Apesar da vida confortável e do poder aquisitivo que temos, Eva adora estar na cozinha e eu amo vê-la trabalhando ali. Ela interage com os empregados da casa como se eles fossem os seus amigos e faz questão de escolher o cardápio todos os dias, além de ajudar a fazê-lo também. E eu? Ah, eu amo deixá-la constrangida, de ver aquele lindo tom avermelhado em suas bochechas, ou quando esconde o seu rosto em meu peito e rio quando ela pede para desaparecer como mágica. E tudo isso apenas por beijá-la diante de todos e principalmente, por desejá-la e tocá-la não importa como, nem quando ou onde. Em minha defesa, eu sou um homem perdidamente apaixonado, que passa horas longe da sua amada futura esposa e mãe dos meus filhos, e que anseia reprimir essa saudade louca o quanto antes. Portanto, assim que chego em nossa nova casa, deixo cuidadosamente a minha maleta em cima de um sofá na sala de visitas e sorrateiramente vou para a ampla cozinha. Uma cozinheira logo percebe a minha presença, mas nã
— Parado aí! — Ele solta um berro autoritário e um grito feminino faz um eco pela casa imediatamente. Resolvo acender a luz e surpreendentemente encontro a minha cunhada parada bem no centro da sala pálida e trêmula.— E-Erick?! — Ela gagueja.— Valéria? Mas, o que você está fazendo aqui? — interrogo-a. A mulher respira fundo e balbucia algumas vezes até soltar um:— Ah, meu Deus, que susto! — Ela abre um sorriso trêmulo. — E-eu só precisava pegar algo que havia me esquecido. — Imediatamente meus olhos fitam as suas mãos vazias.— Como entrou nessa casa?— Ah, pois é, eu ainda tenho as chaves da casa, então...— Encontrou o que estava procurando?— O quê? — Ela parece confusa.— Disse que veio buscar algo.— Ah! - Ela solta um riso sonoro. Valéria está nervosa, eu sei que sim, mas, por quê?— Pois é, eu não o encontrei. Acho que me enganei. Devo ter deixado em outro lugar. — Seus olhos correm de mim para o homem que agora mantém a sua arma abaixada. — Me Desculpe por essa invasão, que
Dois meses depois...— Erick, o que você pensa que está fazendo aqui? — Escuto mamãe resmungar, abrindo apenas uma brechinha da porta do quarto. Mexo-me para ir até a porta, mas Lídia me faz virar no banco acolchoado, de frente para o espelho outra vez. Fito com ansiedade o vestido simples, de mancas compridas e cor de creme, de um tom bem suave, e fecho os olhos em seguida para ela retocar a minha maquiagem.— Eu preciso falar com a Eva. — Ele diz.— Que conversa é essa, homem? Você não pode ver a noiva antes do casamento. Não sabe que isso dá azar?— Sinto muito, dona Laura, mas depois de tudo que a Eva e eu passamos duvido que o azar se atreva a chegar a qualquer centímetro de nós dois. Agora, se a senhora me der licença! — Ele força a abertura na porta e passa por ela ofegante. Seus olhos ávidos procuram os meus através do reflexo do espelho. Imediatamente me levanto do banco e ofego com o vislumbre do meu noivo vestido com um conjunto de terno escuro, com os primeiros botões da c
alguns meses...Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! Eu nem acredito que chegamos até aqui. O vislumbre de dois bolos temáticos com oito velinhas no seu topo no centro de uma mesa retangular com toda sorte de doces e enfeites coloridos. E atrás dela, estão as gêmeas radiantes aguardando o momento certo de apagá-las. Acho que alcancei o ponto alto da minha felicidade. Os gêmeos estão a um passo de estar nos meus braços e o mais engraçado é que eles chegarão justamente no mesmo mês que as meninas nasceram. Elas estão tão ansiosas por esse dia. Uma ansiedade que as fez participar de cada detalhe da preparação para a sua chegada. O tema dinossauros foi o tema que escolheram para o quarto de Ethan e Anton e as cores verde e branco também foi uma escolha delas. O mais apaixonante foi assistir o pai montar cada móvel e prateleira. Não importava o seu cansaço, ou o dia cheio e exaustivo, ele fez questão de montá-los. E para finalizar, as três mulhere
