! — Uma das meninas ralha e desce da cama. A outra
Uma babá fora de série.Respiração pesada, suor frio, medo e pavor. Eu consigo ouvir até os sons dos seus passos pelo longo corredor atrás daquela porta. Droga, a noite aqui nessa mansão parece bem pior do que o dia! Penso e imediatamente vou para a pequena varanda. Apoio-me no peitoril e puxo a respiração várias e várias vezes, mas para o meu desespero, ela não vem.— Ele não está aqui, Eva. Ele não está aqui. — Repito incontáveis vezes, tentando me convencer do óbvio, mas o meu cérebro parece não aceitar essa informação. Forço-me a abrir os olhos e tenho o vislumbre da garoa fina que começa a cair pela madrugada, molhando as folhagens do jardim. Extremamente ofegante, eu saio da cama e na sequência do quarto apressada, e ando com a mesma pressa pelo corredor, abraçando a escuridão dos cômodos pelo caminho, e com uma ansiedade palpável, abro a porta da frente e aprecio o frio implacável que vem do lado de fora. Ansiosa pela paz, eu corro de encontro ao frio da madruga, recebendo os p
Uma doce melodia tem poder de afastar os nssos medos.— Esperem aqui, meninas, eu tive uma ideia. — Salto para fora da cama, ouvindo os seus protestos atrás de mim e corro até o quarto delas. Pego seus celulares e os fones de ouvidos que estão largados nos criados mudos ao lado de suas camas e volto imediatamente para o meu quarto. — Prontinho. Agora coloquem esses fones — peço sem lhes dar muitas explicações e começo a mexer nos aparelhos. Logo uma melodia clássica começa a tocar e elas me encaram desnorteadas. — Agora se deitem e concentrem-se nessa música. Ela vai acalmá-las e vocês não vão mais ouvir esses trovões. — Elas se olham e depois para mim.— Tem certeza, Eva? — Sorrio para passar-lhes confiança.— Só, fechem os olhos e concentrem-se na melodia, meninas — insisto e não demora para elas relaxarem e adormecerem. No segundo seguinte, estou sozinha outra vez e volto para os meus pensamentos errantes. Fito as garotas adormecidas por algum tempo e penso se aquela música seria c
— Você viu o que eu vi? — Ska pergunta livrando-se das suas roupas para entrar no chuveiro, enquanto me dedico a escovar os meus dentes diante do espelho retangular da bancada de mármore perolado. — Eles não pareciam... — Rolo os olhos para essa conversa completamente sem sentido. Diferente de mim, Ska é uma garota romântica e sonhadora. Ela costuma ver tudo cor de rosa e para tudo existe um lado bom das coisas. Já eu, sou mais realista e durona, do tipo pé no chão mesmo e desde o acidente de mamãe, sinto-me responsável por tanto por ela quanto pelo nosso pai. Valéria pode até me achar criança demais, a final, quem daria ouvidos a uma adulta minúscula de apenas sete anos que ver a realidade nua e crua da vida como eu? Arg! Ela pensa que não percebi, mas com certeza está rodeando o meu pai, e pode ter certeza de que não irei facilitar uma relação entre eles. Ela até podia ser a pessoa certa para o cargo de esposa do senhor Erick Ventura e mãe perfeita para as filhas de um viúvo descons
A arte imita a vida.Horas depois...— Ok, meninas, do que vocês precisam? — Eva pergunta, entrando no nosso quarto de brinquedos. É final de tarde e tudo está preparado para a nossa encenação. Em um canto perto de uma janela larga tem uma pequena mesa montada com um jantar de mentirinha para duas pessoas.— Precisamos da sua ajuda para ensaiar. — Ergo as páginas com as nossas falas diante dos seus olhos.— Sei, e o que eu tenho que fazer? Eu as observo, enquanto falam?— Na verdade, você também terá que interpretar para abrir o nosso momento de falar.— Você já fez alguma peça na vida, Eva? — Ska indaga se aproximando.— Sim, mas já faz muito tempo.— Então tem ideia de como se faz.— Sim, eu tenho.— Ótimo! Vem, sente-se aqui — peço e seguro a sua mão, e a faço ocupar uma cadeira pequena e cor de rosa. A porta do quarto se abre outra vez e papai passa por ela completamente afobado. Ele engole com dificuldade, devido a respiração ofegante. Provavelmente correu para o nosso quarto. Pe