Bônus de Lídia e Dalton.Pedro Américo vieira. Já ouviram falar nesse nome? Buf! É claro que não. Conheci esse mineiro espevitado a cerca de oito anos e me vi completamente apaixonada pelo seu jeito irreverente e animado. Eu sou animada e inteirinha ativa, portanto, nas loucuras do meu coração, deixei tudo para trás e vim morar com ele em Monte Verde, aqui em Minas Gerais. Pedro amava massas e amava ainda mais fazer e criar massas, e aprendi com ele amar essa função. Foi assim que nasceu a Quitanda da Lídia. Romântico, não é? Enfim, o romantismo durou cerca de cinco anos e depois, o filho da puta achou de cair nas graças de um rabo de saia, e me traiu com uma turista gostosa. Não que eu seja feia. Posso não ter uma boa estatura, mas sou linda e fabulosa. A briga foi feia e rolou até uma frigideira de ferro na cabeça do infeliz. No dia seguinte ele me apareceu com um olho roxo e um remendo na testa me pedindo perdão. O safado ainda se abriu dizendo que o amor havia acabado. O amor acab
A Eva foi como uma ferradura em nossas vidas. A garota chegou nessa cidade carregando apenas uma mochila, mas nada me tira da cabeça que ela deve ter uma bolsinha com algum tipo de pozinho mágico. Igual à da Sininho, sabe? Ela chegou, falou, sorriu e pronto, tudo aconteceu de uma vez. Abençoada seja! Se a praga do Logan não tivesse feito a burrice de fazer a garota correr para longe dele, talvez eu ainda estivesse engavetada e o Erick sozinho e triste, vê consequentemente as meninas ainda estariam nos domínios da vaca... Léria. Entenderam o trocadilho?Santa Eva!Santo Dalton!Bom, chegou a minha hora. Penso e ávida, vou até a cama de um dos quartos do casarão da vinícola, sento-me na beirada do colchão e calço os saltos altos. Ponho-me de pé e respiro fundo, tendo o cuidado de pôr o meu pé direito para fora do quarto, a final, não é nada bom brincar com a sorte, certo?***Dalton.Ela e eu é como a água e o óleo. Somos completamente diferentes. Enquanto ela é divertida, sorridente e
A carta de Logan.A natureza do homem é surpreendente e as escolhas do seu coração podem trazer a prosperidade para a sua vida, ou quebrar um mundo inteiro em questão de horas. Eu errei em amar demais? Sim, talvez esse tenha sido o meu maior erro. E eu errei em querê-la só para mim? O meu coração egoísta ainda me diz que não. Ele insiste que você era somente minha e de mais ninguém. É difícil esquecer tamanha beleza, o encanto do seu sorriso, o som doce da sua voz. Aquele olhar escuro e brilhante e o seu toque macio. Não posso me esquecer do seu nome, por mais que eu tente apagá-lo da minha, por mais que eu lute pela sua inexistência na minha e seguir adiante, eu simplesmente perco em qualquer batalha. Mas hoje vejo com clareza que apaguei o seu sorriso. O seu lindo sorriso que eu tanto amava e sei que fiz o seu delicado coração sangrar em dor, em desespero e angústia, e que as suas lágrimas não eram de amor por mim, nem mesmo de felicidade e sim, de sangue e dor por causa da minha cr
Um sonho despedaçado.O que é preciso para conquistar a verdadeira felicidade? Eis uma pergunta que eu não sei responder. A alguns anos atrás eu pensei ser a garota mais sortuda desse mundo pois estava me casando com um homem extremamente bonito, elegante, educado, extrovertido e rico. Essa última parte era irrelevante, já que nada me faltava. Além disso, eu tinha uma família que amava e amigos eu amava. Mas isso ficou no passado. Meu nome é Eva Cross e para você entender melhor a minha história, terei que voltar um pouquinho para momentos bem tempestuosos, logo após a melhor lua de mel que qualquer mulher desejaria ter...Ele entrou em casa como sempre faz e imediatamente um empregado se aproxima, e segura o seu terno escuro, depois, o seu chapéu e seus olhos correm imediatamente para os meus. Como sempre, estou em pé feito uma estátua no centro da enorme e luxuosa sala de visitas, minhas mãos estão unidas na frente do meu corpo e no meu rosto tem um sorriso grande. No entanto posso